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AN02FREV001/REV 4.0 124 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 125 CURSO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL MÓDULO IV Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 126 MÓDULO IV 17 APLICABILIDADE DA AIA Com o advento da Revolução Industrial, o mundo passou por grandes transformações, seja no campo tecnológico, como no aproveitamento de seus recursos naturais. Além disso, a população avançou cientificamente e culturalmente, conquistando novos conhecimentos e ampliando produtos, consumo e trocas de mercadorias entre as nações. O problema da absorção dessas produções em todas as esferas (por causa do desenvolvimento acelerado e da disputa pelo poder mundial que aumentou o poder econômico) gerou recursos naturais que são utilizados de forma indiscriminada e com pouco ou até mesmo nenhuma preocupação sobre a renovação dos mesmos. Como visto no módulo I, os impactos ambientais tiveram atenção a partir da lei federal NEPA, em 1969 nos Estados Unidos, que passou a exigir ações efetivas por meio da política nacional do meio ambiente, tornando a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) um instrumento importante para as tomadas de decisões relacionadas às atividades que se utilizam dos recursos naturais. A partir desse foco, a sociedade começa a se mobilizar por uma atitude coerente com seus recursos naturais, na busca pela renovação das áreas destruídas pelo desenvolvimento e também pelo uso de novas áreas com responsabilidade ambiental. O processo de implantação de obras no Brasil assume hoje um papel diferente do início da colonização e industrialização. Porém, são evidentes as deficiências no processo de gestão ambiental, que deveria promover uma menor AN02FREV001/REV 4.0 127 interferência antrópica por meio de estudos direcionados e coordenados que objetivem a conservação e monitoramento dos recursos naturais, associados a um crescimento socioeconômico. A concepção da AIA foi idealizada com o intuito de reduzir os impactos ambientais e aplicar métodos para o desenvolvimento da AIA, pois são mecanismos que auxiliam na identificação, reunião e organização de dados sobre impactos ambientais pertinentes ao empreendimento proposto. É importante ressaltar que estão incluídos na AIA, os seguintes aspectos: dimensões de conservação da capacidade de suporte dos ecossistemas e qualidade do ambiente, dimensões socioculturais, econômicas e institucionais. (STACHETTI; CAMPANHOLA, 2003). De acordo com Moreira (1985) a AIA é capaz de assegurar desde a implantação de um processo, a realização de análises sistemáticas dos impactos ambientais, bem como as possíveis alternativas para retardar ou mesmo minimizar seus efeitos. Portanto, infere-se que a AIA auxilia na tomada de decisão pautada em planos, políticas e novas tecnologias, e se detém às ações propostas. Segundo La Rovere (2001), para que seja determinado um processo de AIA, alguns aspectos devem ser considerados, podendo-se destacar: • Conhecimento da localização e do processo operacional das possíveis alternativas da proposta em estudo; • Descrição do local do estudo e do empreendimento; • Delimitação dos perímetros geográficos da área estudada; • Avaliação dos impactos previstos nas seguintes etapas: licença de prévia (LP), licença de implantação (LI) e licença de operação (LO); • Definição de medidas mitigadoras e do programa de monitoramento; • Fixação de um padrão de qualidade ambiental desejado após a implementação do projeto. AN02FREV001/REV 4.0 128 Desse modo, a aplicação da AIA pode acontecer em dois momentos: avaliação “ex-ante” – é desenvolvida anteriormente a ação potencialmente impactante ou “ex–post” depois dela. Um exemplo de uma avaliação “ex-ante” é o registro de um herbicida novo, já a avaliação “ex-post” para o mesmo produto – herbicida seria após o seu uso (SPADOTTO, 2002). Portanto, todo processo de desenvolvimento socioeconômico gera impactos diretos sobre o meio ambiente e suas consequências refletem de forma negativa, e de maneira mais pronunciada em determinados grupos sociais ou elementos. 17.1 SANEAMENTO BÁSICO É uma atividade econômica direcionada a sociedade que visa o abastecimento de água potável encanada, coleta e tratamento de esgoto, além de controlar pragas e agentes patogênicos, promovendo assim a saúde das comunidades. Trata-se basicamente de serviços prestados por empresas estatais ou públicas, e que é essencial para população devido a sua importância para a saúde e o meio ambiente. Esse setor de saneamento apresenta investimentos elevados, pois constantemente são realizadas obras e melhorias. O saneamento básico, por definição: é o conjunto de medidas, visando a preservar ou modificar as condições do ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde. Saneamento básico se restringe ao abastecimento de água e disposição de esgotos, mas há quem inclua o lixo nesta categoria. Outras atividades de saneamento são: controle de animais e insetos, saneamento de alimentos, escolas, locais de trabalho e de lazer e habitações (SABESP, 2008). Portanto, a atividade de saneamento tem por objetivos: controle e prevenção de doenças, melhoria da qualidade de vida da população, melhorar a produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica. AN02FREV001/REV 4.0 129 A aplicação da AIA para estes projetos de saneamento consiste em uma etapa importante, pois atua como direcionador para as demais fases, pois influencia desde a concepção do sistema até o detalhamento do projeto, bem como na formulação, elaboração e seleção de alternativas para a viabilidade do projeto proposto. Em um projeto de esgotamento sanitário ou de abastecimento de água, é de extrema importância a avaliação da viabilidade ambiental, bem como a viabilidade técnica, por assumir caráter de condicionante nas alternativas a serem analisadas, e verificando predominância dos critérios ambientais em relação aos critérios econômicos. No entanto, durante muito tempo foram desconsiderados os eventuais impactos negativos ao ambiente associados a este tipo de projeto. Por exemplo, resíduos sólidos são lançados em corpos d´água como rios e mares, ou mesmo a céu aberto, que resultou em comprometimento de mananciais, ou pelas excessivas retiradas de água modificaram ecossistemas. De acordo com a publicação da Resolução n0 001 do CONAMA 23/01/1986, na qual sistemas de esgotamento sanitário são citados como exemplos de atividades causadoras de alteração ambiental significativa. Com relação à definição de significância ou insignificância de alterações ambientais observam-se diferentes abordagens, principalmente da escolha de projetos de saneamento que necessitam investigação detalhada e sistemática de seus impactos ambientais. São estes os critérios que direcionam as abordagens relacionadas ao projeto de saneamento: • conforme o tipo ou gênero da atividade, análise dos prováveis impactos das ações a serem executadas nas diversas fases projeto (empreendimento); • porte do empreendimento - é avaliada a área de implantação, a extensão, o custo financeiro, a intensidade de utilização dos recursos naturais; AN02FREV001/REV 4.0 130 • qualidade ambientalda área de influência do empreendimento – é analisada a área considerando sua fragilidade ambiental, grau de saturação em relação a um ou mais poluentes em seu estágio de degradação. 