Prévia do material em texto
Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 2 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Para descrever uma imagem, é preciso ter entendimento total do contexto no qual ela está inserida (por exemplo, a questão com enunciado e alternativas) para, então, determinar o quanto é suficiente ou necessário que uma imagem seja descrita. Os problemas, normalmente, giram em torno de: durante a descrição, dar a informação que o participante deveria conseguir retirar da imagem para responder à questão, ou seja, “dar a resposta de graça”; descrever tantos detalhes que as informações importantes se perdem diante de tanta coisa; desconhecimento mínimo do Ledor para descrever algo (tabela, gráfico etc.). Vale a lembrança de que, em alguns casos (atendimento em biblioteca, por exemplo), podemos fornecer quantas informações quisermos, porque o foco é a construção de novos conhecimentos por parte daquele que nos ouve. Novamente temos que ter o entendimento de que o erro PRIMÁRIO está no fato de o participante não ter autonomia para realizar sua prova. O que quero dizer com isso é que provas realizadas por pessoas com problemas visuais não deveriam ter como critério avaliativo a retirada de informações meramente visuais, tais como gráficos. Logo, a premissa da ação do Ledor é fazer o melhor sempre e isso depende diretamente do conhecimento que temos. Logo, quanto maior for nosso grau de leitura e observação de materiais diversos, menores serão nossos problemas enquanto ledores. Estamos a todo momento falando sobre o nível de conhecimento do Ledor sobre o assunto a ser lido pelo motivo de existirem ambientes nos quais não teremos a oportunidade de observar o material antes de iniciarmos o atendimento como Ledor. Isso significa não ter tempo para pensar na adaptação, ou seja, ir na ação contrária ao estabelecido pela regra máxima de uma adaptação profissional. Nesses casos, quanto maior o conhecimento do Ledor sobre a imagem, menor será o prejuízo causado relacionado a erro de informação. Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 3 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais A não existência de condições ideais de ação não elimina o direito ao atendimento e, por isso, obrigará o Ledor a fazer a melhor escolha que a circunstância permite para descrição. Sabido isso, pensaremos agora em como preceder para descrever uma imagem, de modo gráfico, e depois veremos alguns exemplos com objetivo de aumentarmos nossa visão crítica. Uma das ações primeiras deve ser nortear a escolha da direção a ser tomada para início e fim da leitura da imagem (mas novamente essa escolha depende de um olhar crítico sobre a imagem). São três possibilidades: Possibilidade 1: Estabelecer um ponto inicial em uma das extremidades da imagem e seguir descrevendo para o lado oposto ao ponto escolhido. Existem imagens que assim que visualizamos já conseguimos determinar imediatamente a direção de observação para a descrição que faremos. A sequência correta para a descrição dessa imagem é a da esquerda para a direita, essa é a única maneira de manter o sentido da história da tirinha. Em relação à quantidade de detalhes relevantes, veremos depois! Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 4 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Possibilidade 2: Fazer uma divisão em quadrantes e explicar um a um. São muitas variações para escolher. Uma possibilidade de descrição é começar dividindo o ambiente em três quadrantes e na sequência indicar os objetos sequencialmente. Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 5 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Possibilidade 3: Imaginar películas sobrepostas para formar a imagem completa. Ao descrever eu trato de cada película separadamente. Poderíamos fracionar a descrição dessa imagem assim: Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 6 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Esse segundo item para aprimorar o senso crítico, com relação à descrição de imagem girando em torno da qualificação da imagem. Quando e quanto de características eu posso acrescentar em uma imagem a ponto de não interferir negativamente nas escolhas que deveriam ser feitas pelo ouvinte? Por exemplo, posso dizer qual a fisionomia de uma personagem ou quem deve inferir é o ouvinte? Neste exemplo eu digo apenas que os olhos da personagem estão baixos e sua boca faz angulação também para baixo, além de seus braços como que “sem reação” ao lado do seu corpo ou resumo isso tudo em: a personagem olha para o globo terrestre com tristeza e decepção? Nosso senso crítico deve estar sempre voltado para o ambiente de atuação, lembra disso?! Então temos duas percepções diante dessa imagem: (1) em uma biblioteca o Ledor poderá fazer ambas as descrições, pois assim fará com que o ouvinte