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Preparos - PPF

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Aula dia 01/09/21 - Preparos 
LIVRO 
O preparo de dentes é uma etapa do tratamento protético que consiste em reduzir a estrutura coronal por meio de desgastes seletivos 
de esmalte e dentina, na quantidade e na forma predeterminadas, com a finalidade de criar espaço para que o material restaurador possa 
viabilizar a reabilitação da estética, da forma e da função de uma ou mais coroas unitárias. 
A qualidade do preparo influencia no controle biológico, estético e mecânico dos procedimentos subsequentes das diversas etapas da 
confecção da prótese. O preparo com termino dentro do sulco gengival deve respeitar a homeostasia da área e preservar a saúde do 
tecido gengival, de modo a facilitar a realização dos procedimentos de moldagem, adaptação da infraestrutura e cimentação. 
Princípios gerais do preparo dentário 
PRINCÍPIO MECÂNICO: Para que uma PPF não sofra movimentação, axial ou oblíqua, o preparo deve apresentar quatro requisitos: 
Retenção: obtida pelo contato das paredes internas da coroa 
com as superfícies do dente preparado, propicia retenção 
friccional e impede seu deslocamento no sentido gengivo-
oclusal quando submetidas as forças de tração. Quanto maior a 
área de contato e mais paralelas forem essas paredes, maior 
será a retenção da prótese. Entretanto, paredes muito paralelas 
dificultam o assentamento da prótese, causando desadaptação 
oclusal e marginal. 
O preparo no 1/3 gengival não pode ter áreas retentivas; o terço 
médio deve apresentar-se plano; e o terço incisal/oclusal, com 
uma inclinação semelhante a que essa face apresentava antes 
do desgaste. 
 
Estabilidade (resistência): A forma do preparo (altura e angulação) deve prover resistência e estabilidade para minimizar a ação das forças 
obliquas que podem causar sua rotação e deslocamento. A altura do preparo tem de ser igual ou superior à sua largura. Dentes com 
largura maior que a altura são mais suscetíveis à rotação da prótese (deslocamento). Quanto menor a angulação das paredes axiais do 
preparo, maior é a estabilidade da prótese quando é submetida à ação de forças obliquas (importante para coroas curtas). 
Rigidez estrutural: Dependente do tipo do material da infraestrutura, do tipo de termino e da quantidade de desgaste dentário. 
integridade marginal. Deve ser suficiente para acomodar a espessura do material (liga metálica e/ou cerâmica). 
Integridade Marginal: O termino gengival deve ser nítido, para ser facilmente reproduzido na moldagem, e deve apresentar espessura 
suficiente para acomodar a coroa sem sobrecontorno. Quanto mais bem adaptada estiver a coroa, menor será́ a espessura da linha de 
cimento e a possibilidade de adesão da placa nessa área (menor recidiva de cárie, principal causa de fracassos em PPF). 
Localização do termino: 3 níveis em relação a margem gengival: Supragengival está indicado em regiões não estéticas e deve ser de 
aproximadamente 2 mm acima da margem gengival (as paredes axiais devem apresentar altura maior do que a largura, senão 
compromete retenção e estabilidade). No nível da gengiva marginal não é recomendado por ser a região que mais acumula placa. 
Subgengival, com termino 0,5 mm no interior do sulco gengival, apresentando melhor estéticas (esconde interface restauração/dente), 
aumento da retenção de dentes com coroa curta e preserva a homeostasia. 
PRINCÍPIOS ESTÉTICOS: desgastes adequados é fundamental para a estética, devendo ser suficiente para espessura correta dos materiais 
utilizados na confecção da prótese. Desgaste insuficiente influencia as propriedades óticas da restauração, alterando a percepção da cor 
e a translucidez da cerâmica, além de interferir no formato da restauração, na resistência da infraestrutura e na saúde dos tecidos 
periodontais. 
PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS: Volume dentário deve ser o mínimo necessário para atingir os requisitos mecânicos e estéticos da prótese com o 
menor prejuízo biológico ao órgão pulpar. Para isso, as espessuras exigidas pelo material restaurador devem guiar a quantidade 
necessária para o desgaste. A integridade do periodonto depende da preservação de suas distâncias biológicas (Inserção conjuntiva IC – 
1,07 mm; Epitélio juncional EJ– 0,97 mm; Epitélio do sulco – 0,69 mm; Área aproximada total – 3 mm. 
O termino deve estar localizado no início do sulco gengival (+ou- 0,5 mm), preservando assim o epitélio juncional e a inserção conectiva, 
caso contrário terá resposta inflamatória (formação de bolsa periodontal com hiperplasia gengival e/ou reabsorção óssea). 
PREPARO: deve respeitar a anatomia original, mantendo o máximo possível de suas características. Porém, caso o dente esteja mal 
posicionado, o preparo deve corrigir essa deficiência (podendo ser necessário a realização de tratamento endodôntico). 
Medidas mínimas de redução: Coroa total metálica com termino em chanferete, aresta arredondadas e convergência entre as paredes 
axiais de 5° a 10°. Coroa metalocerâmica com término em chanfrado, aresta arredondadas e convergência entre as paredes axiais de 5° 
a 10°. Coroa cerâmica com termino em ombro arredondado, aresta arredondadas e convergência entre as paredes axiais de 12°. 
AULA 
RETENTORES METALOCERÊMICO 
Indicação: Dentes anteriores e posteriores, dentes escurecidos, 
retentores unitários, retentor de PPF extensa, retentores de PPF 
conjugada, grande necessidade estética. 
Contraindicação: pequeno espaço interoclusal (necessidade de 
desgaste oclusal razoável – pouca cerâmica sobre o metal 
diminui a estética e resistência a cargas mastigatórias), bruxismo 
e pacientes jovens (jovens ocorrerá deposição de dentina e 
escurecerá o dente, podendo dar diferença com a 
metalocerâmica. Sendo assim, materiais que sejam de mais fácil 
troca são mais interessantes). 
 