17.1.1 Quanto à Especificidade Embora os tipos de projetos de saneamento sejam variados, como uma simples ampliação de rede de coleta de esgoto de uma cidade, ou a implantação de um completo sistema de abastecimento de água destinado a um novo assentamento urbano e até mesmo a construção de uma estação de tratamento de esgotos (ETE) são observadas intervenções complementares ao projeto de saneamento, devido a necessidade de uma adequada avaliação dos impactos potenciais independe do tipo de projeto. Abastecimento de água Os sistemas de abastecimento de água compreendem basicamente os seguintes componentes ou etapas (Tabela 1). No entanto, deve-se ressaltar que as características locais são determinantes, e que não há obrigatoriedade desses componentes estarem presentes em todos os sistemas. Caso de empreendimento já existente pode ocorrer que o mesmo consista de uma ampliação ou adequação de um sistema. Tabela 1: Componentes de sistema de abastecimento de água. Captação Captação da água do manancial, podendo ser feita por meio de tomada direta ou utilizando sistema de bombeamento. AN02FREV001/REV 4.0 131 Adução Transporte da água entre duas unidades do sistema de abastecimento, por meio de tubulações ou canais (adutoras). Tratamento Conjunto de processos adotados, visando transformar água bruta em água potável. Reservação Acumulação da água em reservatórios. Rede de distribuição Tubulações dispostas nas vias públicas, para efetuar o fornecimento de água às edificações, podendo incluir estações elevatórias ou de recalque, dependendo da topografia do terreno. FONTE: Banco do Nordeste (1999). Nesse caso existem impactos positivos por se tratar do abastecimento de água, sendo este um serviço que assegura melhoria da saúde e do bem-estar da população. E segundo Reali (1998), a água adequada ao consumo humano, deve obedecer a padrões de potabilidade, ou seja, não devem possuir odor e sabor objetáveis (organolética), devem ter aspecto agradável; não ter cor e turbidez acima do padrão de potabilidade (física), não conter substâncias nocivas ou tóxicas acima dos limites de tolerância para o homem (química) e não conter germes patogênicos (biológica) estabelecidos pelo Ministério da Saúde - Portaria 36/GM de 19/01/1990. Já os impactos negativos estão associados à localização do empreendimento, vulnerabilidade da área de influência, à má escolha de técnicas construtivas e à operação dos sistemas. Tabela 2: Relação dos impactos ambientais potenciais e medidas atenuantes referentes ao abastecimento de água. IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS MEDIDAS ATENUANTES • Modificação dos cursos d'água. • Alteração do balanço hídrico. • Remoção da vegetação; • Implantar programas de proteção ambiental dos mananciais, mediante a recuperação e manutenção das matas AN02FREV001/REV 4.0 132 • Erosão das margens e assoreamento dos cursos d'água; • Alteração da fauna e da flora aquática e terrestre; • Rebaixamento do lençol freático. ciliares, conservação dos solos e do planejamento territorial. • Implantar sistemas de medição e controle da qualidade e quantidade da água, permitindo a vigilância da contaminação. • Análise e avaliação do uso atual das águas superficiais em toda a área dos mananciais de tal forma a adotar medidas preventivas e corretivas, legais e operacionais. • Riscos de danos à saúde pública por consumo de água contaminada, por falha no sistema de tratamento e/ou vazamento/infiltração na rede. • Realizar controle sanitário em pontos estratégicos e críticos da rede. • Desperdício de água por falhas no sistema de distribuição. • Implantar programas de prevenção do desperdício. • Contaminação do solo e de águas superficiais e subterrâneas, pela disposição inadequada do lodo e águas residuais do sistema de tratamento (limpeza de filtros e decantadores). • Implantar tecnologia adequada para reutilização das águas residuais. • Implantar sistema de disposição adequada ao lodo do sistema de tratamento. • Alteração do fluxo de veículos e tráfego durante a implantação das obras. • Informar a comunidade afetada e implantar sistema de sinalização adequado para minimizar riscos de acidentes • Geração de poluição atmosférica (emissão de poeira) e ruídos durante a execução das obras civis e geração de ruídos na operação do sistema de captação e tratamento. • Selecionar locais adequados para implantação dos sistemas de captação e tratamento, evitando a proximidade de áreas populosas. • Planejar corretamente a execução das obras, evitando horários inadequados dos AN02FREV001/REV 4.0 133 trabalhos. • Planejar a implantação dos equipamentos geradores de ruídos para áreas que não afetem a comunidade ou implantar isolamento acústico nas fontes geradoras de ruídos dos sistemas de tratamento e captação. • Envolvimento da comunidade para conhecimento das obras e seus impactos ambientais potenciais. • Riscos de acidentes ambientais e de trabalho provocados por vazamentos de produtos químicos, em especial o cloro. • Implantação de medidas de segurança na unidade de armazenamento, no laboratório e na unidade de tratamento. • Implantação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. • Riscos de acidentes por falhas no sistema de bombeamento, adução ou reservação. • Implantação de sistema de alerta e comunicação entre as unidades. FONTE: Banco do Nordeste (1999). Sistemas de esgotamento sanitário Esgoto - termo utilizado para designar as águas que apresentam características alteradas depois de utilizadas nas diversas atividades humanas, podendo ser empregadas em empreendimentos comerciais, industriais ou doméstico. Também são designadas como águas residuais ou águas servidas. O retorno do esgoto ao meio ambiente deverá passar pelo tratamento de águas residuais, se necessário. Para posteriormente ser lançado em um corpo receptor como: rio, lago ou mar. Os sistemas de esgotos incluem um ou mais componentes como: rede coletora, interceptores, estações elevatórias, estações de tratamento e emissários. Assim como ocorre o abastecimento de água, em todos os componentes que estão AN02FREV001/REV 4.0 134 presentes é comum ser analisado uma ampliação ou adequação do sistema preexistente. As principais características de um sistema de esgotamento sanitário