Buscar

Faringotonsilites: Inflamação e Infecção

Prévia do material em texto

NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
FARINGOTONSILITES 
INTRODUÇÃO 
- São doenças inflamatórias e infecciosas 
envolvendo faringe, tonsilas palatinas e tonsilas 
faríngeas 
- A dor de garganta é uma das queixas mais 
comuns na prática médica 
- Atinge principalmente crianças entre os 4 e os 
15 anos de idade, sobretudo nos primeiros anos 
escolares 
- São mais comuns no inverno 
- Tem sido objeto de interesse na literatura 
médica a partir da constatação de que houve um 
aumento na sua frequência e agravamento das 
complicações que pareciam controladas nos 
países desenvolvidos 
- Desencadeia sintomatologia com duração de 3-
6 dias no adulto e de 6-10 dias na criança 
- Não teria relevância, se não fosse as 
complicações, que podem advir quando a 
faringotonsilite tem como agente causal o 
Streptococcus pyogenes 
- Pode evoluir com abscesso e o abscesso pode 
evoluir com mediastinite 
ANATOMIA: 
 
 
TONSILA FARÍNGEA: 
- Conhecida como ADENÓIDE e se localiza na 
nasofaringe 
- Desenvolve-se totalmente no 7º mês de 
gestação e continua a crescer até o 5º ou 6º ano 
de vida 
- Devido à sua localização, adenoides 
aumentadas podem causar obstrução nasal 
proliferação de microrganismos, o que, por sua 
vez, tende a fazer aumentar ainda mais seu 
tamanho 
- Anel de vondaier 
CLASSIFICAÇÕES: 
1. ADENOIDITE AGUDA  difícil de 
diferenciar de IVAS generalizada, ou 
mesmo de rinossinusite bacteriana. 
Apresenta-se com febre, rinorréia, 
obstrução nasal e roncos, que 
desaparecem o término do processo 
 
2. ADENOIDITE AGUDA RECORRENTE  
4 ou + episódios de adenoidite aguda em 
6 meses 
 
3. ADENOIDITE CRÔNICA  rinorreia 
constante, halitose, secreção em 
orofaringe e congestão crônica podem 
significar adenoidite crônica, que é difícil 
diferenciar de sinusite crônica. A 
associação com OMS sugere mais 
adenoidite 
OBS: RGE pode ser causa de adenoidite 
crônica 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
Critério de Paradise  mais de 7 
infecções em 1 ano ou + de 5 infecções 
por ano por 2 anos consecutivos ou + de 
3 infecções por ano por 3 anos 
consecutivos tem indicação de cirurgia 
 
4. HIPERPLASIA ADENOIDIANA  
obstrução nasal crônica (com roncos e 
respiração bucal), ronorreia e voz 
hiponasal 
TONSILAS PALATINAS: 
- Amigdalas 
- Tecidos semelhantes aos linfonodos que 
conferem proteção 
- Estão situadas entre o tubo digestivo e o 
respiratório e combatem os microrganismos que 
entram através do nariz e da boca 
- As tonsilas palatinas apresentam em sua 
superfície 1—30 invaginações bem 
desenvolvidas denominadas criptas 
CLASSIFICAÇÃO: 
1. Amigdalite aguda: febre, dor de garganta, 
disfagia, adenomegalia cervical com 
hiperemia de amígdalas, podendo haver 
exsudatos. 
2. Amigdalite aguda recorrente: 7 episódios 
em 1 ano, 5 episódios por ano em 2 anos 
consecutivos ou 3 episódios por ano em 
3 anos consecutivos. 
 
3. Amigdalite crônica: dor de garganta 
crônica, halitose, cálculos amigdalianos 
excessivos, edema periamigdaliano e 
adenopatia cervical amolecida 
persistente. 
 