entenda que tais características (olhos baixos, boca com angulação para baixo e braços “sem reação” ao lado do seu corpo) deixam presumir tristeza e decepção; (2) em ambiente avaliativo devo considerar a questão da qual a imagem foi retirada. Posto que é necessário escolher o direcionamento do nosso olhar para iniciar uma descrição de imagem e que a quantidade de detalhes dependerá do cenário no qual estaremos atuando como Ledores, seguiremos agora para o terceiro ponto que é quando estivermos em um ambiente avaliativo, sem tempo para leitura prévia da questão, como agir diante de uma imagem? Vamos primeiro estabelecer os critérios normalmente usados quanto ao ambiente da aplicação de avaliação diante do atendimento de Ledores. Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 7 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais A condição ideal de realização é aquela na qual o estudante ouvinte estará em uma sala sendo atendido individualmente, ou seja, apenas ele e os profissionais que o atendem, sem nenhum outro estudante. A outra expectativa é relacionada ao número de Ledores destinados a realizar o atendimento. Há instituições que estabelecem o atendimento diante de dois Ledores por estudante, com o objetivo de que possam revezar a leitura durante o período de realização da avaliação. Nessas condições, vale a pena a solicitação de uma cópia da avaliação para permanecer em sala (se já não for disponibilizada de antemão). A necessidade de uma cópia da avaliação diz respeito à possibilidade de o Ledor que não estiver realizando a leitura naquele momento poder visualizar as questões ainda não lidas. Funciona assim: o Ledor que atuar nos primeiros instantes da avaliação não terá a disponibilidade de tempo para executar uma leitura prévia das questões antes da realização da leitura para o estudante, isso demandará uma perspicácia na escolha das técnicas usadas durante a leitura. 1) Enquanto a primeira leitura das questões de 1 a 5 é feita pelo Ledor A para o estudante, o Ledor B estará com a cópia da avaliação lendo silenciosamente para si as questões de número 6 em diante. 2) Assim que o Ledor A terminar a questão de número 5, ele chamará o Ledor B, que dirá até onde ele conseguiu fazer a leitura prévia das questões (por exemplo, questão 13). 3) O Ledor A então passaráa fazer a leitura silenciosa da questão 14 em diante enquanto o Ledor B inicia a leitura das questões 6 a 13 para o estudante. Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 8 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais A importância dessa ação está no sentido de permitir que o Ledor analise previamente a questão a ser lida ao estudante com o intuito de sanar possíveis problemas adaptativos para a leitura. Observe que, infelizmente, as 5 primeiras questões serão lidas para o estudante sem a análise prévia. Já outras instituições mantêm apenas um Ledor para a ação diante do estudante em período de realização de avaliação. Esse cenário demanda uma ação mais criteriosa do Ledor visando promover tempo para usar seu senso crítico diante das imagens antes de realizar qualquer tipo de adaptação. Essa ação diz respeito à técnica do reordenamento de informações. Vamos supor que as questões tenham o seguinte padrão de apresentação: Se o Ledor simplesmente fizer a leitura conforme a ordem apresentada na Questão X, ele acabará usando o primeiro tempo de leitura para a descrição da imagem/texto motivador antes mesmo que o ouvinte tenha conhecimento do que o enunciado diz. Ou seja, o ouvinte não terá um direcionamento do que deverá observar durante a leitura para então absorver os dados necessários para responder à questão. A proposta desta técnica é antecipar a informação solicitada no enunciado para que o ouvinte então (se assim julgar necessário) ouça a descrição da imagem/texto motivador com um olhar mais apurado para busca de dados que o auxilie responder à questão. Funciona do seguinte modo: 1) Anuncie o número da questão Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 9 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais 2) Diga “existe uma imagem/texto motivador, vou ler o restante da questão primeiro e, se julgar necessário, voltamos a ela”. 3) Leia o enunciado. 4) Pergunte se o ouvinte quer voltar à imagem/texto motivador. Se ele julgar necessário, volte a essa informação. 