é o potencial de carga poluidor das redes coletoras que poderá induzir uma deterioração do corpo receptor, bem como a biota aquática, e até prejudicar outros usuários como espécies de animais e vegetais. Tabela 3: Relação dos impactos ambientais potenciais e medidas atenuantes referentes à atividade tratamento de esgoto. IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS MEDIDAS ATENUANTES • Modificação do equilíbrio da bacia hidrográfica pela coleta de grandes áreas. • Alterações nos habitat da flora e fauna aquática durante a construção do sistema. • Avaliar, durante o planejamento, a utilização de tecnologias de menor impacto, como por exemplo, sistemas regionais e comunitários de pequeno porte. • Planejar adequadamente a localização, processo de tratamento e lançamento dos efluentes, de forma a não comprometer a qualidade do corpo hídrico receptor. • Implantar sistemas de monitoramento e acompanhamento das obras, em especial de erosões e sedimentação dos cursos de água durante as obras. • Modificação temporária das condições de vida da população durante a execução das obras. • Implementar programas especiais que envolvam a comunidade no conhecimento dos impactos e medidas atenuantes durante a execução dasobras. • Adotar medidas que minimizem as interferências no fluxo de veículos, circulação de pedestres, geração de ruídos e de material particulado, durante a AN02FREV001/REV 4.0 135 execução das obras. • Produção de odores e ruído do processo de tratamento e de operação do sistema de alimentação de lodo. • Planejar a localização das unidades compatíveis com o uso do solo regional, com tecnologia adequada e com sistema de eliminação e controle de odores. • Comprometimento do solo, culturas agrícolas ou águas subterrâneas e/ou proliferação de vetores transmissores de doenças pelo manejo e eliminação de lodo. • Realizar o planejamento que assegure o uso de tecnologia para manejo, tratamento e destinação adequada do lodo, considerado também a possibilidade de aplicação no solo e em cultivos agrícolas. • Riscos de acidentes à acumulação de gases na rede coletora. • Estabelecer medidas de segurança e capacitação da equipe responsável pela manutenção da rede coletora. • Riscos de contaminação e comprometimento da saúde pública, devido ao vazamento (transbordamento) e a acumulação de esgoto bruto, ou ainda por falha no fornecimento de energia para o tratamento. • Estabelecer programa de monitoramento e manutenção sistematizada do sistema de coleta, bombeamento e tratamento, com a limpeza periódica da rede. • Implantar sistema de alerta por falhas no sistema de bombeamento e/ou tratamento. • Conscientizar a comunidade sobre os riscos de dispor resíduos sólidos na rede coletora. • Implantar conjunto de geradores de energia (automáticos) • Desmatamento de áreas para implantação das estações. • Reflorestamento de áreas equivalentes. FONTE: Banco do Nordeste (1999). AN02FREV001/REV 4.0 136 Em geral, essas obras propiciam impactos ambientais positivos quando avaliados seus efeitos sobre a população, por melhorar as condições da saúde pública da população e também por eliminar uma fonte poluidora para o meio ambiente. 17.2 USINAS HIDRELÉTRICAS OU PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS (PCH) São complexos arquitetônicos, ou seja, um conjunto de obras e equipamentos, e têm por objetivo principal a produção de energia elétrica por meio do aproveitamento do potencial hidráulico existente nos rios. No entanto, este tipo de empreendimento gera impactos ambientais como, por exemplo, o alagamento das áreas circunvizinhas, aumento no nível dos rios, mudança no curso do rio represado causando prejuízos diretos ao meio ambiente devido à alteração do ecossistema local, além de impactar diretamente a fauna e a flora da região, em geral, decorrente da formação do reservatório. A dimensão do impacto depende de características do empreendimento, como o tamanho do reservatório, e do ambiente, como a composição, estrutura e situação da fauna e da vegetação na área do reservatório. Esse impacto pode ser direto, como a morte dos animais por afogamento, e indiretamente com a supressão de recursos, tais como o habitat, alimentos, rota de migração. Esse impacto é permanente e inevitável, no entanto, pode ser mitigado (VASCONCELLOS, 1999). Contudo, trata-se de um tipo de energia barata em relação a outras, como a energia nuclear, além de ser menos prejudicial ao meio ambiente se comparada, por exemplo, com a energia produzida a partir do petróleo ou a do carvão. Porém a AN02FREV001/REV 4.0 137 energia elétrica é fundamental para o desenvolvimento econômico e social, auxiliando também na qualidade de vida humana. É importante ressaltar que a viabilidade técnica de cada empreendimento deve ser analisada por profissionais especializados, e mesmo assim os impactos positivos e negativos estão intrínsecos neste tipo de empreendimento. Por este motivo projetos direcionados para energia elétrica, embora planejados, devem ser norteados pela aplicação da AIA, pois geram impactos negativos significativos sobre o meio ambiente e às populações vizinhas aos empreendimentos. Atividades relacionadas a empreendimentos elétricos como transmissão, distribuição e geração de energia estão subordinadas à legislação federal, estadual e municipal referente à preservação do meio ambiente. A empresa que violar a legislação ambiental fica sujeita a significativas multas e restrições da sua atividade. 17.2.1 Impactos Ambientais Mesmo com a aplicação da AIA, bem como da legislação ambiental específica de forma correta, apontando os impactos gerados por uma hidrelétrica, as ações mitigadoras desses impactos não alcançam a eficiência necessária para compensar os efeitos negativos. É importante ressaltar que cada rio apresenta características únicas e específicas, como espécies da fauna e flora que em algumas vezes são endêmicas da região, vazões e ciclos particulares. Além disso, e não menos importante é a presença de populações morando em seu entorno, com realidades econômicas e sociais variadas. AN02FREV001/REV 4.0 138 a) Perda da biodiversidade – a inundação de áreas com vegetação e florestas nativas sofrem os impactos mais evidentes da implantação de hidrelétricas, pois inúmeras vezes estas são construídas em áreas remanescentes de florestas, devido às condições de relevo. Para a formação dos lagos ocorre o desmatamento e a sapecagem, em alguns casos, para aumentar a limpeza da área, antes do alagamento, o que irá influenciar em uma menor ocorrência de eutrofização. Nestas áreas, além das perdas relacionadas à fauna silvestre e flora, também ficam comprometidas belezas cênicas, como as observadas com a instalação da hidrelétrica de Itaipu que inundou as Cachoeiras de Sete Quedas, hidrelétrica de Itá que inundou o Estreito do