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RESUMO BOV LEITE

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BOVINOCULTURA DE LEITE 
PROVA 1 
Aula 1
INTRODUÇÃO
Duas características importantes quando fala de qualidade do leite são; a quantidade de sólidos do leite e higienização dele (contagem de células bacterianas). Como o leite vai para a indústria de laticínios, quanto mais sólidos, maior a rentabilidade do leite. Influenciam diretamente no valor do leite. 
O Brasil é o sexto maior produtor mundial de leite, com 5% de participação, ou 32,9 milhões de toneladas, em uma produção global de 544,1 milhões de toneladas em 2012, de acordo com o USDA.
Nos dias atuais estima-se que o número de estabelecimentos que produzem leite está próximo a um milhão e cinquenta mil, dos quais 400 mil produtores não vendem leite e ordenham as vacas apenas para consumo próprio. Dos estabelecimentos que comercializaram leite, próximo de 20% não dispunha de ordenha mecânica na propriedade e não adotava manejo reprodutivo direcionado ao melhoramento genético, como adoção de tecnologias de inseminação artificial ou transferência de embrião.
Do total de produtores, 78% nunca recebeu algum tipo de assistência técnica, agravado pelo fato de que 79% serem analfabetos ou pouco letrados.
Se nada acontecer, nas próximas décadas a expectativa é de continuar a reduzir o número de estabelecimentos que produzem leite, ou por falta de renda, devido à baixa escala de produção e competitividade, ou por falta de mão de obra e sucessores na fazenda, ocasionada pela migração para as cidades e a falta de estímulo para retornar ao campo.
No Brasil há bastantes sistemas de extensão, que consiste na assistência técnica dos grandes laticínios aos produtores fornecedores de leite. Ex: Piracanjuba. O preço do leite no Brasil é baixo porque o mercado faz o preço, ou seja, tem que adequar o sistema para ter uma boa lucratividade com ele. A atividade de leite tem retorno vendendo leite e vendendo animais (cria) o que gera boa rentabilidade ao sistema também, principalmente se a genética do animal for boa.
A rentabilidade da atividade também varia de acordo com o preço da terra, por exemplo, se a produção de leite sai mais cara do que manter a terra o sistema traz prejuízos, logo se tende a ir pra outra atividade que traga maior valor econômico para compensar essa despesa. Isso aconteceu na nova Zelândia e em São Paulo no Brasil que tirou a produção de gado nas terras para produzir cana-de-açúcar por trazer mais rentabilidade ao processo. 
Pastagens tropicais funcionam como principal volumoso para muitas vacas menos exigentes por área, logo, é preciso um bom manejo de pastagens, porque a gramínea tropical cresce muito e muito rápido e logo entra em inflorescência e quando sementeia lignifica decaindo a qualidade da fibra do volumoso. Para isso existem os sistemas rotacionados de pasto pra manter sempre a forragem na sua melhor qualidade. Esses são os mecanismos que o Brasil aplica pra manter uma produção de baixo custo e com rentabilidade – busca ideal para bovinocultura de leite, pois se a produção tiver muito cara (vacas exigentes – produzem muito) acaba exigindo muito do produtor em termos econômicos por alto investimento em instalações (instalar e manutenção) que entra como custo fixo na produção (influencia no valor final). 
Os profissionais leiteiros da nova Zelândia começaram a procurar novas terras para desenvolver essa atividade fora de seu país e se interessaram pela América do Sul e viram para o Brasil, mais especificamente o Centro Oeste. O interesse se deu pelo mercado consumidor de leite em ascensão e possibilidade de desenvolver a atividade (taxa de crescimento) pela grande parcela de recurso natural explorável e área para expandir. 
Centro Oeste é uma região propícia para estabelecimento de grandes propriedades produtoras de leite devido às características da região que possui muitas plantações de grãos (milho e soja) e esses dois fatores (grandes propriedades e facilidade de alimento concentrado) chamaram a atenção dos produtores da nova Zelândia.
