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Resumo de periodontia cirúrgica TERAPIA CIRURGICA Anatomia cirúrgica periodontal Mandíbula único osso móvel do corpo humano em forma de fer- radura que está conectado ao crânio pela articulação temporomandibular. O canal mandibular é ocupado por feixes de vasos e nervos alveolar inferior, começa no forame mandibu- lar. O canal mentoniano está situado na vestibular da mandíbula, abaixo do ápice dos pré-molar, mais pró- ximo do segundo pré-molar. Nem sempre está visível na radiografia que pode ser arredondado ou oval. Normalmente está voltado para cima e na direção distal, com a sua borda posterossuperior inclinando-se gradualmente para a superfície óssea. E tem três ra- mos; um ramo de nervo virado frente e para baixo para abastecer a pele do queixo. Os outros dois se- guem na direção anterior e para cima a fim de abaste- cer a pele e a membrana mucosa do lábio inferior e a mucosa de superfície alveolar labial. O nervo lingual, junto com o nervo alveolar inferior, é um ramo da divisão posterior do nervo mandibular. O nervo lingual está mais próximo da superfície da mu- cosa oral na área do terceiro molar e se aprofunda à medida que avança. Pode ser danificado em procedi- mento de exodontia de terceiro molar, quando o reta- lho periodontal de espessura parcial é elevado na região do terceiro molar ou quando são feitas incisões de liberação na área. Maxila A maxila é um osso emparelhado que possua cavida- des chamadas de seio maxilar e cavidade nasal. Ramos terminais do feixe vasculonervoos nasopalati- no passam pelo canais incisivos, que se abre área an- terior da linha média do palato. Forame palatino maior se abre 3 a 4 mm anterior à borda posteror do palato duro. O feixe vasculonervo- so palatino maior emerge desse forame e segue ante- riormente na submucosa do palato, entre os proces- sos palatino e alveolar. A camada submucosa do pala- to posterior aos primeiros molares contém glândulas palatina. Seio maxilar, é o maior dois seios parana- sais. É uma cavidade cheia de ar situada na maxilar e superiormente aos dentes. E é revestida no interior por uma camada fina de membrana mucosa chamada membrana schneideriana. Essa estrutura especia- lizada da membrana mucosa respiratória, com seus cílios dotados purificados, umedecer e aquecer o ar, a fim de proteger os pulmões. Princípios de cirurgia periodontal Incisões Incisões horizontal (me- sial-distal) vestibular (oclusal- apical). Incisões horizontal são direcionadas na margem gengival mesial ou distal. Dois tipos: a) Bisel interno e que começa da margem gengival e vai até a crista óssea. É aquela do qual o retalho e reba- tido para expor a raiz subjacente. Objetivo: 1. Remover o revestimento da bolsa 2. Conserva a superfície externa da gengiva rela- tivamente intacta, se caso for posicionada apicalmente, se transforma em gengiva inse- rida 3. Produz uma margem de retalho delgado para adaptar à junção osso-dente. b) Bisel externo que começa do fundo da bolsa e vai até a margem gengival. c) Incisão interdental é feita após o retalho e serve para remover o tecido interdental. A junção dos dois bisel interno e externo forma um conjunto em V que termina perto da crista óssea, ou sobre a mesma. Essa cunha em V contém maior parte da área inflamada e granulosamente que constitui a parede lateral da bolsa. A lâmina 12 em forma de bico é utilizada nessa incisão. O bisturi de Orban é usado para realizar esse tipo de incisão. A incisão também é feita ao interdental, para libera completamente a gengiva ao redor do dente. Após a remição de grandes porções de tecido, o tecido con- juntivo remanescente na lesão óssea deve ser cureta- do e removido cuidadosamente para que a raiz inteira e a superfície óssea adjacente aos dentes possam ser observado. Incisões verticais Incisões verticais ou oblíquas podem ser utilizada em incisões horizontais. Só será necessário se for preciso o deslocamento apical. As incisões devem ser ultra- passadas da linha