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Curso de Capacitação de Ledor / Transcritor – Módulo 2 ............................................................. Página 2 de 29 
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Para descrever uma imagem, é preciso ter entendimento total do contexto no 
qual ela está inserida (por exemplo, a questão com enunciado e alternativas) para, 
então, determinar o quanto é suficiente ou necessário que uma imagem seja 
descrita. 
Os problemas, normalmente, giram em torno de: 
 durante a descrição, dar a informação que o participante deveria 
conseguir retirar da imagem para responder à questão, ou seja, “dar a 
resposta de graça”; 
 descrever tantos detalhes que as informações importantes se perdem 
diante de tanta coisa; 
 desconhecimento mínimo do Ledor para descrever algo (tabela, 
gráfico etc.). 
Vale a lembrança de que, em alguns casos (atendimento em biblioteca, por 
exemplo), podemos fornecer quantas informações quisermos, porque o foco é a 
construção de novos conhecimentos por parte daquele que nos ouve. 
Novamente temos que ter o entendimento de que o erro PRIMÁRIO está no 
fato de o participante não ter autonomia para realizar sua prova. O que quero dizer 
com isso é que provas realizadas por pessoas com problemas visuais não deveriam 
ter como critério avaliativo a retirada de informações meramente visuais, tais como 
gráficos. 
Logo, a premissa da ação do Ledor é fazer o melhor sempre e isso depende 
diretamente do conhecimento que temos. Logo, quanto maior for nosso grau de 
leitura e observação de materiais diversos, menores serão nossos problemas 
enquanto ledores. 
Estamos a todo momento falando sobre o nível de conhecimento do Ledor 
sobre o assunto a ser lido pelo motivo de existirem ambientes nos quais não teremos 
a oportunidade de observar o material antes de iniciarmos o atendimento como 
Ledor. Isso significa não ter tempo para pensar na adaptação, ou seja, ir na ação 
contrária ao estabelecido pela regra máxima de uma adaptação profissional. 
Nesses casos, quanto maior o conhecimento do Ledor sobre a imagem, 
menor será o prejuízo causado relacionado a erro de informação. 
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A não existência de condições ideais de ação não elimina o direito ao 
atendimento e, por isso, obrigará o Ledor a fazer a melhor escolha que a 
circunstância permite para descrição. 
Sabido isso, pensaremos agora em como preceder para descrever uma 
imagem, de modo gráfico, e depois veremos alguns exemplos com objetivo de 
aumentarmos nossa visão crítica. 
 
Uma das ações primeiras deve ser nortear a escolha da direção a ser tomada 
para início e fim da leitura da imagem (mas novamente essa escolha depende de um 
olhar crítico sobre a imagem). São três possibilidades: 
 
Possibilidade 1: Estabelecer um ponto inicial em uma das extremidades da 
imagem e seguir descrevendo para o lado oposto ao ponto escolhido. 
 
Existem imagens que assim que visualizamos já conseguimos determinar 
imediatamente a direção de observação para a descrição que faremos. A sequência 
correta para a descrição dessa imagem é a da esquerda para a direita, essa é a única 
maneira de manter o sentido da história da tirinha. Em relação à quantidade de 
detalhes relevantes, veremos depois! 
 
 
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Possibilidade 2: Fazer uma divisão em quadrantes e explicar um a um. São 
muitas variações para escolher. 
 
Uma possibilidade de descrição é começar dividindo o ambiente em três 
quadrantes e na sequência indicar os objetos sequencialmente. 
 
 
 
 
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Possibilidade 3: Imaginar películas sobrepostas para formar a imagem 
completa. Ao descrever eu trato de cada película separadamente. 
 
Poderíamos fracionar a descrição dessa imagem assim: 
 
 
 
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Esse segundo item para aprimorar o senso crítico, com relação à descrição 
de imagem girando em torno da qualificação da imagem. 
Quando e quanto de características eu posso acrescentar em uma imagem a 
ponto de não interferir negativamente nas escolhas que deveriam ser feitas pelo 
ouvinte? 
Por exemplo, posso dizer qual a fisionomia de uma personagem ou quem 
deve inferir é o ouvinte? 
 
Neste exemplo eu digo apenas que os olhos da personagem estão baixos e sua 
boca faz angulação também para baixo, além de seus braços como que “sem reação” 
ao lado do seu corpo ou resumo isso tudo em: a personagem olha para o globo 
terrestre com tristeza e decepção? 
Nosso senso crítico deve estar sempre voltado para o ambiente de atuação, 
lembra disso?! Então temos duas percepções diante dessa imagem: 
(1) em uma biblioteca o Ledor poderá fazer ambas as descrições, pois assim 
fará com que o ouvinte entenda que tais características (olhos baixos, boca com 
angulação para baixo e braços “sem reação” ao lado do seu corpo) deixam presumir 
tristeza e decepção; 
(2) em ambiente avaliativo devo considerar a questão da qual a imagem foi 
retirada. 
 