4. Hiperplasia amigdaliana: roncos, apnéia 
obstrutiva do sono, disfagia, voz 
hipernasal. Em casos extremos, se 
associada com obstrução nasal e muito 
intensa (quadro agudo), pode causar 
insuficiência respiratória aguda. 
ETIOLOGIA 
VIRAL E BACTERIANA: 
- As mais comuns são as virais  75% das 
faringoamigdalites agudas 
- Comuns em crianças com menos de 2 anos e 
diminuem após a puberdade 
- Adenovírus (20%), mas coronavírus, rhinovírus, 
influenza e parainfluenza, entre outros (coxsakie, 
citomegalovírus, Epstein-Barr vírus, HIV) podem 
estar envolvidos 
- Sintomas de leve intensidade (dor de garganta 
e disfagia). A maioria dos pacientes irá 
apresentar mialgia (dor muscular) e febre baixa, 
associadas a coriza e espirros 
- O exame físico mostra coloração avermelhada 
da mucosa faríngea. As tonsilas podem estar 
aumentadas, mas frequentemente NÃO HÁ 
EXSUDATO (pus) 
- As bactérias correspondem a 20-40% dos 
casos 
- O Streptococcus pyogenes é responsável por 
cerca de 15-30% das faringoamigdalites agudas 
em crianças em idade escolar e adolescentes 
- Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia 
pneumoniae pode também pode ser causa de 
faringite na população entre 9-19 anos 
- Outros bactérias como Staphylococcus aureus, 
Hemophilus sp e Moraxela catarrhalis, são 
responsáveis por recaídas de infecções 
estreptocócicas 
- Dor de garganta, disfagia, febre, gânglios 
submandibulares aumentados e dolorosos 
- Orofaringe hiperemiada, mucosa edemaciada, 
exudato 
QUADRO CLÍNICO: 
FARINGOTONSILITE VIRAL: 
 Febre, mas não febre alta 
 Odinofagia moderada 
 Hipertrofia ou hiperemia tonsilar com ou 
sem exsudato 
 Coriza 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
 Obstrução nasal 
 Espirros 
 Tosse e rouquidão 
 Aftas 
 Sintomas gastrointestinais 
FARINGOTONSILITE BACTERIANA: 
 Febre alta 
 Inicio abrupto 
 Odinofagia intensa 
 Hipertrofia ou hiperemia tonsilar com ou 
sem exsudato 
 Petéquias palato 
 Adenopatia cervical dolorosa à palpação 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
- CULTURA  é o padrão outro 
- O modo mais correto é através da coleta de 
material da garganta por swab mas a 
identificação do agente demora pelo menos 48-
72h. Por isso, muitas vezes os médicos optam 
por iniciar o tratamento baseado em achados 
clínicos 
- Hemograma na fase aguda pode sinalizar se a 
a infecção é viral ou bacteriana 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 
 
- Os testes sorológicos são uteis para saber se 
houve infecção, mas não para diagnóstico inicial 
 
TRATAMENTO: 
- Depende da clínica de cada paciente 
- A etiologia da infecção (viral ou bacteriana) vai 
indicar se o uso de ATB é necessária ou não 
- O tratamento das infecções virais não é 
específico e consiste em terapias de suporte 
com medicações analgésicas e anti-inflamatórias 
- Os tratamentos podem ser clínicos (com 
medicamentos) ou cirúrgicos dependendo da 
causa, extensão, repetição ou severidade dor 
quadros 
 
 
AMIGDALITE ESTREPTOCÓCICA 
 Penicilina 
 Antibiótico de eleição 
 Susceptilidade universão do 
Streptococcus pyogenes 
 Ausência de efeitos secundários 
importantes 
 Baixo custo 
- Penicilina G benzatina 50.000 U/kg até ao 
máximo de 1.200.000 (600.000 U abaixo dos 
15kg e 1.200.000 acima dos 15kg) 
- Quando não há via oral 
- Se há dúvidas na adesão terapêutica 
CLASSIFICAÇÃO DE BRODSKY 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 
 
 
COMPLICAÇÕES: 
- Abscessos 
 
PÓS OPERATÓRIO: 
- Processo de cicatrização por causa do bisturi 
elétrico 
 
 
MITOS E VERDADES: 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6

Continue navegando