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1 TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................................................... 2 INTRODução ........................................................................................................................ 3 O que é morfossintaxe ......................................................................................................... 4 o Morfossintaxe na Prática ................................................................................................. 6 Oração .............................................................................................................................. 10 o Oração sem Sujeito ....................................................................................................... 11 Termos essenciais da oração .............................................................................................. 12 o Termos Integrantes da Oração ....................................................................................... 18 1. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 23 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. É em torno desses dois elementos que as orações são estruturadas. O elemento a quem se declara algo é denominado sujeito. Na estrutura da oração, o sujeito é o elemento que estabelece a concordância com o verbo. Toda oração é formada por termos chamados essenciais, o sujeito e o predicado. A palavra "essência" vem do verbo latino essere (= ser). Portanto a essência é aquilo que alguém ou alguma coisa é. Essência é, nas palavras do Dicionário Houaiss: "aquilo que é o mais básico, o mais central, a mais importante característica de um ser ou de algo, que lhe confere uma identidade, um caráter distintivo". Pode-se concluir que toda oração precisa de seus termos essenciais para ser uma oração. Caso contrário, é uma frase. As definições de sujeito e predicado: Sujeito: é o termo sobre o qual se declara alguma coisa; Predicado: é tudo aquilo que se declara do sujeito. 4 O QUE É MORFOSSINTAXE Figura 1 Em uma análise, pode-se considerar apenas a palavra (morfologia) ou sua função (sintaxe). Quando ambas aparecem juntas, surge a morfossintaxe. A palavra pode ser classificada isoladamente, analisando apenas sua classe gramatical, ou pode ser estudada a partir da função que estabelece dentro da oração. Se o objeto de estudo é a palavra, tem-se a análise morfológica. Entretanto, se a busca é por sua função na oração, surge a análise sintática. Quando a análise ocorre no âmbito da palavra e da frase, ou seja, quando o estudo envolve classe gramatical e função sintática, temos a Morfossintaxe. As dúvidas são muitas quando essa análise é exigida. Em geral, ela não é solicitada explicitamente. Entretanto, sempre que a função sintática é pedida, é importante pensar a que classe gramatical a palavra pertence. Fazendo isso, ficará mais fácil definir sua função. Embora a língua portuguesa não seja uma ciência exata, no caso da morfossintaxe é possível pensar de forma mais objetiva, pois as funções 5 sintáticas são definidas previamente. Por exemplo, o adjetivo é um caracterizador, portanto, ou estará ao lado do nome, ou se relacionando com ele. Então, a única função sintática dessa classe gramatical será a de adjunto adnominal. Por isso, é melhor que a análise morfológica preceda à sintática. Se a análise é morfológica, qual é o objeto de estudo? A palavra. Então, por alguns minutos, imagine que a frase não exista, somente a palavra. “Corte-a” e indique sua classe gramatical. Coloque em prática todo seu conhecimento. “Dialogue” com cada palavra. Pense em que classe gramatical ela se enquadra. Se as dúvidas nos conceitos de substantivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio, preposição, adjetivo, conjunção e interjeição aparecerem, é importante voltar e revisar. Façamos a análise morfológica do enunciado abaixo, lembre-se de que o objeto de estudo é a palavra: A prova estava muito complicada. A: Artigo Prova: Substantivo Estava: Verbo Muito: Advérbio Complicada: Adjetivo Após classificarmos as classes gramaticais, passaremos a analisar a função sintática de cada termo. Volte à classificação das palavras e defina sua função dentro da oração. Vejamos a seguir exemplos de perguntas que auxiliam na hora de definir a função sintática dos termos