5) Leia, por último, as alternativas. Então a leitura teria o seguinte rumo: Veja um exemplo desse reordenamento: Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 10 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Perceba que até agora não sabemos a real intenção da questão, pois ainda não temos conhecimento do enunciado. O que quer dizer que as informações que o ouvinte conseguir assimilar podem ser desnecessárias: O enunciado dessa questão é: Após a leitura do enunciado, teremos informações suficientes para aproveitarmos o que JÁ FOI LIDO. Então o que provavelmente acontecerá nesse instante é o ouvinte pedir a RELEITURA de tudo para buscar as informações de que precisa. Se fizéssemos o reordenamento, ele ouviria o texto e imagens motivadoras já procurando as respostas pertinentes, até mesmo sabendo que apenas três lâmpadas acenderão. Além disso, a descrição das informações deve ser a mais sucinta possível, para não exagerar em palavras desnecessárias, como por exemplo, nesse caso anterior, citar detalhes sobre os fios dentro da lâmpada ou a variação de cinza das pilhas. Ao realizar o reordenamento, a imagem/texto motivador se tornará um termo acessório. Nesse caso, existe a possibilidade de o ouvinte não julgar necessária a descrição dessa imagem/texto motivador, autorizando o Ledor a não a realizar. Assim, o uso do tempo de realização da prova será mais bem aproveitado com informações relevantes para o ouvinte. Ainda diante do reordenamento, quando aparecem imagens como tabelas e gráficos, podemos nos deter a dar o mínimo de informação suficiente para o ouvinte determinar o que mais gostaria de ouvir. Por exemplo: TABELAS: Diga o título da tabela e depois os subtítulos dela, que normalmente estão situados na primeira coluna e primeira linha. Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 11 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Desse modo, o ouvinte saberá genericamente do que se tratam as informações da tabela. Se o ouvinte pedir que retorne à tabela e fale sobre os detalhes dela, então teremos que escolher a melhor forma de lê-la: Um exemplo desse último critério é a tabela abaixo. A leitura ficaria assim: “Existe uma tabela com colunas chamadas de constituintes, número normal por milímetros cúbicos e paciente por milímetros cúbicos. Quando o constituinte é glóbulos vermelhos, o número normal é de quatro vírgula oito milhões e do paciente quatro milhões. Quando o constituinte é glóbulos brancos, o número normal é de cinco mil e dez mil e do paciente nove mil. Quando o constituinte é plaquetas...” Desse modo, não será necessário que o ouvinte decore o que cada coluna quer dizer, pois repetirei sempre que lançar uma nova informação. Quando a imagem se tratar de gráfico, os dados a serem informados preliminarmente são: Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 12 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Deixe claro para o ouvinte que ele pode então pedir que você leia especificamente uma informação escolhida por ele ou, se ele desejar, falará de todos os dados. Pois bem, acredito que você percebeu que apesar de existirem técnicas que facilitem ou diminuam as possibilidades de problemas de leitura e descrição, dependendo do cenário e do ouvinte, elas não suprirão todas as necessidades. A riqueza da ação do Ledor é exatamente esta: A simplicidade da intervenção misturada com a complexidade do atendimento. A técnica é um norte e não um determinante. Antes de iniciarmos verdadeiramente a discussão sobre as técnicas de leitura de texto, precisamos falar de alguns aspectos importantes, como: empregar altura de voz compatível a você e ao ouvinte; manter um ritmo de leitura constante, nem rápido demais a ponto de não ser entendido, nem devagar demais a aponto de se tonar cansativo; repetir a leitura quantas vezes for solicitado pelo ouvinte; sentar-se na posição correta para não forçar as costas e as cordas vocais, afinal, pode ser que você passe bastante tempo realizando a leitura do material para alguém; atentar-se para a fluência de leitura, pois a falta dela pose acarretar a passagem de informação errada. Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 13 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Vale a pena um exemplo, então leia as frases a seguir: Note que a escrita das palavras é a mesma, mas a variação na pontuação e, consequentemente, na fluência de leitura, geram mudança de entendimento da frase lida. A partir do entendimento de que a fluência de leitura é prerrogativa para o Ledor, podemos traçar a regra geral para as técnicas de leitura de texto que é: TORNAR PERCEPTÍVEL TUDO AQUILO QUE ESTÁ IMPRESSO. Precisamos prestar atenção à aparição destes elementos: 1) Pontuação 2) Sinais variados (aspas, parênteses, travessão, etc) 3) Grifos (sublinhado, negrito ou itálico) 4) Palavra estrangeira em texto de Língua Portuguesa PONTUAÇÕES: Diante da leitura feita do texto anterior, você conseguiu perceber o quanto a repetição dos sinais de pontuação pode atrapalhar no entendimento do que diz o texto, principalmente senão estivermos acompanhando aleitura do texto visualmente (ou em Braille, no caso do ouvinte cego)? Ao repetir a palavra VÍRGULA, é criado um elemento de distração ao ouvinte, pois ele fica atento à repetição excessiva e não à mensagem do texto. Técnica de leitura: NÃO