Posto que é necessário escolher o direcionamento do nosso olhar para iniciar 
uma descrição de imagem e que a quantidade de detalhes dependerá do cenário no 
qual estaremos atuando como Ledores, seguiremos agora para o terceiro ponto que 
é quando estivermos em um ambiente avaliativo, sem tempo para leitura prévia da 
questão, como agir diante de uma imagem? 
Vamos primeiro estabelecer os critérios normalmente usados quanto ao 
ambiente da aplicação de avaliação diante do atendimento de Ledores. 
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A condição ideal de realização é aquela na qual o estudante ouvinte estará em 
uma sala sendo atendido individualmente, ou seja, apenas ele e os profissionais que 
o atendem, sem nenhum outro estudante. 
A outra expectativa é relacionada ao número de Ledores destinados a realizar 
o atendimento. 
Há instituições que estabelecem o atendimento diante de dois Ledores por 
estudante, com o objetivo de que possam revezar a leitura durante o período de 
realização da avaliação. 
Nessas condições, vale a pena a solicitação de uma cópia da avaliação para 
permanecer em sala (se já não for disponibilizada de antemão). 
A necessidade de uma cópia da avaliação diz respeito à possibilidade de o 
Ledor que não estiver realizando a leitura naquele momento poder visualizar as 
questões ainda não lidas. 
 
Funciona assim: o Ledor que atuar nos primeiros instantes da avaliação não 
terá a disponibilidade de tempo para executar uma leitura prévia das questões antes 
da realização da leitura para o estudante, isso demandará uma perspicácia na 
escolha das técnicas usadas durante a leitura. 
 
1) Enquanto a primeira leitura 
das questões de 1 a 5 é feita 
pelo Ledor A para o 
estudante, o Ledor B estará 
com a cópia da avaliação 
lendo silenciosamente para 
si as questões de número 6 
em diante. 
2) Assim que o Ledor A 
terminar a questão de 
número 5, ele chamará o 
Ledor B, que dirá até onde ele 
conseguiu fazer a leitura 
prévia das questões (por 
exemplo, questão 13). 
3) O Ledor A então passaráa 
fazer a leitura silenciosa da 
questão 14 em diante 
enquanto o Ledor B inicia a 
leitura das questões 6 a 13 
para o estudante. 
 
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A importância dessa ação está no sentido de permitir que o Ledor analise 
previamente a questão a ser lida ao estudante com o intuito de sanar possíveis 
problemas adaptativos para a leitura. 
Observe que, infelizmente, as 5 primeiras questões serão lidas para o 
estudante sem a análise prévia. 
Já outras instituições mantêm apenas um Ledor para a ação diante do 
estudante em período de realização de avaliação. Esse cenário demanda uma ação 
mais criteriosa do Ledor visando promover tempo para usar seu senso crítico diante 
das imagens antes de realizar qualquer tipo de adaptação. Essa ação diz respeito à 
técnica do reordenamento de informações. 
Vamos supor que as questões tenham o seguinte padrão de apresentação: 
 
Se o Ledor simplesmente fizer a leitura conforme a ordem apresentada na 
Questão X, ele acabará usando o primeiro tempo de leitura para a descrição da 
imagem/texto motivador antes mesmo que o ouvinte tenha conhecimento do que o 
enunciado diz. Ou seja, o ouvinte não terá um direcionamento do que deverá 
observar durante a leitura para então absorver os dados necessários para responder 
à questão. 
A proposta desta técnica é antecipar a informação solicitada no enunciado 
para que o ouvinte então (se assim julgar necessário) ouça a descrição da 
imagem/texto motivador com um olhar mais apurado para busca de dados que o 
auxilie responder à questão. 
Funciona do seguinte modo: 
1) Anuncie o número da questão 
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2) Diga “existe uma imagem/texto motivador, vou ler o restante da 
questão primeiro e, se julgar necessário, voltamos a ela”. 
3) Leia o enunciado. 
4) Pergunte se o ouvinte quer voltar à imagem/texto motivador. Se ele 
julgar necessário, volte a essa informação. 
5) Leia, por último, as alternativas. 
 