na oração. Qual é a função do artigo? Acompanhar o substantivo, não é? Sintaticamente, quem tem a função de vir junto ao nome? Adjunto adnominal. Portanto, toda classe gramatical cuja função é a de acompanhar o nome (numeral, pronome adjetivo, artigo) exercerá função sintática de adjunto adnominal. E o substantivo? Que função pode exercer? Vamos recordar? Núcleo do sujeito, do objeto indireto, do objeto direto, do predicativo, do agente da passiva, do complemento nominal e do aposto. Podendo exercer ainda as funções de adjunto adnominal e adjunto adverbial, quando compõe locuções adjetivas ou adverbiais. Qual o único termo do enunciado que estamos analisando que poderá exercer a função de núcleo do sujeito? Prova, não é? Por quê? Porque é um substantivo. 6 Que função sintática terá o verbo? Se for significativo (intransitivo, transitivo direto, indireto, ou direto e indireto) terá a função de núcleo, ou seja, parte mais importante do predicado verbal ou verbo-nominal. Se a função dele for de ligar o sujeito ao seu predicativo, terá a função de verbo de ligação. O verbo do enunciado que estamos analisando recebe esta classificação. Há algum advérbio? Qual é a única função sintática exercida por essa classe gramatical? Núcleo do adjunto adverbial. Então, no exemplo, a palavra muito (classificação: advérbio de intensidade – função sintática: adjunto adverbial) O adjetivo também aparece no exemplo. Que função sintática será exercida por ele? É importante recordar que o adjetivo pode ser núcleo do adjunto adnominal e do predicativo do sujeito. Para definir a função do adjetivo, a pergunta que deve ser feita é: onde o adjetivo está posicionado, ao lado de um nome, no sintagma nominal, ou no sintagma verbal? Se acompanhar um nome, sua função será de adjunto adnominal. Se estiver no sintagma verbal caracterizando o sujeito, como é o caso do adjetivo complicada, será um predicativo do sujeito, pois estará caracterizando-o. Agora, ficou fácil classificar o sujeito e o predicado do exemplo, não é mesmo? Se o sujeito está explícito e só possuium núcleo, será sujeito simples. Se o predicado é constituído de verbo de ligação, só poderá ser predicado nominal. É possível perceber que, embora para facilitar o estudo haja uma divisão entre morfologia e sintaxe, forma e função são inseparáveis. o Morfossintaxe na Prática Figura 2 Consiste na análise em termos morfológicos e sintáticos com relação às orações, sendo importante frisar que: 7 Análise morfológica: refere-se à análise das palavras de uma forma individual, independentemente da ligação que ocorre com outras palavras. Análise sintática: analisa de maneira conjunta a relação existente entre palavras de uma mesma oração, apontando a função que cada palavra exerce. Resumindo: o termo morfossintaxe consiste na combinação da análise morfológica e sintática das palavras. Figura 3 Análise morfológica – como fazer Trata-se de uma análise individual, fazendo a definição das palavras de acordo com as seguintes classes: Substantivo; Artigo; Adjetivo; Numeral; Pronome; Verbo; 8 Advérbio; Preposição; Conjunção; Interjeição. Vejamos dois exemplos de análise morfológica: Exemplo 1: Oração: Utilizamos a água sem desperdício. Utilizamos = primeira pessoa do plural do verbo utilizar (nós), sendo conjugado no presente do indicativo e possuindo voz ativa a = artigo definido água = substantivo comum sem = preposição essencial Desperdício = substantivo abstrato Exemplo 2: Oração: Ontem, a Bruna comprou um caderno novo. Ontem = advérbio a = artigo definido Bruna = substantivo próprio Comprou = verbo comprar Um = artigo indefinido Caderno = substantivo comum Novo = adjetivo Conforme é possível observar, essa análise classifica as palavras de maneira objetiva e individual, sem considerar qualquer tipo de relação entre elas. 9 Análise sintática – como fazer Figura 4 Já com relação à análise sintática, é apontada a função e relação existente entre os termos da oração, fazendo uma análise um pouco mais complexa que a análise morfológica. Essa classificação consiste em apontar: Sujeito; Predicado; Complemento verbal; Complemento nominal; Agente da passiva; Adjunto adnominal; Adjunto adverbial; Aposto. Vejamos dois exemplos de análise sintática: Exemplo 1: Oração: Utilizamos a água sem desperdício. Nós = sujeito oculto (expresso na conjugação do verbo utilizar – nós utilizamos) Utilizamos = verbo transitivo direto a água = objeto direto (água é o núcleo do objeto) sem desperdício = adjunto adverbial 10 Exemplo 2: Oração: A Bruna comprou um caderno novo. A Bruna = sujeito Comprou um caderno novo = predicado Um caderno novo = objeto direto Ontem = adjunto adverbial A, um, novo = adjunto adnominal ORAÇÃO O que é uma oração? É a frase que apresenta um verbo ou uma locução verbal. Geralmente, o sujeito e o predicado compõem a oração. Mas, há casos em que ela não tem sujeito. Vamos estudar um pouco mais a oração? Para tal, sugiro a leitura deste texto sobre os dinossauros, extraído do “Brasil Almanaque de Cultura Popular”: E como eles desapareceram? Os dinossauros viveram sobre a Terra durante 160 milhões de anos. E como desapareceram completamente? Cientistas explicam que há 65 milhões de anos, caiu no planeta um meteoro de aproximadamente 10 quilômetros. O impacto teria sido tão violento que abriu uma cratera com 200 quilômetros. Uma espécie de nuvem de poeira grossa tapou a luz solar durante seis meses. A Terra resfriou, as plantas não podiam fazer fotossíntese, e os animais não tinham o que comer. Resultado: todos os dinossauros morreram. Primeiramente, vale lembrar, à luz de Cegalla (2008, p.322), que o período “é a frase constituída de uma ou mais orações”. Ele é encerrado quando a oração ou o conjunto de orações forma um sentido completo, ou seja, conclui a ideia que se deseja exprimir. O fechamento do período é marcado por ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação e, em determinadas vezes, por reticências ou dois-pontos. No primeiro período do texto, observe abaixo, há quantas orações? “Os dinossauros viveram sobre a Terra durante 160 milhões de anos.” Uma oração! Por quê? Porque há apenas um verbo (“viveram”). Nesse contexto, temos um período simples. Cabe acrescentar que a oração, presente nesse tipo de período, é chamada de “absoluta”, já que ela é a única. 11 Quando um período contém mais de uma oração ou locução verbal, é denominado “período composto”. Repare: “A Terra resfriou, as plantas não podiam fazer fotossíntese, e os animais não tinham o que comer.” No período acima, as orações são independentes de sentido entre si. Nesse caso, são chamadas de “orações coordenadas”. Elas são interligadas sintaticamente com vírgulas ou com a conjunção “e”, indicando a soma de fatos. Quando as orações coordenadas são justapostas sem uma conjunção, são denominadas “assindéticas”. Caso contrário, são denominadas “sindéticas”. Agora, analise as orações presentes neste período composto: “O impacto teria sido tão violento que abriu uma cratera com 200 quilômetros.” Podemos notar que, nesse período, há uma relação de dependência. Isso porque a segunda oração “que abriu uma cratera com 200 quilômetros” completa o sentido da primeira “O impacto teria sido tão violento”, exprimindo a ideia de consequência. Em outras palavras, o fato expresso pela segunda oração (a subordinada) é a consequência do fato expresso pela primeira oração (a principal). o Oração sem Sujeito Há situações em que a oração não apresenta sujeito. Isso acontece quando o verbo ou a locução que a compõe indica um fenômeno meteorológico ou é impessoal: Faz mais frio que calor nesta região! Havia fósseis de dinossauro naquele local. Termos da oração Termos essenciais da oração: Sujeito (o ser a respeito do qual se fala algo). Predicado (aquilo que, em geral, se fala do sujeito). Termos integrantes da oração: Objeto (complemento de um verbo). Complemento nominal (complemento de certos substantivos, adjetivos ou advérbios) 12 Agente da passiva (aquele que pratica a ação indicada pelo verbo na voz passiva). Termos acessórios da oração: Adjunto adnominal (caracteriza ou determina um substantivo). Adjunto adverbial (expressa determinada circunstância). Aposto (explica um termo ou uma expressão). TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO Figura 5 Enquanto alguns termos têm apenas função acessória ou integrante na oração, outros são indispensáveis, já que os demais termos da oração se estruturam em torno deles. A esses termos indispensáveis damos o nome “termos essenciais da oração” (ou “termos básicos da oração”). Quais são os termos essenciais da oração? São dois os termos essenciais da oração: o sujeito e o predicado. Na oração, o sujeito é o ser sobre o qual se declara alguma coisa. Ele pode ser simples ou composto, e determinado, oculto, indeterminado ou inexistente. Já o predicado é tudo aquilo que se declara a respeito do sujeito. O predicado pode ser nominal, verbal ou verbo-nominal (misto). 