verbalizar as pontuações. Atenção! Existe um caso em que é necessário verbalizar as pontuações: quando o comando do exercício solicitar que se identifique um erro na pontuação. Ou seja, nesse caso temos de verbalizar todos os pontos, vírgulas, exclamação, dois- Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 14 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais pontos, enfim, todos os sinais referentes à pontuação para que o participante identifique os erros existentes. SINAIS VARIADOS - aspas As aspas podem ter a função de anunciar um recorte de um trecho ou ainda de destacar um trecho do texto. Assim, é necessário anunciá-las para demonstrar onde esse trecho se inicia e onde termina. Por exemplo, no caso do texto lido no áudio anterior, seguindo a técnica, seria necessário enunciar as aspas do seguinte modo: as aparecerem as aspas que antecedem o trecho, nós anunciamos ABRE ASPAS e, quando as aspas fecharem o trecho, diremos FECHA ASPAS. Há momentos em que o abrir e fechar das aspas se tornará um problema para a leitura (pois será, por exemplo, um elemento de repetição). A preferência será por eliminá-las para evitar a perda de atenção do ouvinte para as demais informações. Técnica de leitura: verbalizar quando as aspas forem abertas e o momento no qual forem fechadas Atenção! Há momentos em que o abrir e fechar das aspas se tornará um problema para a leitura (pois será, por exemplo, um elemento de repetição). A preferência será por eliminá-las para evitar a perda de atenção do ouvinte para as demais informações. Analise o texto a seguir quando à repetição do anúncio das aspas: Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como dança aristocrática, [...], foi introduzida como dança de salão e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto popular. Para sua ocorrência, é importante a presença de um mestre “marcante” ou Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 15 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais “marcador”, pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes marcações: “Tour”, “En avant”, “Chez des dames”, “Chez des chevaliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”, “Caminho da roça”, “Olha a chuva”, “Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de espinhos” etc. Se, em algum momento, você optar por alterar a técnica, você deve, antes do início da leitura do trecho, avisar ao participante que há muitas palavras entre aspas e que você as suprimirá e, se o participante sentir necessidade de uma releitura, você a fará acrescentando tais aspas. Isso se faz necessário para garantir a confiança entre o ouvinte e o Ledor, pois, se ao reler, você acrescentar as informações anteriormente retiradas, ele pode perder a confiança na sua leitura por perceber que você retira informações sem que ele saiba. E A CONFIANÇA É TUDO! SINAIS VARIADOS – PARÊNTESES, COLCHETES A aparição de parênteses ou colchetes no texto a ser lido seguirá o mesmo padrão de técnica relacionada às aspas: anunciar quando da sua abertura (ABRE PARÊNTESES) e novamente no seu fechamento (FECHA PARÊNTESES). E toda variação dessa técnica só deve ser feita diante da análise prévia do texto a ser lido. Vejamos um exemplo: Um eletricista analisa o diagrama de uma instalação elétrica residencial para planejar medições de tensão e corrente em uma cozinha. Nesse ambiente existem uma geladeira (G), uma tomada (T) e uma lâmpada (L), conforme a figura. O eletricista deseja medir a tensão elétrica aplicada à geladeira, a corrente total e a corrente na lâmpada. Para isso, ele dispõe de um voltímetro (V) e dois amperímetros (A). Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 16 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Perceba que, se retirarmos os parênteses na frase a ser lida e a pontuarmos utilizando vírgulas, não perderemos a qualidade da informação. Logo, é possível retirá-los. A mesma análise podemos fazer quando do aparecimento dos coletes, normalmente usados em textos para fazer referência a uma supressão departe do texto. Tem como técnica o anúncio da sua abertura (ABRE COLCHETE) e novamente no seu fechamento (FECHA COLCHETES). Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela é fácil. Não é maleável. [...] a língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo. Chamo atenção para a percepção do ambiente no qual estaremos atuando enquanto Ledores. Se for no ambiente de Biblioteca, valerá a pena citar tal elemento, visto que pode ser o momento no qual o estudante irá se deparar pela primeira vez com tal estrutura em textos. Ainda assim é possível verificar que a simples leitura sem a pronúncia de ABRE COLCHETES, RETICÊNCIAS, FECHA COLCHETES não fere o entendimento do texto. No caso de ambiente de prova, a retirada só será possível a partir da análise feita da questão inteira da qual o texto faz parte, pois o elemento [...] pode ser um fator de avaliação. Logo, a permanência do uso da técnica pura será pautada pela análise feita pelo Ledor durante o atendimento prestado. SINAIS VARIADOS – TRAVESSÃO Vamos a outro exemplo de sinais variados em textos, o TRAVESSÃO: Meta de Faminto JK — Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro, com gasolina brasileira. Que mais quer? JECA — Um prato de feijão brasileiro, seu doutô! Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 17 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Se, na leitura do texto, não anunciarmos a existência do travessão, podemos dar informações erradas, pois quem antes falava (emissor) agora parecerá ser quem está sendo chamado (vocativo). JK Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro, com gasolina brasileira. Que mais quer? [...] Parece que estamos falando como JK e não ele que está falando. Técnica de leitura: verbalizar a existência do travessão O anúncio do travessão pode ser feito de formas diferentes: Atenção! Para toda regra há uma exceção: quando o travessão for empregado como pausa de leitura, podendo ser substituído por vírgula, não será necessário anunciá-lo, apenas manter a fluência da leitura. Mas alerto que essa variação só será possível ser realizada diante de análise prévia, caso contrário, o melhor é usar a técnica pura e anunciar “travessão” a cada aparição do símbolo. Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 18 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais GRIFOS (sublinhado, negrito ou itálico) Não são poucas as vezes que nos deparamos com trechos de textos colocados em evidência diante do uso de variação da fonte padrão do texto. O que a técnica diz é que devo anunciar o início e o final do grifo, mantendo a fluidez da leitura. Veja o exemplo a seguir: Há possibilidade de tratarmos diferente o texto que traz diversos termos em grifo. Valendo-se do mesmo pressuposto usado no reordenamento quando tratamos de imagens,podemos dizer que “existem palavras grifadas do texto como se não houvesse grifo e na sequência anunciamos cada trecho grifado. Fica o alerta novamente de que a variação da técnica só é possível diante da análise prévia. Portanto, não devemos tomar essa ação mencionada por último como regra geral de atuação. PALAVRA ESTRANGEIRA em texto de Língua Portuguesa Quando tratamos de palavras estrangeiras em textos de Língua Portuguesa, o que fazemos é pronunciar a palavra como acreditamos ser correto e então perguntarmos se o ouvinte quer que a gente soletre a palavra (assim, se pronunciarmos de modo incorreto a ponto de não ser entendível, ao soletrarmos é capaz de ele reconhecer a palavra!). Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 19 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais É quando nós soletramos s-o-f-t-w-a-r-e-s e h-a-r-d-w-a-r-e-s. E então geramos a possibilidade de ele entender a palavra. Em síntese, as técnicas são: TEXTOS Pontuação Não verbalizar, apenas anunciar diante da fluência da leitura. Sinais variados (aspas, parênteses, travessão, etc.) Anunciar sempre que aparecer, abrindo ou fechando trechos. Grifos (sublinhado, negrito ou itálico) Anunciar abrindo quando antes da primeira palavra alterada e fechando depois da última palavra sequencial alterada. Palavra estrangeira Pronunciar a palavra e perguntar ao participante se ele deseja que seja soletrada. SÍMBOLOS Variável Anunciar quando é maiúscula ou minúscula. Expressões matemáticas Retirar a possibilidade de dubiedade de entendimento (ex.: “TUDO ISSO”). Sobrescrito/Subscrito • Matemática: elevado/na base; • Química: índice superior/índice inferior. Atenção! Lembre-se você deve conhecer todos os símbolos! Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 20 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais IMAGENS Aumentar seu conhecimento sobre tudo. Reordenamento da imagem para depois das leituras de enunciado e alternativas da questão da prova. Conhecer a questão completa (enunciado e alternativas) para decidir sobre a descrição de imagem, seja ela figura, tabela ou gráfico. Diferentemente do que o senso comum imagina, o ledor não é somente aquele que lê. Como você já sabe, nosso trabalho é muito mais complexo, certo? Isso porque exercemos também a função de transcritores. A AÇÃO DE TRANSCREVER O ato de transcrever consiste em passar para o papel um determinado conteúdo. Tal conteúdo pode ser expresso oralmente ou mesmo por escrito em um outro lugar. Atenção! Ao redigir um texto em um contexto avaliativo, você se preocupa com quais aspectos? Conteúdo? Legibilidade? Gramática? Estrutura? Paragrafação? Margens? Rasura? Caligrafia? Será que ao executar a transcrição do texto de outra pessoa você deverá se preocupar com os mesmos aspectos mencionados? Ou o autor do texto deverá ter responsabilidade sobre todos eles? TRANSCRIÇÃO: PARA QUEM? Você sabe quem pode ser auxiliado pelo transcritor? De forma geral, podemos apontar três motivos que justificam esse apoio: não visualização das folhas para transcrição de resposta; Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 21 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais 2. ineficiência ou ausência de coordenação motora fina para execução da transcrição; 3. desvios cognitivos para escrita ou raciocínio lógico-matemático de ordenamento. 