Então a leitura teria o seguinte rumo: 
 
Veja um exemplo desse reordenamento: 
 
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Perceba que até agora não sabemos a real intenção da questão, pois ainda 
não temos conhecimento do enunciado. 
O que quer dizer que as informações que o ouvinte conseguir assimilar 
podem ser desnecessárias: 
O enunciado dessa questão é: 
 
Após a leitura do enunciado, teremos informações suficientes para 
aproveitarmos o que JÁ FOI LIDO. Então o que provavelmente acontecerá nesse 
instante é o ouvinte pedir a RELEITURA de tudo para buscar as informações de que 
precisa. 
Se fizéssemos o reordenamento, ele ouviria o texto e imagens motivadoras 
já procurando as respostas pertinentes, até mesmo sabendo que apenas três 
lâmpadas acenderão. 
Além disso, a descrição das informações deve ser a mais sucinta possível, 
para não exagerar em palavras desnecessárias, como por exemplo, nesse caso 
anterior, citar detalhes sobre os fios dentro da lâmpada ou a variação de cinza das 
pilhas. 
Ao realizar o reordenamento, a imagem/texto motivador se tornará um 
termo acessório. 
Nesse caso, existe a possibilidade de o ouvinte não julgar necessária a 
descrição dessa imagem/texto motivador, autorizando o Ledor a não a realizar. 
Assim, o uso do tempo de realização da prova será mais bem aproveitado com 
informações relevantes para o ouvinte. 
Ainda diante do reordenamento, quando aparecem imagens como tabelas e 
gráficos, podemos nos deter a dar o mínimo de informação suficiente para o ouvinte 
determinar o que mais gostaria de ouvir. 
Por exemplo: 
TABELAS: Diga o título da tabela e depois os subtítulos dela, que 
normalmente estão situados na primeira coluna e primeira linha. 
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Desse modo, o ouvinte saberá genericamente do que se tratam as 
informações da tabela. 
Se o ouvinte pedir que retorne à tabela e fale sobre os detalhes dela, então 
teremos que escolher a melhor forma de lê-la: 
 
Um exemplo desse último critério é a tabela abaixo. 
 
A leitura ficaria assim: 
“Existe uma tabela com colunas chamadas de constituintes, número normal por 
milímetros cúbicos e paciente por milímetros cúbicos. 
Quando o constituinte é glóbulos vermelhos, o número normal é de quatro vírgula 
oito milhões e do paciente quatro milhões. 
Quando o constituinte é glóbulos brancos, o número normal é de cinco mil e dez mil 
e do paciente nove mil. Quando o constituinte é plaquetas...” 
Desse modo, não será necessário que o ouvinte decore o que cada coluna quer 
dizer, pois repetirei sempre que lançar uma nova informação. 
Quando a imagem se tratar de gráfico, os dados a serem informados 
preliminarmente são: 
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Deixe claro para o ouvinte que ele pode então pedir que você leia 
especificamente uma informação escolhida por ele ou, se ele desejar, falará de todos 
os dados. 
Pois bem, acredito que você percebeu que apesar de existirem técnicas que 
facilitem ou diminuam as possibilidades de problemas de leitura e descrição, 
dependendo do cenário e do ouvinte, elas não suprirão todas as necessidades. 
A riqueza da ação do Ledor é exatamente esta: 
A simplicidade da intervenção misturada com a complexidade do atendimento. A 
técnica é um norte e não um determinante. 
 
 
Antes de iniciarmos verdadeiramente a discussão sobre as técnicas de leitura 
de texto, precisamos falar de alguns aspectos importantes, como: 
 empregar altura de voz compatível a você e ao ouvinte; 
 manter um ritmo de leitura constante, nem rápido demais a ponto de 
não ser entendido, nem devagar demais a aponto de se tonar 
cansativo; 
 repetir a leitura quantas vezes for solicitado pelo ouvinte; 
 sentar-se na posição correta para não forçar as costas e as cordas 
vocais, afinal, pode ser que você passe bastante tempo realizando a 
leitura do material para alguém; 
 atentar-se para a fluência de leitura, pois a falta dela pose acarretar a 
passagem de informação errada. 
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Vale a pena um exemplo, então leia as frases a seguir: 
 
Note que a escrita das palavras é a mesma, mas a variação na pontuação e, 
consequentemente, na fluência de leitura, geram mudança de entendimento da 
frase lida. A partir do entendimento de que a fluência de leitura é prerrogativa para 
o Ledor, podemos traçar a regra geral para as técnicas de leitura de texto que é: 
TORNAR PERCEPTÍVEL TUDO AQUILO QUE ESTÁ IMPRESSO. 
Precisamos prestar atenção à aparição destes elementos: 
1) Pontuação 
2) Sinais variados (aspas, parênteses, travessão, etc) 
3) Grifos (sublinhado, negrito ou itálico) 
4) Palavra estrangeira em texto de Língua Portuguesa 
 
PONTUAÇÕES: 
Diante da leitura feita do texto anterior, você conseguiu perceber o quanto a 
repetição dos sinais de pontuação pode atrapalhar no entendimento do que diz o 
texto, principalmente senão estivermos acompanhando aleitura do texto 
visualmente (ou em Braille, no caso do ouvinte cego)? 
Ao repetir a palavra VÍRGULA, é criado um elemento de distração ao ouvinte, 
pois ele fica atento à repetição excessiva e não à mensagem do texto. 
Técnica de leitura: NÃO verbalizar as pontuações. 
 Atenção! Existe um caso em que é necessário verbalizar as pontuações: 
quando o comando do exercício solicitar que se identifique um erro na pontuação. 
Ou seja, nesse caso temos de verbalizar todos os pontos, vírgulas, exclamação, dois-
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pontos, enfim, todos os sinais referentes à pontuação para que o participante 
identifique os erros existentes. 
 
