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Unidade III Design de Conteúdos e Recursos Didáticos Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autoria TATIANA DE MEDEIROS SANTOS AUTORIA Tatiana de Medeiros Santos Olá. Meu nome é Tatiana de Medeiros Santos. Sou formada em Pedagogia, com experiência técnico-profissional na área de educação, portanto sou especialista em Educação Infantil e também em Gestão Educacional. Sou mestre em Educação Popular e Doutora em Educação. Sou professora do Ensino Fundamental e Ensino Superior há mais de 10 anos. Passei por empresas como a Universidade Federal da Paraíba, como professora substituta do curso Pedagogia e tutora a distância do curso a distância de Pedagogia; Prefeitura Municipal de João Pessoa, como professora da rede municipal de ensino; UNAVIDA – UVA e UNINASSAU, como professora. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! ICONOGRÁFICOS Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova compe- tência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou dis- cutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últi- mas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO O Designer Educacional e suas Funções na EAD ...........................10 Do Trabalho do Designer Instrucional para o Designer Educacional ........ 10 Autoria e Curadoria de Conteúdos .......................................................19 A curadoria na Educação a Distância ............................................................................... 19 Objetos de Aprendizagem ..................................................................... 27 Recursos Didáticos Digitais .................................................................... 36 Recursos Didáticos na Educação a Distância ........................................................... 36 7 UNIDADE 03 Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 8 INTRODUÇÃO Você sabia que o designer educacional (DE) é um profissional que deve ter conhecimentos em pedagogia e formação específica em sua área, além de adequar as linguagens pertinentes às produções textuais e mídias na modalidade de Educação a Distância? Ele está em contato direto com todo o processo referente ao curso e trabalha juntamente com docentes e coordenadores, os quais devem ter um bom embasamento teórico referente aos temas a serem trabalhados. O DE deve elaborar estratégias e recursos que visem à ampliação de conhecimentos e melhorias na aprendizagem. Sendo assim, vamos entender o papel do curador na equipe, que produz a matéria para o aluno da Educação a Distância. Também vamos aqui entender o que caracteriza de fato os objetos de aprendizagem e, para finalizar, compreender a importância de saber como funcionam os diversos recursos didáticos e saber avaliá-los segundo a sua aplicabilidade. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 9 OBJETIVOS Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos: 1. Exercer o papel de designer educacional; 2. Compreender o processo de curadoria e autoria de conteúdo para EAD; 3. Identificar os diversos tipos de objetos de aprendizagem e seus repositórios, aplicando-os a cada contexto educacional; 4. Comparar e avaliar os diversos recursos didáticos quanto as suas aplicabilidades contextualizadas. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 10 O Designer Educacional e suas Funções na EAD OBJETIVO Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender a importância do designer instrucional e educacional no contexto educacional. E aí? Motivado para desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante! Do Trabalho do Designer Instrucional para o Designer Educacional A atividade do designer instrucional não é profissão nova, tem origem registrada aproximadamente a partir da Segunda Guerra Mundial (1940). Nesse contexto, havia a necessidade de definição de estratégias de ensino, pois era preciso treinar recrutas em grande quantidade para o uso de armas de guerra com perícia e controle (FILATRO, 2008). Sendo assim, estudiosos, psicólogos e educadores treinaram muitos soldados, com instruções em vídeos, com base em vídeos influenciados pelo cinema, a planejarem e manusearem armas aprimoradas aos militares da época. Mas a partir dessa necessidade até os dias atuais, essa atividade a nível conceitual e prático tem sido discutida e rediscutido. No Brasil, a discussão conceitual em torno do designer instrucional, no campo da educação, tem sido discutida como designer educacional, quando aplicado a práticas educacionais. Contudo, não é consenso entre os autores que discutem a temática, haja vista que esse conceito do início da história ainda não é muito bem difundido. Sendo assim, o designer instrucional é compreendido como um processo sistemático e de análise, que tem estratégias combinadas e ações que viabilizam soluções educacionais que irão acontecer em distintas áreas entrelaçadas no que é necessário para a efetiva ação de um projeto de EaD (FILATRO, 2008). O designer instrucional, segundo Moore e Kearsley (2008), é definido como aquele profissional que tem a responsabilidade de organizar o conteúdo de acordo com o que é compreendido, como a teoria e a Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 11 prática, que implica diretamente o gerenciamento da informação e da teoria de aprendizagem que rege determinado curso. É um profissional que trabalha junto aos especialistas do conteúdo, no sentido de orientar o profissional especialista com instruções, definição dos objetivos de aprendizagem, das atividades, de como deve ser o layout do texto e ilustrações. SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “Design educacional em educação a distância: conceitos, função e criatividade” (NEVES, Marcos et al.). Clique aqui para acessar. Conforme França (2007) o designer instrucional é um profissional que conhece teorias, deve ter prática pedagógica, saber fazer uso de mídias. Também é necessária a atualização constante em relação às linguagens tecnológicas que estão surgindo, no sentido de estabelecer afinidades com a concepção do curso. Assim, o autor destaca três pilares para a ação desse profissional: tecnologia, processo pedagógico de ensino e aprendizagem e função de projeto. De acordo com Silva, Dianae Spanhol (2014, p. 7): No Brasil, a profissão foi reconhecida recentemente, em 23 de janeiro de 2009, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de acordo com a Norma Reguladora de número 2394-3, que também nomeia o designer instrucional como desenhista instrucional, designer educacional ou projetista instrucional. Segundo o MTE (2012), esse profissional é responsável por implementar, avaliar, coordenar e planejar o desenvolvimento de projetos educacionais, tanto na modalidade presencial quanto na modalidade a distância, aplicando metodologias e técnicas para facilitar o processo de ensino e aprendizagem, de modo a facilitar o processo comunicativo entre a comunidade escolar e as associações a ela vinculadas. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino https://bit.ly/2WU05K6 12 A partir desse entendimento, pode-se dizer que o designer instrucional é um profissional do conhecimento, sua formação é multidisciplinar, pois abarca diferentes áreas de atuação. Sua prática destaca-se por ser interdisciplinar no sentido de trabalhar junto à formulação de um projeto educacional, atuando junto à sua equipe no planejamento, no design e desenvolvimento, na implementação e na avaliação. Segundo Filatro (2008), as fases de design instrucional seguem o modelo mais utilizado, chamdo de ADDIE, que significa: Analize (analisar), Design (planejar), Develop (desenvolver), Implement (implementar) e Evaluate (avaliar). Portanto, o autor explica que essas cinco fases são interligadas entre si, devem acontecer em sequência, pois cada fase é base para orientar a fase seguinte, vamo conhcer cada uma delas a seguir. Quadro 1 – Cinco fases de design instrucional de acordo com o modelo ADDIE Análise Etapa que identifica as necessidades de aprendizagem, os objetivos instrucionais a serem utilizados e o levantamento das restrições envolvidas. Design e desenvolvimento Etapa de planejamento do curso e elaboração dos materiais e recursos educacionais necessários. Para tanto, é necessário prever o grau de interação que deverá acontecer entre os alunos e entre alunos e professor, para então pensar em quais serão as atividades propostas; como será o design gráfico dos materiais, se serão impressos e/ou eletrônicos; se esses materiais promovem a interatividade necessária para a disciplina proposta; como eles serão atualizados e personalizados e como serão os níveis de suporte educacional e tecnológico. Implementação Etapa da capacitação de docentes e alunos à proposta de DI e à realização do evento ou situação de ensino e aprendizagem propriamente ditos. Avaliação Etapa que envolve o acompanhamento, a revisão e a manutenção do sistema proposto. Fonte: Adaptado de Filatro (2008). Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 13 Desse modo, fica entendido que o designer instrucional é um profissional do conhecimento multidisciplinar em sua formação e interdisciplinar em sua prática. Esse profissional deve ter visões diferentes, nas quais contemplem disciplinas diversas, com seus saberes diferenciados e não limitado às singularidades de um postulado teórico, promovendo assim a interdisciplinaridade. De acordo com Ramos (2010), a atividade do designer instrucional é desenvolvida em meio a um conjunto de atividades desenvolvidas para que aconteçam as fases de organização, planejamento, adequação e a estruturação de um curso a partir do uso de técnicas, métodos e suportes. Por isso, esse profissional tem a responsabilidade de promover o diálogo entre as áreas que tem uma função mais técnica e pedagógica. É também o profissional que desenvolve atividades de orientação ao professor conteudista com a finalidade de organização do conteúdo no formato da linguagem para EAD. O designer instrucional e o professor trabalham focados na criação de estratégias considerando os recursos e os potenciais de trabalho disponíveis no projeto. Além disso é preciso também verificar a mídia a ser utilizada; como será a estruturação do conteúdo, não esquecendo de dar atenção ao perfil do estudante; como será a mediação entre os diferentes profissionais envolvidos na produção; o assessoramento das atividades de elaboração do conteúdo pela equipe técnica; entre outras responsabilidades. Dessa forma, podemos afirmar que na modalidade de Ensino a Distância, em seu campo de atuação, Designer Instrucional (DI) ou Designer Educacional (DE) trabalha com profissionais que se unem para planejamento, desenvolvimento e implementação dos assuntos didáticos fundamentais para um curso on-line. A linguagem de recursos de aprendizagem devem ser realizadas e adequadas ao curso pelos DIs e DEs que visam a tecnologias e estratégias que venham a proporcionar aos alunos melhorias na aprendizagem e a se adaptar aos conteúdos metodológicos que as Instituições de Educação a Distância trabalham. Atualmente, no início de 2017, ocorreu a primeira graduação tecnológica em Design Educacional do país, relacionado à modalidade Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 14 de ensino a distância, que teve a duração de cinco semestres, cuja carga horária foi de 2.016 horas, foi um marco e contribuiu com a valorização desse profissional. Esse curso foi ofertado em parceria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com a Universidade Aberta do Brasil (UAB). Com base nos estudos, pode-se inferir que o perfil do designer instrucional está ligado à tecnologia instrucional e suas particularidades, cuja base prática é a instrução para fazer algo, em que ao final do processo serão avaliados seus conhecimentos em decorrência de seu desempenho. Sendo assim, percebe-se que no processo educacional está inserida a instrução que permeia no processo de aprendizagem do aluno. Na modalidade de ensino a distância, as métricas que são pré- determinadas em relação à criação dos materiais didáticos que se adequem ao curso e às necessidades dos alunos on-line, devem ter linguagem instrucional. No âmbito das métricas pré-determinadas para o desenvolvimento de materiais didáticos para EAD, a linguagem instrucional seria a técnica, de passar instruções, a transmissão de conhecimentos, a principal característica do designer instrucional, cuja prática deve ser pontual e organizada. Segundo Filatro (2008, p. 4), essa parte do processo em relação ao seu nível micro, referente ao designer instrucional, “trabalha com o designer fino das unidades de estudo”. O designer instrucional, nos mais variados modelos de Educação a Distância, refere-se a um profissional que tem um perfil multifacetado e multidisciplinar, que possua experiência específica em sua área ou tenha cursos rápidos ou de especialização, em casos específicos, exige-se formação na área da Pedagogia. Para os materiais didáticos na modalidade de Ensino a Distância, busca-se desenvolver estratégias de linguagem e métricas que estejam relacionadas à atividade do projeto educacional, buscando atender as necessidades do perfil de um aluno da modalidade EAD. O designer instrucional busca assegurar o plano de ensino, que foi estabelecido pela equipe pedagógica, o qual devem ser atendido pelo docente. Além disso, Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 15 é importante que se tenha conhecimento textual avançado, já que vai trabalhar com textos, buscando as necessidades dos assuntos didáticos, o que abre espaço para a escolha de profissionais da área de Letras. Existem modelos de desenvolvimento de materiais didáticos que não necessitam de um profissional que tenha formação na área de Designer Instrucional. Quando se trabalha com textos didáticos específicos em determinada área do conhecimento, as considerações que serão realizadas pelos docentes fluem melhor ao professor autor do que ao designer instrucional. Em relação ao perfil do designer educacional, a palavra “educar”, em seu sentidoetimológico e terminológico, pode ser compreendida como uma prática de um profissional que vai além da instrução e pontuação relacionadas às estratégias de métricas de linguagem e isso nos dá uma visão macro em relação ao processo de desenvolvimento metodológico de cursos on-line, que deve ser acompanhado em cada fase, iniciando pelo planejamento, pelo desenvolvimento de materiais e recursos didáticos e pela avaliação, proporcionando a possibilidade de manter ou melhorar para as próximas ofertas dos cursos, podendo até mesmo modificar a fase de implementação. A interação garante ao designer educacional que sua prática seja concretizada. No momento do planejamento deve manter diálogo com a coordenação do curso e pedagógica, com o anseio de definir o desenho do projeto de curso. No momento em que o designer educacional está na fase de desenvolvimento e implementação, surge a necessidade de ter uma aproximação com a equipe multidisciplinar desde o designer instrucional, editores de vídeos, diagramadores, revisores, tutoria, entre outros, além dos docentes que também participaram do curso. No momento de avaliar, o designer educacional deve estabelecer mecanismos que captem informações tanto com a equipe quanto com os estudantes. Temos que frisar que essa interação deve proporcionar estratégias em relação à aprendizagem que são sugeridas pelo designer educacional ao professor, o qual intermedeia esse processo de forma ativa no AVA Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 16 ou por meio das interações via videoconferência, com o intuito de proporcionar de maneira colaborativa o aprendizado. Ao ser iniciado o processo de produção de materiais que serão inseridos para visualização dos alunos no AVA, observamos que há todo o trabalho de uma equipe que atua segundo o perfil dos cursos em que irão atuar. Os conteúdos comumente são preparados através de unidades temáticas, tem subdivisões e atividades. As unidades temáticas são produzidas por diferentes especialistas que atuam em conjunto: • Conteudista: cria e seleciona conteúdos a partir de texto explicativo/dissertativo e desenvolve o programa do curso. • Webroteirista: articula e potencializa o conteúdo através de um roteiro com o uso de