1 Pessoas com deficiência visual que não têm potencialidade visual suficiente para enxergar com precisão a folha de resposta a ponto de preenchê-la com autonomia. Um exemplo são as pessoas com baixa visão. Dependendo do que caracteriza a baixa visão delas, a ampliação da prova possibilita que façam a leitura com autonomia, mas ao finalizar o período de prova e iniciar a execução de preenchimento de formulários e cartão de resposta, elas se deparam com o material pequeno, cor-de-rosa ou laranja, por vezes. Nesse momento, provavelmente precisarão do auxílio para transcrição. 2 Pessoas com deficiência física ou motora que não conseguem empunhar canetas ou escrever com qualidade suficiente para realizar o preenchimento das folhas. Nesse grupo estão pessoas com deficiência física que possuem má formação ou amputação de membros superiores, bem como paralisia total ou parcial. Normalmente não conseguem escrever, embora consigam visualizar e ler a prova. Em alguns casos, a paralisia também atinge os músculos da face e dificulta a fala. É hora de o transcritor mostrar excelência de ação. Verifique como essa pessoa se comunica com seu acompanhante e se aproprie desse modo de comunicação (o suficiente para que você entenda o seu “Sim” ou “Não”). Seja colaborativo e aberto ao novo, sempre podemos fazer melhor! 3 Pessoas que usam o serviço com o intuito de evitar erros de preenchimento ou de escrita (pessoas com déficit de atenção, dislexia, autismo, entre outros). Esse grupo solicita a transcrição pela segurança em não cometer erros durante o preenchimento de formulários. Um exemplo são as pessoas com déficit de atenção que, mesmo ao terem respondido de forma correta a questão, podem perder sua atenção ao passá-la para a folha de respostas e acabar assinalando a alternativa errada. Ou ainda os disléxicos, que costumam cometer muitos erros de escrita, como supressão de palavras ou alteração silábica, mesmo que tenham pensado e pronunciado em voz alta. Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 22 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais A AÇÃO DO TRANSCRITOR Os documentos diante dos quais o transcritor pode atuar variam de acordo com o contexto em que ele está inserido. De forma geral, o transcritor pode agir diante de: 1. Formulários: Existem variações entre as bancas organizadoras, mas normalmente os formulários a serem preenchidos são estes: Folha de Presença Formulários de Atendimento Folhas de respostas (objetivas e discursivas) Folha de Redação 2. Respostas Objetivas Ao preencher um Cartão de Respostas objetivas, primeiramente devemos conhecer qual é a preferência do participante / estudante: 1) Aguardar o final de leitura da prova e passar todas as respostas de uma vez só para o Cartão de Respostas. 2) Preencher cada questão assim que ele disser a resposta (o problema nesse momento é que, uma vez marcada a resposta dada pelo participante, não haverá mais possibilidade de alteração da resposta por ele). 3. Respostas Discursivas / Redação A regra básica da transcrição das respostas discursivas e da Redação é iniciar a ação, SEMPRE, em uma folha de rascunho. Somente após a autorização do estudante / candidato, a folha definitiva deve ser utilizada. Esse cuidado possibilita que o participante faça alterações em seu texto, além de que o transcritor verifique a relação entre o tamanho da sua letra e o espaço disponível. TRANSCRIÇÃO Se você estiver atento, provavelmente percebeu que o título deste módulo já dá uma dica do que será enfatizado na transcrição: ortografia, caligrafia e estética. Por isso, faremos uma breve revisão de cada um desses conceitos, ok? Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 23 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Ortografia A origem da palavra ortografia é grega, em que “orto” significa correto, direito; e “grafia” significa escrita. Portanto, é o conjunto de regrasrelacionado à escrita das palavras, o qual prescreve regras e usos. A ortografia é essencial em qualquer língua. Já imaginou se cada pessoa escrevesse as palavras do jeito que quisesse? Certamente teríamos muitos problemas com relação à comunicação! Caligrafia A palavra caligrafia também tem origem grega. Cali vem da palavra grega “kallos”, que significa beleza. Grafia, como já sabemos, significa escrita. Portanto, caligrafia é a arte ou técnica de escrever à