SINAIS VARIADOS - aspas 
As aspas podem ter a função de anunciar um recorte de um trecho ou ainda 
de destacar um trecho do texto. Assim, é necessário anunciá-las para demonstrar 
onde esse trecho se inicia e onde termina. 
Por exemplo, no caso do texto lido no áudio anterior, seguindo a técnica, seria 
necessário enunciar as aspas do seguinte modo: as aparecerem as aspas que 
antecedem o trecho, nós anunciamos ABRE ASPAS e, quando as aspas fecharem o 
trecho, diremos FECHA ASPAS. 
 
Há momentos em que o abrir e fechar das aspas se tornará um problema para 
a leitura (pois será, por exemplo, um elemento de repetição). A preferência será por 
eliminá-las para evitar a perda de atenção do ouvinte para as demais informações. 
Técnica de leitura: verbalizar quando as aspas forem abertas e o momento no qual 
forem fechadas 
Atenção! Há momentos em que o abrir e fechar das aspas se tornará um 
problema para a leitura (pois será, por exemplo, um elemento de repetição). A 
preferência será por eliminá-las para evitar a perda de atenção do ouvinte para as 
demais informações. 
Analise o texto a seguir quando à repetição do anúncio das aspas: 
Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como dança aristocrática, [...], foi 
introduzida como dança de salão e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto 
popular. Para sua ocorrência, é importante a presença de um mestre “marcante” ou 
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“marcador”, pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores 
desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes marcações: “Tour”, “En avant”, 
“Chez des dames”, “Chez des chevaliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”, “Caminho da 
roça”, “Olha a chuva”, “Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de espinhos” 
etc. 
Se, em algum momento, você optar por alterar a técnica, você deve, antes do 
início da leitura do trecho, avisar ao participante que há muitas palavras entre aspas 
e que você as suprimirá e, se o participante sentir necessidade de uma releitura, você 
a fará acrescentando tais aspas. 
Isso se faz necessário para garantir a confiança entre o ouvinte e o Ledor, 
pois, se ao reler, você acrescentar as informações anteriormente retiradas, ele pode 
perder a confiança na sua leitura por perceber que você retira informações sem que 
ele saiba. E A CONFIANÇA É TUDO! 
 
 
SINAIS VARIADOS – PARÊNTESES, COLCHETES 
A aparição de parênteses ou colchetes no texto a ser lido seguirá o mesmo 
padrão de técnica relacionada às aspas: anunciar quando da sua abertura (ABRE 
PARÊNTESES) e novamente no seu fechamento (FECHA PARÊNTESES). E toda 
variação dessa técnica só deve ser feita diante da análise prévia do texto a ser lido. 
Vejamos um exemplo: 
 
Um eletricista analisa o diagrama de uma instalação elétrica residencial 
para planejar medições de tensão e corrente em uma cozinha. Nesse ambiente 
existem uma geladeira (G), uma tomada (T) e uma lâmpada (L), conforme a figura. 
O eletricista deseja medir a tensão elétrica aplicada à geladeira, a corrente total e a 
corrente na lâmpada. 
Para isso, ele dispõe de um voltímetro (V) e dois amperímetros (A). 
 
 
 
 
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Perceba que, se retirarmos os parênteses na frase a ser lida e a pontuarmos 
utilizando vírgulas, não perderemos a qualidade da informação. Logo, é possível 
retirá-los. 
 
A mesma análise podemos fazer quando do aparecimento dos coletes, 
normalmente usados em textos para fazer referência a uma supressão departe do 
texto. Tem como técnica o anúncio da sua abertura (ABRE COLCHETE) e 
novamente no seu fechamento (FECHA COLCHETES). 
Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela é fácil. Não é maleável. 
[...] a língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para 
quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo. 
Chamo atenção para a percepção do ambiente no qual estaremos atuando 
enquanto Ledores. Se for no ambiente de Biblioteca, valerá a pena citar tal elemento, 
visto que pode ser o momento no qual o estudante irá se deparar pela primeira vez 
com tal estrutura em textos. 
Ainda assim é possível verificar que a simples leitura sem a pronúncia de 
ABRE COLCHETES, RETICÊNCIAS, FECHA COLCHETES não fere o entendimento do 
texto. No caso de ambiente de prova, a retirada só será possível a partir da análise 
feita da questão inteira da qual o texto faz parte, pois o elemento [...] pode ser um 
fator de avaliação. 
Logo, a permanência do uso da técnica pura será pautada pela análise feita 
pelo Ledor durante o atendimento prestado. 
 