mucogengival para afim de alcançar Resumo de periodontia cirúrgica ao mucosa alveolar, o que permite liberação do reta- lho a ser deslocado. As incisões verticais vestibulares não devem ser feitas no centro de uma papila inter- dental ou sobre a superfície radicular de um dente, e sim nas linhas anguladas de um dente para incluir a papila no retalho ou para evita-la completamento. correta de uma incisão vertical. Essa incisão deve ser feita nas linhas angu- ladas para evitar a divisão de uma papila ou o corte direto sobre uma superfície radicular. Classificação do retalho Os retalhos são classificados: Totais: Todo o tecido mole, incluindo o periósteo, é rebatido para expor o osso adjacente. Parcial: Inclui apenas o epitélio e uma camada de te- cido conjuntivo subjacente. O osso permanece cober- to por uma camada de tecido conjuntivo que incluir o perióteo. A, Diagrama da incisão em bisel interno (primeira incisão) para refletir um retalho de espessura total (mucoperiosteal). Observe que a incisão termina no osso para permitir a reflexão do retalho inteiro. B, Diagrama da incisão em bisel interno para refletir um retalho de espessura parcial. Note que a incisão termina na superfície radicular para preservar o pe- riósteo no osso Desenho do retalho Deve considerar o acesso ao osso adjacente e as su- perfície radicular e a posição do retalho, precisa ser considerada no planejamento do retalho. Além disso, o suprimento do retalho é uma consideração impor- tante. São utilizados dois desenhos básicos: Retalho convencional Retalho de preservação da papila RETALHO CONVENCIONAL: Divide a papila em metade vestibular e metade lingual ou palatina Desenho de retalho para uma técnica convencional ou tradicional. A, Desenho das incisões: incisão em bisel interno, dividindo a papila, e incisões verticais dese- nhadas como linhas tracejadas. B, O retalho foi eleva- do e a cunha de tecido próxima ao dente ainda está no lugar. C, Todo o tecido marginal foi removido para expor o osso subjacente (observe o defeito em um espaço). D, O tecido foi devolvido à sua posição origi- nal. As áreas proximais não estão totalmente cober- tas. RETALHO DE PRESERVAÇÃO DE PAPILA: incorpora a papila inteira em um dos retalhos por meio de inci- sões interdentais intrassulculares para cortar a adesão de tecido conjuntivo e também como uma incisão horizontal na base da papila para deixá-la conectada a um dos retalhos. Técnica de sutura O retalho deve permanecer sem tensão para não cau- sar necrose tecidual. A agulha é segura com o porta- agulha e deve entrar nos tecidos em ângulo reto e a não menos de 2 a 3 mm da incisão. Resumo de periodontia cirúrgica As suturas de qualquer tipo que são colocadas nas papilas interdentais devem entrar e sair do tecido em um ponto situado abaixo da linha imaginária que for- ma a base do triângulo da papila interdental A localização das suturas para o fechamento de um retalho palatino depende do grau de elevação do re- talho que foi realizado. O retalho é dividido em quatro quadrantes. Posição das suturas para fechar um reta- lho palatino. Nos retalhos ligeira ou moderadamente elevados, as suturas são posicionadas nas áreas som- breadas. Na elevação mais substancial do retalho, as suturas são posicionadas nas áreas centrais (não som- breadas) do palato. Sutura Sutura Interdental divide em: interdental e em forma de oito. Sutura interdental Sutura em forma de oito Sutura suspensória A sutura suspensória pode ser utilizada em um retalho na superfície de um dente que envolva dois espaços interdentais. Procedimentos de cunha distal o tratamento de bolsas periodontais na face distal de molares é dificultado pela presença de tecido hiper- plásico (crescimento anormal do tecido) sobre a tube- rosidade ou por um coxim retromolar proeminente. A incisão inicia-se na superfíciedistal da tuberosidade e segue para frente até a base da bolsa da superfície distal do molar. Procedimento de cunha distal. Uma incisão de gengivectomia (linha pontilhada) pode