linguagens e formatos variados (hipertexto, mixagem e multimídia). • Webdesigner: cria a estética/arte-final do conteúdo organizado pelo webroteirista a partir das potencialidades da linguagem digital • Programador: desenvolve os ambientes virtuais de aprendizagem, criando programas e interfaces de comunicação síncrona e assíncrona, atividades programadas, gerenciamento de arquivos, banco de dados. Enfim, tudo que envolve a programação de computadores. Designer instrucional: esse profissional normalmente é um educador com experiência em tecnologia educacional – analisa as necessidades, constrói o desenho do ambiente de aprendizagem, seleciona as tecnologias de acordo as necessidades de aprendizagem e condições estruturais dos cursistas, avalia os processos de construção e uso do curso. Além disso, faz a mediação do trabalho de toda a equipe de especialistas. • Professor tutor/formador/mediador: desenvolve o curso e a mediação das atividades e acompanha e orienta os participantes. (CLEMENTINO, 2005 apud FICHMANN, 2009, p. 177) Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 17 Desse modo, o perfil do DE requer conhecimentos relacionados à área da pedagogia e formação específica em seu curso desenvolvido, pois como ele trabalha diretamente no desenvolvimento de todo processo relacionado ao curso, junto com coordenadores e professores, deve-se ter uma base teórica boa em relação aos temas abordados para apresentar estratégias e recursos que melhorem a aprendizagem dos alunos. Sendo assim, podemos constatar que o designer educacional e o designer instrucional são destacados como parte do processo do curso da Educação a Distância, mas possuem características e definições distintas. Ressalta-se que o designer instrucional tem como elemento de instrução a linguagem dentro desse processo relacionado ao desenvolvimento dos assuntos educacionais. Já o designer educacional precisa ter conhecimentos em análise e adequação de linguagem, pertinentes às produções textuais e midiáticas, as quais têm particularidades mais complexas e abrangentes, trabalhando-se com foco no planejamento, na implementação e no desenvolvimento de projetos pertinentes à modalidade de Ensino a Distância. Percebe-se que essa modalidade de Ensino vem ganhando adeptos devido à falta de tempo para estudarem presencialmente. A prática do designer instrucional e do designer educacional é algo que aponta para algumas vertentes e debates, pois além de proporcionar novos conhecimentos e atitudes, nos permite refletir em relação a quem são esses profissionais. Entretanto, ao entrarmos em contato com as especificidades desses profissionais, que são necessárias para a modalidade EAD, é possível observar que eles colaboram, e muito, com o futuro da educação on-line. Nesse sentido, percebe-se que a educação on-line e suas metodologias ficam a cargo de cada instituição de ensino, mas as funções do designer instrucional e do designer educacional precisam ser definidas e direcionadas, por intermédio de seus perfis de atuação para que tudo aconteça de forma competente nos diversos cursos on-line. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 18 RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o designer educacional deve ter um bom embasamento teórico sobre o tema a ser trabalhado, com foco no planejamento, na implementação e no desenvolvimento de projetos voltados para a modalidade de ensino a distância, como também apresentar estratégias e recursos que venham a melhorar o processo de aprendizagem dos estudantes. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 19 Autoria e Curadoria de Conteúdos OBJETIVO Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender o processo de curadoria e autoria de conteúdo para EAD. Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. E aí? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! A curadoria na Educação a Distância Nos últimos anos, as Tecnologias da Informação e da Comunicação tem modificado o comportamento das pessoas na sociedade, devido às informações que temos a todo tempo e a disponibilidade de recursos e ferramentas que proporcionam as trocas de informações cada vez mais atrativas. A modalidade de Educação a Distância, por meio das Tecnologias da Informação e Comunicação, também foi viabilizada por meio do uso da internet e tem apresentado um crescimento significativo, pois atende a necessidade de uma parcela de alunos que não pode estudar presencialmente e acabam optando pelo ensino on-line. Por isso, podemos afirmar que essa modalidade de ensino é inclusiva, trazendo o aluno para dentro do processo educativo, oportunizando aos alunos que por diversos motivos estavam do lado de fora da escola a estudar. Com o aumento da procura na modalidade de ensino a distância, ganha destaque a função curador de conteúdos, a qual também ampliou a sua área de atuação tornando-se indispensável na Educação a Distância, principalmente nas Instituições de Ensino Superior, assim como um em um negócio que gera rendas nas empresas de soluções direcionadas à educação. Nesse contexto, ao elaborarem o processo de curadoria de conteúdo na Educação a Distância, as Instituições de Ensino Superior ou empresas de soluções educacionais não têm a totalidade relacionada ao perfil do estudante e do curso direcionado ao conteúdo determinado, Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 20 fazendo-senecessário o trabalho no curador, pois irá adequar o material ao aluno, como forma de estar perto de sua realidade, na tentativa de evitar com que as evasões do curso aconteçam. Figura 1 - Autoria e curadoria de conteúdos Fonte: Pixabay Filatro (2015) explica que a aprendizagem on-line deve ter intencionalidade pedagógica em relação aos conteúdos EAD e junto às Tecnologias da Informação e Comunicação devem auxiliar no aprendizado do aluno. Desse modo, sobre o trabalho do curador, Corrêa e Bertocchi (2012, p. 29) explicam que: As representações de curadoria vigentes vinculam-se à ação humana e, ampliadas para qualquer contexto social, referem- se sobremaneira às atividades de seleção, organização e apresentação de algo a partir de algum critério inerente ao indivíduo curador. Mais adiante, nessa evolução conceitual, vemos o termo vinculado à atividade de mediação, qual seja de um especialista que executa conexões entre grupos, públicos, Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 21 pessoas com propostas, objetos, exposições ordenados a partir de “modelos de ordem” definidos pelo mediador (aqui curador). A curadoria digital e os critérios de avaliação devem estar interligados. Abbot (2008), ao se referir sobre a curadoria digital, entende que essa atividade está ligada diretamente ao gerenciamento de dados, planejamento da criação, com a digitalização de materiais analógicos ou criação relativa aos materiais que já tenham sido produzidos em meio eletrônico, na busca de proporcionar informação e conteúdo atualizados. A curadoria digital é para aquele profissional que tem habilidades específicas e técnicas para sua realização: [...] um processo ativo pelo qual artefatos/conteúdos são propositadamente selecionados para serem preservados para acesso futuro. No ambiente digital, elementos adicionais podem ser alavancados, tais como: a inclusão das mídias sociais para disseminarem conteúdos coletados; a habilidade dos usuários sugerirem conteúdos ou deixar comentários e avaliação crítica; seleção de conteúdos agregados. Essa última parte é especialmente importante na definição deste como um processo ativo. (ANTONIO, MARTIN, STAGG, 2012, p. 1) É muito importante que ao fazer o seu trabalho, o curador realize um planejamento prévio do perfil do seu estudante em potencial e procure fazer com que esse aluno interaja de forma ativa e se sinta sujeito do processo educativo, evitando a evasão. É notória a crescente procura por cursos em Educação a Distância, mas também é considerável o índice de desistências, assim, o curador tem essa função de se colocar no lugar do aluno, fazer atualizações e adequações para que a Educação a Distância se torne cada vez mais próxima ao aluno e não distante de sua realidade. De acordo