SINAIS VARIADOS – TRAVESSÃO 
Vamos a outro exemplo de sinais variados em textos, o TRAVESSÃO: 
Meta de Faminto 
JK — Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas 
pavimentadas com asfalto brasileiro, com gasolina brasileira. Que mais quer? 
JECA — Um prato de feijão brasileiro, seu doutô! 
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Se, na leitura do texto, não anunciarmos a existência do travessão, podemos 
dar informações erradas, pois quem antes falava (emissor) agora parecerá ser quem 
está sendo chamado (vocativo). 
JK Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas 
pavimentadas com asfalto brasileiro, com gasolina brasileira. Que mais quer? 
[...] 
Parece que estamos falando como JK e não ele que está falando. 
Técnica de leitura: verbalizar a existência do travessão 
O anúncio do travessão pode ser feito de formas diferentes: 
 
 Atenção! Para toda regra há uma exceção: quando o travessão for 
empregado como pausa de leitura, podendo ser substituído por vírgula, não será 
necessário anunciá-lo, apenas manter a fluência da leitura. 
 
 
Mas alerto que essa variação só será possível ser realizada diante de análise 
prévia, caso contrário, o melhor é usar a técnica pura e anunciar “travessão” a cada 
aparição do símbolo. 
 
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GRIFOS (sublinhado, negrito ou itálico) 
Não são poucas as vezes que nos deparamos com trechos de textos colocados 
em evidência diante do uso de variação da fonte padrão do texto. 
O que a técnica diz é que devo anunciar o início e o final do grifo, mantendo 
a fluidez da leitura. Veja o exemplo a seguir: 
 
Há possibilidade de tratarmos diferente o texto que traz diversos termos em 
grifo. Valendo-se do mesmo pressuposto usado no reordenamento quando tratamos 
de imagens,podemos dizer que “existem palavras grifadas do texto como se não 
houvesse grifo e na sequência anunciamos cada trecho grifado. 
Fica o alerta novamente de que a variação da técnica só é possível diante da 
análise prévia. Portanto, não devemos tomar essa ação mencionada por último 
como regra geral de atuação. 
 
 
PALAVRA ESTRANGEIRA em texto de Língua Portuguesa 
Quando tratamos de palavras estrangeiras em textos de Língua Portuguesa, 
o que fazemos é pronunciar a palavra como acreditamos ser correto e então 
perguntarmos se o ouvinte quer que a gente soletre a palavra (assim, se 
pronunciarmos de modo incorreto a ponto de não ser entendível, ao soletrarmos é 
capaz de ele reconhecer a palavra!). 
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É quando nós soletramos s-o-f-t-w-a-r-e-s e h-a-r-d-w-a-r-e-s. E então 
geramos a possibilidade de ele entender a palavra. 
Em síntese, as técnicas são: 
TEXTOS 
Pontuação Não verbalizar, apenas anunciar diante da fluência da leitura. 
Sinais variados 
(aspas, parênteses, 
travessão, etc.) 
Anunciar sempre que aparecer, abrindo ou fechando 
trechos. 
Grifos 
(sublinhado, negrito ou 
itálico) 
Anunciar abrindo quando antes da primeira palavra 
alterada e fechando depois da última palavra sequencial 
alterada. 
Palavra estrangeira Pronunciar a palavra e perguntar ao participante se ele deseja que seja soletrada. 
SÍMBOLOS 
Variável Anunciar quando é maiúscula ou minúscula. 
Expressões 
matemáticas 
Retirar a possibilidade de dubiedade de entendimento 
(ex.: “TUDO ISSO”). 
Sobrescrito/Subscrito • Matemática: elevado/na base; • Química: índice superior/índice inferior. 
 Atenção! Lembre-se você deve conhecer todos os símbolos! 
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IMAGENS 
Aumentar seu conhecimento sobre tudo. 
Reordenamento da imagem para depois das leituras de enunciado e alternativas 
da questão da prova. 
Conhecer a questão completa (enunciado e alternativas) para decidir sobre a 
descrição de imagem, seja ela figura, tabela ou gráfico. 
 
 
Diferentemente do que o senso comum imagina, o ledor não é somente 
aquele que lê. Como você já sabe, nosso trabalho é muito mais complexo, certo? Isso 
porque exercemos também a função de transcritores. 
 
A AÇÃO DE TRANSCREVER 
O ato de transcrever consiste em passar para o papel um determinado 
conteúdo. Tal conteúdo pode ser expresso oralmente ou mesmo por escrito em um 
outro lugar. 
 Atenção! Ao redigir um texto em um contexto avaliativo, você se preocupa 
com quais aspectos? Conteúdo? Legibilidade? Gramática? Estrutura? Paragrafação? 
Margens? Rasura? Caligrafia? 
Será que ao executar a transcrição do texto de outra pessoa você deverá se 
preocupar com os mesmos aspectos mencionados? Ou o autor do texto deverá ter 
responsabilidade sobre todos eles? 
 