ser utilizada para eliminar a bolsa e o coxim de tecido fibroso adjacen- te atrás de um molar Resumo de periodontia cirúrgica superior. Quando há pouca ou nenhuma gengiva queratinizada, ou quando existe defeito ósseo angular, o tecido hi- perplásico deve ser diminuído em vez de removido. Utilizando-se o procedimento de cunha distal. Incisões vestibular e lingual devem ser estendidas na direção mesial, contornando as faces vestibular e lingual do molar distal para facilitar a elevação do retalho Técnica para remoção do freio É uma prega de membrana mucosa com fibras muscu- lares que liga o lábio e bochecha. O frio passa a ser um problema se a inserção estiver próxima da mar- gem gengival e normalmente está entre os incisivos centras superior podem apresenta um problema esté- tico em paciente com linha labial alta. Frenectomia É a remoção total do freio, incluindo junto com a sua inserção no osso subjacente. E pode ser uma correção do diastema anormal (espaço ente os dentes superi- or). Frenotomia É a relocação do freio, normalmente em uma posição mais apical. Tipos de freios: Classificação de freio de acordo com sua localização Inserção mucosa Faz parte da mucosa alveolar e está situada no limite da linha mucogengival Inserção gengival As inserções baixas do freio labial maxilar estão no interi- or na gengiva inserida Inserção papilar O freio labial maxilar está inserido na gengiva papilar Inserção intermediária Une-se ao ápice do septo gengival e confunde-se com a papila plana Técnica operatória Frenectomia vestibular 1) Anestesia infiltrativa 2) Imobilização do freio (pinças hemostáticas) 3) Incisão na gengiva (lãmina ou tesoura) 4) Tecido excisado 5) Inserção do freio descolado (total ou parcial) 6) Ferida em losango 7) Sutura Resumo de periodontia cirúrgica Frenectomia lingual 1) Anestesia lingual infiltrativa retroincisiva 2) Anestesia base da língua (superficial) 3) Incisão horizontal na base (freio fino) 4) Frenectomia em losango (freio espesso) 5) Língua tracionada para cima e para atrás 6) Freio seccionado e todo o tecido eliminado 7) Sutura Atenção! ✓ Músculo genioglosso ✓ Veias raninas ✓ Artéria lingual ✓ Nervo língual ✓ Canais salivares. Ácinos dos canais salivares de Wharton Fenectomia Vantagens Desvantagens -Rápida e eficaz. -Pós-operatóriopouco doloroso. -Dificuldade oparatória para o freio lingual -Risco de cicatriz desagradável Risco da necessidade de um outro tratamnto. Cirurgia pré-protética PROCEDIMENTO DE AUMENTO DE COROA É realizada no intuido de restabeler a coroa do dente e justar na oclução dos dentes adjacente, tambén ajustar na margem gengivais de acrodo com a estética. O espaço biológico deve ser respeitado, é difinido comprimento a dimensão fisiológico do epitéio juncional e da inserção de tecido conjuntivo. Descobriu-se que essa medição é relativamente constante em 2mm. O sulco gengival mostrou-se uma profundidade de 1 mm. Foi relatado que a violação do espaço biológico com restauração na sua zona pode proporcionar uma inflamação do tecido gengival. É recomendado que haja 3 mm da margem gengival até a crista óssea. A restauração é colocada no espaço biológico no valor máximo 1 mm. Posicionamento das restaurações O maior risco biológico ocorre durante o posiciona- mento das margens subgengivais. Essas margens não são tão acessíveis quanto as supra ou equigengivais para os procedimentos de acabamento. O espaço biológico, ou de inserção, pode ser identificado para cada paciente sondando até o nível ósseo (conhecida como “sondagem até o osso”) e subtraindo a profun- didade do sulco da medição resultante. Se essa dis- tância for menor que 2 mm em um ou mais locais, pode ser confirmado um diagnóstico de violação do espaço biológico. • Subgengival> Acima da margem gengival • Equigengival> Igual com a margem gengival • Supragengival> Acima da margem gengival Aumento Cirúrgico de Coroa Indicações → Cárie ou fratura subgengival → Comprimento inadequado de coroa clínica pa- ra a retenção → Alturas gengivais