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GZO 119 (Prova 3 - 2020 2) JESSIKA VIEIRA CYRINO 201720218

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Bovinocultura de Leite (GZO119) 
Avaliação 3 
15/03/2021 
Nome completo: Jéssika Vieira Cyrino 
Matrícula: 201720218 
 
Responda as questões abaixo da forma mais completa possível neste arquivo de Word. Salve suas respostas em um 
arquivo de pdf cujo título deve ser seu nome completo e seu número de matrícula. Você tem 1 hora e 30 minutos 
para concluir o exame. Envie o arquivo com suas respostas impreterivelmente até 17:30 h para o email: 
gzo119.reo@gmail.com. Seu conceito será comparativo ao de seus colegas e a avaliação é individual. 
 
1) Com relação à fisiologia digestiva de ruminantes (1,5): 
a. Qual componente químico das forragens é o maior determinante da digestibilidade da matéria 
seca ? Como é o relacionamento entre o teor deste componente na forragem e a digestibilidade 
da matéria seca ? Porque isto ocorre ? 
Maior atributo de uma forrageira depois de ter fibra baixa e ser bastante 
digestível. Quanto maior o teor de fibras menor a digestibilidade (correlação 
negativa). 
 
b. Como forrageiras de baixa digestibilidade podem deprimir o consumo de matéria seca em 
ruminantes ? 
Se essa digesta passar rápido não dá tempo de crescer moos e não dá tempo de 
digerir fibra (cho de degradação lenta). 
 
2) Com relação à criação de bezerras e novilhas (1,5): 
a. Cite pelo menos dois benefícios da criação de bezerras em pares ou em grupo com alto volume de 
leite relativamente à criação individual com volume de leite restrito a 10% do peso vivo ao 
nascimento. 
Um dos principais benefícios da criação de bezerras em grupos é elevar a ingestão 
de alimentos sólidos antes do desmame; este benefício é especialmente importante 
porque muitas das bezerras criadas em grupos estão recebendo maiores volumes 
de leite (mais de 6 litros por dia) e não comendo o suficiente antes do desmame. 
Para o sucesso da criação de bezerras em grupos faz-se necessário um alto 
fornecimento de leite (6 litros ou mais por dia) para as bezerras, por motivos que 
irei explicar abaixo. Além de facilitar o sucesso da criação em grupo de bezerras, 
as vantagens de uma dieta rica no período antes do desmame estão se tornando 
amplamente reconhecidas e recomendadas especialmente porque proporcionam 
crescimento mais rápido, menor incidência de doenças e maior produção de leite, 
em especial durante a primeira lactação das novilhas que foram alimentadas com 
mais leite. 
 
b. Como se pode avaliar a eficácia do sistema de colostragem de bezerras recém nascidas na fazenda 
? Cite pelo menos duas práticas de manejo capazes de melhorar a eficácia da colostragem. 
Pode-se utilizar o colotrômetro e o refratômetro de Brix. 
. Tempo até a colostragem 
O ideal é que a colostragem de bezerras seja realizada em até duas horas após o nascimento, 
sendo permitido realizar em até seis horas. O período entre o nascimento do animal e a 
colostragem é de extrema importância, pois após as seis primeiras horas de vida a taxa de 
absorção das imunoglobulinas do colostro materno cai consideravelmente devido alteração 
estrutural das vilosidades intestinais. 
mailto:gzo119.reo@gmail.com
2. Qualidade imunológica 
A concentração de anticorpos no colostro bovino é outro aspecto que contribui para o sucesso da 
transferência de imunidade passiva. Nesse caso, o anticorpo colostral utilizado para mensuração 
da qualidade imunológica é a IgG. O recomendado é que 90% das amostras de colostro bovino 
apresentem concentração de IgG maior que 50g/L. Um método indireto de se mensurar a 
concentração de IgG do colostro materno é através do refratômetro de Brix, seja ele óptico ou 
digital, sendo que valores iguais ou superiores a 22°Brix indicam boa qualidade imunológica. No 
entanto, vale ressaltar que os valores de imunoglobulina estipulados como meta durante avaliação 
do refratômetro variam conforme o desafio de cada propriedade. Raça, idade da vaca, duração do 
período seco, manejo alimentar no pré-parto e vacinação constituem alguns dos fatores que 
interferem na qualidade imunológica do colostro bovino. 
 