TRANSCRIÇÃO: PARA QUEM? 
Você sabe quem pode ser auxiliado pelo transcritor? De forma geral, 
podemos apontar três motivos que justificam esse apoio: 
não visualização das folhas para transcrição de resposta; 
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2. ineficiência ou ausência de coordenação motora fina para execução da 
transcrição; 
3. desvios cognitivos para escrita ou raciocínio lógico-matemático de 
ordenamento. 
1 
Pessoas com deficiência visual que não têm potencialidade visual suficiente 
para enxergar com precisão a folha de resposta a ponto de preenchê-la com 
autonomia. 
Um exemplo são as pessoas com baixa visão. Dependendo do que caracteriza 
a baixa visão delas, a ampliação da prova possibilita que façam a leitura com 
autonomia, mas ao finalizar o período de prova e iniciar a execução de 
preenchimento de formulários e cartão de resposta, elas se deparam com o material 
pequeno, cor-de-rosa ou laranja, por vezes. 
Nesse momento, provavelmente precisarão do auxílio para transcrição. 
2 
Pessoas com deficiência física ou motora que não conseguem empunhar 
canetas ou escrever com qualidade suficiente para realizar o preenchimento 
das folhas. 
Nesse grupo estão pessoas com deficiência física que possuem má formação 
ou amputação de membros superiores, bem como paralisia total ou parcial. 
Normalmente não conseguem escrever, embora consigam visualizar e ler a prova. 
Em alguns casos, a paralisia também atinge os músculos da face e dificulta a 
fala. É hora de o transcritor mostrar excelência de ação. Verifique como essa pessoa 
se comunica com seu acompanhante e se aproprie desse modo de comunicação (o 
suficiente para que você entenda o seu “Sim” ou “Não”). Seja colaborativo e aberto ao 
novo, sempre podemos fazer melhor! 
3 
Pessoas que usam o serviço com o intuito de evitar erros de preenchimento 
ou de escrita (pessoas com déficit de atenção, dislexia, autismo, entre 
outros). 
Esse grupo solicita a transcrição pela segurança em não cometer erros 
durante o preenchimento de formulários. 
Um exemplo são as pessoas com déficit de atenção que, mesmo ao terem 
respondido de forma correta a questão, podem perder sua atenção ao passá-la para a 
folha de respostas e acabar assinalando a alternativa errada. Ou ainda os disléxicos, 
que costumam cometer muitos erros de escrita, como supressão de palavras ou 
alteração silábica, mesmo que tenham pensado e pronunciado em voz alta. 
 
 
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A AÇÃO DO TRANSCRITOR 
Os documentos diante dos quais o transcritor pode atuar variam de acordo 
com o contexto em que ele está inserido. De forma geral, o transcritor pode agir 
diante de: 
1. Formulários: 
Existem variações entre as bancas organizadoras, mas normalmente os 
formulários a serem preenchidos são estes: 
 Folha de Presença 
 Formulários de Atendimento 
 Folhas de respostas (objetivas e discursivas) 
 Folha de Redação 
2. Respostas Objetivas 
Ao preencher um Cartão de Respostas objetivas, primeiramente devemos 
conhecer qual é a preferência do participante / estudante: 
1) Aguardar o final de leitura da prova e passar todas as respostas de uma 
vez só para o Cartão de Respostas. 
2) Preencher cada questão assim que ele disser a resposta (o problema 
nesse momento é que, uma vez marcada a resposta dada pelo 
participante, não haverá mais possibilidade de alteração da resposta 
por ele). 
3. Respostas Discursivas / Redação 
A regra básica da transcrição das respostas discursivas e da Redação é iniciar 
a ação, SEMPRE, em uma folha de rascunho. Somente após a autorização do 
estudante / candidato, a folha definitiva deve ser utilizada. 
Esse cuidado possibilita que o participante faça alterações em seu texto, além 
de que o transcritor verifique a relação entre o tamanho da sua letra e o espaço 
disponível. 
 
TRANSCRIÇÃO 
Se você estiver atento, provavelmente percebeu que o título deste módulo já 
dá uma dica do que será enfatizado na transcrição: ortografia, caligrafia e estética. 
Por isso, faremos uma breve revisão de cada um desses conceitos, ok? 
 
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Ortografia 
A origem da palavra ortografia é grega, em que “orto” significa correto, 
direito; e “grafia” significa escrita. Portanto, é o conjunto de regrasrelacionado à 
escrita das palavras, o qual prescreve regras e usos. 
A ortografia é essencial em qualquer língua. Já imaginou se cada pessoa 
escrevesse as palavras do jeito que quisesse? Certamente teríamos muitos problemas 
com relação à comunicação! 
 