desiguais ou antiestéticas Contraindicações → A cirurgia criaria um resultado antiestético → Cáries ou fraturas profundas exigiriam remo- ção óssea excessiva → em dentes contíguos → O dente é desfavorável para restauração. Resumo de periodontia cirúrgica Invasão do Espaço Biológico 1) Cárie 2) Fraturas 3) Perfurações 4) Preparo protéticos Como corrigir a invasão do espaço biológico? ❖ Procedimento cirúrico (ACC) ❖ Afastando a margem das restaurações ❖ Extrusão ortodôndica. Objetivo da Procedimento cirúrico (ACC) ✓ Ajustar níveis gengivais (estética) ✓ Fornecer forma de retenção (preparo dentário apropriado) ✓ Posicionamento das margens restauradoras ✓ Procedimento de moldagem A ACC envolve cirurgia de retalho combinado com cirurgias ósseas. A redução de tecido mole é indicada se houver gengiva inserida suficiente e mais de 3mm de tecido coronal à crista óssea. Isso pode ser feito por gengivectomia ou por técnica de retalho. Mais de 3 mm de tecido mole entre o osso e a margem gengival, com gengiva inserida adequada, permite o au- mento da coroa pela gengivectomia. Com menos de 3 mm de tecido mole entre o osso e a margem gengival ou com uma quantidade insuficiente de gengiva inserida, um procedimento de retalho e a remode- lação do contorno ósseo são necessários para o aumento de coroa. Em caso de cárie ou fratura, pelo menos 1 mm de estrutura dentária sólida deve estar presente acima da margem gen- gival para uma adequada restauração. Técnica operatória - ACC ✓ A preferência pelo retalho de Widman modifi- cado, quando existe a necessidade de osteo- tomia ✓ Porém, diversas técnicas de retalho podem ser utilizadas na cirurgia de ACC Retalho de Widman modificado Retalho de Widman modificado. A incisão inicial é feita de 0,5 a 1 mm da margem gengival (A) e paralela ao eixo longi- tudinal do dente (B). Técnica Deve ser paralela ao longo eixo do dente e posicionada a cerca de 1 mm da margem gengival vestibular, a fim de separar adequadamente o epitélio da bolsa do retalho. Se as bolsas na área vestibular forem < 2 mm ou se considera- ções estéticas forem importantes, é feita uma incisão in- trassulcular. Além disso, a incisão deve estender-se o má- ximo possível entre os dentes, para permitir a inclusão da maior quantidade de gengiva interdental no retalho. Uma Resumo de periodontia cirúrgica incisão semelhante é feita na face palatina. Entretanto, frequentemente o contorno recortado da incisão inicial pode ser acentuado com o posicionamento da lâmina a uma distância de 1 a 2 mm da superfície mediopalatina dos dentes. Estendendo-se a incisão o mais distante possível entre os dentes, podem ser incluídas quantidades suficien- tes de tecido no retalho palatino para permitir adequada cobertura do osso interproximal quando o retalho for sutu- rado. Incisões relaxadoras verticais em geral não são neces- sárias Retalho de Widman modificado. Após a elevação cuidadosa dos retalhos, é feita uma segunda incisão intrassulcular (A) até a crista óssea alveolar (B) para separar o colarinho teci- dual da superfície radicular. Retalhos totais vestibulares e palatinos de espessura total são cuidadosamente elevados com um descola- dor mucoperiosteal. O rebatimento do retalho deve ser limitado para permitir a exposição de apenas al- guns milímetros da crista óssea alveolar. Para facilitar a separação delicada do colarinho do epitélio da bolsa e dotecido de granulação das superfícies radiculares, uma incisão intrassulcular é feita em torno dos dentes (segunda incisão) até a crista alveolar. Retalho de Widman modificado. A terceira incisão é feita perpendicularmente à superfície radicular (A) e o mais próximo possível da crista óssea (B), separando, desse mo- do, o colarinho de tecido do osso alveolar Uma terceira incisão, feita em direção horizontal e em um ponto próximo à crista óssea alveolar, separa o osso do colarinho de tecidos moles das superfícies radiculares. O epitélio da bolsa e o tecido de granulação são re- movidos por meio de curetas. As raízes