Vantagens: Combina resistência oferecida pela infraestrutura 
metálica a um material altamente cosmético, a cerâmica. O 
preparo cavitário é menos elaborado do que os parciais. 
Desvantagens: Redução considerável de estruturas dentinárias. 
Margem vestibular (bucal) colocada intrasucular. Seleção da cor 
dificultada sem o auxilio do técnico de laboratório. 
Zona de aparência: Regiões anteriores, principalmente superior (máximo de estética possível). 
Extensão da objetividade: regiões que aparecem menos, tem menos necessidade estética, podendo não ser metalocerâmica. 
Extensão da subjetividade: locais difícil acesso fazer substituição por materiais de mais fácil utilização. 
COROA TOTAL METALOCERÂMICA ANTERIOR 
 
*Do meio é a correta (primeiro tem um corte intenso, havendo pouco material na incisal, 
havendo dificuldade estética. No terceiro há muito material e ainda corre o risco de expor 
a polpa). 
 Utiliza broca em forma de pera, troncocônica e cilíndrica, sendo as 2 ultimas 
inclinadas. 
 Corte na incisal ocorre na região anterior superior. 
Volume de Desgaste: Incisal de 105 a 2,0 mm/ Vestibular de 1,2 a 1,4 mm. Por conta da composição do material: Metal (NiCr): 0,4 mm, 
Opaco: 0,2-0,3 mm, Porcelana: 0,7 mm. TOTAL de 1,3 mm. 
PASSO-A-PASSO (LAB.): 
1. Moldagem com silicona densa do dente hígido (Mock-up) 
2. Corta o Mock-up no sentido vestíbulo lingual para conseguir 
visualizar lateralmente o dente que iremos trabalhar 
 
3. Seleciona a broca: diamantado tronco cônica de 
extremidade ogival 3228 ou cilíndrica de extremidade plana 
e ângulo arredondado N°3099 (elas possuem ISO de 1,1 a 
1,3 mm aproximadamente) 
4. Faz canaletas de orientação: Incisal e vestibular, em 2 
planos, cervical e incisal 
 
5. Faz a união das canaletas: primeiro a incisal, o que ajuda 
perceber se a quantidade tirada foi suficiente e diminui a 
quantidade a ser tirada na vestibular 
 
6. Redução palatina ou lingual: broca esférica 1014 para 
canaletas de orientação (sendo duas a nível incisal e um na 
altura do cíngulo) 
7. Faz então desgaste incisal (pode usar em pera 3118) e 
desgaste cervical (pode usar cilíndrica ogival 2215 – esta 
termina em chanfro). 
8. Faz ligação do preparo vestibularcom o lingual ao romper 
os contatos proximais (broca tronco cônica 3203 – ponta 
fina/aguda). 
 