com Netto, Guidotti e Santos (2017) a Educação a Distância deve trabalhar com os conteúdos que mostrem a originalidade de aprendizagem mensurando a qualidade, e não a quantidade. Moore e Kearsley (2013, p. 2) destacam que em relação a conceitos em Educação a Distância, esse “[...] é o aprendizado planejado que ocorre Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 22 normalmente em um lugar diferente do ensino, o que requer comunicação por meio de tecnologias e uma organização institucional especial”. Nesse contexto, na atualidade, podemos dizer que temos modelos diferentes em relação à produção de conteúdos, sejam eles síncronos ou assíncronos, como também critérios relacionados ao desenvolvimento e à avaliação de qualidade do material produzido. Devemos ter atenção na etapa em que o docente irá criar o conteúdo. Peça fundamental da modalidade EAD, a produção de conteúdos deve ter eficácia, devido à escolha do formato e seus recursos, pois efetiva a aprendizagem. As Tecnologias da Informação e Comunicação disponibilizam uma variedade de recursos que são acessíveis, torna mais claro e fácil à elaboração de materiais didático, mas ainda existem barreiras a serem quebradas em relação a qual será o profissional que irá produzir o conteúdo a ser trabalhado na Educação a Distância. Figura 2 - O conteúdo chega da melhor forma ao aluno Fonte: Pixabay Nesse contexto, a curadoria digital de conteúdo deve buscar indicadores que caracterizam a autoria. Sendo assim, existem desafios a Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 23 serem vencidos devido à ampliação da Educação a Distância. Além disso, o profissional que ministrará nessa modalidade, nem sempre trabalhará assuntos de autoria própria. Sobre a elaboração de um material didático: [...] se inicia quando se tem a necessidade de delinear um deter- minado conhecimento (conteúdo) a ser disponibilizado através de um determinado meio (tipo de objeto e/ou ambiente) para, em seguida, ser utilizado junto ao aluno de alguma forma es- pecífica (didática) e, assim, suprir sua demanda pela informa- ção. (NOGUEIRA, 2012, p. 101) Por isso, deve haver uma atenção especial em atender os estudantes da modalidade de ensino a distância, com professores capacitados para lidar seja como autor de material didático, como professor no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) ou curador. Amaral (2012, p. 42) explica o entendimento sobre curadoria: Curador vem do latim ‘tutor’, ‘aquele que tem uma administra- ção a seu cuidado’. De acordo com o dicionário, a curadoria é um cargo, poder, função ou administração. As palavras cura- dor e curadoria assumem diferentes significados conforme as especificidades das áreas. Desse modo, é preciso interligar o crescimento da Educação a Distância e o conceito de curadoria digital. Embora distintos em seu contexto histórico, se aproximam quando surge a evolução da Educação a Distância, com variedades de possibilidades de publicações de conteúdos on-line, que vai desde o docente até a atuação do curador. Assim, percebe-se que o curador é aquele profissional que está inserido em um sistema que seleciona, captura, descreve e preserva, oferecendo novo sistema de buscas e plataforma de acesso aos conteúdos. O curador digital ganha espaço de destaque no processo de ensino e tem como objetivo suavizar a obsolescência digital (SANTOS, 2014), produzindo assim, uma arquitetura para manter a informação acessível por um tempo indeterminado. Dessa forma, a curadoria tem a “[...] função pedagógica a favor da apreensão ou aprendizagem sobre uma obra”. Sendo assim, entende-se que o curador aparece no meio da Educação a Distância, proporcionando Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 24 um olhar de que o docente pode trabalhar gerenciando o conteúdo atrelado ao perfil do estudante em potencial, com a intencionalidade de atingir os objetivos propostos da aprendizagem, por meio dos Ambientes Virtuais de Aprendizagens (LOPES; SOMMER; SCHMIDT, 2014, p. 62). Figura 3 - O curador educacional aproxima o conteúdo à realidade do aluno Fonte: Pixabay A curadoria deve trabalhar com a possibilidade de organização, armazenamento de informação e conhecimento de que a aprendizagem acontece de forma construtiva; a adequação na instrumentalização em relação à elaboração e transposição do conhecimento para o formato digital e o terceiro ponto a certeza de ter conteúdos eficazes e sempre atualizados. SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “Curadoria em tempos de Educação 4.0: novos papéis e desafios” (Sandra Medeiros). Clique aqui para acessar. Costa (2019), ao escrever sobre o papel do curador, formulou um quadro baseado nas informações do Centro de Inovação para a Educação Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino https://bit.ly/2ORgHh5 25 Brasileira (CIEB), que teve a intenção de orientar o professor na escolha de objetos digitais de aprendizagem e ainda sugeriu alguns parâmetros considerados primordiais para a curadoriaeducacional de objetos digitais, tais como: alinhamento com o currículo, qualidade do conteúdo, facilidade de uso, reputação do autor e/ou instituição. Quadro 2 - Aspectos a serem considerados pelo curador Alinhamento com o currículo Avaliar se o recurso educacional é relevante para o currículo que é ensinado, enfocado nas necessidades de aprendizagem dos estudantes e se é adequado para o público-alvo ao qual se destina. Qualidade do conteúdo Verificar se o recurso tem integridade, se o conteúdo oferecido é central e relevante para a experiência de aprendizagem. Observar a exatidão do conteúdo que está sendo trabalhado e sua consistência teórica. Facilitação da experiência de ensino e aprendizagem Avaliar se o recurso é fácil de ser utilizado por professores e estudantes, se o desenho instrucional favorece a efetividade das estratégias de ensino, se o recurso é interativo e capaz de engajar os estudantes e professores em uma experiência de ensino e aprendizagem rica. Ainda, verificar se o recurso fornece retorno apropriado com apoio para sua utilização (ajuda, manuais, tutoriais de uso), e se ele é capaz de oferecer atividades ou lições personalizadas a diferentes públicos e perfis de estudantes (nível de dificuldade, estilo de aprendizagem, tempo requerido para concretizar uma atividade). Experiências anteriores de utilização do recurso podem auxiliar na avaliação desse critério. Avaliar também se o recurso está disponível na Língua Portuguesa e a qualidade da tradução quando for um conteúdo traduzido. Reputação do autor ou instituição A reputação do autor, da instituição ou empresa que está fornecendo o recurso pode funcionar como um indicador importante de qualidade, mas que deve ser utilizado com cautela e sempre em consonância com os outros critérios de qualidade avaliados. Fonte: Adaptado de Costa (2019, p. 66). Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 26 A curadoria de conteúdo EAD é um trabalho que faz toda a diferença na Educação à Distância, pois traz para essa modalidade de ensino possibilidades em relação à atuação de profissionais para a docência, que auxilia o meio acadêmico digital, o técnico-científico, que também deve estar preocupado em atender a realidade do estudante. Figura 4 - Eficácia e qualidade do ensino Fonte: Pixabay Portanto, a ideia é que esse profissional na Educação a Distância venha ajudar na confirmação de garantir a eficácia e qualidade em torno dos conteúdos escolhidos para trabalhar nessa modalidade de ensino que vem a atender as necessidades dos usuários. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a curadoria de conteúdo na modalidade de Ensino a Distância trabalha com possibilidades de organizar e armazenar informações, buscando fazer com que a aprendizagem ocorra de forma dinâmica, interativa, colaborativa, tendo como foco a construção do conhecimento. O curador deve buscar assegurar que os conteúdos nessa modalidade de ensino sejam eficazes na qualidade de ensino e que supra as necessidades do usuário do curso. