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Sistema Imune e Sepse ----------------------------------J ú l i a M e n d o n ç a T X X I X -------------------------------- Sepse: É uma inflamação generalizada sistêmica (deriva de um processo infeccioso). É uma presença de disfunção orgânica ameaçadora à vida secundária à resposta desregulada do organismo à infecção. Ocorre quando a resposta à infecção se generaliza e envolve tecidos normais distantes do local da lesão ou infecção. Fatores de risco: Estar na UTI, bacteremia, idade avançada (>65 anos), imunossupressão, diabetes e obesidade, câncer, pneumonia adquirida na comunidade, hospitalização anterior e fatores genéticos. Figura 1 Definição de alguns termos SIRS: Síndrome da resposta inflamatória sistêmica. O paciente pode apresentar, no mínimo, 2 parâmetros a seguir - hipertérmico ou hipotérmico, pode estar taquicardíaco ou bradcárdico, taquipnéico ou bradpnéico e leucocitose ou leucopenia. OBS: Lactato alto = danos celulares, mitocôndrias param de respirar, e que podem evoluir para danos irreversíveis. Septicemia: É um termo INAPROPRIADO. Não fica claro ao que se refere, dando dupla interpretação. Mia é relativo ao sangue. Septicemia se refere a agentes inflamatórios circulando no sangue (sepse) ou bactéria no sangue (bacteremia)? Choque séptico: Sepse com acentuadas anormalidades circulatórias, celulares e metabólicas associadas ao maior risco de morte. Hipotensão induzida por sepse. Necessidade de vasopressor para a manutenção da pressão arterial média acima de 65mmHg após a infusão adequada de líquidos, associada a nível sérico de lactato de 2mmol/L. Síndrome da influência de múltiplo órgãos (SFMO): Função anormal de 3 ou mais órgãos, com homeostasia mantida somente com intervenção. Como ocorre a Sepse: Inflamação intravascular maligna. Inflamação: Exagero da resposta inflamatória normal. Intravascular: Sangue espalha mediadores que geralmente estão confinados a interações célula-célula dentro do espaço intersticial. Maligna: Descontrolada, não regulamentada e autossustentável. Instalação da Sepse: PAMPs sofrem polimorfismos (ou seja, as variações genéticas nesses receptores estão associadas à resistência ou suscetibilidade a uma variedade de doenças infecciosas, já que eles passam a não reconhecer adequadamente o causador) e assim há uma predisposição para instalação da sepse. Figura 2 Instalação da sepse Mediação inflamatória: TNF-alfa estimula a produção de citocinas junto com IL-1, estimulando a produção de citocinas pró-inflamatórias por leucócitos e células endoteliais. Mantem-se então um estado pró- coagulante, aumentando a permeabilidade vascular, diminui a resistência vascular periférica e causa inotropismo negativo (reduz os batimentos cardíacos). Terapia inicial da sepse: Ressuscitação inicial, reperfusão tecidual/hidratação (na PRIMEIRA HORA) e antibioticoterapia (dentro da PRIMEIRA HORA). Prognóstico: Mortalidade de 10 a 25%, após alta o risco de morte é de 20%, com risco de recorrência da sepse em pelo menos 2 anos.
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