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Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 1 Hipertensão arterial sistêmica (HAS) Abordagem em 7 passos A abordagem em 7 passos tem o propósito de verificar se o pcte é hipertenso ou se são necessário mais exames complementares, qual o risco CV do pcte ou se são necessário mais exames complementares e se o pcte precisa ser investigado para causas secundárias. 1. Emergência hipertensiva (EH)/ Urgência hipertensiva (UH) Verificar se o pcte está em EH/UG. EH → elevação da PA definida arbitrariamente como PAS≥180 e/ou PAD ≥120mmHg, com lesão de órgão alvo (LOA) aguda e progressiva e com risco de morte iminente UH → elevação da PA definida arbitrariamente como PAS≥180 e/ou PAD ≥120mmHg, sem LOA aguda e progressiva e sem risco de morte iminente Pseudocrise hipertensiva → aumento acentuado da PA mais frequentemente associado ao uso inadequado de anti- hipertensivos, não apresentando LOA aguda ou risco imediato de morte; inclui hipertensos tratados e não controlados ou em hipertensos tratados Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 2 CONCEITOS: A gravidade da condição clínica não é determinada pelo nível absoluto da PA e sim pela magnitude (>180/>120) e tempo/velocidade de sua elevação. A definição numérica serve como um parâmetro, mas não deve ser usada como critério diagnóstico absoluto. Deve-se definir se há EH ou UH (diagnóstico estabelecido), para tto imediato, ou se se trata de um pcte estável, em que será necessário estabelecer diagnóstico e definir tto. 2. Diagnosticar e classificar Diagnóstico HAS → elevação sustentada da PA (valores definidos arbitrariamente); benefícios do tto superam os riscos. É uma condição multifatorial (genética, ambiente, hábitos, socioeconômicos) e fator de risco para doenças CV e renais. COMO AFERIR A PA (10 MANDAMENTOS): Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 3 obs.: hipotensão ortostática → diferença de PA <20/<10 em pé (após ficar 3 min em pé), do que sentado; relacionado a DM, etilismo, idade Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 4 Além de aferir a PA no consultório, existem ferramentas para aferir a PA fora do consultório: MAPA (monitorização ambulatorial da PA 24h) → o pcte fica 24h com um equipamento no braço para medidas da PA, que devem ser feitas pelo menos 16x durante o dia e 8x à noite – ou leituras a cada 20 minutos no dia e a cada 30 minutos na noite. MRPA (monitorização residencial da PA 24h) → 3 aferições de PA pela manhã (antes do desjejum e da medicação) e 3 no início da noite (antes do jantar). As leituras são feitas durante 5-7 dias. Há um treinamento prévio ao paciente e à família para que o aparelho seja utilizado de forma adequada AMPA (automedida da PA) → medida por aparelho comum; não utilizado para diagnóstico e sim para seguimento. Classificação de acordo com o método: Assim, tem-se que se PA≥180/110 mmHg ou LOA ou doença CV estabelecida = EH/UH. Se PA≥140/90 mmHg, na 1° consulta, verifica-se novamente em outra consulta ou via MAPA/MRPA, além de verificar LOA ou doença CV estabelecida, para diagnosticar HAS. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 5 ❗HAS → PA consultório ≥140/90 mmHg em 2 ocasiões ou MAPA/MRPA anormal ou PA consultório ≥140/90 mmHg + EH/UH, HAS estágio 3, LOA ou doença CV estabelecida. CONDUTAS: Classificação ❗ Classifica-se com base no estágio (nível de PA), fenótipos (apresentação clínica) e etilogia (causa). ESTÁGIOS (NÍVEL DE PA): FENÓTIPOS → classificação pelo comportamento pressórico (consultório/MAPA-MRPA) ou pelo número de classes anti-hipertensivas 1. Comportamento pressórico: HIPERTENSÃO DO AVENTAL BRANCO (HAB): PA no consultório > MAPA/MRPA. Se diferença ≥15 mmHg na PAS ou ≥9 mmHg na PAD = HAB significativo HIPERTENSÃO MASCARADA (HM): PA no consultório < MAPA/MRPA. Se diferença ≥-1 mmHg na PAS ou na PAD = HM significativo obs.: HAB e HM não mudam o diagnóstico, continua como HA → ttar Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 6 2. Número de classes anti-hipertensivas: Relação do número de medicametnos e o valor da PA (controlada ou não controlada). ETIOLOGIA → causa para HAS: PRIMÁRIA → genética + fatores ambientais (90%) SECUNDÁRIA → condição subexistente (tto da condição melhora a PA - tto HAS não controla 100%) Pode haver sobreposição. 3. Pesquisa de fatores de risco CV Quanto mais fatores de risco, mais agressivo será o tto. 4. Pesquisar LOA PRINCIPAIS: Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 7 Hipertrofia ventricular esquerda → pode ser causada por aumento da RVP Doença renal crônica estágio 3 Albuminúria entre 30-300 mg/24h Relação albumina/creatinina urinária 30-300 mg/g Alteração vascular → índice tornozelo-braquial <0,9 e velocidade de onda de pulso (VOP) carótido-femoral >10m/s 5. Pesquisa DCV estabelecida Se for estabelecida, ttar. SN → AVE Coração → DAC, FA, ICFER (fração ejetiva reduzida), ICFEP (fração ejetiva preservada) Olhos → retinopatia hipertensiva (hemorragias, exsudatos, papiledema) Rins → DRC estágio 4 (ClCr <30 ml/min/1,73m²), albuminúria/creatinúria >300 mg/g, proteínúria, creatinúria >300 mg/g Vasos → DAOP sintomática, doença de aorta 6. Estratificar o risco CV Deve-se considerar a classificação, fatores de risco, LOA e DCV estabelecidas. Utiliza-se o escore de risco global (ERG) → risco para eventos em 10 anos, não espefícica para hipertenso, uso em pacientes 30-74 anos - particular utilidade em pctes com risco intermediário Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 8 7. Indícios de hipertensão secundária Após estratificação, verificar se há indícios de HAS secundária: Após seguir os 7 passos Decisão Investigação por meio de exames complementares e determinação de metas terapêuticas. Exames complementares Dependendo do tipo de pct, este se encaixa em um grupo (1, 2 ou 3), que será determinado a uma bateria de exames específica. 2020 Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 9 Grupo 1 - exames para todos os pctes hipertenso Grupo 2 - exames especiais recomendados a populações indicadas obs.: teste ergométrico → casos de ECG normal e clínica anormal; RM → sinais neurológicos Grupo 3 - pesquisa de hipertensão secundária Metas pressóricas Gerais Aplicável a maioria dos pcts hipertensos. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 10 Específicas - faixa etária Particularidades conforme a faixa etária do pcte. IDOSOS (≥60 anos) Idosos possuem maior sensibilidade aos EA de medicamentos, então o limite de tto, a partir do qual se indica terapia farmacológica, é: Idosos frágeis → PAS ≥160 mmHg Idosos hígidos → PAS ≥140 mmHg Metas: Idosos frágeis → PAS 140-149 / PAD 79-70 Idosos hígidos → PAS 130-139 / PAD 79-70 Específicas - comorbidades Particularidades conforme as comorbidades do pcte. DAC (doença coronariana): Meta = PA <130/80, mas ≥120/70 PAD → principal preditor de risco de DAC; após os 60 anos, a PAS se mostra mais importante EVITAR❗ PAD<70 mmHg (não enche coronárias) IC: ICFER → PA<130/80, mas ≥120/70 mmHg ICEP → meta é incerta; recomenda-se adotar uma estratégia ~ICFER DM → PA<130/80 mmHg (PAS<120 deve ser evitada) DRC: Meta = PA<130/80 mmHg DRC terminal → benefícios do controle intensivo são incertos AVE (após evento agudo): Relação risco de CV e PAD Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 