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 27 Objetos de Aprendizagem OBJETIVO Ao término deste capítulo, você será capaz de identificar os diversos tipos de objetos de aprendizagem e seus repositórios, aplicando-os a cada contexto educacional. Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. E aí? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Como já sabemos, as Tecnologias da Informação e Comunicação vêm ganhando espaço e mudando os hábitos da sociedade. No contexto da educação, podemos incluir uma variedade dessas ferramentas em prol da aprendizagem. Contudo, ainda se percebe que alguns docentes ainda as vêem em suas aulas como algo muito distante. Isso pode acontecer pelo motivo de que ainda não se tem conhecimento em relação às ferramentas e também falta de interesse dos professores, entre vários outros justificados por eles, o que acaba afetando a aprendizagem dos alunos que poderia ser mais ativa e dinâmica. Percebe-se que apesar dos avanços na área das Tecnologias da Informação e Comunicação, esse ainda é um desafio a vencer, o de convencer os docentes que é algo possível. Desse modo, para a inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação como apoio pedagógico, é preciso que o professor esteja disposto a conhecer os diversos objetos de aprendizagem e passem a ter um novo olhar em relação a eles, pois são agentes enriquecedores e aliados do processo de aprendizagem. Essa abertura para conhecer, proporciona aos professores tanto de sala de aula presencial como virtual atender as necessidades de sua turma. Assim, entendemos que para que o docente possa inserir com confiança as TICs em suas aulas, ele deve ter interesse em conhecê-las. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 28 Figura 5 - Objetos de aprendizagem Fonte: Pixabay Como a modalidade de Ensino a Distância vem crescendo e conquistando a confiança dos docentes, é necessário que eles busquem se capacitar em relação a essa demanda de ferramentas para auxiliá-los no apoio pedagógico. Sobre a Educação a Distância, Maia e Mattar (2007) explicam que essa é uma forma de ensinar na qual professores e alunos encontram- se separados no tempo e no espaço e têm uma aula planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias de comunicação. Para tanto, dependendo do modo que o curso seja oferecido, o professor pode utilizar ferramentas para promover a aprendizagem de formas síncronas, que são aquelas que acontecem em tempo real, e assíncronas, que para acontecer aluno e professor não precisam estar em tempo real interagindo por meio das tecnologias, por isso podem entregar as atividades posteriormente dentro de um prazo determinado. As Tecnologias da Informação e Comunicação permitem ao docente trabalhar com o quadro da sala de aula, provas dissertativas, giz, livros didáticos e também com ferramentas interativas na busca da aquisição de conhecimentos. Desse modo, os professores podem contar com os objetos de aprendizagens, tanto nas aulas presenciais como nas aulas a distância. Objetos de aprendizagem (learning objects ou educational objects) são todos os recursos digitais que vão desde imagens, vídeos, áudios, podcast, entre outros, que facilitam as pessoas na aprendizagem. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 29 Antoniazzi et al. (2006, p. 1) explicam que embora com nomenclaturas diferentes (objeto: de aprendizagem, educacionais, de comunicação, independente) tratam-se de recursos mediados pelas tecnologias que proporcionam criar “materiais didáticos que podem estimular o aprendiz, tornando-o um cúmplice do processo de aprendizagem, engajando-o no processo do seu desenvolvimento e o professor se torna um facilitador desse processo”. Os objetos de aprendizagem, segundo o Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), tem o objetivo de desenvolver e estimular padrões direcionados para as tecnologias instrucionais (LOM, 2000 apud WILEY, 2000, p. 4). A publicação dessa definição foi realizada pelo Learning Technology Standards Committee (LTSC), grupo de estudos do IEEE. Esse Comitê cita que os recursos digitais sejam considerados objetos de aprendizagem. Assim, tanto as atividades impressas nas escolas, como cruzadinhas, caça- palavras, livros, mapas conceituais, entre outros, podem ser considerado OAs, pois o intuito é ensinar e aprender mediante uma diversidade de conceitos ligados à educação. Sobre objetos de aprendizagem, Araújo Jr. e Marquesi (2009. p. 359) informam que: Os objetos de aprendizagem são encontrados em repositó- rios de objetos de aprendizagem, locais em que ficam arma-zenados, no ambiente virtual. Como exemplo de repositório podemos citar o Rived, de responsabilidade da SEED/MEC, um repositório criado em decorrência do acordo entre Brasil e Estados Unidos para o desenvolvimento da tecnologia com uso pedagógico para melhorar o ensino de ciências e mate- mática no ensino médio. Telles (2007) também afirma em relação ao learning objects como qualquer coisa que possa ser direcionada, usada e reusada no momento de aprendizagem. Ainda de acordo com Macedo (2010, p. 81), os objetos de aprendizagem podem ser: Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 30 [...] conteúdo de mídia, conteúdo instrucional, software instrucional, ferramentas de software, e num sentido mais amplo incluir objetivos de aprendizagem, pessoas, organizações ou eventos. Esses recursos em formato digital podem ser: textos eletrônicos, conteúdo multimídia, imagens, animações, videoclips, simulações, leituras, apresentações, jogos educativos, websites, filmes digitais, applet Java, tutoriais on-line, cursos, testes, questões, projetos, guias de estudos, estudo de casos, exercícios, glossários, ou qualquer outra forma utilizada com a finalidade educacional. Desse modo, aqui vamos nos prender aos recursos ligados às tecnologias direcionadas a assitir a aprendizagem como foco para atingir o objeto de ensino que vem a se tornar um objeto de aprendizagem. Ele deve ser direcionado para o ensino como recursos para apoiar a aprendizagem, garantindo que haja um objetivo voltado para a educação. Figura 6 - Diversas formas de estudar Fonte: Pixabay O professor ao lecionar a sua aula deve orientar o aluno onde encontrar os objetos de aprendizagem que o auxiliará a fixar melhor a sua aprendizagem. Assim deve ser o uso dos objetos de aprendizagem, Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 31 os quais podem ser usados e reusados quantas vezes necessário for para promover a aprendizagem, em diversos contextos de ensino. Fabre et al. (2003) advertem que os recursos digitais devem ter um enfoque sobre sua acessibilidade, durabilidade e interoperabilidade. Já Leffa (2006) caracteriza os objetos de aprendizagens como granulares, reusáveis, interoperáveis e recuperáveis. Vamos entender como isso acontece: • Granularidade: acontece quando os objetos de aprendizagens visam atingir os objetivos que estão direcionados à área da educação, por isso é considerada uma unidade de aprendizagem. Leffa (2006, p. 8) explica sobre os objetos de aprendizagem: “[...] se constroem dentro de certas especificações técnicas, como peças de um mobiliário, módulos, que podem ser encaixadas umas nas outras, formando blocos maiores ou menores, conforme as necessidades do usuário”. • Reusabilidade: a característica no objeto de aprendizagem é que ele pode ser usado e reusado. É elaborado uma vez e pode ser utilizado várias vezes. Leffa (2006, p. 10) explica que “[...] um recurso tecnológico como esse, se bem elaborado, pode contribuir para a sociedade acadêmica, agindo como um multiplicador digital”. • Interoperabilidade: o objeto de aprendizagem haverá a preocupação em relação a como ele será utilizado, as extensões que venham a facilitar o acesso a esses recursos digitais de maneira universal, ou seja, pode ser utilizado em qualquer ambiente. • Recuperabilidade: sobre essa questão Lefta (2006) destaca que em relação às características de um objeto de aprendizagem, este deve ser elaborado com o intuito de ser recuperável e de fácil acesso, o qual deve ter um sistema de catalogação (metadados). Os autores Fabre et al (2003, p. 2) informam que o objeto de apren- dizagem “[...] são mais eficientemente aproveitados quando organizados em uma classificação