13 Figura 6 O sujeito O sujeito é o ser sobre o qual se faz a declaração. Ele pode ser representado na oração: Pelos pronomes pessoais: o 1ª pessoa: Eu/Nós: “Eu viajarei para São Paulo”. o 2ª pessoa: Tu/Vós/Você/Vocês: “Você viajará para São Paulo?” o 3ª pessoa: Ele/Ela/Eles/Elas “Eles viajarão para São Paulo”. A 3.ª pessoa do singular e do plural também podem ser representadas por: o Um substantivo: “O jogador foi expulso”. o Um pronome demonstrativo: “Quem foi expulso?” o Um numeral: “Um foi expulso”. o Uma palavra ou expressão substantivada: O andar do jogador ilustrava sua indignação”. o Uma oração substantiva subjetiva: “Discutir com o juiz seria inútil”. 14 O sujeito pode ser simples ou composto, e determinado, oculto, indeterminado ou inexistente. Sujeito simples e composto Uma primeira distinção que se faz entre o sujeito é a de sujeito simples e composto. O sujeito será simples sempre que tiver apenas um núcleo, ou seja, sempre que o verbo se referir a apenas um substantivo, pronome, numeral etc. Por exemplo: Catarina está de férias. Por outro lado, ele será composto sempre que tiver dois ou mais núcleos, sendo constituído de mais de um substantivo, pronome, numeral etc. Por exemplo: Catarina e Felipe estão de férias. Sujeito determinado O sujeito determinado é aquele que está verbalmente expresso na oração, podendo ser facilmente identificado. Exemplo: Gabriel deveria estar estudando. Sujeito oculto O sujeito oculto, por sua vez, é aquele que, embora não esteja verbalmente expresso na oração, ainda assim podemos identificá-lo. Nesse caso, o sujeito oculto também é um sujeito determinado. Exemplo: Compramos um presente para você. A desinência do verbo (-mos) nos permite identificar que ele está conjugado na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito. Logo, o sujeito é a primeira pessoa do plural, isto é, “nós”. Sujeito indeterminado Por outro lado, em alguns casos não é possível determinar quem é o sujeito, seja por desconhecermos quem ele é, seja por não nos importarmos em determiná- lo. Nesse caso, dizemos ser um caso de “sujeito indeterminado”. Para se indeterminar o sujeito, faz-se uso: da 3.ª pessoa do plural: o “Avisaram-me sobre a dívida tarde demais”. da 3.ª pessoa do singular com o pronome “se”: 15 o “Vende-se este carro”. Perceba que, em ambos os exemplos, não é possível determinar quem são os sujeitos, embora saibamos que eles existam. São, portanto, existentes, mas indeterminados. Sujeito inexistente Em alguns casos específicos, o sujeito é inexistente, ou seja, simplesmente não existe. Isso ocorre com os chamados “verbos impessoais”, ou seja, verbos que não fazem referência a nenhuma pessoa (sujeito). O sujeito é inexistente especialmente com os seguintes verbos: Verbos que indicam fenômenos da natureza: o “Chuviscou à tarde”. Verbo “haver” com o sentido de “existir”: o “Ainda há pessoas boas no mundo”. Verbos “haver”, “fazer” e “ir” com o sentido de “tempo decorrido”: o “Hoje faz treze anos que nos conhecemos”. Verbo “ser” quando indica alguma noção de tempo: o “Era verão quando nos conhecemos.” Perceba que em todos esses exemplos não há um sujeito correspondente aos verbos destacados. E uma vez que o verbo sempre concorda com o sujeito, os verbos impessoais nunca estarão no plural, estando sempre no singular, concordando com a terceira pessoa do singular. Predicado Outro termo essencial da oração é o predicado, que nada mais é do que tudo aquilo que se diz a respeito do sujeito. Ele pode ser: verbal, nominal ou verbo- nominal (misto). O que determina o tipo de predicado é a classe da palavra de seu núcleo: por exemplo, quando o núcleo do predicado é um verbo, o predicado será verbal. 