11 PAS 120-130 mmHg Considerar o limitante da PAD <70 mmHg nos pcts com DAC e idosos. PREVENÇÃO PRIMÁRIA → PAS <120/80 mmHg Tto OBJETIVO → controle dos FR, controle da PA, regressão das LOA/DCV se houver, para redução de desfechos CV O tto deve considerar riscos e benefícios. A decisão terapêutica será baseada nos níveis de PA do pcte: PA ÓTIMA (<120/80) ou NORMAL (<129/85) → observação PRÉ-HIPERTENSOS (PA 130-139/85-89) e TODOS OS ESTÁGIOS DE HAS → orientar MEV obs.: PA >115/75 já gera lesões No caso dos pré-hipertensos e todos os estágios de HAS, além de orientar MEV, a decisão se altera com o nível da HAS: Pré-hipertenso (sem FR adicional, sem DCV preexistente e com risco CV baixo/moderado) → terapia não farmacológica exclusiva Pré-hipertenso (com DCV preexistente e com risco CV alto)e HAS estágio 1 baixo risco CV → terapia não farmacológica exclusiva por 3 meses e reavaliar; se PA fora da meta após 3 meses, associar terapia farmacológica HAS estágio 1 com alto/mod risco CV, HAS estágio 2 e 3 e idosos (frágeis = PA ≥160; hígidos = PA ≥140) → terapia farmacológica + MEV Tto não medicamentoso Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 12 Tabagismo Não há estudos mostrando benefício da cessação do tabagismo no controle da PA. Eleva a PA 5-10 mmHg após o uso do tabaco - não fumar 30 minutos antes de aferir. FR CV e de neoplasias. Recomenda-se cessação, independentemente do seu efeito na PA. Tabagismo gera lesão endotelial, o que reduz o NO. Peso corporal Relação quase linear com a PA - grande importância da adiposidade (visceral). MAGNITUDE → perda ponderal de 5,1kg = redução média da PAS de 4,4 mmHg e da PAD de 3,6 mmHg METAS: IMC <25 kg/m² em adultos IMC entre 22-27 kg/m² em idosos Cintura abdominal (CA) <90 cm (H) <80 cm (M) Sódio Relação entre o consumo de sal e PA é quase linear. Normotensos com sensibilidade aumenta ao sal → 5x chance de HAS em 15 anos Dieta de 1800 mg/dia de Na+ → redução ~5,4 mmHg na PAS (HAS) Recomendação da OMS → dieta com 5g de sal ou 2g de Na+ diários Potássio Dietas com baixo teor da Na+ e elevado de K+ resultaram em redução da PA. MAGNITUDE → determinada pela quantidade de Na+; ingerido e pela quantidade de alimentos ricos em K+ Álcool Relação linear com a elevação da PA. USO ABUSIVO → maior prevalência de HAS MÍNIMO RECOMENDADO (não ultrapassar) = 30g de álcool/dia. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 13 Limitar à metade para homens com baixo peso, mulheres, sobrepeso e/ou alto TG. Indivíduos abstêmicos não devem ser induzidos a consumir bebidas alcoólicas. Quantidade de álcool/dia homens = 30g e mulher = 15g. Padrão alimentar Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension): Efeito hipotensor → redução de Na+, aumento de K+, Ca2+, Mg2+ e fibras, redução de colesterol e de gordura total e saturada - entra K+ e sai Ca2+ renal = redução da RVP Magnitude do efeito hipotensor → redução da PAS 11,5 mmHg (HAS) e 7,1 mmHg (normotensos) Implicação clínica → redução da chance de AVE, CV e doença renal Dieta do mediterrâneo: Magnitude do efeito hipotensor → modesto Relevância clínica → redução de eventos CV Atividade física TREINAMENTO AERÓBIO → comprovado efeito hipotensor na PA de consultório e MAPA/MRPA TREINAMENTO RESISTIDOS (DINÂMICO E ISOMÉTRICO) → comprovado efeito hipotensor na PA de consultório; sem evidência da redução da PA na MAPA/MRPA Laticínios Diretrizes alimentares recomendam ingesta de laticínios com baixo teor de gorduras. MAGNITUDE → modesto Espiritualidade/religiosidade Não há evidências suficientes para afirmar que a E/R têm influência no controle da PA. Profissional de saúde deve identificar as demandas e expectativas do paciente e dar suporte. Tto medicamentoso Inicia de acordo com FR CV e estágio de HAS. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 14 FLUXOGRAMA DE TTO MEDICAMENTOSO: BRA (bloqueadores do receptor da angiotensina II), iECA (inibidores da enzima conversora de angiotensina, ACC/BCC (antagonistas/bloqueadores dos canais de Ca2+), DIU (diuréticos), espironolactona (diuréticos poupadores de K+ - antagosnista de aldosterona). iECA ou BRA + ACC + diurético TRIO DE PRATA → iECA ou BRA + ACC + HCTZ TRIO DE OURO → iECA ou BRA + ACC + clortalidona ou indapamida iECA ou BRA + ACC + diurético + diurético poupadores de K+ 4° FANTÁSTICO → iECA ou BRA + ACC + clortalidona ou indapamida (bloqueador NCC) + espironolactona ou amilorida (bloqueio de ENaC) Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 15 SEQUÊNCIA DE TTO: SEQUÊNCIA EM COMORBIDADES: iSRAA - iECA e BRA Anti-hipertensivo. DAC → benefício com beta-bloqueador Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 16 iECA: Inibição da ECA Impede conversão da angiotensina I → II (vasoconstritor) Redução da degradação da bradicinina (vasodilatador) BRA: Antagonizam a ação da angiotensina II → bloqueio específico dos receptores AT1 EA: Tosse seca (5-20%) → se iECA e tosse seca = BRA Hiperpotassemia Discreta redução da função renal → se diminuição de >30% do ClCr = suspender/investigar hipertensão renovascular Alteração do paladar Risco de malformações fetais Edema angioneurótico e erupção cutânea (raros) Evitar iECA e BRA em mulheres em idade fértil - usar um ou outro. Diuréticos Anti-hipertensivo. 1. Redução do volume circulante e extracelular (= reduz DC) Após 4-6 semanas: 2. Redução RVP Diuréticos tiazídicos Preferenciais, se ClCr >30 ml/min/1,73 m² (não usar HCTZ e clortalidona se <30)❗ Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 17 EA: Fraqueza, câimbras, hipovolemia e disfunção erétil Hipopotassemia (tiazídicos/alça) EXCEÇÃO → diuréticos poupadores de K+ = hiperpotassemia Associar espironolactona → pode manter diu, mas risco de ginecomastia Intolerância à glicose → reduz a liberação de insulina (risco de DM) Indapamida → melhor perfil metabólico que a HCTZ Hiperuricemia (gota) BCC - bloqueador do canal de cálcio Anti-hipertensivo. Bloqueia os canais de Ca2+ na membrana das células musculares lisas das arteríolas Redução da disponibilidade de Ca2+ no interior das células Redução da contração muscular (tônus vascular) Redução da RVP (vasodilatação) BCC di-hidropiridínicos de longa ação → reduzem a PA sem gerar oscilações indesejáveis na FC, PA e na função sistólica do VE (pouco efeito na FC e no inotropismo) BCC não di-hidropiridínicos: Menor efeito vasodilatador (redução modesta da PA) Agem na musculatura e no sistema de condução cardíacos → redução de FC (inotrópico negativo) e função sistólica do VE Alternativa aos BB em pacientes com DAC (isolado ou em associação). EA: Di-hidropiridínicos: Edema maleolar (mais frequente) - vasodilatação (arterial>venosa - transudação capilar); mais comum em moléculas hidrofílicas Dermatite ocre Hipertrofia gengival Não di-hidropiridínicos: Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 18 Piora da IC Bradicardia/BAVT VERAPAMIL → obstipação intestinal Beta-bloqueadores Anti-hipertensivo. Antagonizam a ação dos receptores adrenérgicos Redução do DC e renina Readaptação dos barorreceptores Redução das catecolaminas nas sinapses nervosas obs.: não passar para jovem BB NÃO-SELETIVOS: Bloqueiam receptores beta-1 (miocárdio) e beta-2 (m. liso, pulmões, vasos sanguíneos etc) BB SELETIVOS: Bloqueiam preferencialmente os receptores beta-1 adrenérgicos BB