Caligrafia 
A palavra caligrafia também tem origem grega. Cali vem da palavra grega 
“kallos”, que significa beleza. Grafia, como já sabemos, significa escrita. Portanto, 
caligrafia é a arte ou técnica de escrever à mão “de forma bela”. 
No nosso caso, o conceito de caligrafia está relacionado à “maneira de 
escrever à mão característica de cada pessoa”, como traz o Dicionário Priberam. 
Aliás, você se lembra dos cadernos de caligrafia do Ensino Fundamental? 
Apesar de parecerem cansativos e entediantes, eles eram importantes 
justamente para tornar a sua letra legível. 
 
Estética 
Quando pensamos em estética, logo relacionamos à beleza, aparência, certo? 
Isso mesmo! 
No nosso caso, a preocupação é com a beleza do texto! 
Os aspectos estéticos de um texto certamente estão relacionados à caligrafia, 
tópico que acabamos de abordar. No entanto, há outras questões que devem ser 
levadas em consideração, tais como: 
 margem; 
 rasura; 
 translineação; 
 marcação de parágrafos; 
 letras maiúsculas/minúsculas. 
 Atenção! Esteja atento a distinção entre ortografia e gramática! A ortografia 
dita as regras para a grafia correta das palavras, já a gramática consiste no conjunto 
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de prescrições e regras que determinam o uso avaliado como “correto” da forma oral 
e escrita da língua. 
Dessa forma, problemas de concordância e conjugação verbal, por exemplo, 
são gramaticais. 
Você, futuro ledor/transcritor, deve estar atento a todas as questões 
mencionadas. A responsabilidade por transcrever o texto do outro indivíduo é sua e, 
em qualquer contexto, seja ele avaliativo ou não, você deve ter cuidado para não o 
prejudicar. 
Dessa forma, devemos nos atentar para: 
 ortografia: a boa escrita é sempre uma exigência. 
 caligrafia: letra legível. 
 margens: não ultrapassar margens direita e esquerda na área 
para escrita da redação. 
 rasura: quando for necessário rasurar a folha original de escrita 
discursiva ou redação, proceda passando um traço sobre a 
palavra a ser corrigida e escreva a correta na sequência. 
Além disso, atenção também às seguintes questões: 
 diferenciação das letras maiúsculas/minúsculas; 
 recuo de parágrafo. 
PASSO A PASSO 
Para a transcrição, de fato, temos 4 passos a seguir: 
 
 
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1º PASSO 2º PASSO 3º PASSO 4º PASSO 
Ouça Tire dúvidas Correções Alterações Concluindo 
Ouça o ditado 
completo da 
redação pelo 
participante sem 
interrompê-lo. E 
sublinhe as 
palavras que 
você tiver dúvida 
de como escreve. 
Retire as dúvidas 
que você teve 
relacionadas à 
escrita das 
palavras pedindo 
que ele soletre 
cada uma das que 
você sublinhou. 
Leia a redação 
para o 
participante e peça 
que ele faça a 
correção que 
julgar necessária e 
indique parágrafo, 
acentos e 
pontuações. 
Peça autorização 
para transcrever a 
redação ditada pelo 
participante para a 
Folha de Redação 
DEFINITIVA. 
 
 Atenção! A escolha de fazer a redação no início ou no final do período de 
prova é do participante, mas, se ele escolher fazê-la ao final, se responsabilizará pelo 
tempo que destinará para a conclusão dessa atividade. 
O que nós temos que fazer é lembrá-lo de que o tempo máximo de prova 
também deve contemplar a passagem do rascunho para a folha final. 
 
A ÉTICA DO TRANSCRITOR 
A palavra ética origina-se do grego ethos (caráter, modo de ser de uma 
pessoa) e pode ser definida como “conjunto de valores morais e princípios que 
norteiam a conduta humana na sociedade”. O objetivo da ética é promover um 
equilíbrio e bom funcionamento social a fim de que ninguém saia prejudicado. 
Podemos relacioná-la com a justiça social. 
A ética é essencial ao profissional ledor/transcritor. Isso porque ela irá ajudá-
lo a escolher quais as melhores técnicas a serem aplicadas diante do indivíduo a 
quem está auxiliando. 
A reflexão a ser feita, portanto, é: como agir diante da necessidade do meu 
estudante (ou candidato/participante)? 
Lembre-se de que estamos em busca da equidade, ou seja, de exercer a 
igualdade com justiça a fim de assegurar o direito de todos. Não devemos beneficiar 
alguns em detrimento de outros, mas, sim, garantir a igualdade de oportunidades a 
todos. Observe: 
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Igualdade Equidade 
 
No nosso caso, portanto, a ética significa relativizar o atendimento de acordo 
com a necessidade do outro. Vejamos, então, de acordo com esse conceito, como agir 
em cada um dos possíveis contextos de atuação do ledor/transcritor! 
 