mão “de forma bela”. No nosso caso, o conceito de caligrafia está relacionado à “maneira de escrever à mão característica de cada pessoa”, como traz o Dicionário Priberam. Aliás, você se lembra dos cadernos de caligrafia do Ensino Fundamental? Apesar de parecerem cansativos e entediantes, eles eram importantes justamente para tornar a sua letra legível. Estética Quando pensamos em estética, logo relacionamos à beleza, aparência, certo? Isso mesmo! No nosso caso, a preocupação é com a beleza do texto! Os aspectos estéticos de um texto certamente estão relacionados à caligrafia, tópico que acabamos de abordar. No entanto, há outras questões que devem ser levadas em consideração, tais como: margem; rasura; translineação; marcação de parágrafos; letras maiúsculas/minúsculas. Atenção! Esteja atento a distinção entre ortografia e gramática! A ortografia dita as regras para a grafia correta das palavras, já a gramática consiste no conjunto Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 24 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais de prescrições e regras que determinam o uso avaliado como “correto” da forma oral e escrita da língua. Dessa forma, problemas de concordância e conjugação verbal, por exemplo, são gramaticais. Você, futuro ledor/transcritor, deve estar atento a todas as questões mencionadas. A responsabilidade por transcrever o texto do outro indivíduo é sua e, em qualquer contexto, seja ele avaliativo ou não, você deve ter cuidado para não o prejudicar. Dessa forma, devemos nos atentar para: ortografia: a boa escrita é sempre uma exigência. caligrafia: letra legível. margens: não ultrapassar margens direita e esquerda na área para escrita da redação. rasura: quando for necessário rasurar a folha original de escrita discursiva ou redação, proceda passando um traço sobre a palavra a ser corrigida e escreva a correta na sequência. Além disso, atenção também às seguintes questões: diferenciação das letras maiúsculas/minúsculas; recuo de parágrafo. PASSO A PASSO Para a transcrição, de fato, temos 4 passos a seguir: Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 25 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais 1º PASSO 2º PASSO 3º PASSO 4º PASSO Ouça Tire dúvidas Correções Alterações Concluindo Ouça o ditado completo da redação pelo participante sem interrompê-lo. E sublinhe as palavras que você tiver dúvida de como escreve. Retire as dúvidas que você teve relacionadas à escrita das palavras pedindo que ele soletre cada uma das que você sublinhou. Leia a redação para o participante e peça que ele faça a correção que julgar necessária e indique parágrafo, acentos e pontuações. Peça autorização para transcrever a redação ditada pelo participante para a Folha de Redação DEFINITIVA. Atenção! A escolha de fazer a redação no início ou no final do período de prova é do participante, mas, se ele escolher fazê-la ao final, se responsabilizará pelo tempo que destinará para a conclusão dessa atividade. O que nós temos que fazer é lembrá-lo de que o tempo máximo de prova também deve contemplar a passagem do rascunho para a folha final. A ÉTICA DO TRANSCRITOR A palavra ética origina-se do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa) e pode ser definida como “conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade”. O objetivo da ética é promover um equilíbrio e bom funcionamento social a fim de que ninguém saia prejudicado. Podemos relacioná-la com a justiça social. A ética é essencial ao profissional ledor/transcritor. Isso porque ela irá ajudá- lo a escolher quais as melhores técnicas a serem aplicadas diante do indivíduo a quem está auxiliando. A reflexão a ser feita, portanto, é: como agir diante da necessidade do meu estudante (ou candidato/participante)? Lembre-se de que estamos em busca da equidade, ou seja, de exercer a igualdade com justiça a fim de assegurar o direito de todos. Não devemos beneficiar alguns em detrimento de outros, mas, sim, garantir a igualdade de oportunidades a todos. Observe: Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 26 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Igualdade Equidade No nosso caso, portanto, a ética significa relativizar o atendimento de acordo com a necessidade do outro. Vejamos, então, de acordo com esse conceito, como agir em cada um dos possíveis contextos de atuação do ledor/transcritor! NA BIBLIOTECA... Espaço destinado ao empréstimo de livros e ao estudo, a biblioteca é o espaço do conhecimento. Dessa forma, para torná-la verdadeiramente acessível, o transcritor deve auxiliar o estudante de acordo com suas necessidades. Nesse espaço, há uma maior liberdade no que diz respeito às regras no atendimento por parte do transcritor, pois o objetivo maior é facilitar a aprendizagem do estudante. Dessa forma, quando transcreve um determinado conteúdo na