9. Faz alisamento das áreas preparadas (broca 3225 FF). 
Brocas de tarja amarela 
 
Objetivo dessa conformação final: Para moldar com facilidade e adaptação adequada da região. Paralelismo da proximal deve ser igual 
na lingual para maior resistência e adaptação. Há proteção das estruturas periodontais do dente e de infiltração marginal. 
Observações: Preparo oval com a 2215 – permite muito pouco número de eixo de 
inserção, melhorando retenção e resistência / Inclinação de 3° a 5° deve ocorre também 
na lingual, havendo paralelismo com a vestibular e, consequentemente, aumentando 
violentamente retenção e resistência. Se deixar palatina toda inclinada em mesmo grau, 
diminui muito a retenção. O interessante então é que de incisal até cíngulo seja uma 
inclinação, e dele até a cervical seja o mesmo do vestibular, mantendo um paralelismo 
entre ambas nesta região / acabamento gengival deve ser em duas águas / dois planos 
com intuito de proteger a papila. 
Terminações possíveis: Ombro arredondado com bisel (broca 3099 – cilíndrica com base plana e borda arredondada, ou 3113 – cilíndrica 
de ponta ogival) / Chanfro largo com bisel (broca 3228 – ponta ogival) / Ombro 120° (broca 3123sf – cilíndrica). 
 
Broca esférica 
N°1014 
Broca tronco 
cônica 3203 
N°1014 
Cilíndrica ogival 2215 chanfro 
Em pera 3118 
Acabamento gengival 
terminando em dois 
planos (vestibular e 
proximal), para 
proteção da papila. 
O ângulo formado entre o menisco e a cabeça da mandíbula tem relação 
com o ângulo formado entre os incisivos centrais inferiores e superiores na 
região lingual. Sendo assim, o paciente dentro da normalidade ao protruir, 
tem seu ICI tangenciando a palatina do ICS, ao passo que a cabeça da 
mandíbula corre na mesma angulação, sendo o que chamamos de proteção 
mútua na protusão. Se não for feita essa curva adequadamente, não haverá 
proteção mutua e a cerâmica irá desgastar os dentes naturais. 
COROA TOTAL METALOCERÂMICA POSTERIOR (EXTENSÃO DA SUBJETIVIDADE) 
1. Redução oclusal - broca cilíndrica de extremidade plana 
com borda arredondada 3099 ou cilíndrica de ponta 
arredondada 3146. Volume de desgaste: Cúspide livre ou 
de balanceio 1,5mm e cúspide de trabalho 2,0mm. Paciente 
jovem com cúspide mais alta, a broca deve ficar mais 
inclinada. Pacientes mais idosos com desgaste é o contrário. 
 
2. Biselado da cúspide funcional - broca 3099 (3146) 
 
3. Desgaste das faces livres com broca diamantada tronco 
cônica de extremidade ogival 3228, axial vestibular 9 3099 
– 3146 – 3123SF. Já broca diamantada tronco cônica de 
extremidade ogival 3228, axial lingual. Em dois planos, 
sendo 3° a 5° na região cervical e 5° a 10° na região oclusal 
(2°MI é difícil de ser feito, então o cuidado é redobrado). 
 