de metadados”. Johnson (2003) adverte que o ob- Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 32 jeto de aprendizagem é diferente de um objeto de informação que pode ou não ter materiais acrescentados, como também difere de um objeto de conteúdo que pode conter um vídeo, áudio clip, imagem, animação ou documento de texto. A distinção acontece porque o objeto de aprendiza- gem “[...] é uma coleção de materiais digitais, combinados com um obje- tivo de aprendizagem claro e mensurável ou projetado para dar suporte ao processo de aprendizagem”. (JOHNSON, 2003, p. 4). Sendo assim, o objeto de aprendizagem é um suporte, e não a aula propriamente dita. De acordo com Silveira e Carneiro (2012), pode haver produções de objeto de aprendizagem com diversos modelos conceituais, pedagógicos ou operacionais, isso dependerá do escopo e dos arranjos institucionais da entidade produtora. Nesse ínterim, os autores mencionam sete condições para que um determinado recurso educacional passe a ser considerado objeto de aprendizagem. Sendo assim, a partir dessas condições essenciais, as diretrizes para avaliação de objetos de aprendizagem proposta foram organizadas e apresentadas. Para entendê-las melhor, vamos utilizar o quadro produzido por Silveira e Carneiro (2012). Quadro 3 - Condições para um recurso educacional ser considerado um objeto de aprendizagem Condição Detalhamento Explicitar claramente um objetivo pedagógico Propiciar orientações claras para que o aluno saiba o que se espera que ele aprenda ao usar o objeto de aprendizagem, e o professor (distinto de quem produziu o objeto) saiba como poderia usá-lo. Priorizar o digital Priorizar o desenvolvimento de objetos de aprendizagem que não necessitem, para sua utilização, de aplicativo ou programa que não esteja disponível gratuitamente na web. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 33 Prover auxílio aos usuários Oferecer auxílio ao usuário via interface e via instruções facilmente acessíveis. Proporcionar interatividade Proporcionar que o usuário possa interagir, executando ações com o objeto. Proporcionar Interação Permitir ações entre os usuários (alunos, professores, tutores, etc.) a partir do e/ou no objeto. Fornecer feedback constante Manter o usuário sempre informado do estado atual de sua interação com o OA. Ser autocontido Ter foco em um determinado assunto e explicá-lo sem necessariamente depender de outros objetos e/ou materiais. Fonte: Adaptado de Silveira e Carneiro (2012). O docente deve ter atitudes de mediar e criar estratégias que busquem o conhecimento que, por intermédio de sua abordagem, ele passa a escolher metodologias cujo intuito é compartilhar e transmitir conhecimentos aos estudantes, em busca de assegurar qualidade na educação. Nesse sentido, o docente é, todos os dias, desafiado em sala de aula, pois nem todos os estudantes aprendem da mesma maneira de forma linear. Podemos perceber que uma parte dos alunos aprendem os conteúdos por meio da leitura, outros apenas escutando, outros por meio de mapas conceituais e outros escrevendo. Dentro desse contexto, o docente deve lidar com ações educativas planejadas que venham a contemplar todos os estudantes. É de suma importância que o docente saiba ensinar como aprender. Há indicações que nos permitem deduzir que o docente de hoje deve ter a sensibilidade na escolha das metodologias a serem utilizadas em sala de aula, com o intuito de acompanhar a nova sociedade que já existe, e ainda lidar com as TICs e o perfil de novos estudantes nativos digitais. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 34 Essa declaração nos faz refletir que estamos vivendo na sociedade da informação, onde as TICs, que estão presentes na modalidade de educação a distância, proporcionam aos docentes um momento de inovação no atendimento relacionado às demandas educacionais da população. Dentro desse contexto, deve-se criar e disponibilizar objetos de aprendizagem que o auxiliará de forma eficaz o objetivo planejado. Nesse novo cenário, temos um desafio pedagógico que é sair dessa perspectiva de aluno passivo e, dentro desse contexto,pode ser o empurrão que o docente necessitava para buscar inovar e escolher novos cenários para sua ação pedagógica. É importante que o professor trabalhe atividades com os alunos nas salas de tecnologias ou que sugira atividades de casa a serem realizadas on-line, o que poderá ser uma novidade para os estudantes. Nesse contexto, ao inserir novidades em suas aulas o docente poderá melhorar o processo de aprendizagem. No momento do planejamento ele pode abarcar as diversas realidades encontradas em sala de aula, a exemplo como ocorrerá a exposição desses conteúdos, como será a revisão do conteúdo do ano anterior, como irá preparar os estudantes para o processo de avaliação, entre outros. No planejamento, o docente percebe que poderá trabalhar o mesmo assunto de sua disciplina com outras, ocorrendo a interdisciplinaridade, com base em um objeto de aprendizagem. Portanto, partindo desse conjunto de fatores, podemos constatar que os objetos de aprendizagem podem auxiliar no processo de ensino e aprendizagem ajudando os docentes que querem estar por dentro das novidades a acompanhar essa nova sociedade que vem se modificando a cada dia, a da informação e comunicação. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 35 RESUMINDO Com a inserção das TICs na educação, em prol de melhorias na aprendizagem, as aulas se tornam mais dinâmicas e atrativas. Nesse contexto, a modalidade EAD vem crescendo a cada dia que passa e em sua plataforma trabalha com as TICs como apoio pedagógico e reforça a importância de o docente ter conhecimento em relação aos objetos de aprendizagem (recursos digitais), que enriquecem e estão voltados para a melhoria no processo de aprendizagem. Dentro desse contexto, o professor é quem intermedeia esse processo de aprendizagem, mostrando onde os estudantes podem encontrar os OAs que os ajudarão a fixar melhor a aprendizagem. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 36 Recursos Didáticos Digitais OBJETIVO Ao término deste capítulo, você será capaz de comparar e avaliar os diversos recursos didáticos quanto às suas aplicabilidades contextualizadas. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver essa competência? Então, vamos lá. Avante! Recursos Didáticos na Educação a Distância Conforme já vimos, a modalidade de Ensino a Distância tem sido muito procurada por pessoas que por algum motivo acabam não podendo estudar no ensino presencial e optam pela modalidade a distância, pois ela viabiliza a flexibilidade, a autonomia, o tempo e o espaço para os estudos. Essa não tem sido uma realidade só do Brasil, mas tem se tornado uma modalidade de ensino conhecida em todo o mundo. A cada dia que passa, dados revelam que há um aumento na procura de Instituições de Ensino Superior que ofertam cursos a distância em diferentes modelos com alunos matriculados, nelas há docentes que elaboram conteúdos e também há professores que trabalham como tutores. Figura 7 - Recursos didáticos digitais Fonte: Pixabay Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 37 Nesse caso, sobre a crescente procura pelo Ensino a Distância, já existem pesquisas e publicações direcionadas para essa área e uma das justificativas para esse crescimento se dá pelo aumento de tecnologias disponíveis (computador, tablets, celulares etc.) aplicáveis à utilização dos materiais didáticos e ao desenvolvimento de interações voltadas para a educação a distância, que já fazem parte do nosso cotidiano educacional. Os Referenciais de Qualidade para Educação a Distância, mesmo não sendo um documento obrigatório, serve para traçar o percurso aos processos relacionados à supervisão, regulação e avaliação referentes aos cursos que estão disponíveis a distância. Programas, cursos, disciplinas ou mesmo conteúdos ofere- cidos a distância exigem administração, desenho, lógica, lin- guagem, acompanhamento, avaliação, recursos técnicos, tec- nológicos e pedagógicos, que não são mera transposição do presencial. Ou seja, a educação a distância tem sua identidade própria. (BRASIL, 2003, p. 