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AULA 3 - PREPARO PARA COROA TOTAL EM DENTES ANTERIORES


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# AULA 3 - PREPARO PARA COROA TOTAL 
EM DENTES ANTERIORES 
Restaurações indiretas: expectativa é o aspecto natural. 
Para isso, é necessário o conhecimento de como realizar 
o preparo para reproduzir dentes com aspecto de 
naturalidade. 
Devemos sempre seguir os princípios do preparo: 1) 
mecânicos; 2) biológicos e 3) estéticos. 
#DESGASTE: deve ser controlado 
 EXCESSIVO: prejudica a retenção (parede axial) 
e a estabilidade (forças oblíquas); reduz a 
resistência do remanescente dentário e pode 
trazer danos irreversíveis a polpa; 
 INSUFICIENTE: deficiência estrutural da 
restauração (camada fina/frágil de restauração); 
comprometimento estético; sobrecontorno 
(alterações periodontais > edema, sangramento, 
cianose). 
# TÉCNICAS DE PREPARO: a forma do preparo tem 
influencia direta no resultado da restauração. 
TÉCNICA DA SILHUETA 
Tem caráter didático pois apresenta uma noção real da 
quantidade de desgaste – conhecimento do diâmetro e 
o formato da ponta diamantada. 
 PONTAS: granulação normal e F – basicamente, 
com 5 pontas conseguimos realizar todo o 
preparo; 
 Técnica da aula – preparo para um coroa 
metalocerâmica (é necessário saber o tipo de 
material para ter o conhecimento da quantidade 
de desgaste e o tipo de preparo – desgaste 
pode ser mais conservador quando em 
cerâmica pura). 
SEQUENCIA: 
1. Confecção do sulco marginal cervical (ponta 
1014): 
 
 Diâmetro: 1,4mm (para essa técnica, 
aprofundamos em 45º a broca, correspondendo 
a um desgaste de 0,7mm); 
 Função: estabelecer o esboço do termino 
cervical e o limite cervical inicial do preparo; 
 Profundidade: 0,7mm (metade do diâmetro) – 
seguimos o contorno da linha/margem gengival 
para delimitarmos a canaleta > em torno de 0,5 
mm de distância (no manequim, 1mm); 
 A canaleta deve ser confeccionada de proximal 
a proximal, estendendo o possível desde que 
não toque no dente vizinho; 
# Na face palatina > cíngulo: seguimos os mesmos 
princípios (iniciamos com um ponto na região e depois 
seguimos para confecção de uma canaleta). Devemos 
lembrar que NÃO desgastamos a concavidade. 
2. Confecção dos sulcos de orientação (3216, 2215): 
 
 Diâmetro: 1,2mm > ambas possuem a mesma 
conformação e características, o que muda é o 
comprimento da ponta ativa – 2215: 6mm, 3216: 
8mm; 
 Função: orientação dos planos de 
desgaste/profundidade e união dos sulcos de 
orientação; 
 Profundidade dos sulcos: 
VESTIBULAR (1,2mm): traçamos uma linha no longo eixo 
do dente (extremidade orgival posicionada no bordo 
inferior da canaleta) > realizamos o aprofundamento de 
toda broca na primeira e segunda inclinação; 
LINGUOCERVICAL (0,6mm - paralelo a vestibular): 
somente a extremidade ogival – concavidade segue 
intacta (se houver intervenção, teremos prejuízo quanto 
a retenção e estabilidade da restauração); 
INCISAL (1,5 a 2 mm): borda levemente inclinada para 
palatina, inclinação de 30º. 
# Técnica da silhueta preconiza sempre o preparo inicial 
pela parte mesial > porque, principalmente nos dentes 
posteriores, será possível ter uma visão direta da silhueta 
em comparação com qualquer dente da arcada. 
3. Convexidade proximal (3195): 
06/04/2023 – Amanda Pollo 
 
 Diâmetro: 1,6mm (base) – tronco cônica de 
extremidade afilada > apresenta conicidade 
(importante para não haver preparos muito 
expulsivos ou muito retentivos); 
 Função: eliminar a convexidade natural e criar 
espaço para o desgaste da proximal (rompemos 
a proximal); 
#Cuidados nessa etapa: 
 Proteção do dente adjacente (matriz); 
 Distância mínima de 1 mm entre o termino do 
preparo e o dente vizinho; 
 Correto posicionamento da ponta (paralela ao 
longo eixo do dente > observar a trajetória do 
desgaste: faz um percurso de vestibular saindo 
por palatina); 
Iniciaremos o preparo da parte mesial – se não 
conseguirmos passar com a 3216/2215 pela proximal, 
voltamos com a 3195 e desgastamos mais (até que ela 
entre). 
4. União dos sulcos de orientação (3216,2215): 
 
 Movimentos de vestibular para proximal nos dois 
planos de orientação – iniciamos reduzindo o 
bordo incisal na sua totalidade. 
Lembrar: ângulos sempre arredondados (sem ângulos 
vivos). 
5. Desgaste da concavidade palatina (3118): 
 
 Ponta em forma de chama/pêra – devido ao seu 
formato, apresenta impossibilidade de 
confeccionar sulco de orientação; 
 Referencia para a necessidade do desgaste – 
oclusão do antagonista; 
 Essa ponta é usada somente na face palatina (na 
concavidade) – bem na região centra até a 
margem próxima na região proximal 
(desgastamos a região da crista marginal). 
 Profundidade do desgaste: 1) metal: 0,6mm; 2) 
metalocerâmica: 1 a 1,2mm; 3) cerâmica pura: 
1mm. 
Esse desgaste é necessário para que haja espaço para 
o material restaurador sem perder a resistência estrutural. 
6. Preparação da porção distal (seguindo os 
mesmos principios). 
7. Término cervical: chanfrado ou chanfro: 
 Características: junção entre as paredes axiais e 
a gengival – segmento em círculo; 
#Término ideal: 
 Espessura adequada; 
 Facilidade de adaptação (ângulos arredondados); 
 Melhor escoamento. 
# Pontas: 
 3216 (inicio): cilíndrica com extremidade ogival; 
 4128, 2136 e 3139: tronco cônicas de extremidade 
arredondada – garantem a forma de círculo e 
conferem a conicidade do preparo > porção 
cervical realiza o desgaste em circulo e a porção 
que toca a parede axial realiza o desgaste axial 
compensatório; 
4138: ponta ativa de 11mm; 
2136: ponta ativa de 6mm; 
3139: ponta ativa de 8mm 
(maior diâmetro - passamos 
em faces livres). 
Devemos sempre cuidar a inclinação da ponta – não 
podemos criar retenção (“colarinho” na margem cervical) 
e devemos sempre seguir os dois planos da face 
vestibular. 
8. Térmica cervical – preparo subgengival: 
#Caracteristicas: 
 Profundidade de +/- 0,5 mm intrasulcular (com 
ajuda de fio retrator – podendo chegar no 
máximo a 1 mm) > devemos sempre respeitar 
as distancias biológicas; 
 Iniciamos com a 3216; 
 No acabamento utilizamos as pontas de 
granulação F e até FF podem ser usadas;