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A FAMÍLIA HOMOAFETIVA E A 
CONTEMPORANEIDADE : DESAFIOS E 
CONQUISTAS
Thaís Barbosa Ribeiro2
Carolina A. G. de Paula2
Tatiane Bezerra Olivera2
Anamaria Silva Neves1 
Marcelo Hayeck2
1 Docente do IP - UFU, Uberlândia/MG anamaria.neves@ufu.br
2 Graduandxs do IP - UFU, Uberlândia/MG thaisribeiro031@gmail.com; carolinagoulartp@gmail.com; tatianeboliveira18@gmail.com; marcelo.hayeck@hotmail.com
A concepção da instituição família é tão diversa quanto as transformações estruturais sofridas por esta ao longo da história, um estudo 
realizado por Rodrigues e Carmo (2006) acerca do conceito de família para jovens homossexuais, demonstrou que este ultrapassa a 
condição de existência de laços sanguíneos e se estende a qualquer vínculo baseado na confiança, contribuição mútua e no desejo de ser 
família. No dia 05 de maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) admitiu a união homoafetiva como uma entidade familiar. Tal decisão 
permitiu às famílias homossexuais o acesso a direitos antes restritos às famílias heterossexuais, entre eles: amparo legal em caso de 
divórcio, apoio estatal em caso de falecimento, possibilidade de inclusão em planos de contemplação familiar, direito à adoção de crianças, 
entre outros . Entretanto, apesar dos avanços no que tange à criação de políticas públicas LGBTQ em prol da garantia dos direitos 
fundamentais deste grupo, inúmeras conquistas ainda se fazem necessárias neste cenário político-social confortado por discursos de ódio 
e ações intolerantes, baseadas em estigmas e preconceitos. Portanto, a nossa proposta de trabalho está vinculada ao GT “Gênero e 
sexualidades: modos de subjetivação e políticas de resistência”. 
Apresentar um estudo sobre a família homoafetiva na 
contemporaneidade, captando as singularidades e as diversas 
questões sociais que a atravessam, estimulando a reflexão 
crítica. 
Foi realizada a pesquisa bibliográfica sobre o tema, com viés 
teórico da Psicologia Social, e três entrevistas semiestruturadas: 
a primeira, com uma psicóloga da Vara da Infância e Juventude, a 
segunda, com uma psicóloga responsável pela certificação de 
casais adotantes de uma ONG, e a terceira, com um casal 
homoafetivo.
A pesquisa bibliográfica aponta que não são observadas diferenças 
significativas no processo de adoção entre casais hetero ou 
homoafetivos, pois, apesar de os desafios serem singulares, existem 
importantes similaridades para todos os pretendentes à adoção. A 
preparação, adaptação e o desejo de ser família auxiliam na 
constituição da parentalidade e podem permitir a criação de vínculos 
em qualquer formato de família. 
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS MÉTODO
RESULTADOS CONCLUSÃO
O desenvolvimento deste trabalho possibilitou a construção de 
um espaço de discussão sobre os aspectos históricos, desafios e 
novas possibilidades da constituição de família, com a 
desmistificação do ideal de família heteronormativa, bem como, a 
reflexão sobre a importância do papel do psicólogo nestas 
instâncias e da necessidade de conhecimento das questões de 
gênero e de direitos constitucionais das minorias para o exercício 
político pleno desta profissão.