expostas são cuidadosamente raspadas e aplainadas, exceto uma área estreita, perto da crista óssea, na qual remanes- centes das fibras de inserção podem ser preservados. Defeitos ósseos angulares são cuidadosamente cure- tados Retalho de Widman modificado. A. Após o desbridamento e a curetagem adequada dos defeitos ósseos angulares, os retalhos são cuidadosamente ajustados para proteger o osso alveolar e suturados. B. Deve-se realizar a proteção completa do osso interdental, assim como integração dos retalhos às superfícies dentárias. Após a curetagem, os retalhos são aparados e ajusta- dos ao osso alveolar para obter uma completa cober- tura do osso interproximal. Se essa adaptação não puder ser obtida por meio do recontorno dos tecidos moles, alguma quantidade de osso pode ser removida para facilitar a tão importante adaptação do retalho. Os retalhos são suturados com pontos interdentais. Cimento cirúrgico pode ser colocado sobre a área para garantir a íntima adaptação dos retalhos ao osso alve- olar e às superfícies radiculares. O cimento e as sutu- ras são removidos com 1 semana. As principais vantagens da técnica do retalho de Widman modificado são: • Possibilidade de obter integração dos tecidos moles às superfícies radiculares • O trauma mínimo ao qual ficam expostos o osso alveolar e o tecido conjuntivo • Menor exposição das superfícies radiculares, o que, do ponto de vista estético, representa uma vantagem no tratamento das regiões an- teriore Resumo de periodontia cirúrgica TERAPIA NÃO CIRURGICA Raspagem e alisamento radicular é uma forma de tratamento efetiva para a periodontite. A existência de um limiar de carga bacteriana abaixo da qual o hospedeiro pode suportar a infecção restante. O obje- tivo da instrumentação não cirúrgica é alcançar abaixo desse limiar. Classificação dos instrumentais periodontais 1. As sondas periodontais são utilizadas para locali- zar, mensurar e marcar bolsas periodontais, bem como para determinar o seu curso em cada super- fície dentária; 2. Os exploradores são utilizados para localizar depó- sitos de cálculo e cáries; 3. Os instrumentos de raspagem, alisamento radicu- lar e curetagem são utilizados para a remoção do biofilme e dos depósitos calcificados na coroa e na raiz de um dente, remoção do cemento alterado da superfície radicular subgengival e desbridamen- to do revestimento de tecido mole da bolsa. Os instrumentos de raspagem e curetagem são classi- ficados da seguinte forma: • foices são instrumentos brutos utilizados para remover cálculo supragengival; • Curetas são instrumentos delicados utilizados para raspagem subgengival, alisamento radi- cular e remoção do revestimento de tecido mole da bolsa; • Enxadas, cinzéis e limas são utilizados para remover cálculo gengival firme e cemento al- terado. Seu uso é limitado em comparação com o das curetas; • Instrumentos sônicos e ultrassônicos são utili- zados para raspagem e limpeza das superfí- cies dentárias e curetagem da parede de teci- do mole da bolsa periodontal. 1. Os endoscópios periodontais são utilizados para visualizar o fundo das bolsas subgengivais e as bi- furcações, permitindo a detecção de depósitos; 2. Os instrumentos de limpeza e polimento, como as taças de borracha, escovas e fita dental, são utili- zados para limpar e polir as superfícies dentárias. Também existem sistemas abrasivos a base de ar e pó para o polimento dentário. Cada grupo de instrumentos tem recursos caracterís- ticos; O desenvolvimento da terapia varia de cada terapêutico de modo que operam. Os instrumentos pequenos são recomendados por encaixarem nas bolsas periodontais sem lesionar os tecidos moles. As partes de cada instrumento são classificadas como parte ou lâmina ativa, haste e cabo. Sondas periodontais Utilizadas para medir a profundidade da bolsa perio- dontal e determinar a sua forma. Tipos de sondas periodontais: A. Sonda com marcas coloridas. As calibrações são em secções de 3 mm. B. Sonda da Universidade da Carolina do Norte (UNC-15), uma