6) Desse modo, esses Referenciais de Qualidade nos indicam tanto as concepções teórico-metodológicas que devem ser trabalhadas na Educação a Distância como em todas as organizações que implementam os cursos de ensino a distância, com o intuito de estarem seguindo os modelos a serem adotado e as especificidades da modalidade de ensino a distância. Assim, podemos compreender que a Educação a Distância não trabalha com um único modelo, e sim com modelos que possuem uma diversidade de metodologias e tecnologias que visam a atender a demanda e especificidades, tanto curso ofertados como também na intencionalidade de atender seu público. Algo que também é indicado nos referenciais de qualidade: [...] os programas a distância podem apresentar diferentes desenhos e múltiplas combinações de linguagens e recursos educacionais e tecnológicos, respeitando sempre o fato de que não podem abrir mão da qualidade em todo o processo. (BRASIL, 2003, p. 6) Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 38 Por isso, faz-se necessário que todos os cursos, ofertados na modalidade de ensino, seja ele de ensino superior, ensino técnico ou na Educação Básica a distância, devem ser ofertados em um formato que trilhe pelo caminho de atender a realidade dos estudantes, por isso expõem múltiplas combinações de linguagens e uma variedade de materiais e recursos educacionais, desenhos que são ofertados com o auxílio de tecnologias. Por isso, há a necessidade de avaliar os estabelecimentos, no intuito de encontrar padrões mínimos de qualidade. De acordo com os Referenciais de Qualidade, os projetos direcionados na modalidade Educação a Distância devem abranger categorias que trabalham com recursos humanos, aspectos pedagógicos e infraestrutura. E para que a modalidade de Ensino a Distância dê conta dessas dimensões, ela deve contemplar a concepção de educação e currículo no processo de ensino e aprendizagem; os sistemas de comunicação; o material didático; a avaliação; ter uma equipe multidisciplinar; ter infraestrutura de apoio; a gestão acadêmico-administrativa e a sustentabilidade financeira (BRASIL, 2007a, p. 8). Para ensinar a distância e o aluno aprender, é preciso materiais didáticos adequados a cada situação de aprendizagem. Por isso, é preciso que aquele que esteja na posição de produzir esse material didático reflita o perfil do curso e do aluno que vai frequentá-lo na tentativa de atender as especificidades de ambos. Nesse percurso, Sartori e Roesler (2005, p. 65) explicam que: [...] um material didático é autossuficiente quando apresenta, além do conteúdo e das avaliações, todas as orientações para que os alunos desenvolvam suas atividades de estudo, pesquisa, interações com colegas e professores. Desse modo, os mesmos devem ter a finalidade de proporcionar e incentivar interação, interatividade e autonomia. Quando nos reportamos à autonomia do aluno, devemos lembrar que ele está só do outro lado da telinha e que deve ter conhecimentos mínimos dos recursos tecnológicos que vai usar durante o curso. Por isso, o recurso didático, ao ser elaborado, deve ter o objetivo de suprir Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 39 as necessidades desse aluno que pode ter habilidades tecnológicas avançadas ou não. Quando mencionamos autonomia, para dividir seu tempo entre estudar e outros afazeres, que em muitos casos é o trabalho, esse recurso deve contemplar dados que possibilitem ao aluno tomar decisões, saber planejar seu horário de estudos, com organização, persistência e ter claro as metas que deve atingir durante cada componente curricular cursado. Além disso, também deve ter motivação, passar por avaliação e ter a consciência de sua responsabilidade no decorrer do processo. Por isso, a preocupaçãotambém com os materiais que o curso oferta para o estudante, pois deve visar a sua autoaprendizagem. Os materiais didáticos devem ser produzidos de forma clara, que tenham uma linguagem adequada para atingir seu público-alvo e quando necessário devem ser atualizados. Por isso, deve conter explicações claras e objetivos a serem atingidos no decorrer de cada unidade, na intenção de que o aluno entenda como deve ser o seu percurso em cada componente curricular. Assim, o material didático deve ser elaborado para atingir os objetivos de aprendizagem propostos, de modo que o aluno tenha orientação para estudar com autonomia. Sobre autonomia, Wissmann (2006, p. 3) destaca: [...] produto de um processo interativo definido pela essência interdependente de cada indivíduo como ser social que é. Deve-se reconhecer que a autonomia do aprendiz é muito mais um produto da interdependência do que da independência. Sendo assim, os aprendizes devem ser ajudados a adquirir autonomia por meio de um processo de interação semelhante à aprendizagem formal. O aluno da Educação a Distância deve ter acesso ao ambiente on-line do curso a ser realizado e este deve estimular a sua participação e, em alguns casos, incentivá-lo a trabalhar em grupo. Não podemos nos esquecer também de proporcionar o incentivo à pesquisa. Por isso, quem produz esse material didático a ser hospedado em um Ambiente Virtual de Aprendizagem deve estar interessado na inclusão do aluno no decorrer do processo educativo, promovendo a interatividade. Estamos trabalhando para formar alunos críticos que irão atuar em sociedade e Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 40 esse curso não pode ser diferente da qualidade proposta nos cursos presenciais. Por isso, Kenski (2009, p. 124-125) destaca: Todos que vão elaborar cursos nas redes digitais devem ter consciência de que professores e alunos são seres sociais e que aprendem melhor em um sistema cooperativo, baseado em trocas de informação e opiniões e no trabalho coletivo. Nessa forma mais avançada de ensino interativo, mediado pelas tecnologias digitais, a participação de todos é indispensável. Por isso, os cursos devem focar na comunicação efetiva e no diálogo. Em produzir materiais didáticos que venham a instigar a curiosidade no aluno, autonomia, interação e interatividade visando um ensino de qualidade. No tocante à produção de materiais didáticos, Torres e Fialho (2009) fazem uma retrospectiva histórica sobre o Ensino a Distância que já passou pelo que intitula de cinco gerações: 1. A primeira geração tinha como base metodológica o material didático impresso e o ensino por correspondência, os materiais eram autoexplicativos e utilizava linguagem simplificada, essa geração teve seu auge de expansão a partir de 1950; 2. A segunda geração, que teve sua maior expressão nas décadas de 1970 e 1980, caracterizou-se pelo uso de mídias de comunicação, como rádio, televisão, teleconferências e fitas de áudio e vídeo. Esses materiais didáticos e diferentes tecnologias trouxeram maior interatividade e flexibilidade para o ensino e a aprendizagem nessa modalidade; 3. Já a terceira geração de EaD no Brasil vem se consolidando desde 1990 e tem como prioridade a interação e colaboração entre os sujeitos do processo de ensino e aprendizagem e a qualidade na comunicação. Essa geração marca o uso de tecnologias como: computadores, Internet, videoconferência e os ambientes virtuais de aprendizagem, abrangendo grande parte dos tipos de materiais didáticos dos modelos de EaD da atualidade; Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 41 4. Segundo os autores, em fase experimental emergem no cenário mundial atual a quarta e quinta gerações, caracterizadas pelo uso da inteligência artificial e realidade virtual. Na quarta geração, os alunos interagem diretamente com a máquina que gerencia a aprendizagem. Já na quinta geração, a aprendizagem se dá por meio da imersão em ambientes três dimensões (3D) de realidade virtual. Como é perceptível nesse contexto histórico, a Educação a Distância é revolucionada e ganha cada vez mais adeptos com o desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação, pois potencializou a transmissão de conteúdos e isso também movimentou os métodos de ensino e produção de recursos didáticos. Desse modo, Martins e Oliveira (2008, p. 8) explicam “[...] que o material deve ser a ‘voz do professor’ perante