O Brasil, por ser um país tropical, também tem a vantagem de produzir gramíneas tropicais que são boas para volumoso, por possuírem maior taxa de fotossíntese resultando em maior volume por área – baixa qualidade de volumoso.
Importante pensar qual seria o ideal sistema de produção de leite no Brasil, pra que haja lucratividade com esse preço baixo de leite no mercado e que não varia muito ao longo dos anos. Pode ser um sistema intensivo com gado europeu no clima tropical, mas adaptado para o clima tropical, pois o gado europeu tem muito problema com calor, umidade e carrapatos (3 principais problemas de gado europeu no Brasil). A genética do gado europeu é a mais produtiva para leite devido aos grandes investimentos, sendo aqui no Brasil o gado zebuíno que se adaptou bem ao clima por ser mais resistente ao carrapato e ter facilidade na perda de calor. Porém o zebu produz leite apenas o suficiente para sustentar o bezerro, ao contrário da holandesa que produz muito mais que o bezerro precisa, que pode até vir a óbito por diarreia. E devido á pastagens de qualidade relativamente baixa, condições climáticas não favoráveis ao gado de origem europeia e preço do leite baixo, o Brasil tem feito os cruzamentos garantindo a rusticidade do zebuíno e a produção dos europeus. Existe a raça zebuína Gir, que foi melhorada no Brasil para a produção de leite e com isso possibilitou o Girolando (Gir com holandês). A heterose desse cruzamento permitiu uma média entre as características genéticas dos pais, ou seja, produz leite intermediário (mais que a Gir, menos que a holandesa) e possui a rusticidade (menos que Gir, mais que holandesa). 
O tipo de sistema também é influenciado pela genética dos animais, ou seja, em sistema confinado que há o controle de temperatura e de outros fatores, permite a utilização de um animal com melhor genética como o holandês.
O Brasil possui muito volume de leite captado (6º maior produtor), porém possui baixa produtividade por trabalhar com gado pouco especializado (zebu - pouca produção por área). Mas, há solução trabalhando com zebu em esquema menos produtivo, pela vantagem de ter pastagem tropical de rápido crescimento permitindo a criação de muitas vacas por área, ou seja, são de baixa produção (15L/dia), mas muitas vacas em pouco espaço aumenta a produtividade. Diferentemente de uma vaca holandesa, que produz 35L/dia, mas, precisa de toda uma estrutura que acompanhe a sua genética e especificidades. Único lugar que permite criação de gado holandês á pasto é na região Sul (Paraná) pelo clima temperado com gramíneas temperadas (mais qualidade) e pouco carrapatos, mas mesmo assim é preciso fornecimento de alimento adequado para manter sua alta produção (silagem de milho, por ex.). 
 
Comercialização do leite no Brasil é boa, pois é um produto fácil de vender, embora deva haver avaliação se a região da propriedade tem proximidade com laticínios, veterinários, conciliadores para compra e venda de bezerros e etc. Esse sistema consiste na Bacia Leiteira, região que por algum motivo agregou vários segmentos que atendem á atividade leiteira permitindo o crescimento desta na região. Na bacia tem que ter quem compre e quem venda leite e animal, pois precisa ter alguma etapa final para depois da ordenha, se não joga fora o leite. 
Na produção de leite, é preciso ter pelo menos uma produção de 2mil litros de leite por dia pra poder viver exclusivamente dela. A agricultura familiar, que não possui o leite como renda exclusiva, funciona bem pra esse sistema, pois o leite entra como lucro, já que é fácil de comercializar, não precisa de uma área muito grande para produzir e não gasta com mão de obra, pois a própria família trabalha na produção (sistema é extremamente dependente de mão de obra). A atividade leiteira tem uma grande importância social, por ser a única atividade de bovinos viável em pequenas propriedades ajudando muito na renda familiar – importante na região do DF.