 
3) Com relação à formulação de dietas para vacas leiteiras (1): 
a. Porque a exigência nutricional de vacas leiteiras não é constante ao longo da lactação ? Em qual 
estágio da lactação a exigência nutricional é alta e porque ? 
Devido a curva de lactação e consumo de matéria seca: 
 
 
O Pico de lactação ocorre 4 a 8 semanas depois do parto, depois ele vai caindo 10-
15% ao mês. Refletindo a exigência nutricional: é alta depois do parto até o pico e 
vai caindo com o avançar da lactação do animal. 
Poderia trabalhar com uma dieta menos densa em final de lactação, e uma mais 
densa em início de lactação. Quanto mais dieta eu tiver, mais eu aproximo de uma 
alimentação vaca a vaca (o ideal é formular uma dieta para cada animal da fazenda, 
mas isso é impossível) uma forma de aproximar disso é formar grupo de animais. 
O pico de consumo acontece de 4 – 8 semanas depois do pico de lactação, e depois 
esse consumo cai levente, pq a exigência cai também. 
Quando o animal estiver na fase do BEN, tem fazendas que utilizam de uma diética 
específica para as 3 semanas pós parto, pq é a hora que o animal está mais 
debilitado. Adensamento de dieta, mas não posso colocar mt concentrado pq essa 
vaca está propensa a acidose. E com o passar da lactação, a formulação vai ser 
adequada ao perfil do animal. 
Então no inicio da lactação, essa vaca mobiliza condição corporal, reservas de 
energia estocadas no tecido adiposo. Depois ela vai recuperando ecc até o próximo 
parto. 
b. Porque é incorreto afirmar que o concentrado para vacas em lactação deve ter um determinado 
teor de proteína (normalmente 18 a 24% de PB) ? 
Composição e quantidade de concentrado depende da composição e 
disponibilidade de forragem. 
 Por exemplo, se eu tenho uma forrageira com baixo teor de proteína, precisarei de 
um concentrado com altíssimo teor de proteína. Dietas de baixa forragem vão 
maximizar o numero de vacas por há. Posso tirar mais leite por há. Mas o custo da 
dieta pode ser mais alto pq concentrados são mais caros que forrageiras. 
4) Com relação à cana-de-açúcar como forrageira para gado leiteiro (1,5): 
a. Cite pelo menos 1 característica nutricional desejável e 1 indesejável da cana-de-açúcar como 
alimento para ruminantes. 
Desejável: Plantas de FDN baixo, vai ter maior digestibilidade por kg de MS. Fibra 
é o maior determinante de forragem. Forrageira de fibra baixa tem alto valor 
nutritivo, propiciando baixa utilização de concentrado por kg de leite. 
Indesejável: a forrageira de fibra alta, vou te que trabalhar com mais concentrado, 
mas não posso colocar muita forragem na dieta, porque começo a limitar energia 
no animal (enchimento no TGI). 
b. Como o tamanho de partícula da cana-de-açúcar afeta o desempenho de bovinos ? Como deve ser 
o tamanho de partícula da cana moída ? Explique o porque desta recomendação. 
A fibra da cana tem baixa digestibilidade (20 a 30% de digestibilidade da FDN) e 
portanto o tamanho da partícula tem que ser pequena. Moagem grosseira da cana 
pode induzir queda no consumo de matéria seca por enchimento físico do trato 
digestivo por fibra de baixa digestibilidade (tem que sair do trato digestivo por 
passagem com a digesta). Moagem fina pode acelerar a taxa de passagem da fibra 
pelo trato digestivo do animal e reduzir o efeito negativo da baixa digestibilidade 
da fibra sobre o consumo. Cana deve ser finamente moída. 
A cana mesmo moída fina, tem alta efetividade física, porque é uma fibra de baixa 
qualidade. A dieta de cana, se o picado fica longo, o animal tem que quebrar isso 
na ruminação, o animal é altamente dependente de tirar a fibra do TGI por 
passagem e ser defecado p comer mais. Uma forma de facilitar isso, é oferecer o 
alimento pulverizado. Manejo importante é amolar faca de picadeira 
(semanalmente). 
 