NA BIBLIOTECA... 
Espaço destinado ao empréstimo de livros e ao estudo, a biblioteca é o espaço 
do conhecimento. Dessa forma, para torná-la verdadeiramente acessível, o 
transcritor deve auxiliar o estudante de acordo com suas necessidades. 
Nesse espaço, há uma maior liberdade no que diz respeito às regras no 
atendimento por parte do transcritor, pois o objetivo maior é facilitar a 
aprendizagem do estudante. Dessa forma, quando transcreve um determinado 
conteúdo na biblioteca, o transcritor tem maior flexibilidade com relação à sua 
atuação. 
Ao falar em maior flexibilidade, estamos nos referindo a três pontos 
principais: 
 ao tempo; 
 à demanda do estudante; 
 ao material a ser produzido (se houver). 
 
Tempo 
Geralmente, não há um tempo determinado para os estudos na biblioteca. O 
tempo é livre, de acordo com as necessidades do estudante. Esse é o momento de 
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tirar dúvidas e de efetivar a aprendizagem, pois o estudante não está sendo avaliado. 
Nesse caso, o erro do estudante não é penalizado e o transcritor pode, inclusive, 
sinalizar sempre que verificar um equívoco e (re)explicar o conteúdo em foco ou 
mesmo questões referentes ao uso da língua (ortográficas ou gramaticais, por 
exemplo). Dessa forma, você, transcritor, gera mais uma oportunidade para que o 
estudante aprenda. 
 
Demanda do estudante 
Na biblioteca, outra variável que está diretamente relacionada ao 
atendimento feito pelo transcritor é a demanda trazida pelo estudante, pois ela 
determinará o objetivo do atendimento. 
Nesse contexto, o transcritor deve identificar o conteúdo e fazer os registros 
escritos solicitados pelo estudante, que podem ser necessários apenas para seu 
estudo ou para a realização futura de uma atividade. 
 
Material a ser produzido 
Ainda na biblioteca, há a possibilidade de o estudante precisar entregar um 
determinado material solicitado em sala de aula, pelo professor. Nesse caso, o 
transcritor auxiliará a elaboração desse material, que pode ser feito pelo próprio 
estudante com algum apoio, ou que pode ser apenas registrado por escrito pelo 
transcritor, com a produção intelectual por inteiro do estudante. 
 
NO AMBIENTE AVALIATIVO... 
Em um ambiente avaliativo, como em concursos, por exemplo, o 
atendimento ao candidato deve seguir as orientações da Banca Organizadora. Caso 
o ledor/transcritor perceba a necessidade de utilização de um recurso nãoautorizado/previsto, deve recorrer à Coordenação responsável pela aplicação da 
prova para sanar dúvidas e evitar possíveis problemas. 
Mais uma vez, no ambiente avaliativo, cabe ao ledor/transcritor escolher as 
melhores técnicas de transcrição. Nesse contexto, é preciso respeitar as normas do 
certame, que são, geralmente, especificadas no edital em questão, e os limites de 
atuação do ledor/transcritor. 
 Atenção! Cuidado com o tempo! Em concursos e vestibulares, os horários de 
início e de término das provas são fixos e não há possibilidade de prorrogação 
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durante o evento. Caso necessite de tempo extra, o candidato deve fazer a solicitação 
ainda no momento da inscrição. 
Ao transcritor não é permitido intervir em aspectos relacionados ao uso da 
língua, como vocabulário escolhido pelo estudante ou em questões gramaticais. A 
estrutura do texto também é de total responsabilidade do candidato. 
 
NA SALA DE AULA... 
Na sala de aula, a atuação do ledor/transcritor é o meio termo entre a 
biblioteca e o ambiente avaliativo. Isso porque, se comparado ao atendimento feito 
na biblioteca, a liberdade de atuação é menor e algumas regras precisam ser 
seguidas. 
Na sala de aula, a transcrição deve consistir em um processo mais rápido para 
que o estudante auxiliado acompanhe o restante da turma. É preciso ter atenção 
também para não atrapalhar os demais estudantes. Se for necessário, no caso de 
tarefas mais complexas e extensas, pode-se solicitar ao professor autorização para 
que sejam executadas em outro espaço. 
Dessa forma, as exigências mais inflexíveis de um ambiente avaliativo como 
o concurso geralmente não se aplicam. 
 
RESUMINDO... 
A atuação do transcritor varia de acordo com o contexto em que ele está 
inserido, que pode ser mais ou menos flexível quanto a regras e horários, por 
exemplo. As características do participante/estudante também determinam as 
estratégias utilizadas pelo profissional. 
Consideramos, em nosso curso, três diferentes possíveis contextos de 
atuação do ledor/transcritor. De forma geral, podemos sintetizar os atendimentos 
por parte do transcritor nesses locais da seguinte forma: 
Biblioteca Ambiente avaliativo Sala de aula 
Maior liberdade e 
flexibilidade 
Regras estabelecidas pela 
Banca Organizadora 
O professor regente 
conduz as atividades 
Tempo livre Tempo predeterminado Tempo predeterminado 
Facilitação da 
aprendizagem 
Transcritor consciente 
dos limites de atuação 
Transcritor age de acordo 
com as demandas 
 
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