Bacias leiteiras estão principalmente localizadas no Sul (Paraná, SC), sudeste e centro oeste (MGe GO-> 3ª maior bacia). Agora em expansão para o norte e nordeste (mais próximo das capitais litorâneas - clima semiárido no interior dificulta a bovinocultura de leite).
A oferta de forragem sazonal de acordo com as chuvas no Centro Oeste influência a produção de leite, pelo excesso de forragem na época das chuvas (safra) e déficit na seca (entressafra – vale mais) devido à cotação que é feita baseada nessas épocas. Uma das vantagens de criação do gado confinado para bovino de corte é que o clima não afeta a produção, mas o produto é valorizado. 
Na bovinocultura de leite, os laticínios fazem uma média da produção fornecida durante a época de entressafra, chamada de cota.
	Exemplo: Laticínio avalia a contaminação e quantidade de sólidos do leite e estabelece que vá pagar sobre 500L de leite a cota de R$0,85/L na entressafra. Quando chegar à época de safra e a produção subir pra 700L, o laticínio só pagará 85 centavos em cima de 500L e os outros 200L terão o preço a combinar de acordo com a política e oferta de leite da região. É uma estratégia do laticínio pra produzir bastante leite durante a entressafra também e evitar esse problema de baixa produção. Então a fazenda deve se encarregar de produzir forragem durante a safra pra armazenar e fornecer ao gado durante a entressafra (silagem - grande valor energético bom para vaca exigente) porque o gado precisa de um mínimo de fibra pra manter sua fisiologia e não adianta só concentrado, principalmente durante a seca muito comum no Centro Oeste e sudeste.
No Sul trabalham com silagem e também com a troca de gramínea de verão para de inverno que possa ser irrigada durante o frio, pois tem chuva durante o inverno. O mesmo acontece no Sudeste, não pela chuva, mas que no inverno tem um foto período mais curto. Por isso que o produtor de leite tem que ser bom agricultor para saber administrar as pastagens de acordo com a época e inclusive o tipo de alimento para fazer silagem ou para dar pro gado (milho, sorgo ou cana-de-açúcar, feno)
Feno: é bom para alimentação e inclusive até melhor que a silagem por oferecer mais proteína e fibra longa, estimulando a ruminação e outros processos como salivação, tamponação e etc., logo, proporciona além da nutrição, uma melhor condição fisiológica para o animal. Hoje em dia tem feito mais feno de Cynodon, que é o de melhor qualidade. 
RAÇAS
Vaca leiteira é especializada para o leite, logo a primeira característica importante é o úbere bem desenvolvido (grande) e muito vascularizado, importante, pois o leite é sangue filtrado. Portanto a vaca precisa ter um bom sistema circulatório e respiratório (boa capacidade pulmonar – grande perímetro torácico). Não deve ter muita musculatura por isso ficou com formato triangular/cone – parte anterior pouca desenvolvida, bastante feminilidade. 
Hoje em dia a qualidade da vaca e sua eficiência é medida de acordo com o kg de peso vivo (kg de alimento também) e o kg de produção de leite, ou seja, quantos por cento do peso vivo da vaca ela produz em leite, se for alto (>0,5%) ela é bem eficiente. 
Importante avaliar: o perímetro torácico (tem que ser desenvolvido), o comprimento da vaca (tem que ser grande). Altura do úbere também é avaliada, pois se for caído tem grande chances de ter problemas mamários e dificulta a ordenha. A altura de garupa também é importante, pois se tem garupa alta o ligamento é forte e o úbere está suspenso, mostrando características mais produtivas da vaca.
As duas principais subespécies de bovino saiu do sudeste da Ásia, uma indo pra Europa (Bos taurus taurus - Arouque Europeu - taurinos) e outra para índia (Bos taurus indicus – Arouque Indiano - zebuínos) e através delas que originaram todas as raças existentes nos dias de hoje. Além das raças europeias e zebuínas existem as raças compostas que surgem a partir de cruzamentos que podem ser intra ou Inter subespécies - ex. Girolando e que possuem sangue 5/8 de europeu e 3/8 zebuíno.