SELETIVOS COM AÇÃO VASODILATADORA: Bloqueiam os receptores beta-1 adrenérgicas EA: Broncoespasmo, bradicardia, distúrbios da condução AV, vasoconstrição Insônia, pesadelos, depressão, astenia Disfunção sexual Nebivolol → menor incidência; síntese de NO endotelial (bom para homens e idosos) Alterações metabólicas (disglicemia, dislipidemia) Carvedilol e nebivolol têm impacto neutro (podem até melhorar) ❗NÃO usar em pacientes com DAC e IC. ❗CI: Asma DPOC BAV de 2° e 3° α2A - agonista alfa-2 adrenérgico Anti-hipertensivo. Estímulo dos receptores alfa-2 (mecanismos simpatoinibitórios) Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 19 Redução da atividade simpática e do reflexo dos barorreceptores Discreta redução RVP e no DC Redução de renina e de retenção de fluidos Associar com diurético. EA: Gerais → sonolência, sedação, boca seca, fadiga, hipotensão postural (redução da atividade simpática e do reflexo dos barorreceptores = risco em DM, idosos e gestantes), disfunção erétil α1B - bloqueador alfa-1 adrenérgico Anti-hipertensivo. Antagonistas competitivos dos receptores alfa-1 pós-sinápticos Redução da RVS SEM mudanças no DC EA: Hipotensão sintomática na 1° dose Doxazosina → maior risco de incidência de IC Incontinência urinária (mulheres) Tolerância é frequente, necessitando aumento da dose para manter o efeito anti-hipertensivo (taquifilaxia). RELEVÂNCIA CLÍNICA: Efeito hipotensor discreto como monoterapia → preferência pelo uso associado Redução da evidência de redução de desfechosCV do que DIU, BCC e iECA/BRA Contribuição favorável e discreta no metabolismo lipídico e glicídico Ação coadjuvante benéfica → hiperplasia prostática benigna (dexasozina) Vasodilatadores diretos Anti-hipertensivo. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 20 Relaxam a musculatura lisa arterial Redução da RVS EA: Cefaleia Taquicardia reflexa Retenção de água e sódio Anorexia, náusea, vômito e diarreia Reação Lúpus-like dose-dependente Flushing Hirsutismo (minoxidil) HAS secundária INDÍCIOS DA HAS 2°: Hipertensão renovascular DEFINIÇÃO → estenose >70% CAUSAS: Hormônios = testosterona, anticoncepcional etc Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 21 Displasia fibromuscular → adultos jovens; M>H Aterosclerose → idosos, FR para aterosclerose INDICADORES CLÍNICOS: Início de HA antes de 30 anos Início de HA grave após 55 anos, associada à doença renal crônica e à insuficiência cardíaca congestiva HA e sopro abdominal HA com piora rápida e persistente em paciente previamente controlado HA resistente ou refratária Crise hipertensiva com lesões em órgãos-alvo (IRA, ICC, encefalopatia hipertensiva, retinopatia hipertensiva grau 3-4) Piora da função renal após tto com bloqueadores do SRAA Atrofia renal não justificada, assimetria renal ou piora de função renal inexplicada Edema agudo de pulmão RASTREAMENTO: OBJETIVOS: Redução de morbidade e mortalidade Proteção da circulação e da função dos rins TTO CLÍNICA: Controle dos fatores de risco Antiagregantes plaquetários Estatinas iECA/BRA (exceto estenose bilateral ou unilateral com rim único) TTO INTERVENCIONISTA: ATC com implante de endoprótese vascular (angioplastia) Indicações → HAS refratária, edema agudo de pulmão, redução progressiva da função renal Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 22 Hiperaldosteronismo primário DEFINIÇÃO → supressão da atividade de renina plasmática (ARP) e aumento da excreção de aldosterona; redução de K+ CAUSAS: Hiperplasia adrenal cortical → bilateral (50-60%) e unilateral (raro) Tumor secretor → adenomas (40%) e carcinoma adrenal produtor (raro) Feocromocitoma DEFINIÇÃO → tumores de células cromafins