sonda de 15 mm de compri- mento com marcações em milímetros em ca- da milímetro e codificação por cor no quinto, décimo e décimo quinto milímetros. C. Sonda “O” da Universidade de Michigan, com marcações de Williams (em 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9 e 10 mm). D. Sonda “O” da Universidade de Michigan com marcações em 3, 6 e 8 mm. E. Sonda da Organização Mundial da Saúde (OMS), que tem uma esfera de 0,5 mm na ponta e marcações em milímetros em 3,5, 8,5 e 11,5 mm e codificação por cor de 3,5 a 5,5 mm As áreas de bifurcação podem ser melhor avaliadas com a sonda de Nabers – curva e romba. Resumo de periodontia cirúrgica Instrumentos de Raspagem e Curetagem Os cinco instrumentos básicos de raspagem. A. Cureta. B. Foice. C. Lima. D. Cinzel. E. Enxada. As foices são utilizadas com um movimento de tração indo no sentido da coroa do dente. É importante ob- servar que podem ser obtidas foices com o mesmo desenho básico, mas com lâminas de tamanhos e tipos de haste diferentes para se adaptarem a usos específicos. Portanto, deve-se escolher os instrumen- tos baseado na área a ser raspada. As foices com has- tes retas são projetadas para utilização nos dentes anteriores e pré-molares. As foices com hastes angu- ladas adaptam-se aos dentes posteriores. Características básicas de uma foice: → Forma triangular → Dupla borda cortante → Extremidade pontiaguda Uso de uma foice para remoção de cálculo supragen- gival. Curetais A cureta é mais fina que as foices e não possui pontas ou cantos afiados, a não ser nas bordas cortantes da lâmina. Portanto, as curetas podem ser adaptadas para proporcionar um bom acesso às bolsas profun- das, com mínimo trauma aos tecidos moles. Existem bordas de corte em ambos os lados da lâmina. Carac- terísticas básicas de uma cureta: lâmina em forma de colher e ponta arredondada. Resumo de periodontia cirúrgica A cureta é o instrumento preferido para a raspagem subgengival e alisamento radicular E são apresentadas em dois tipos: Universal com a face da lâmina de 90° em relação a à haste na visão do corte transversal e área-específica (Gracey), pois tem um Ângulo aproximado de 60° a 70° em relação a sua haste. A, cureta universal. B, Cureta de Gracey. As curetas específicas para a área também têm uma lâmina curva. Enquanto a lâmina da cureta universal é curva em uma direção, A a lâmina Gracey é curva da cabeça aos pés e também ao longo da lateral da borda cortante. A, cureta universal vista a partir da lâmina. Repare que a lâmina é reta. B, Cureta de Gracey vista a partir da lâmina. A lâmina é curva; apenas a borda cortante convexa é utilizada. Limas Sua função primária é fraturar ou esmagar grandes depósitos de cálculo firme ou placas polidas de cálcu- lo. As limas podem escavar e tornar rugosas facilmen- te as superfícies radiculares quando utilizadas de mo- do inadequado. Portanto, elas não são adequadas para a raspagem delicada e alisamento radicular Cinzeis O cinzel, projetado para as superfícies proximais dos dentes com um espaçamento pequeno demais para permitir o uso de outros raspadores, é utilizado na região anteriorda boca. Resumo de periodontia cirúrgica Enxadas As enxadas McCall n° 3, 4, 5, 6, 7 e 8 são um conjunto de seis enxadas projetadas para proporcionar acesso a todas as superfícies dentárias Instrumentos Ultrassônicos A opção pela instrumentação ultrassônica ou manual deve ser determinada pela preferência e experiência do clínico e pela necessidade de cada paciente. Na prática, usa uma combinação de instrumentação ul- trassônica e manual para obter o desbridamento completo. A energia vibratória produzida pelo instru- mento ultrassônico tornao útil para remoção de de- pósitos pesados e duros de cálculo e manchas. Esses depósitos podem ser removidos com mais rapidez e com menos esforço com a instrumentação ultrassôni- ca do que com a instrumentação manual. Quando os instrumentos ultrassônicos são manipulados correta- mente, ocorre menos trauma tecidual e, portanto, menos desconforto