Rio Uruguai, dentre outros exemplos. Pode-se afirmar que a instalação deste tipo de empreendimento acaba por destruir belas paisagens com o alagamento b) Qualidade da água – com a interrupção no curso normal do rio, diversas mudanças ocorrem na composição química da água, na velocidade e na temperatura, resultando em consequências diretas sobre a qualidade da água. É sabido que as águas mais profundas de um reservatório apresentam-se mais frias no verão e mais quentes no inverno, enquanto que as águas superficiais são mais quentes. Os efeitos dessas modificações na temperatura alteram os ciclos de vida aquática, tais como procriação, metamorfose, etc. Outro acontecimento frequentemente observado, nos lagos originados de usinas hidrelétricas é a decomposição do material vegetal e do solo presentes no reservatório que estão submersos pelas águas. Pode ocorrer redução da quantidade de oxigênio diluído na água devido à decomposição desse material, além da produção de gases tóxicos e liberação de carbono para a atmosfera. Ressalta-se que no Brasil, a decomposição desta matéria orgânica levará décadas para ser totalmente decomposta, em virtude das condições climáticas. c) Erosão e depósito de sedimentos – normalmente sedimentos são transportados nos cursos normais, provenientes do solo e das rochas existentes nas margens dos rios. No entanto, com a construção de uma barragem esse processo é interrompido e é notado que as águas passam a correr mais lentamente no AN02FREV001/REV 4.0 139 reservatório e acabam por serem depositados no fundo do reservatório devido à presença de obstáculo (barragem) para o escoamento. As barragens influenciam no nível do rio, para que haja um abastecimento constante de água nas turbinas, para tanto é realizado controle no volume de água presente no reservatório e também da que é liberada rio abaixo. Nos períodos de estiagens o nível do rio abaixa ficando praticamente seco, sendo verificado muitas vezes o descumprimento da norma legal de deixar no rio a sua vazão mínima. Este tipo de procedimento influencia diretamente na biodiversidade, no abastecimento públicode água a população, além de afetar outras atividades econômicas. Tabela 4 – Enumeração dos impactos diretos sobre o meio físico-biótico e o socioeconômico, observados durante a construção de uma UHE. Meio físico-biótico Meio socioeconômico - desmatamento para instalação de um canteiro de obras, alojamento, vila residencial e estradas; - demanda de mão de obra para construção civil; - terraplanagem para instalação das obras de apoio: cortes e aterros, intercepção de drenagem e alteração das cabeceiras ou bacias de captação; - tendência à criação de focos de prostituição; - serviços de construção dos diques e barragens no leito principal e nos pontos de fuga de água, criando extensas áreas de empréstimo; - crescimento demográfico intenso com surgimento de favelas; - abertura do canal de desvio do leito fluvial e cortes no solo e na rocha, gerando grande volume de rejeito de fragmentos de rochas e de material de alteração que não se presta ao uso em aterros; - aparecimento de comércio clandestino; - ampliação da atividade de caça e pesca nos arredores do empreendimento levado - incremento do comércio legal em face da AN02FREV001/REV 4.0 140 até ao desaparecimento de espécies animais; demanda de consumo; - interferência na demanda por escolas, professores e por serviços médico- hospitalares; - mudança nos hábitos e costumes dos nativos; - conflitos entre população residente e os forasteiros; - alteração nos custos de serviços (preço de mão de obra); - absorção parcial da mão de obra local para serviços de serventes e auxiliares; - atração de mão de obra agrícola para a construção; - adensamento no tráfego com veículos de serviços e transporte urbano; - deficiências infraestruturais (escolas, hospitais, água tratada, esgotos, energia elétrica, habitações populares); - elevação de preços de mercadorias e serviços FONTE: Oliveira (2003). Os principais impactos socioeconômicos (Tabela 4) provocados pela implantação de uma usina hidrelétrica são: a criação de expectativas, alteração do cotidiano da população, alteração demográfica, intensificação do tráfego, alteração no quadro de saúde, perda de terras e benfeitorias, desestruturação da unidade de produção familiar e interferência no fluxo turístico da região. É importante frisar que os impactos ambientais e socioeconômicos também são observados nas diferentes AN02FREV001/REV 4.0 141 fases de implantação do empreendimento, por exemplo, na fase de enchimento do reservatório, como na fase de término da construção (Tabelas 5). Tabela 5 – Enumeração dos impactos diretos sobre o meio físico-biótico e o socioeconômico, observados durante a fase de enchimento e operação de uma UHE. Meio físico-biótico Meio socioeconômico - necessidades de desmatamento da área a ser inundada; - desalojamento de populações ribeirinhas rurais e urbanas; - ocupação de extensas áreas de terras pela água; - interferência em bens de valor afetivo, cultural, religioso; - eliminação de grande volume de biomassa vegetal; - inundação de sítios arqueológicos; - afugentamento ou eliminação da fauna terrestre e alada; - desalojamento de populações nativas; - alteração no regime fluvial do rio; - envolvimento de áreas e aldeias indígenas; - regularização da vazão; - inundações de áreas agrícolas, tornando as pequenas propriedades inviáveis economicamente; - ambiente aquático passa de água corrente para lacustre; - criação de dificuldades de circulação e comunicação entre comunidades vizinhas; - alteração na qualidade da água dos peixes; - desestruturação das famílias de origem rural que, às vezes, são transferidas para áreas muito distintas; - submersão de recursos minerais necessários para o futuro; - condicionamento de concentração fundiária onde predominam as pequenas e médias propriedades rurais; - geração de extensos remansos de águas rasas, favorecendo o desenvolvimento de insetos; - criação de um falso pico de desenvolvimento local, que tende a esgotar-se com o término da construção e AN02FREV001/REV 4.0 142 entrada em operação; - surgimento de extensas áreas de penínsulas e ilhas que dificultam a comunicação terrestre; - erosão e deslizamento nas margens do reservatório; - assoreamento nos remansos. FONTE: Oliveira (2003). Segundo Oliveira (2003), ao término da construção da UHE são observados impactos estritamente relacionados com esta fase, são eles: intensa liberação de mão de obra, desaceleração brusca na economia local, grande quantidade de mão de obra ociosa ou subempregada, desequilíbrio social pela queda do nível de renda, grande número de residências abandonadas (vila residencial), equipamentos ociosos no setor de infraestrutura e o esvaziamento demográfico com forte emigração urbana. 