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CENTRO UNIVERSITÁRIO FMU
DIREITO
TIFFANY ALENA ROCHA XAVIER
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
Processo do Trabalho
São Paulo
2023
I - Um vendedor externo, Genivaldo, contratado pela empresa “Atacado Geral Ltda.”, que atua no setor de distribuição de doces e balas em geral, recebeu em sua CTPS anotação acerca da exceção do artigo 62, inciso I da CLT, eis que o empregador não realiza controle formal da jornada de trabalho. 
Em seu labor Genivaldo comparecia à empresa pela manhã e elaborava um roteiro de visitas, a partir de carteira de clientes de área definida pela empresa, prevendo no mínimo 20 (vinte) visitas diárias. Por volta das 8:30 da manhã Genivaldo saía da empresa para realizar as visitas do roteiro, mantendo constante contato por telefone, quando informava o horário de chegada e saída em cada cliente. Encerradas as visitas o vendedor enviava o relatório através de e-mail ao Supervisor da área de venda. Como mencionado Genivaldo não registrava em controle de frequência a sua jornada, que em média era de 10 horas, sem intervalos, de segundas a sábados.
Dispensado após dez anos de serviços prestados, sob o fundamento de justa causa por ato de concorrência desleal em prejuízo da empresa, Genivaldo propôs Reclamação Trabalhista em face de sua ex-empregadora, onde pretende a descaracterização da justa causa, o pagamento de horas extras e seus reflexos e pagamento de empréstimo que ele autor fez ao sócio da empresa. 
Em audiência realizada, a conciliação proposta pelo juiz foi infrutífera. Em sua defesa a empresa “Atacado Geral Ltda.” sustenta nada dever a título de horas extras, dada à exceção a que estavam sujeitos os seus vendedores, e que a justa causa encontra-se caracterizada na medida em que o empregado nas suas horas vagas como era proprietário de estabelecimento comercial em sociedade com sua esposa, vendia outros produtos alimentícios no varejo, especialmente batatas fritas e salgadinhos em geral. 
A contestação foi apresentada ao advogado de Genivaldo que rechaçou por negativa geral os fatos narrados na defesa e reiterou o conteúdo da petição inicial. 
Ato contínuo o juiz iniciou a instrução informando que dispensava o interrogatório do autor e do preposto, perguntando às partes se tinham provas, o advogado do autor informou que apresentaria duas testemunhas e a ré que apresentaria apenas uma testemunha.
Iniciada a colheita da prova oral, as testemunhas do autor informaram nada saber acerca dos fatos relacionados à justa causa e confirmaram que o autor estava submetido a controle informal de horário eis que se reportava a empresa nos exatos termos narrados na petição inicial. 
A testemunha da empresa, que exercia a função de diretor comercial com participação acionária de 40% do capital social da empresa, foi contraditada pelo advogado do autor, sob o fundamento de exercício de cargo de confiança na empresa e por ser sócio do empreendimento. A contradita não foi acolhida, sendo que o juiz se baseou nessa decisão no fato de que a testemunha convocada embora diretor não tinha real interesse na demanda. O advogado apresentou protestos, que restaram consignados em ata de audiência. 
A testemunha da empresa foi ouvida e nada acrescentou com relação às horas extras, mencionando tão somente que o trabalho do autor era realizado externamente sob a supervisão do depoente. Com relação à justa causa seu depoimento foi no sentido que ele havia investigado o fato pessoalmente e constatou que o autor era sócio minoritário de estabelecimento comercial localizado em frente a um clube onde eram vendidos no varejo toda a espécie de salgadinhos e por fim com relação ao empréstimo informou que de fato a empresa era devedora.
A instrução foi encerrada e as partes apresentaram alegações finais remissivas e ato contínuo o juiz prolatou a sentença julgando todos os pedidos iniciais improcedentes com fundamento na prova produzida em audiência, imputando ao autor as penas de litigância de má fé no percentual de 20% e atribuiu custas processuais definidas em lei e honorários sucumbenciais arbitrados no percentual de 20% ao empregado calculado sob o valor da causa fixado por sentença em R$ 50.000,00.
Nos autos constava pleito do autor no sentido de concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, assim publicada a sentença o advogado de Genivaldo apresentou medida processual visando o exame desse ponto omisso da decisão, bem como rebateu a falta de fundamentação da decisão com relação a litigância de má fé. 
O juiz recebeu a medida processual referenciada no parágrafo anterior, julgando-a improcedente sob o fundamento que não havia qualquer omissão no julgado, novamente, inconformado o autor no prazo apresentou medida processual objetivando reforma da decisão, que restou em juízo de admissibilidade denegada por falta de preparo. Mais uma vez o autor inconformado aviou nova medida processual.
Pergunta-se: 
1) Agiu corretamente o Magistrado na distribuição do ônus da prova no acaso acima apresentado? Fundamente sua opção de forma completa, inclusive abordando brevemente a questão da inversão do ônus da prova no processo do trabalho.
R: O Magistrado agiu corretamente na distribuição do ônus da prova, visto que o §1º do art. 818 da CLT expressa que nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
2) Qual a finalidade do protesto apresentado pelo advogado do autor?