16 Predicado nominal O predicado nominal tem por núcleo um nome (substantivo, adjetivo ou pronome). O predicado nominal é sempre formado por um verbo de ligação (que estabelece uma união entre dois termos de caráter nominal) mais um predicativo do sujeito (algo que se diz a respeito do sujeito). Veja um exemplo: Mateus está estudando muito. Nesse exemplo, temos como sujeito o nome “Mateus”. O verbo “está” é um verbo de ligação, introduzindo o termo “estudando”, que nada mais é do que um verbo conjugado no gerúndio, que é uma das formas nominais do verbo (ou seja, trata-se de um nome), unindo-o com o nome “Mateus”. “Estudando” está ocupando o núcleo do predicado, que nesse caso é nominal. O núcleo passa a ser um nome justamente porque o verbo não tem força o suficiente para ocupar essa posição, uma vez que não é um verbo significativo (ou seja, não é um verbo que acrescenta uma informação ao sujeito), apenas de ligação. Predicado verbal Por outro lado, o predicado verbal tem por núcleo um verbo, obrigatoriamente significativo, ou seja, que acrescenta uma informação nova ao sujeito, não sendo apenas um verbo de ligação. O verbo pode ser transitivo ou intransitivo. Exemplo: O menino visitou a avó. Nessa oração, o sujeito é “o menino”. O predicado é “visitou a avó”, sendo “visitou” um verbo transitivo direto significativo, ou seja, que está acrescentando uma informação ao sujeito. Já “a avó” é um objeto direto, complementando o sentido do verbo “visitou” (pois, se empregássemos apenas “visitou”, ficaria a pergunta: “visitou quem ou o quê?”). Pelo fato de o núcleo do predicado ser um verbo, o predicado em questão é do tipo verbal. Predicado verbo-nominal (misto) Por fim, no predicado verbo-nominal, também chamado misto, o predicado não possui apenas um núcleo, mas dois: um verbo significativo e um nome desempenhando a função de predicativo do sujeito. Confira o exemplo: 17 Miriam saiu cansada da academia. Nesse predicado, há dois núcleos: o verbo significativo “saiu” e o adjetivo “cansada”. Ambos os termos estão acrescentando uma informação nova ao sujeito: 1. Miriam saiu (e) 2. (Miriam estava) cansada. Temos, portanto, um caso e predicado verbo-nominal. Figura 7 Há orações sem algum dos termos essenciais? Como vimos, embora sejam termos essenciais na oração, tanto o sujeito quanto o predicado podem não estar graficamente ou verbalmente expressos na oração. O sujeito, inclusive, pode nem ao menos existir, no caso das orações sem sujeito. Quando a oração não apresenta um de seus termos constituintes, dizemos que ela é uma “oração elíptica”, nome em referência ao fenômeno da elipse, que consiste na supressão de um termo que pode ser identificado pelo contexto. Isso não se aplica, obviamente, às orações sem sujeito, uma vez que, nessas orações, o sujeito não pode ser identificado pelo contexto, já que nem ao menos existe. Confira alguns exemplos de orações elípticas abaixo: 1. a) Quem merecia ganhar o prêmio? b) Rafaela. 18 Nesse exemplo (1), perceba que na resposta de b) apenas o sujeito está graficamente expresso. Porém, pelo contexto, analisando a oração anterior, pronunciada por a), podemos identificar o predicado, que nesse caso está elíptico. A oração completa de b) seria: “Rafaela (é quem merecia ganhar o prêmio)”. 2. Cheguei atrasado na aula hoje. Nesse exemplo (2), perceba que o sujeito não está graficamente expresso, apenas o predicado. Porém, podemos identificá-lo analisando a desinência do verbo (-ei). O verbo da oração em questão é “cheguei”, que está conjugado na primeira pessoa do singular do pretérito perfeito. Logo, o sujeito é a primeira pessoa do singular, ou seja, “eu”. O sujeito, portanto, que nesse caso é um sujeito oculto, está elíptico. o Termos Integrantes da Oração Figura 8 Alguns termos da oração têm a função apenas de completar o sentido de substantivos, de adjetivos, de verbos ou de advérbios. A esses termos damos o nome “termos integrantes da oração”, pois não são essenciais, mas, uma vez 19 que se fazem necessários, para completar o sentido de um termo, também não são dispensáveis. São dois os termos integrantes da oração: os complementos nominais e os complementos verbais. Complemento nominal Figura 9 O complemento nominal serve para completar o sentido de um termo de natureza nominal, mais especificamente de substantivos, adjetivos ou advérbios, integrando ou limitando o seu significado. Uma característica do complemento nominal é ele sempre ser ligado por uma preposição ao termoao qual completa o sentido. Exemplo: Eu tenho orgulho de minha filha. O termo sublinhado é um complemento nominal, pois está completando o sentido do substantivo “orgulho”. Isso porque “orgulho” é um substantivo transitivo, ou seja, requer a presença de um complemento para completar o seu sentido. Do contrário, se disséssemos: “Eu tenho orgulho”, ficaria a pergunta: “orgulho de quê?” O complemento nominal pode ser representado por um substantivo, um pronome, um numeral, uma palavra ou expressão substantivada ou por uma oração completiva nominal. 