17.3 DESMATAMENTOS Os processos de desmatamento advêm da intensa atividade humana, que envolvem os setores de produção e economia. Além de estar diretamente ligada ao aumento da densidade demográfica. Como consequência, reduz a capacidade do meio ambiente em absorver dióxido de carbono, causador do efeito estufa, agravando o problema do aquecimento global. Além disso, a retirada da cobertura vegetal ocasiona: a degradação do solo, erosões, perdas de biodiversidade, aumento de áreas em processo de desertificação, modificações climáticas e na hidrografia. AN02FREV001/REV 4.0 143 A atividade de extrativismo vegetal coloca em risco diversos tipos de vegetações distribuídas no mundo, por exemplo, em países como a Indonésia e o Canadá com florestas temperadas e no Brasil pela presença de florestas tropicais. No Brasil, os estados mais castigados com o processo de desmatamento são Pará e Mato Grosso, sendo esse o campeão em área desmatada, embora tenha ocorrido uma redução nos últimos anos. Ressalta-se que os principais fatores que agravam o processo de desmatamento em nosso País são as atividades madeireiras, pecuária e o cultivo de monoculturas, principalmente soja. Sendo que estas atividades em sua maioria operam ilegalmente, especialmente na Amazônia, onde os danos são cada vez maiores e mais intensos. 17.3.1 Impactos Ambientais e Sociais São inúmeros os impactos ambientais causados pelo desmatamento e dentre eles está à emissão de gases que contribuem para o efeito estufa e o uso de combustíveis fósseis nas atividades humanas em países desenvolvidos. Com relação à emissão de gases de efeito estufa, estima-se que o desmatamento seja responsável por 10% a 35% das emissões globais anuais, sendo o principal deles, proveniente das florestas tropicais. O desmatamento tropical e a degradação das florestas são responsáveis pela perda de biodiversidade no planeta, além de contribuir para a extinção de diversas espécies. Sabe-se que as modificações no clima também são decorrentes do desmatamento, podendo afetar ecossistemas e espécies de diversas maneiras, por este motivo, são avaliadas como sendo uma ameaça adicional à biodiversidade. Os efeitos das mudanças climáticas sobre as florestas tropicais podem ser irreparáveis devido a sua suscetibilidade, comprometendo o ciclo das águas e o balanço de carbono na atmosfera, representando assim, uma grande ameaça à biodiversidade das florestas tropicais. AN02FREV001/REV 4.0 144 A influência mútua entre o desmatamento e as mudanças climáticas revela um aumento na vulnerabilidade das florestas tropicais aos incêndios florestais e a conversão de florestas em ecossistemas mais secos e com baixo número de espécies. Porém, não são apenas o clima e a biodiversidade que são afetados. Milhares de pessoas que vivem e dependem das florestas também são ameaçadas, por exemplo, as comunidades indígenas na Amazônia e comunidades locaise tradicionais que são frequentemente associadas à violência e ameaçados de serem expulsos de suas terras, ficando sujeitos ao trabalho escravo e degradante. Tabela 6 – Efeitos relacionados ao desmatamento. EFEITOS DO DESMATAMENTO REDUZ A PROTEÇÃO DO SOLO – perda da proteção natural, que consiste numa camada de terra rica em nutrientes inorgânicos e materiais orgânicos que permitem o crescimento da vegetação, além da presença de vegetação com diferentes alturas que atuam como degraus, reduzindo o impacto da água das chuvas; AUMENTA A PREDISPOSIÇÀO À EROSÃO – com o impacto das chuvas no solo desprotegido aumenta o carregamento das partículas superficiais do solo, deixando- o susceptível ao processo de erosão; DIMINUI A ABSORÇÃO DE CARBONO, PROMOVIDO PELAS FLORESTAS – o desflorestamento aumenta as emissões de dióxido de carbono que tem efeitos danosos ao ambiente; INTERFERE NA ESTABILIDADE DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS - com a retirada da cobertura vegetal, reduzem a quantidade de água evaporada do solo e a produzida pela transpiração das plantas, acarretando uma diminuição das chuvas e influenciando no ciclo das águas; PERDA DE PRODUTIVIDADE – influenciada pela redução de macros e micronutrientes do solo, além de materiais orgânicos que atuam no crescimento da vegetação. AN02FREV001/REV 4.0 145 O desmatamento é, portanto, um problema que atinge grandes proporções. São necessárias ações urgentes para combatê-lo e assim ajudar a prevenir as mudanças climáticas. 17.4 PROJETOS DE TRANSPORTES As consequências do crescimento populacional ocasionam problemas relacionados à mobilidade, especialmente a urbana resultante de empreendimentos devido à intensificada demanda por tráfego e fatores sociológicos e culturais. Sendo que esse por meio do crescimento populacional, a degradação ambiental nas urbes está diretamente ligada com a migração de pessoas do campo para as cidades. Com isso, aumenta a demanda de infraestrutura básica, o que leva a uma degradação mais acentuada do meio. A maioria das atividades humanas desenvolvidas pela engenharia impacta positiva ou negativamente ao meio, como visto nas diferentes fases relacionadas aos empreendimentos anteriores, bem como, os sistemas de transporte, além de vários outros não citados. Portanto, a infraestrutura necessária para viabilizar a implantação desses empreendimentos deverá ser cuidadosamente analisada quanto aos impactos econômicos, sociais e ecológicos, sendo essa a maior dificuldade no que se refere à conformidade destes três parâmetros de forma a não inviabilizarem. Com a construção de estradas são gerados impactos irreversíveis ao meio, porém a sua não execução pode causar transtornos maiores quando considerado a probabilidade de acidentes e baixos índices na economia. AN02FREV001/REV 4.0 146 17.4.1 Impactos Ambientais Decorrentes da Construção de Estradas Florestais A construção de estradas florestais causa impactos ambientais desde a construção, passando pela manutenção e utilização destas. São observados impactos sobre os meios físico, biótico e antrópico, para que sejam atenuados tais impactos faz-se necessário um planejamento adequado antes de sua construção, de forma que atenda os objetivos deste tipo de empreendimento, bem como adotar medidas mitigadoras e potencializadoras relacionados aos impactos negativos e positivos. 