R: A finalidade do protesto apresentado pelo advogado do Autor foi de deixar o processo marcado para, em momento oportuno, recorrer. Direito este que é previsto no art. 795, CLT e art. 817, CLT.
3) O juiz poderia dispensar o interrogatório das partes?
R: Sim, o artigo 848 da CLT prevê a faculdade do Juiz em interrogar as partes.
4) Explique à luz da doutrina, legislação e jurisprudência os fundamentos que deveriam ser utilizados pelo advogado de Genivaldo ao formular a contradita.
R: Os fundamentos que deveriam ser utilizados pelo advogado de Genilvado é a incapacidade, o impedimento ou a suspensão da testemunha, vide o art. 457, §1º, visto que a testemunha exercia função de diretor comercial e tinha participação de 40% do capital social da empresa. 
5) Explique o que são razões finais remissivas? Se hipoteticamente os advogados optassem por razões finais orais, quais as cautelas que deveriam ser observadas?
R: As razões finais remissivas remetem-se aos termos da inicial ou da defesa, alegando que mantém tudo o que foi dito no decorrer do processo. Caso os advogados optassem por razões finais orais, deveriam ser observados os requisitos presentes no art. 850 da CLT, caput: “Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.”
6) Agiu corretamente o juiz ao arbitrar os honorários sucumbências no percentual de 20% a ser calculado considerando o valor da causa?
R: O juiz não agiu corretamente em arbitrar os honorários de sucumbência em 20%, pois de acordo com o art. 791-A da CLT, estes honorários deverão ser fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença.
7) Qual a medida processual utilizada pelo autor para o exame dos pontos omissos da sentença? Qual o prazo? Se tivesse sido acolhida a medida quais os seus efeitos?
R: A medida processual utilizada pelo autor para o exame dos pontos omissivos da sentença é o Embargos de Declaração, que deverá ser imposto no prazo de 5 dias da publicação da sentença. Se tivesse sido acolhida, teria efeito modificativo da decisão nos casos de omissão, vide o art. 897-Ada CLT.
8) Qual a medida processual apresentada pelo autor após o indeferimento da medida processual em relação à omissão? Qual o prazo e o marco inicial desse prazo? Quais os seus pressupostos genéricos?
R: A medida processual apresentada pelo autor após o indeferimento da medida processual em relação à omissão (Embargos de Declaração) é o Recurso Ordinário, com fulcro no art. 895 da CLT. Seu prazo é de 8 dias e o marco inicial é a partir da decisão dos Embargos de Declaração. Seus pressupostos genéricos são os extrínsecos e intrínsecos: legitimidade, cabimento e interesse recursal (intrínsecos); regularidade formal, preparo e tempestividade (extrínsecos).
9) Qual a medida judicial cabível da denegação da medida judicial referida no item 5? Quais as obrigações da parte que avia essa medida? Qual o juízo de interposição? Qual o juízo de conhecimento? Qual o objetivo dessa medida?
R: Caso, em sua decisão, o juiz indeferir o pedido, haverá o cerceamento da defesa. Da sentença, caberá o Recurso Ordinário, vide o art. 850 da CLT. O Juízo de interposição é o juízo “a quo”, e o Juízo de conhecimento é o juízo “ad quem”. O objetivo dessa medida é a nulidade da sentença, para que as razões finais possam ser feitas. 
10) Considerando-se que o Tribunal deu provimento a medida judicial que combateu a decisão denegatória da medida principal, bem como provimento parcial a própria medida principal reconhecendo o direito às horas extras e o direito de Genivaldo receber valores relacionados ao empréstimo sem apresentar tese explícita o que resta do ponto de vista processual para que Genivaldo possa defender seus interesses com relação a justa causa e a litigância de má fé? Apresente a(s) medida(s), prazo(s), finalidade(s) e pressuposto(s) especifico(s) ao caso concreto.
R: A medida processual cabível nesse caso é o Recurso de Revista, com fulcro no art. 896 da CLT, com prazo de 8 dias úteis. Seu objetivo é uniformizar a jurisprudência dos Tribunais Regionais do Trabalho, ou seja, a matéria, provas e fatos não são discutidos, mas sim, as decisões que apresentarem alguma divergência com as jurisprudências em relação ao assunto em questão. Os pressupostos específicos ao caso concreto são custas processuais, depósito recursal, tempestividade, regularidade formal e o preparo. 
11) Como o Tribunal reformou a sentença com relação ao empréstimo, qual ou quais a medidas que a empresa pode adotar? Qual ou quais os seus prazos, pressupostos efeitos, juízo de admissibilidade, julgamento e fundamento jurídico?
R: A medida processual cabível nesse caso é o Recurso de Revista, com fulcro no art. 896 da CLT, com prazo de 8 dias úteis. Seu objetivo é uniformizar a jurisprudência dos Tribunais Regionais do Trabalho, ou seja, a matéria, provas e fatos não são discutidos, mas sim, as decisões que apresentarem alguma divergência com as jurisprudências em relação ao assunto em questão. Os pressupostos específicos ao caso concreto são custas processuais, depósito recursal, tempestividade, regularidade formal e o preparo.

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