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Obstetrícia, 04.05.23, semana 04. Manejo de DMG · Após o diagnóstico #IMPORTANTE - Monitorização glicêmica; - Dieta; - Atividade física; - Insulinoterapia. · Manejo multidisciplinar Encaminhar ao nutricionista, psicólogo, médico especialista e enfermeiro. · Terapia nutricional O ideal é que seja feito com o nutricionista. - Avaliação antropométrica: IMC e tabela de ganho de peso. Focar no limite inferior do ganho de peso permissivo. - Avaliação dos hábitos alimentares: acessibilidade, alimentos in natura e integrais, refeições a cada 3 horas (6 refeições de 1.800 a 2.000kcal/dia), adoçantes (sucralose, stevia e aspartame). · Exercícios físicos Diminuem a resistência insulínica. Mínimo: 30 minutos 3x/semana. O ideal é 150 minutos/semana. Moderado: não subir além d e30-40% da FC basal. Refeição leve antes. Caminhada, hidroginástica e alongamento. Desde que não haja contraindicação. - Contraindicações maternas: doenças cardíacas (com repercussão), anemia grave, HAC e pré-eclâmpsia e doença pulmonar (restritiva). - Contraindicações obstétricas: trabalho de parto prematuro atual, gestação múltipla, incompetência istmocervical, RPMO, placenta prévia e hemorragias do segundo e terceiro trimestre. · Manejo médico - Consultas frequentes: 7 a 14 dias. - Glicosímetro: dextros (perfil simples): jejum e 1 hora ou 2 horas após café, almoço e jantar. IMPORTANTE: de acompanhamento. #ATENÇÃO: valor obtido a partir do início das refeições. Mulheres com Ht entre 30% e 55% os valores podem vir alterados. O ideal: pré-prandial > 70 e pós-prandial > 100. MS criou duas estratégias: viabilidade financeira e disponibilidade técnica total e viabilidade financeira e/ou disponibilidade técnica parcial. IMPORTANTE: dieta + exercícios físicos controlam de 70 a 85% dos casos de DMG. Conferir dados no glicosímetro. · Mau controle glicêmico 30% dos valores alterados OU média glicêmica > 120mg/dl. Indicativo de insulinoterapia. A insulina de escolha é a NPH. Pico da NPH. · Manejo da insulina NPH em 3 doses diárias. - Dose: 0,5UI/kg/dia dividido em ½ + ¼ + ¼ Exemplo: 80kg x 0,5 = 40UI: 20 + 10 + 10. IMPORTANTE. - Controle glicêmico: 6 vezes ao dia: jejum, pré-almoço, pré-jantar, 1 hora ou 2 horas pós-café, pós-almoço e pós-jantar. Ideal. · IMPORTANTE. Pré-prandial > 70 e pós-prandial > 100. O ajuste será de acordo com o perfil e horário inadequado. Em algumas situações será necessário introduzir a insulina regular (lispro e asparte – ultrarrápidas, válidas em hipoglicemias). Quando as glicemias estão alteradas sem padrão específico aumentar a dose de NPH: aumentar 2 UI em cada dose. Quando as glicemias estão alteradas em padrão específico, exemplo pós-prandial iniciar regular (ação rápida). #PEGADINHA: o que fazer se a glicemia de jejum estiver alterada? Introduzir a aferição da glicemia as 03 horas da madrugada: a meta glicêmica é de 100. - Se estiver fazendo hipoglicemia: reduzir insulina da noite; - Se estiver fazendo hiperglicemia: aumentar a insulina da noite; - Se estiver em euglicemia: orientar melhor alimentação da noite ou higiene do sono. · NPH + regular - Manhã: aplica as duas juntas. - Almoço: aplica as duas juntas. - Noite: no jantar aplicar a regular e as 22 horas aplicar a NPH. ATENÇÃO: a insulina regular deve ser aspirada primeiro, pois ela tem ação rápida. · Hipoglicemia É considerada quando o dextro < 70mg/dl. - Quadro clínico: alterações do humor, fome, dor de cabeça, sudorese, tontura, visão turva, cansaço extremo ou palidez e tremores. · Hipoglicemiantes orais · Metformina Categoria B (FDA - EUA). SEM eventos adversos graves a médio prazo. SEM dados a longo prazo. Porém, a Anvisa NÃO liberou, mas o MS e a Febrasgo liberaram. NÃO deve ser a primeira escolha e a paciente deve consentir. - Monoterapia: sem adesão à insulina. - Associada à insulina: difícil controle glicêmico. Dose de 500 a 2.500mg/dia. Junto ou logo após das refeições. - Quando utilizar? Não acessibilidade à insulina, dificuldade na autoadministração de insulina, estresse para a paciente (determina restrição alimentar) – mesmo orientada, necessidade de doses altas diárias de insulina (>100UI) e ganho de peso excessivo em uso de insulina. ATENÇÃO: NÃO há estudos que mostram benefícios dos outros hipoglicemiantes orais. · Seguimento - USG obstétrica mensal a partir de 28 semanas; - Perfil biofísico fetal; - Retornos semanais ou de acordo com controles. Não ultrapassar 3 semanas. · Parto - 40 semanas se bom controle. - Macrossomia imediato. - Difícil controle glicêmico avaliar bem, se antes de 37 semanas, devido a desconforto respiratório. Via de parto obstétrica. · Intraparto 86% não necessitam de insulina. Glicemia entre 70 e 120. Dextro a cada: 1 a 2 horas, se inulina e 4 horas, se controle com dieta. · Pós-parto imediato Suspender dieta. Suspender insulina ou hipoglicemiante. Suspender perfil glicêmico. · Saiu a placenta, quedas hormonais. · Pós-parto Em 6 semanas TOTG 75g (0 e 2 horas). Benefício amamentação (>3 meses). Risco de DM: 5% de DM2 e 25% de intolerância à glicose. IMPORTANTE. · Se normal após puerpério Anualmente: TOTG 75g, glicemia de jejum e HbA1C. · DM prévio · Controle glicêmico 4, 6 ou 7 vezes ao dia: jejum, pré-almoço, pré-jantar, 3 horas, 1 hora pós-café, pós-almoço e pós-jantar. Valor obtido a partir do início das refeições. Pré-prandial > 70 e pós-prandial > 100. · Tratamento DM2 - Dieta: reforçar orientações e importância do perfil glicêmico simples (4 aferições/dia). - Dependentes de insulina: reavaliar esquema utilizado e perfil glicêmico completo (6 aferições/dia). - Hipoglicemiantes orais: trocar por insulina (controverso), introduzir, se dose total, insulina > 100UI. · Tratamento DM1 - Dieta: reforçar orientações e importância do perfil glicêmico completo. - Reavaliar esquema de insulina utilizado. - Bomba de insulina. · Insulinoterapia #IMPORTANTE Esquema multifracionado 2/3 NPH + 1/3 insulina rápida ou ultrarrápida. IMPORTANTE. · Acompanhamento USG morfológica 1º e 2º trimestres. USG obstétrico mensal. Ecocardiograma fetal 26-28 semanas. · Parto · Puerpério Ajustes nas medicações e doses controle glicêmico prévio à gestação. Hipoglicemiantes oral mantidos. Insulina: bom controle dose prévia à gestação. Controle ruim metade da dose final da gestação. Dextro antes da amamentação pelo risco de hipoglicemia.
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