1) Impactos sobre o meio físico – refere-se principalmente com a emissão de partículas sólidas e gases para atmosfera, enfatizando os fenômenos erosivos, a turbidez e o assoreamento dos corpos d’água, além dos processos relacionados à vazão. a) AR (partículas sólidas e gases) O tráfego de veículos de grande, médio e pequeno porte causa a emissão de gases e poeira para a atmosfera, havendo um desgaste intenso destas estradas pelo tráfego de veículos pesados. A consequência será o aumento de partículas sólidas, sendo que essas são suspensas, resultando na queda da qualidade do ar. As possíveis medidas mitigadoras é a realização de manutenções periódicas nos veículos, especialmente caminhões, para que seja reduzida a emissão de gases. b) Recurso Hídrico (turbidez e assoreamento) O volume de poeira nas estradas nos períodos de estiagem é levado para corpos hídricos quando da ocorrência de chuvas. Ocasionando na turbidez e provável assoreamento de canais de drenagem. Como medidas mitigadoras a AN02FREV001/REV 4.0 147 construção às margens das estradas, valas e caixas de retenção para evitar o carreamento de partículas sólidas para os corpos hídricos e promover a revegetação de áreas próximas das bacias. c) Recurso Hídrico (vazão) O intenso tráfego de veículos pesados causa a impermeabilização de parte da malha viária, resultando na baixa infiltração das águas de chuvas no solo, o que reflete no maior escoamento das águas superficiais. É recomendado a revegetação destas áreas próximas às bacias. d) Recurso Edáfico (erosão) Ocorrência da desestruturação do solo, devido ao volume de tráfego. São formadas rachaduras no solo que servem de passagem para a descida das águas de chuva, gerando processos erosivos. Também recomendado a revegetação das áreas susceptíveis a estes processos erosivos. 2) Impactos sobre o meio biótico – estão relacionados com a flora e fauna (aquática e terrestre). a) Fauna (vertebrados e insetos) e flora terrestre (vegetação nativa). Ocorre o afugentamento da fauna terrestre ao longo das estradas, causando a morte de várias espécies por atropelamento, devido a fragmentação da vegetação nativa, reduzindo a base genética das espécies vegetais. A alternativa é a instalação de placas sinalizando a presença de animais na pista e a construção de corredores para deslocamento. b) Fauna (peixes e zooplâncton) e flora aquática (macrófitas e fitoplâncton) O processo de turbidez anteriormente citado compromete a incidência de luz no ambiente aquático, reduzindo a taxa fotossintética dos componentes bióticos da flora aquática. Já os impactos sobre a fauna aquática ocorrem indiretamente, pois, estes indivíduos utilizam da flora aquática seja como fonte de alimento ou abrigo. Recomenda-se a revegetação das áreas próximas de bacias, impedindo ou reduzindo o carreamento de partículas sólidas para os corpos d'água. AN02FREV001/REV 4.0 148 3) Impactos sobre o meio antrópico – estão relacionados com o desenvolvimento regional, emprego e paisagismo. Os impactos decorrentes da construção e manutenção destas estradas, assim como de qualquer outra atividade impactante, podem ser minimizados mediante a um estudo de impacto ambiental. a) Paisagismo A fragmentação da vegetação nativa causa a diminuição da qualidade paisagística do local, além do aumento dos processos erosivos ao longo das estradas. Como medidas mitigadoras possíveis: revegetação em áreas mais expostas; planejamento minucioso para otimização das estradas para redução da densidade de tráfego. b) Desenvolvimento regional Promove o desenvolvimento socioeconômico pela utilização da mão de obra local e pelo escoamento de produtos florestais e comercializados nas regiões circunvizinhas. Priorizar a manutenção das estradas como medida potencializadora, facilitando o escoamento contínuo de produtos. c) Empregos Com a construção e manutenção deste tipo de empreendimento é necessária mão de obra qualificada (engenheiros civis, topógrafos, engenheiros agrimensores, e engenheiros florestais) e também a não qualificada (operadores de máquinas, auxiliares, dentre outros) o que aumenta o número de empregos. Como medida potencializadora deve-se seguir o cronograma, proporcionando uma adequada conservação das estradas, além da contínua utilização de mão de obra. AN02FREV001/REV 4.0 149 18 ESTUDO DE CASO O Aeroporto deLondrina (PR – Brasil), em sua ampliação física apresentou algumas interferências no meio ambiente. Um estudo realizado mostrou a aplicação do método de matriz de interação e superposição de cartas, identificando assim os impactos ambientais que foram decorrentes dessas obras e serviços para a ampliação do sítio aeroportuário. O Aeroporto de Londrina é um dos maiores aeroportos domésticos da Região Sul. Está entre os 25 maiores terminais de passageiros do Brasil e cresceu numa média de 15% nos últimos cinco anos. Localizado a apenas três quilômetros do centro da cidade, as atividades do aeroporto estão totalmente integradas à comunidade local, seja por meio do atendimento aos usuários e passageiros ou por meio de projetos socioculturais desenvolvidos pela Infraero. O terminal de passageiros tem espaço para check-in compartilhado, restaurante, lojas, amplas salas de embarque e desembarque, auditório, modernas instalações administrativas e estacionamento. A capacidade é para 800 mil passageiros ao ano e a área construída é de seis mil metros quadrados. (INFRAERO, 2008) Porém, como na época de sua ampliação não foi realizado o estudo de impacto ambiental, dois pesquisadores efetuaram quatro décadas após a sua inauguração, já em um contexto diferente e numa situação limite de saturação de sua infraestrutura aeroportuária. Foi identificada que a região do aeroporto encontrava-se totalmente alterada e descaracterizada pela ação da comunidade vizinha, que foi se aproximando cada vez mais das instalações aeroportuárias. Nas conclusões obtidas com esta pesquisa, foi detectado que apesar de muitas organizações se encontrarem em operação sem licenciamento ambiental ou sem terem promovido o estudo prévio dos impactos ambientais das atividades que exercem, a elaboração destes estudos mesmo que tardia, é importante para que se tenha uma real dimensão da inter-relação do mesmo com o meio que o cerca. AN02FREV001/REV 4.0 150 Ou seja, mesmo depois de quatro décadas da ampliação do aeroporto, foi possível levantar e diagnosticar uma situação local que apresentava características alteradas provocadas pela ação humana da comunidade local que povoou a região aleatoriamente. FIGURA 14 FONTE: Prefeitura Municipal de Londrina PR Dessa forma, foi possível evidenciar que as agressões ambientais não são percebidas ou mesmo ignoradas pela organização. Com este conhecimento da situação tudo pode ser melhorado, procurando amenizar os impactos com medidas simples, de baixo custo, fácil manejo e alto benefício ambiental. Neste caso do aeroporto de Londrina, em que o EIA foi realizado já 46 anos depois da inauguração, foi observado alterações significativas na região em que se localiza, provocadas pela ação da comunidade vizinha que se instalou nas mediações do aeroporto. AN02FREV001/REV 4.0 151 Alguns impactos importantes, característicos das atividades de aviação, como a propagação de ruídos, não foram avaliados como altos, pois a região em que o mesmo se insere é residencial e apresenta um tráfego intenso de veículos. Também