biblioteca, o transcritor tem maior flexibilidade com relação à sua atuação. Ao falar em maior flexibilidade, estamos nos referindo a três pontos principais: ao tempo; à demanda do estudante; ao material a ser produzido (se houver). Tempo Geralmente, não há um tempo determinado para os estudos na biblioteca. O tempo é livre, de acordo com as necessidades do estudante. Esse é o momento de Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 27 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais tirar dúvidas e de efetivar a aprendizagem, pois o estudante não está sendo avaliado. Nesse caso, o erro do estudante não é penalizado e o transcritor pode, inclusive, sinalizar sempre que verificar um equívoco e (re)explicar o conteúdo em foco ou mesmo questões referentes ao uso da língua (ortográficas ou gramaticais, por exemplo). Dessa forma, você, transcritor, gera mais uma oportunidade para que o estudante aprenda. Demanda do estudante Na biblioteca, outra variável que está diretamente relacionada ao atendimento feito pelo transcritor é a demanda trazida pelo estudante, pois ela determinará o objetivo do atendimento. Nesse contexto, o transcritor deve identificar o conteúdo e fazer os registros escritos solicitados pelo estudante, que podem ser necessários apenas para seu estudo ou para a realização futura de uma atividade. Material a ser produzido Ainda na biblioteca, há a possibilidade de o estudante precisar entregar um determinado material solicitado em sala de aula, pelo professor. Nesse caso, o transcritor auxiliará a elaboração desse material, que pode ser feito pelo próprio estudante com algum apoio, ou que pode ser apenas registrado por escrito pelo transcritor, com a produção intelectual por inteiro do estudante. NO AMBIENTE AVALIATIVO... Em um ambiente avaliativo, como em concursos, por exemplo, o atendimento ao candidato deve seguir as orientações da Banca Organizadora. Caso o ledor/transcritor perceba a necessidade de utilização de um recurso nãoautorizado/previsto, deve recorrer à Coordenação responsável pela aplicação da prova para sanar dúvidas e evitar possíveis problemas. Mais uma vez, no ambiente avaliativo, cabe ao ledor/transcritor escolher as melhores técnicas de transcrição. Nesse contexto, é preciso respeitar as normas do certame, que são, geralmente, especificadas no edital em questão, e os limites de atuação do ledor/transcritor. Atenção! Cuidado com o tempo! Em concursos e vestibulares, os horários de início e de término das provas são fixos e não há possibilidade de prorrogação Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 28 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais durante o evento. Caso necessite de tempo extra, o candidato deve fazer a solicitação ainda no momento da inscrição. Ao transcritor não é permitido intervir em aspectos relacionados ao uso da língua, como vocabulário escolhido pelo estudante ou em questões gramaticais. A estrutura do texto também é de total responsabilidade do candidato. NA SALA DE AULA... Na sala de aula, a atuação do ledor/transcritor é o meio termo entre a biblioteca e o ambiente avaliativo. Isso porque, se comparado ao atendimento feito na biblioteca, a liberdade de atuação é menor e algumas regras precisam ser seguidas. Na sala de aula, a transcrição deve consistir em um processo mais rápido para que o estudante auxiliado acompanhe o restante da turma. É preciso ter atenção também para não atrapalhar os demais estudantes. Se for necessário, no caso de tarefas mais complexas e extensas, pode-se solicitar ao professor autorização para que sejam executadas em outro espaço. Dessa forma, as exigências mais inflexíveis de um ambiente avaliativo como o concurso geralmente não se aplicam. RESUMINDO... A atuação do transcritor varia de acordo com o contexto em que ele está inserido, que pode ser mais ou menos flexível quanto a regras e horários, por exemplo. As características do participante/estudante também determinam as estratégias utilizadas pelo profissional. Consideramos, em nosso curso, três diferentes possíveis contextos de atuação do ledor/transcritor. De forma geral, podemos sintetizar os atendimentos por parte do transcritor nesses locais da seguinte forma: Biblioteca Ambiente avaliativo Sala de aula Maior liberdade e flexibilidade Regras estabelecidas pela Banca Organizadora O professor regente conduz as atividades Tempo livre Tempo predeterminado Tempo predeterminado Facilitação da aprendizagem Transcritor consciente dos limites de atuação Transcritor age de acordo com as demandas Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 29 de 29 Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Se interessou pelo tema? Então veja estes meus outros materiais: IPEMIG - TGD - Transtorno Global do Desenvolvimento - Modulo 1 Educação Inclusiva - Questões de Concursos Públicos - Modulo 1