do eixo simpático-adrenomedular secretores de catecolaminas = aumento de adrenalina MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Tríade: cefaleia, sudorese e palpitações (sempre tratar) Paroxismos de elevação da PA (30%) Paroxismos de exacerbação da hipertensãopreexistente HAS ou refratária DX LABORATORIAL: Catecolaminas e seus metabólitos no sangue e urina (rastreamento) A/R = aldosterona/renina; A/APR = aldosterona/atividade plasmática da renina Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 23 ⚠ Atenção da falso positivos → antidepressivos tricíclicos, agentos psicóticos e levodopa DX TOPOGRÁFICO: TC (preferencial) RM (superior à TC na identifação de paragangliomar) Cintilografia de corpo inteiro com 123l-MIBG ou 68Ga DONATE-PET-CT TTO → cirúrgico, clínico e crise CIRÚRGICO → preparo 2 semanas antes do procedimento; 1. Iniciar com alfa-1 bloqueadores (doxazosina ou prazosina) 2. Hidratação adequada 3. Aumento da ingesta oral de sódio CLÍNICO → alfa-1-bloqueadores; betabloqueadores (taquicardia sintomática; tumores) e apenas após início de alfa-1- bloqueadores; BCC, iECA e agonistas de ação central CRISE ADRENÉRGICA: 1. Nitroprussiato de sódio ou fentolamina injetável 2. Reposição volêmica (s/n) Redução da PA aos poucos. Apneia obstrutiva do sono DEFINIÇÃO → colapso intermitente das vias aéreas superiores durante o sono; obstruções totais (apneias) e parciais (hipopneias) = redução de O2 e aumento de CO2 (narcose) Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 24 PREVALÊNCIA: Geral = >5-15% → provavelmente, a causa mais comumente associada à HS HAR = >30% → provavelmente, a causa mais comumente associada à HS Homem>mulher CLASSIFICAÇÃO: Índice de apneia e hipopneia (IAH) - n° de eventos/hora: IAH <5 eventos/hora = ausência de AOS IAH 5-14 eventos/hora = AOS leve IAH 15-29 eventos/hora = AOS moderada IAH ≥ 30 eventos/hora = AOS importante MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Ronco, sonolência diurna, cefaleia matinal Síndrome metabólica Alterações do padrão de descenso noturno → PA média no sono>vigília (3-4x chance de AOS) - redução de O2 = vasoconstrição e aumento de EROS = aumento da PA no sono DIAGNÓSTICO: Rastreamento → questionário de Berlim, stop-bang, Escala de sonolência de Epworth Confirmatório → polissonografia (padrão de referência - IAH >5 eventos/hora de sono); polissonografia residencial (alternativa) TTO: CPAP (continuous positive airway pressure): Impacto modesto na PA (2-3 mmHg) HAR (~5mmHg) Má adesão ao uso do aparelho Preditores de melhor resposta pressórica: Características clínicas (sintomas) Melhor adesão ao CPAP (>4h por noite) Sonolência excessiva diurna Hipertensão resistente Alterações do descenso noturno da PA DRC Anormalidade na função e/ou morfologia >3 meses. RFG-e → <60 ml/min/m² Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 25 Exame de urina → albuminúria >30 mg/24h; razão albuminúria/creatinúria >30 mg/g; alteração na morfologia renal TTO → direcionado para a causa Coarctação da aorta Constrição da aorta (congênita) geralmente justaductal, proximal ao canal arterial ou ao ligamento CoAo significativa → gradiente >20mmHg EcoCardiograma (principal exame) TC → janela acústica inadequada no ECO RM → referência para diagnóstico e seguimento TTO: Angioplastia com implante de endoprótese vascular Hipoplasia do arco aórtico e/ou necessidade de ressecção da coarctação Doenças endócrinas HIPOTIREOIDISMO → hipertensão arterial diastólica e pressão de pulso reduzida (= PAS-PAD) HIPERTIREOIDISMO → hipertensão arterial sistólica e pressão de pulso aumentada (= PAS-PAD)
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