foi detectado que a poluição atmosférica não foi classificada como importante. Com 29.987 operações no ano de 2000 não é considerado preocupante, levando-se em consideração 180.000 operações/ano (nível de alerta). A maior preocupação observada diz respeito ao meio antrópico. A ampliação da área do aeroporto foi positiva, pois ampliou a área de uso especial e restrita, que não era respeitada. O aeroporto recuperou o comprimento total da sua pista de pouso e decolagem, com a cabeceira “13” com 300 m de recuo em virtude do zoneamento de ruído. Sua operação com aeronaves para o qual foi projetado permitirá se modernizar, com novos equipamentos de proteção ao voo, possibilitando maior segurança para a comunidade interna e externa ao aeroporto. Estes resultados levantados são pertinentes para pensarmos nas influências que determinados empreendimentos exercem em uma comunidade, que pode interferir no meio ambiente. Muitas vezes, o empreendimento em si não apresenta riscos ambientais, mas sua implantação gera situações que aglomeram novas ações prejudiciais e de riscos. Para entender este estudo em sua complexidade, leia-o na íntegra acessando o site: http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/abes22/dcliv.pdf. 18.1 AGRICULTURA & PECUÁRIA É no setor primário que estão inseridas as atividades econômicas de produção de matérias-primas ou que envolvem a modificação destes recursos AN02FREV001/REV 4.0 152 naturais em produtos primários. Dentre as atividades econômicas deste setor podemos citar: agricultura, pecuária, caça, pesca, o extrativismo mineral e vegetal. Direcionaremos nossos estudos para duas atividades de grande relevância no cenário nacional brasileiro, a agricultura e a pecuária. Buscando evidenciar a relação existente entre o desenvolvimento destas atividades, os impactos ambientais gerados e a aplicação da AIA. A agricultura consiste no uso do solo para o cultivo de plantas com a finalidade de produzir alimentos, matéria-prima para roupas, construções, medicamentos, dentre outros produtos, enquanto que a pecuária refere-se a procedimentos técnicos empregados na domesticação e produção de animais para fins econômicos. Todavia, estes sistemas produtivos evoluem pouco e lentamente, corroborando com um processo constante e recorrente dos impactos ambientais gerados por estas atividades, devido à maneira como foram desenvolvidas as atividades. Somente após anos de exploração inadequada dos recursos naturais no setor agropecuário, é que produtores e poder público, compreenderam que a maneira como eram explorados estes recursos poderiam torná-los indisponíveis, devido à exaustão de recursos naturais, por exemplo, o solo e as águas. A partir desta verificação, surge a procura por novos modelos de produção associando a sustentabilidade ecológica e econômica. O emprego de novas tecnologias e procedimentos reduz o avanço dos impactos existentes e retarda o surgimento de novos impactos. AN02FREV001/REV 4.0 153 18.1.1 Impactos Gerados Assim como em outros empreendimentos verifica-se que alguns impactos ambientais são comuns tanto para a prática da agricultura como da pecuária, porém com intensidades diferentes. A saber: a) Desmatamento – consiste na supressão da vegetação devido à intensa atividade humana e crescimento populacional, por envolver setores de produção e economia, causam um dos impactos ambientais; b) Erosão – perda de camadas do solo devido à ausência de camada de proteção do solo (vegetação) associado ao emprego incorreto das práticas de cultivo do mesmo e a ação de chuvas e ventos, como consequências torna o solo não agricultável e promove o assoreamento de rios; c) Perda de biodiversidade – decorrente das mudanças ocorridas nos habitats afetando espécies de fauna e flora; d) Esgotamento da água doce – pela intensificação no uso voltado para a irrigação de campos agrícolas; e) Poluição atmosférica – causada pela liberação intensa de carbono por meio da queima de diesel dos tratores, produção de fertilizantes e defensivos agrícolas, além da decomposição de restos de cultura, f) Poluição de águas – ocorre pela lixiviação de resíduos para o interior de corpos d’água, como adubos e defensivos agrícolas causando contaminação das águas; g) Desertificação – processo irreversível devido ao uso inadequado, também está associado à produção de gado e outros animais; AN02FREV001/REV 4.0 154 h) Destruição de mananciais – associado à agricultura pela destruição de nascentes, por soterramento, impermeabilização, entre outros fatores; i) Geração de resíduos – a produção de animais gera muitos resíduos, principalmente fezes e urina de porcos (chorume de porco), frango (cama de frango),entre outras, que em contato com o solo e corpos d’ água causam contaminação destes recursos. 18.2 ATIVIDADE DE MINERAÇÃO Também inserida no setor primário da economia do país, contribui para o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos seres humanos. Pois, é fundamental para o desenvolvimento, desde que respeite e assegure a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável. O setor de mineração coopera para o desenvolvimento econômico e social brasileiro, devido a sua participação no abastecimento de insumos básicos necessário para o setor industrial e urbano. Além, da potencialidade, produção e exportação dos produtos minerais, este setor tem favorecido a inserção do Brasil no cenário econômico internacional, bem como contribuído na dinamização socioeconômica doméstica. Hoje as companhias mineiras precisam cumprir normas ambientais, desde encerramento até o funcionamento das atividades, sendo estas bastante rigorosas, pois visam garantir que a área afetada pela exploração mineira retorne à sua condição inicial ou próxima dela. Mas vale mencionar que as explorações modernas adotaram procedimentos que reduziram ou buscam atenuar a ocorrência de problemas neste âmbito. AN02FREV001/REV 4.0 155 A mineração e a agricultura, assim como outros empreendimentos causam grande parte dos impactos ambientais existentes, sendo que os impactos associados às demais atividades econômicas, apresentam-se como pouco significativos quando comparado aos gerados pela mineração e agricultura. Os impactos originados pela mineração são consideráveis, pois alteram intensamente a área explorada e as circunvizinhas, devido à localização de depósitos de estéril e de rejeito, além de originar substâncias químicas lesivas durante a etapa de beneficiamento do minério, que implica em um sério problema ambiental. Sendo que os principais impactos ambientais oriundos da mineração são: a poluição da água, do ar, sonora, subsistência do terreno, incêndios causados pelo carvão e rejeitos radioativos (CPRM, 2002). Tabela 7 – Atividades relacionadas à produção mineral, problemas (impactos ambientais) e efeitos (consequências). ATIVIDADE S PROBLEMAS EFEITOS SERES HUMANOS Pesquisa mineral Lavra Subterrânea: umidade, poeira, ruído, gases de exaustão de máquina e equipamentos. Contribui para a rotatividade da mão de obra. Possível doença respiratória, especialmente para asbesto, fluorita e outros. Stress e outros problemas físicos. AN02FREV001/REV 4.0 156 Beneficiamento e estocagem Poeira, ruído. Não ferrosos: gases nocivos, problema com manuseio de alguns reagentes tóxicos. Amianto: poeira, fibra. Contribui para a rotatividade da mão de obra. Possíveis doenças respiratórias e cancerígenas, especialmente para asbesto e outros minerais beneficiados a seco Transporte Ruído, poeira, gases de exaustão de veículos pesados, poeira de correia transportadora. Para o consumidor: veículos pesados causam irritação e são perigosos em áreas povoadas (Ex.: agregados e materiais de construção) SOLO/SUBSOLO Pesquisa mineral Trincheiras, sondagens, vias de acesso, picadas, equipamento abandonado. Erosão, voçorocas. Prejuízo à vegetação. Alteração da drenagem natural. Lavra Cavas e pedreiras Desmatamento desnecessário do capeamento. Contaminação da água da mina. Estradas e vias de acesso. Pilhas de estéril. Impacto de vilas mal projetadas. Possibilidades limitadas de uso sequencial do solo. Afeta a estética da paisagem. Beneficiamento e estocagem Barragens e bacias de rejeito, contaminação devido a vazamento e transbordamento. Pilhas disformes (Ex.: enxofre). Depósitos de rejeito. Lama vermelha (produção de alumina). Terras inúteis criadas pelas áreas de rejeitos finos. Contaminação por lixiviação e enxurradas em depósitos de finos e de rejeitos. AN02FREV001/REV 4.0 157 Transporte Estradas largas para veículos pesados (áreas de material de empréstimo associadas). Poeira. Desmatamento desnecessário. Transbordamento em descarrilamentos e acidentes rodoviários. Abre áreas virgens a uma possível degradação. Tráfego pesado pode destruir rodovias. ÁGUA Pesquisa mineral Sólidos em suspensão (erosão). Salmoura de sondagem passando para aquíferos (pesquisa de evaporitos). Contaminação de cursos de água subterrânea. Lavra Sólidos em suspensão de água da mina, metais pesados, pH de minas de metálicos. Alteração do lençol freático, degradação da qualidade da água. Prejudicial à vida aquática. Beneficiamento e estocagem Sólidos em suspensão, metais pesados, pH, toxidez de descarga direta e transbordamento de sistemas de finos. Grande consumo de água. Prejudicial à vida aquática. Produz desequilíbrio ecológico. Transporte Transporte fluvial, lacustre e marítimo: coloração devido a sólidos em suspensão (minério de ferro) em terminais de embarque. Transbordamento em descarrilamentos e acidentes Possível prejuízo à vida aquática. AN02FREV001/REV 4.0 158 rodoviários. Problemas possíveis com minerodutos. AR Pesquisa mineral Lavra Poeira levada pelo vento. Gases de motores de combustão. Poeira de detonação e perfuração. Poeira e fibras de asbesto. Pouco importante. Beneficiamento e estocagem Poeira, partículas aéreas (fibras de asbesto), gases, odores, evaporação de bacias de finos. SO2 do processo de secagem (pelotização de minério de ferro). Secagem de concentrado (SO2, metais pesados). Geração de energia térmica (hidrocarbonetos, SO2, NO3). Possíveis efeitos respiratórios. Chuva atuando sobre partículas afetam vegetação e solo. Elevação de custos, devido à corrosão. Próximo às áreas urbanas, efeitos sobre a saúde decorrentes da inalação de fibras de asbesto. Transporte Partículas aéreas provenientes de material sendo transportado e da superfície da estrada. Pouco importante. FONTE: Souza, 2001 (adaptada de Brooks, 1976 e Machado, 1989). 19 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nas últimas décadas, as avaliações de impactos ambientais têm alcançado altos índices de trabalho e ampliação em diversos setores da economia mundial. No Brasil, a preocupação com o meio ambiente tem gerado discussões em torno do que deve ser preservado e de como e a que custo o país deve se desenvolver, passando por cima da legislação ambiental. AN02FREV001/REV 4.0 159 Todavia, não precisa ir longe para ainda ver e sentir “coronéis” da civilização atual, determinando que áreas de reservas devam ser destruídas por interesses particulares, ferindo não somente o meio natural, mas sociedades e culturas inteiras por conta de seus empreendimentos. Os estudos em torno da preservação ambiental, mesmo intensivos e constantes, ainda têm suas barreiras na ignorância de um povo que não aprendeu valorizar suas riquezas naturais. Porém, pode-se contemplar o outro lado da moeda, em que ações de sustentabilidade promovem o desenvolvimento focado na preocupação de adquirir do meio, suas potencialidades, mas promovendo em conjunto a preservação de espécies locais. Sabe-se que os impactos provocam não somente a perda de riquezas naturais, mas cria novas variedades geneticamente modificadas, detectadas em avaliações ambientais mais rigorosas. O problema de qualquer avaliação de impacto é: Quando fazer? Como e por quê? Os objetivos da avaliação é que determinam essas variações de quando, como e por quê. O tempo de fazer nem sempre é no momento exato da real necessidade, pois se estima, na maioria das vezes, períodos longos e distantes do ponto exato da avaliação. A implantação de quaisquer empreendimentos interceptará sempre um ecossistema terrestre, ocasionando uma quebra na sua continuidade e gerando ao meioambiente algum impacto negativo. O processo de desenvolvimento de uma avaliação percorre os papéis e burocracia dos Governos, que avaliam com criteriedade demasiada, ou com vistas grossas para determinados interesses. Porém, como fazer as avaliações e as implementações de empreendimentos depende da necessidade de cada projeto. Os motivos das avaliações em nada devem barrar o desenvolvimento do Brasil, mas deve propor mudanças na forma de criar e gerir os empreendimentos que comprometem e esgotam os recursos naturais, que faltarão no futuro para estes mesmos empreendimentos irresponsáveis. Sendo assim, o desenvolvimento da AIA nos setores produtivos são ferramentas importantes, pois contribuem para o desenvolvimento local e sustentável. Devem ser avaliados a aplicabilidade para as atividades, bem como as AN02FREV001/REV 4.0 160 características de cada região, pois são indicadores dos aspectos ecológicos, socioeconômico e cultural. Em nada consta que a avaliação de impacto ambiental tenha como objetivo criar obstáculos e paradoxos, que são intransponíveis ao desenvolvimento sustentável do Brasil. FIM DO MÓDULO IV AN02FREV001/REV 4.0 161 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, J. C. S.; MARINHO, M. M. D. & KIPERSTOK, A. Uma política nacional do meio ambiente focada na produção limpa: elementos para discussão. 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