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1 A amônia nasce durante a desaminação das proteínas no intestino e nos músculos. É incorporada dentro da glutamina, que garante seu transporte até o fígado. No fígado, a glutamina é transformada em ureia (ciclo da ureia), o que permite eliminar a amônia. No pH do sangue, a amoniemia é 98% em forma ionizada NH+4; a amônia (NH4) representa apenas 2%. OBJETIVOS DA DOSAGEM Procurar uma hiperamonemia tóxica em caso: de grande insuficiência hepatocelular; de hemorragias causadas por hipertensão portal; frente a uma enzimopatia do ciclo da ureia. ORIENTAÇÕES SOBRE O EXAME O sangue, arterial ou venoso, coletado sobre anticoagulante (sem heparinato de amônio), evitando qualquer hemólise, deve ser transportado em gelo ao laboratório. A dosagem é realizada na meia hora seguinte. Evitar qualquer contato com a fumaça do tabaco, que contém quantidades relevantes de NH e as contaminações por suor. CLÍNICA INSUFICIÊNCIAS HEPATOCELULARES E HIPERTENSÃO PORTAL A hiperamoniemia é a causa de grandes insuficiências hepatocelulares da fase terminal das cirroses ou das hepatites graves, virais ou tóxicas. A segunda causa de hiperamoniemia é a hemorragia digestiva secundária a uma hipertensão portal; Nesse caso, as proteínas do sangue presente no intestino são transformadas em amoníaco pela flora bacteriana; O amoníaco passa diretamente na grande circulação com ajuda das anastomoses portocavais criadas pela hipertensão portal, causando curto-circuito no fígado e deixando-o inapto para examinar a amônia na veia porta para desintoxicá-la; A hiperamonemia, que pode ser muito elevada (200 a 300 μmol/L), desencadeia encefalopatia hepática. ENZIMOPATIAS DO CICLO DA UREIA Essas afecções hereditárias resultam de um déficit genético em uma das seis enzimas do ciclo da ureia, cujo mais frequentemente relatado (1 em 100.000 nascimentos) sendo o déficit de ornitina carbamil transferase (OCT). amônia plasmática EXAMES LABORATORIAIS amônio 2 Sua transmissão é autossômica recessiva, exceto no déficit em OCT de transmissão parcialmente dominante ligada ao X; Elas se revelam no período neonatal por encefalopatia hiperamonêmica (letargia, recusa para mamar, perda de consciência), de evolução frequentemente fatal; Na infância, elas se traduzem por episódios de anorexia, de asco a proteínas, de déficits motores transitórios, confusão ou problemas do comportamento acompanhados de vômitos; No adulto são evocadas frente à encefalopatia mal explicada com marcadores hepáticos normais e com hiperamoniemia associada a uma alcalose respiratória (a amônia deprime os centros respiratórios); O diagnóstico é definido por cromatografia dos aminoácidos sanguíneos e urinários, a dosagem do ácido orótico urinária; A procura m biologia molecular da mutação do gene que contém a enzima deficiente é feita no sangue (ADN) e por biópsia (ARN).
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