Europeias:
Holandês preto e branco:
Raça mais utilizada, de grande porte, porque a vaca pode chegar de 500-700 kg comendo até 50 kg de silagem por dia (quantidade de alimento consumido varia de acordo com o peso). A holandesa tem os maiores índices de lactação entre raças – média de 8mil kg de leite em 305 dias (período de lactação: 10 meses). O período de lactação foi padronizado em 305 dias ou em ano. 
	Bezerro nasce com 38-40 kg e macho com 900-1000 kg.
	3,5 – 4 % de gordura – é um importante sólido do leite e entra na cotação por possuir maior variação entre raças. 
	Caracterizado pelas 3 Manchas pretas bem distintas: uma na cabeça, uma no meio e outra no final do corpo.
Holandês vermelho e branco:
Variação da raça PB e possui o mesmo potencial genético, mas a PB tem maior produção pelo melhoramento genético. Diferem também pela região de origem (VB é da Holanda oriental). 
Jersey:
Nome devido a origem da ilha Jersey e é uma raça pequena o que levou a funcionar muito bem pela região. Raça pequena: vaca com 350 kg, touro: 600-700 kg e bezerro: 25kg. 
Mais eficiente (produção pelo peso) e mais adaptada do que a holandesa, em termos de mastite (menos susceptível). Tem feito cruzamento “Jerseyolando” para diminuir o tamanho da vaca, mas na prática tem problemas de ligamento de úbere porque o holandês tem o úbere muito grande e a Jersey é pequena o que pode fazer com o que o úbere caia, mas geralmente acontece lá pra 5ª lactação. Não é tanto problema, porque nesse período a vaca já esta sendo vendida – pode gerar apenas prejuízos econômicos (vende mais barato).
*a vaca não dura muito tempo pelos problemas de mastite e úbere, portanto vende-se a partir da 4ª ou 5ª gestação podendo vender a vaca como vaca de lactação. Mais que isso vende como vaca gorda (pra abate). 
	Produz muitos sólidos no leite 5,5-6% de gordura. 
	Lactação de 3500-5500 kg de leite por lactação. 
	Raças médias: Podem ser inclusas no Brasil como boas opções para cruzamentos, mas os produtores têm preferências para outras raças.
Entra no cruzamento para aproveitar o leite á pasto. A vaca utiliza energia para sua mantença e o excedente vai ou para deposição de gordura corporal ou para gordura no leite. O gasto energético basal de uma holandesa é bem maior que a Jersey, por isso que não pode ser criada a pasto porque se não o seu gasto energético basal vai ser maior prejudicando a produção de leite. A Jersey permite o leite á pasto, pois sua exigência de mantença é menor (animal menor).
Pardo Suíço
Raça de dupla aptidão: macho pode ser aproveitado para corte, usado em cruzamentos industriais, terminal (ex. tree cross: pardo suíço x Girolando). Não tão utilizada quanto Jersey e holandesa, mas possui algum espaço no Brasil por ser mais rústica em comparação e pela utilização do macho para corte. *terminal porque a fêmea da cria, mas essa cria vai para o abate. 
	Vacas de 550-700 kg, touro: 700-1200kg, bezerro:35-40kg
	Lactação: 4500-6200kg/305d e 3,5-4% de teor de gordura.
	
Ayrshire
Produz o “Golden Milk”: leite amarelado com qualidade nutricional diferenciada por melhor aproveitamento do beta caroteno das pastagens.
Simmental
Raça de dupla aptidão: macho bom para corte, e fêmea muita mais musculosa, com boa capacidade de leite (úbere grande), porém taxa de lactação menor (produz pouco). Bom para propriedades poucas especializadas, pois com a modernização se busca mais animal especializado (só corte ou só leite).Por ser raça europeia, não tem como criar a pasto (não tem resistência ao calor, umidade e carrapatos).
Foi usado para cruzar com Nelore, mas tem sido mais utilizado o Angus pela precocidade – para corte. Leite não, pela baixa produção. 