os alunos”. Nesse caso, no ensino a distância, o material didático deve ter foco no conhecimento científico e propor estratégias que antecipem as ações voltadas para a parte didática pedagógica. Isso acontece porque só poderá realizar alguma modificação em relação a conteúdos, estratégias, comunicação, entre outros, depois que forem realizados o que tiver proposto no processo de ensino e aprendizagem. Como já foi dito, só depois do processo realizado é que os materiais serão avaliados, analisados e aplicados os ajustes e as atualizações, caso seja necessário. Existem várias opções de mídia para que a aula aconteça de fato. Consciente da escolha da mídia, é preciso que esse material didático surja como recurso de comunicação pedagógica, é preciso que se tenha uma linguagem de compreensão acessível ao aluno e que ele possa entender e interpretar os conteúdos e as atividades ali propostos. Desse modo, a modalidade de ensino a distância em sua plataforma deve disponibilizar os recursos didáticos em diversas formas e formatos, dependendo do recurso que ela tenha disponível, da necessidade de assuntos e objetivos voltados para a aprendizagem que se almeja alcançar. Por isso, se torna importante que haja, nessa modalidade de ensino, o uso de mais de uma mídia pelo aluno, voltada para a sua aprendizagem. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 42 Porto (2006) adverte sobre a necessidade de que seja promovida uma educação dialógica e plural. Assim, a comunicação é algo primordial em todos os modelos de educação, referentes aos agentes que fazem parte do processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma, no ensino a distância essa comunicação acontece por intermédio das tecnologias que vão desde mídias gravadas até as interativas. Sendo assim, há uma variedade de projetos voltados para a EAD com base em uma diversidade de suportes, a exemplo do computador, internet, rádio, celular e televisão. As tecnologias mais usadas são os materiais didáticos impressos, as videoconferências, os espaços virtuais de aprendizagem, os softwares, os CDs, entre outros. Moore e Kearsley (2007, p. 16) explicam que estar atento a essas tecnologias é preciso, pois “[...] reconhecer que nenhuma tecnologia, isoladamente é a melhor para a veiculação de todo tipo de mensagem a todos os alunos, em todos os lugares”. Desse modo, o ensino a distância deve estar voltada para tecnologias gravadas, que estejam voltadas para a transmissão dos conteúdos, e deve ter outra que permita a interação entre os agentes do processo de ensino e aprendizagem, pois temos que levar em conta a potencialidade e as limitações referentes a cada uma das tecnologias. Desse modo, os Referenciais para a produção de materiais didáticos indicam que: Uma vez identificadas às possibilidades objetivas de acesso às diferentes mídias, é importante que o projeto pedagógico preveja a utilização do maior número possível de meios, de modo a permitir o atendimento aos diferentes estilos de aprendizagem de seus alunos. (BRASIL, 2007b, p. 5) Assim, entende-se que a qualidade do ensino a distância depende da diversificação do uso das mídias que proporcionam a transmissão de conteúdos por meio dos materiais didáticos, permitindo a interação entre professor e aluno. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 43 Sendo assim, os conteúdos podem ser disponibilizados por intermédio de materiais didáticosimpressos e também pelos Ambientes Virtuais de Aprendizagem: “[...] os materiais didáticos impressos são os principais meios de socialização do conhecimento e de orientação do processo de aprendizagem, articulados com outras mídias: vídeo, videoconferência, telefone, CDs, DVDs, fax e ambiente virtual”. (BRASIL, 2007b, p. 6) Desse modo, a internet proporciona que haja a formação de um ambiente virtual de ensino e aprendizagem, onde ocorre a integração de conteúdos que estão disponíveis em outras mídias, que possibilitam ocorrer interatividade, formação de grupos de estudo, comunicação entre docentes e discentes e produções colaborativas. Essas condições e recursos possibilitaram a produção de recurso didático e ampliar a autonomia e interação dos estudantes no processo de ensino e aprendizagem. Sendo assim, os conteúdos podem ser disponibilizados aos estudantes nos ambientes on-line, por intermédio de vários formatos (pdfs., docs.), além de chats, objetos de aprendizagens interativos, entre outros. Assim, cada nível de aprendizagem pode ser atingido dependendo da mídia escolhida, que tem sua especificidade para o seu uso. Contudo, esse recurso didático deve passar por avaliações, pois a sua forma e abordagem deve estar condizente com o projeto pedagógico da cada instituição e curso, os quais devem estar estruturados conforme os princípios epistemológicos, políticos e metodológicos, focando na construção do conhecimento e na mediação da interlocução entre professor e aluno. Nesse contexto, Bittencourt (2010, p. 91) explica a importância da avaliação: A avaliação é um elemento substancial do processo de en- sino-aprendizagem de um projeto de EaD. É ela que certifica a sua seriedade e estabelece a credibilidade. A avaliação é necessária para não se perderem os parâmetros de aprendi- zagem, os objetivos de ensino e a sustentabilidade do projeto. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 44 Considerando o material didático como algo muito importante no curso, na avaliação deve ser levado em conta as diversas dimensões, sejam estética, didática, técnica ou comunicacional. Assim Bittencourt (2010, p. 94) explica que: A avaliação desempenha um papel de suma importância como instrumento sistemático de correções de falhas e promoção de acertos. Por isso, ela não pode ser realizada isoladamente do processo de execução e acompanhamento das ações. Devidamente planejada, torna-se tarefa e competência de todos os envolvidos no processo. A partir desse entendimento, o processo de avaliação referente ao material didático deve ocorrer durante e após o processo de produção que deve envolver todos que fazem parte do processo, a exemplo de tutores, docentes, discentes, coordenadores, entre outros. De acordo com Sartori e Roesler (2005), após obter os resultados relacionados à avaliação, devemos repensar acerca da elaboração do material, sua estrutura de linguagem, mídias, tempo exigido para o estudo, conteúdos e atividades propostas. Portanto, o material a ser trabalhado na modalidade de ensino a distância não deve jamais ser considerado algo que se encontra pronto e acabado, pois precisa ser visto como passível de ser reformulado, revisado, adaptado de acordo com as necessidades no processo de elaboração e, mais à frente, com a implementação e o desenvolvimento dele no curso. RESUMINDO Na Educação a Distância, deve-se disponibilizar na plata- forma virtual os materiais didáticos que foram impressos em suas formas e formatos por meio de recursos didáti- cos digitais que estejam direcionados para a aprendiza- gem. Desde modo, Martins e Oliveira (2008, p. 8) explicam “[...] que o material deve ser a ‘voz do professor’ perante os alunos”. Nesse contexto, a educação deve ser dialógica e plural, pois a qualidade da educação na modalidade a distância depende da diversificação de conteúdos e dos materiais didáticos via on-line, os quais devem promover a interação entre alunos e professores. Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino 45 REFERÊNCIAS ABBOT, D. What is digital curation? Edinburgh, UK: Digital Curation Centre, 2008. Disponível em: http://www.era.lib.ed.ac.uk/ bitstream/1842/3362/3/Abbott%20What%20is%20digitl%20curation_%20 _%20Digital%20Curation%20Centre.doc. Acesso em: 12 abr. 2019. AMARAL, A. Curadoria de informação e conteúdo na web: uma abordagem cultural. In: SAAD, Elizabeth Nicolau. Curadoria digital e o campo da comunicação. São Paulo: ECA/USP, 2012. p. 40 – 50. ANTONIAZZI, R.; CANAL, A. P.; FALKEMBACH, G. A. Morgental et al. Proporcionalidade e semelhança: aprendizagem via objetos de aprendizagem. RENOTE: Revista Novas Tecnologias da Educação, v. 4, n. 2, p. 1-9, 2006, Porto Alegre, RS. 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