4. Faz a redução proximal, unindo preparo vestibular e lingual. 
Utiliza a broca em ponta de chama de vela 3113 e faz 
alisamento final com broca 3225ff. 
RESTAURAÇÕES CERÂMICAS LIVRES DE METAL 
Vem sendo utilizadas devido suas propriedades estéticas e biocompatibilidade, quando comparadas às restaurações metalocerâmica. 
Surgiram para melhorar a estética nas metalocerâmica. 
MÉTODOS DE PROCESSAMENTO 
Estratificação (convencional): Aglutinação de pó + líquido, aplicação sobre gesso, queimas sucessivas, facetas, inlays, onlays, sobre 
infraestruturas, mimetização. Há a possibilidade de inclusão de porosidades. 
Injetada: Parecida com técnica da cera perdida. Há menor inclusão de porosidade. 
CAD/CAM (Computer Aided Design/ Computer Aided Machine): Impressão ótica dos prepares – desenho da estrutura no software – 
usinagem a partir de blocos. Menor inclusão de defeitos. Você pode obter o molde de forma tradicional e leva-lo ao scanner de bancada 
ou fluxo totalmente intraoral (scanner intraoral). Estas imagens vão para o computador, onde todos os detalhes serão determinados pelo 
software. Os blocos serão fresados conforme o software. 20’ para fresar uma coroa, normalmente. Os términos devem ser realizados 
com brocas semelhantes as brocas presentes no CAD/CAM. 
Preparos para Metal Free 
 
Tipo do termino cervical? Ombro ou Degra u arredondado / posição do termino? Pode ser fora do sulco gengival / 
volume de desgaste? Variável. 
 
 Não pode ter ângulo, então o tipo de término será sempre arredondado (para evitar que se quebre). O volume de desgaste varia 
conforme o tipo de cerâmica, não havendo padrão. A posição de término, antes era necessário dentro do sulco para esconder a cinta 
metálica (esconder linha de cimentação, estrutura dental inadequada e o material de infraestrutura), porém não há essa necessidade 
com as cerâmicas devida à compatibilidade de cor na interface dente/cerâmica (além da cimentação ser realizada com cimento 
resinoso). Sempre o mais conservador possível! Não invadir espaço biológico. 
ASSOCIAÇÃO DOS FATORES 
ODONTOLOGIA MINIMAMENTE INVASIVA 
Exigência estética + evolução dos materiais restauradores 
(cerâmicas) + evolução dos sistemas adesivos (adesão à 
estrutura dental). 
Tem que cimentar com cimento resinoso, por adesão, não 
havendo necessidade de imbricamento mecânico. Permite que 
tenhamos uma lâmina muito fina de cerâmica com resistência, 
devida a boa adesão da mesma ao dente. 
ODONTOLOGIA SUFICIENTEMENTE INVASIVA 
Preparos com preservação máxima de estrutura sadia e 
ausência de características geométricas. 
É PRECISO DESGASTAR? NÃO EXISTE UMA REGRA (TABELA SERIA DE 
SUGESTÕES) 
 
 
O muda dos preparos 
para metalocerâmica? 
Tipo de término 
Posição do término 
Volume de desgaste 
COROAS TOTAIS - POSTERIORES 
1. Delimitar o termino cervical com uma ponta diamantada 
esférica compatível com o dente (com margem de 
segurança) 
 
2. Realizar sulcos de orientação com ponta diamantada 
cilíndrica na oclusal e nas faces livres axiais – segue 
orientação das vertentes. 
 
3. Rompe as interproximais com ponta fina protegendo o 
dente adjacente com tira de metal. 
4. Une os sulcos 
 
5. Se o termino for gengival ou subgengival, faz o afastamento 
da gengiva para fazer a delimitação do termino. Na segunda 
imagem é uma ponta com termino arredondado, que já da 
a conformação arredondada adequada para o final do 
termino. 
 
6. Acabamento e polimento do preparo. 
COROAS TOTAIS - ANTERIORES 
 
1. Delimitar o termino cervical com uma ponta diamantada 
esférica compatível com o dente (com margem de 
segurança) 
 
2. Definição dos sulcos de orientação axial – 3 inclinações 
 
3. Definição dos sulcos de orientação incisal 
 
4. Desgaste proximal com proteção do dente adjacente (tira 
de metal) 
 
5. Faz a união dos sulcos de orientação (vestibular e proximal) 
 
6. Desgaste da convexidade palatina (ponta em forma de pera 
ou bola de futebol americano– 3118) seguindo anatomia do 
dente - O preparo deve ficar como o “dente em miniatura”. 
 
7. Refinamento do término cervical 
 
8. Acabamento e polimento com F e FF (pode passar lâmina de 
bisturi para remoção de prismas de esmalte na região do 
termino cervical) 
9. Características finais: Liso e polido, termino nítido, sem 
ângulos vivos, termino preferencialmente em esmalte e 
supra sucular (sempre que possível).

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