20 Complemento verbal Figura 10 O complemento verbal, por sua vez, completa o sentido de um termo de natureza verbal. Há seis tipos de complementos verbais: Objeto direto: complementa o sentido de um verbo transitivo direto, não contendo preposição. Geralmente indica o ser para o qual a ação verbal é endereçada. o Exemplo: Ele escreveu um poema. Objeto direto preposicionado: quando o objeto direto vem regido de preposição, geralmente a preposição “a”, em poucos contextos. o Exemplo: Hoje, louvaremos a Deus. Objeto direto pleonástico: em que se repete o objeto direto na forma de um pronome pessoal átono, dando ao objeto maior ênfase. o Exemplo: O medo, queria-o longe de si. 21 Objeto indireto: complementa o sentido de um verbo transitivo indireto, sendo ligado ao verbo necessariamente por uma preposição. Também indica geralmente o ser para o qual a ação é destinada. o Exemplo: Precisamos de um novo professor. Objeto indireto pleonástico: em que se repete o objeto indireto na forma de um pronome pessoal átono, dando ao objeto maior ênfase. o Exemplo: Aos meus filhos, lhes darei tudo do bom e do melhor. Agente da passiva: em orações na voz passiva, serve para designar o ser que pratica a ação sofrida pelo sujeito. É geralmente introduzido pela preposição “por”, embora também possa ser por “de”. o Exemplo: Este livro foi escrito por um adolescente. Termos acessórios da oração Figura 11 Por fim, temos os termos acessórios da oração, que se juntam a um nome ou a um verbo a fim de acrescentar alguma informação que contribua com a sua significação. Convém observar que, diferente dos termos integrantes, os termos acessórios não são exigidos pelos nomes ou pelos verbos, sendo dispensáveis na oração. 22 São três os termos acessórios da oração: Adjunto adnominal, que acompanha um substantivo, especificando ou determinando seu significado. Tem, portanto, valor adjetivo. o Exemplo: As pessoas felizes vivem mais. Adjunto adverbial, que acompanha um verbo, que indica a circunstância da ação verbal, ou intensifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Tem, portanto, valor adverbial. o Exemplo: Rafaela jogou alegremente o seu novo jogo. Aposto, sendo este um termo de natureza nominal que se junta a outro termo de natureza nominal a fim de esclarecer, explicar ou individualizar ele. o Exemplo: Castro Alves, um dos maiores poetas que já viveu, morreu muito jovem. Perceba que, em todos esses exemplos, os termos acessórios sublinhados podem ser eliminados da oração sem comprometer o entendimento dela. 23 1. REFERÊNCIAS CUNHA, CELSO. NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO. CELSO CUNHA, LINDLEY CINTRA. RIO DE JANEIRO: LEXIKON, 2017. ROCHA LIMA, CARLOS HENRIQUE DA. GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA. RIO DE JANEIRO: JOSÉ OLYMPIO, 1996. CUNHA, CELSO; CINTRA, LUÍS F. LINDLEY. A ORAÇÃO E OS SEUS TERMOS INTEGRANTES. IN: ___ NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO. 5.ED. RIO DE JANEIRO: LEXIKON, 2008, P.152-163. COSERIU, EUGENIO (1978) — SOBRE LASCATEGORÍASVERBALES ("PARTES DE LAORACIÓN") [1955]. IN: GRAMÁTICA, SEMÁNTICA, UNIVERSALES. ESTUDIOS DE LINGÜÍSTICA FUNCIONAL. MADRID, EDITORIAL GREDOS, 50-79. CUNHA, CELSO &LINDLEY CINTRA (1984) — NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO. LISBOA, SÁ DA COSTA EDITORES. HARRIS, JAMES (1985) — SPANISH WORDMARKERS. IN: F. NUESSEL (ED.), CURRENTISSUES IN HISPANICPHONOLOGYANDMORPHOLOGY. BLOOMINGTON, INDIANA UNIVERSITYLINGUISTICS CLUB, P. 34-54. MATEUS, MARIA HELENA MIRA (1983) — O ACENTO DE PALAVRA EM PORTUGUÊS: UMA NOVA PROPOSTA. IN: BOLETIM DE FILOLOGIA, XXVIII, P. 211-229. MATEUS, MARIA HELENA MIRA (1997) — ASPECTOS DA FONOLOGIA LEXICAL DO PORTUGUÊS. IN: SENTIDOS QUE A VIDA FAZ. HOMENAGEM A ÓSCAR LOPES. PORTO, CAMPO DAS LETRAS, P. 693-703. MATEUS, MARIA HELENA MIRA, ANA MARIA BRITO, INÊS DUARTE E ISABEL HUB FARIA (1989) — GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA. 2ª ED. REVISTA E AUMENTADA. LISBOA, CAMINHO. PEREIRA, MARIA ISABEL PIRES (1999) — O ACENTO DE PALAVRA EM PORTUGUÊS: UMA ANÁLISE MÉTRICA. COIMBRA, DISSERTAÇÃO DE DOUTORAMENTO (INÉDITA).
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