pós-operatório. Isso torna a ins- trumentação ultrassônica útil para pacientes com condições dolorosas agudas, como a gengivite ulcera- tiva necrotizante. Os pacientes com marca-passos devem ser consultados e liberados pelo médico res- ponsável de seu tratamento. Os pacientes com doen- ças transmissíveis conhecidas e que podem ser propa- gadas por aerossóis não devem ser tratados com dis- positivos de raspagem ultrassônicos e sônicos. Os pacientes em risco de doença respiratória não devem ser tratados com dispositivos ultrassônicos ou sônicos, incluindo aqueles que são imunocomprometidos ou que possuem transtornos pulmonares crônicos. Fi- nalmente, as pontas metálicas dos aparelhos ultras- sônicos e sônicos são contraindicadas para os implan- tes de titânio, que podem ser riscados ou arranhados, e para as restaurações adesivas ou de porcelana, que podem ser removidas ou quebradas. Gengivectomia com bisel interno A parte da gengiva deixada em volta do dente contém o epitélio do revestimento da bolsa e o tecido granu- lomatoso adjacente. Ela é descartada após a execução das incisões intrassulculares (segunda) e interdental (terceira). A incisão em bisel interno começa a partir de uma área designada na gengiva e depois é direcio- nada para uma área na crista do osso ou próxima a ela. O ponto de partida na gengiva é determinado pelo fato de o retalho ser ou não deslocado apical- mente. Posição do bisturi para realizar a incisão em bisel in- terno. Gengivectomia com bisel externo A posição do bisturi é voltado para região incisão do dente, ao contrário do bisel interno. Posição do bisturi para realizar a incisão em bisel ex- terno. Gengivectomia A palavra gengivectomia significa “excisão da gengi- va”. Quando remover a bolsa periodontal , a gengi- vetomia possibilita uma o acesso a região operada e visibilidade ao operador. Com finalidade de uma gen- giva normal e saudável. Indicações e Contraindicações A técnica da gengivectomia pode ser realizada com as seguintes indicações: 1. eliminação das bolsas supraósseas, independente- mente de sua profundidade, se a parede da bolsa for fibrosa e firme; 2. eliminação dos aumentos gengivais; 3. eliminação dos abscessos periodontais supraósseos. As contraindicações para a gengivectomia incluem: 1. necessidade de cirurgia óssea ou exame da forma e da morfologia ósseas; Resumo de periodontia cirúrgica 2. situações em que o fundo da bolsa está apical à junção mucogengival; 3. considerações estéticas, particularmente na região anterior da maxila. Retalho de widman Widman descreveu o desenho de um retalho mucope- riósteo com o objetivo de remover o epitélio da bolsa e o tecido conjuntivo inflamado, facilitando, com isso, a correta higienização das superfícies radiculares. Técnica Incisões liberadoras verticais são feitas primeiramente para demarcar a área a ser operada (IMAGEM). Essas incisões iniciamse na região mediana da margem gen- gival vestibular de dois dentes adjacentes à área a ser operada e continuam por alguns milímetros na muco- sa alveolar. As duas incisões liberadoras são unidas por uma incisão gengival, que acompanha a margem gengival e separa o epitélio da bolsa e o tecido con- juntivo inflamado da gengiva não inflamada. Incisões liberadoras e gengivais similares, caso necessário, são feitas na face lingual dos dentes Um retalho mucoperiósteo é elevado para expor pelo menos 2 a 3 mm do osso alveolar marginal. O colari- nho de gengiva inflamada em torno dos dentes é re- movido com curetas (IMAGEM) e as superfícies radi- culares expostas são cuidadosamente instrumentadas. É recomendado um recontorno ósseo com o objetivo de obter uma forma anatômica ideal do osso alveolar subjacente (IMAGEM) Após o desbridamento cuidadoso dos dentes na área cirúrgica, os retalhos vestibular e lingual são reposici- onados e mantidos na posição por suturas interproxi- mais (IMAGEM). Widman ressaltou a importância de posicionar a margem do tecido gengival no nível da crista óssea alveolar para que não