5) Com relação à silagem de planta inteira de milho (1,5): 
a. Porque o tipo do equipamento de ensilagem afeta a recomendaçãode processamento na silagem 
de milho ? Qual a recomendação de tamanho de partícula da silagem para máquinas com ou sem 
esmagador de grãos ? Explique. 
O cracker propicia colher uma forragem mais longa, e ganhar uma efetividade em 
fibra (tamanho de partícula) e processamento adequado de grãos, esmagados e bem 
triturados. Nas maquinas propelidas por trator, algumas tem esmagador de grãos, 
algumas tem quebrador de grãos. O dano de grão geralmente é obtido por redução 
de tamanho de partícula e isso tb reduz o tamanho de partícula da fibra que é 
indesejável. 
Quero uma silagem o mais longa possível sem ter grãos inteiros. O milho mais 
maduro vai ser mais difícil de processar, é mais fácil processar um grão farináceo 
(a textura tb influencia então). Uma máquina de má qualidade, um grão duro e 
maduro, é mt mais difícil de processar do que uma máquina em bom estado com 
um grão maduro. Se a máquina de colheita não está ideal, o que a fazenda tem que 
fazer é ensilar o milho mais imaturo. Por isso que o ponto de ensilagem vai 
depender do tipo de híbrido e do tipo de equipamento que está fazendo a ensilagem. 
Toda partícula que ficar acima de 8mm, e na caixa de Penn State de 19mm é 
estimulador de ruminação. Fibra fisicamente efetiva. Enquanto que a fibra que fica 
na caixa do fundo, não tem efetividade. Semelhante a fibra de um subproduto. Não 
estimula ruminação, eu apenas diluo energia. Preciso de fibra fisicamente efetiva. 
 
b. Como o estágio de maturação da planta, o tipo do híbrido (duro ou macio) e o tempo de 
armazenamento da silagem afetam a digestibilidade do amido na silagem de milho ? Explique. 
Estágio de maturação: Milho bom é milho de FDN baixo.. busco fibra baixo 
primeiro sempre. Depois que eu tenho fibra baixa, procuro digestibilidade de FDN. 
Textura do endosperma (milho farinaceo, ou milho duro com menor 
digestibilidade de amido). O mais importante é fazer fibra baixa, pensando em 
valores de digestibilidade, porque posso usar em maior quantidade na dieta, tem 
menor propensão a enchimento de tgi caso a inclusão seja alta.. propicia fazer dieta 
com alta inclusão de forragem e baixa inclusão de concentrado. O que 
normalmente reduz custo por kg de MS da dieta. 
Não se quer milho de proteína alta, porque proteína alta é sinônimo de baixo 
amido! Então a proteína na planta está em folhas... o grão de milho não é rico em 
proteína. Proteína alta demais significa que a pessoa colheu antes demais do tempo 
do milho converter em amido, que seria uma forragem alta em FDN também, que 
é localizado no colmo e nas folhas. E o amido majoritariamente está nos grãos. 
Tipo do híbrido: A textura do grão afeta na digestibilidade, na quebra mecânica 
(na facilidade da colhedora de quebrar o grão), janela de colheita (qtos dias q eu 
tenho p colher o milho) Normalmente grãos mais duros têm ciclos mais curtos, 
maduram mais depressa. Enquanto que o grão farináceo tem a maturação mais 
lenta, mais dias p colher. Um grão que chega inteiro no TGI do animal, no rumen, 
ele tem altas chances de ser passado inteiro. Não ser raproveitado. Pq não dá tempo 
de te a degração, o tempo de passagem não é suficiente pra que ocorra 
aproveitamento maior do amido é necessário fazer o processamento do grão. 
Milho duro não posso colher ele tardio demais, pq afeta muito a digestibilidade. 
Tempo da ensilagem: a ensilagem degrada as prolaminas do endosperma que fazem o grão ficar 
duro, e eu posso quebrar aquelas proteínas por proteólise dentro do silo. A ensilagem melhora a 
digestão do amido, eu tenho no amido uma menor perda fecal, posso trabalhar com nível de amido 
mais baixo, ou seja, eu to granhando digestão além de estar armazeando milho de forma econômica 
na fazenda. A abertura do silo pode ser feita pouco depois da ensilagem e quanto m asi tempo o 
material ficar armazenado maior eu ganho em digestibilidade. Isso porque a silagem nova, tem 
muita prolamina no grão e é menos digestível que a silagem mais velha. 
 
 
6) Com relação à mastite (1,5): 
a. Suponha que uma fazenda está com CCS muito alta e com vários casos persistentes de mastite 
clínica (grumos no leite) em vários animais. Que tipo de mastite deve estar ocorrendo ? Cite pelo 
menos 4 medidas de manejo que podem ser adotadas para controle deste tipo de mastite. 
Mastite por transmissão ambiental. 
• Camas inorgânicas (areia, colchão): 
-Qualidade de areia também pode afetar, tipo areia suja. No brasil tira areia de rio... 
pode ter contaminação por esgoto. 
-Animal não gosta muito de colchão, por isso é usual colocar uma cama orgânica 
por cima, serragem as vezes. 
• Ordenhar tetas secas e limpas: 
-Se teve lavagem antes da ordenha já complicou aumentando chance de mastite 
ambiental 
• Imersão de tetas em desinfetante antes da ordenha pode ajudar: 
-Chamado de pré-dipping 
-Lavagem extensiva de vacas antes da ordenha pode agravar problema 
-Principalmente quando o gado está muito sujo, o sistema de resfriamento 
geralmente lavam as vacas só por cima, porque eu não quero uma vaca escorrendo. 
• Manter vacas em pé após ordenha: 
-Porque o esfíncter mamário está aberto ainda 
• Evitar variação de vácuo 
• Imersão pós-ordenha com produtos do tipo “barreira”: 
-Intuito é formar uma película em volta do teto, não é muito efetivo mas ajuda na 
época de chuva por exemplo, que a mastite está muito alta. Esses dipping são mais 
caros do que os pós dipping convencionais. 
b. Qual a utilidade da cultura de leite de vacas com mastite na fazenda ? 
 
7) Com relação à eficiência reprodutiva (1,5): 
a. Porque a redução no intervalo entre partos pode ter maior impacto econômico positivo em vacas 
de baixa produção do que em vacas de alta produção leiteira ? Explique. 
 
b. O que é Taxa de Serviço e como ela pode afetar a eficiência reprodutiva do rebanho. Cite pelo 
menos 3 estratégias capazes de melhorar a Taxa de Serviço de um rebanho ? 
É o número de vacas inseminadas no período de 21 dias/vacas aptas para serem 
inseminadas neste período. Esse índice é influenciado pela eficiência de detecção 
de estro e pelo anestro. A eficiência reprodutiva é avaliada no nível do rebanho. 
Ao se realizar médias em propriedades pequenas, o cálculo mensal de alguns 
parâmetros pode significar a contabilização de poucos animais, o que compromete 
a confiabilidade do monitoramento. Nesses casos, é interessante utilizar um 
período maior de avaliação. 
-Idade da novilha ao primeiro acasalamento de 13 a 15 meses; 
-Idade ao primeiro parto de 22 a 24 meses; 
-Intervalo de partos entre 12 e 13 meses;

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