haja bolsa rema- nescente. Frequentemente, as regiões interproximais do osso crestal ficam sem a cobertura de tecidos mo- les. Cirurgia a retalho de Kirkland Kirkland descreveu um procedimento cirúrgico usado no tratamento das “bolsas periodontais purulentas”; e é basicamente um retalho de acesso usado para per- mitir um apropriado desbridamento radicular. Incisões de bolsa são feitas (IMAGEM) nas faces vesti- bular e lingual das áreas interproximais. As incisões estendem-se nas direções mesial e distal. Resumo de periodontia cirúrgica A gengiva é retraída vestibular e lingualmente para a exposição das superfícies radiculares doentes (IMA- GEM) que são cuidadosamente desbridadas (IMAGEM). Defeitos ósseos angulares são curetados, mas não há remoção óssea. Após a eliminação do epitélio da bolsa e do tecido de granulação da face interna dos retalhos, eles são re- posicionados na sua localização original e mantidos por suturas interproximais (IMAGEM) Retalho de Widman modificado Ramfjord e Nissle descreveram a técnica do retalho de Widman modificado. Deve ser observado que, en- quanto a técnica do retalho original de Widman inclu- ía tanto o deslocamento apical do retalho como a restauração do contorno ósseo (eliminação dos defei- tos ósseos) para a eliminação das bolsas, a técnica do retalho de Widman modificado não atendia a esses objetivos. A incisão inicial (IMAGEM) A incisão inicial é feita de 0,5 a 1 mm da margem gengival (A) e paralela ao eixo longitudinal do dente (B) deve ser paralela ao longo eixo do dente e posiciona- da a cerca de 1 mm da margem gengival vestibular, a fim de separar adequadamente o epitélio da bolsa do retalho. Se as bolsas na área vestibular forem < 2 mm ou se considerações estéticas forem importantes, é feita uma incisão intrassulcular. Além disso, a incisão deve estender-se o máximo possível entre os dentes, para permitir a inclusão da maior quantidade de gen- giva interdental no retalho. Uma incisão semelhante é feita na face palatina. Entretanto, frequentemente o contorno recortado da incisão inicial pode ser acentu- ado com o posicionamento da lâmina a uma distância de 1 a 2 mm da superfície mediopalatina dos dentes. Estendendo-se a incisão o mais distante possível entre os dentes, podem ser incluídas quantidades suficien- tes de tecido no retalho palatino para permitir ade- quada cobertura do osso interproximal quando o reta- lho for suturado. Incisões relaxadoras verticais em geral não são necessária. Retalhos totais vestibulares e palatinos de espessura total são cuidadosamente elevados com um descolador mucoperiosteal. O reba- timento do retalho deve ser limitado para permitir a exposição de apenas alguns milímetros da crista óssea alveolar. Para facilitar a separação delicada do colari- nho do epitélio da bolsa e do tecido de granulação das superfícies radiculares, uma incisão intrassulcular é feita em torno dos dentes (segunda incisão)até a crista alveolar Resumo de periodontia cirúrgica Após a elevação cuidadosa dos retalhos, é feita uma segunda incisão intrassulcular (A) até a crista óssea alveolar (B) para separar o colarinho tecidual da su- perfície radicular. Uma terceira incisão (IMAGEM), feita em direção ho- rizontal e em um ponto próximo à crista óssea alveo- lar, separa o osso do colarinho de tecidos moles das superfícies radiculares A terceira incisão é feita perpendicularmente à super- fície radicular (A) e o mais próximo possível da crista óssea (B), separando, desse modo, o colarinho de tecido do osso alveolar Se essa adaptação não puder ser obtida por meio do recontorno dos tecidos moles, alguma quantidade de osso pode ser removida para facilitar a tão importante adaptação do retalho. Os retalhos são suturados com pontos interdentais. Cimento cirúrgico pode ser colo- cado sobre a área para garantir a íntima adaptação dos retalhos ao osso alveolar e às superfícies radicula- res. O cimento e as suturas são removidos com 1 se- mana.
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