Zebuínos:
Animal totalmente diferenciado: orelha maior, pele mais solta (maior facilidade de perda de calor), presença de barbela (função de perda de calor), presença de cupim, cabeça mais arredondada e animal mais musculoso (vaca também, mas é boa de leite). 
Gir:
Raça zebuína mais importante para produção de leite e foi melhorada no Brasil. Muito tempo considerado gado de corte, mashoje é considerado com aptidão leiteira. Tem varias tonalidades de pele: branco sujo (poucas manchas de vermelho),vermelho com branco, totalmente vermelha. 
	Vacas: 380kg, touros:550kg, bezerros ao nascer:35kg.
	Lactação: 1600-3600kg e teor de gordura: 4,5% (teor maior devido ao fator de diluição – pouco leite)
A inserção do úbere tem sido melhorada no gir, pois é uma região super importante pra vaca leiteira, pois está relacionando a sustentação do úbere e á longevidade da vaca na produção (se relaxar os ligamentos a produção diminui). O tamanho do teto também é melhorado (diminuir para facilitar a ordenha mecânica). O úbere dos zebuínos tem forma de bexiga (inserção curta). 
Gado zebu tem a garupa mais cumprida-> vantagens contra problema de parto – facilita a saída do bezerro.
CRUZAMENTOS MAIS UTILIZADOS
*Nem sempre a melhor característica de produção de leite sairá no cruzamento com qualquer holandês, por isso é preciso analisar as filiações do touro, pra saber se essa característica dele será transferida para prole (o touro também já é filho de uma boa leiteira). Como o holandês já tem uma característica de maior produção de leite, logo o cruzamento já será melhor, mas existe o que traz maior efetividade (quando avalia as fêmeas filhas daquele macho que doou o sêmen). 
Girolando: ¾ holandês porque houve cruzamento de uma vaca Gir com touro holandês resultando em um meio sangue (50% de genética de cada um). Depois a meio sangue cruza com o holandês resultando numa maior genética holandesa, ou seja, ¾ de gene holandês, ou seja, produção de um holandês com rusticidade do Gir. Vaca mais recomendada para produção a pasto. 
Tolera carrapato e criação a pasto, mas é mais exigente em termos nutricionais (volumoso de qualidade)
- Girolando 5/8 H 
Vaca ¾ começa a perder a rusticidade, portanto voltou um pouco de sangue Gir (diagrama I) para ser mais rústico e ser considerado como a raça Girolando (bi mestiço) reconhecida pelo ministério de agricultura – precisa ter o touro e a fêmea 5/8 para reproduzir (rebanho fechado). Possui um mercado excelente. 
Diagrama II – outra forma de obter o 5/8: faz ½ e cruza com ¾ H. – é mais complicado, pois quando adiciona raça pura é mais fácil de solidar as características da raça e quando trabalha com mestiços a heterose é maior. 
	-¾ pode ser mais exigente, mas se contribuir com a alimentação pode produzir tanto quanto o 5/8. 
- 1/2 sangue também é boa e tem dado mais certo nas fazendas do Brasil, mas a ordenha tem que ser modificada devido á habilidade materna presente no gene zebuíno (protege o bezerro, precisa do bezerro pra soltar o leite que fica retido nos alvéolos). À medida que acrescenta gene holandês, essa característica se perde. 
*No cruzamento percebe-se os melhoramentos: úbere bem mais inserido, tetos menores.
Guzerá: 
É considera gado de corte, mas existe o guzerá leiteiro (tem potencial genético pra melhorar como a Gir – úbere grande). Segunda raça zebuína com potencial leiteiro. Comum no nordeste, pois é o estado que mais trabalha com o guzerá em termos de melhoramento.
Quando faz cruzamentos de meio sangue e etc., perde a heterose, pois tem muito gene misturado e não há muito choque de gene que é interessante no cruzamento. Portanto seria bom mais uma raça pra entrar no cruzamento para fazer cruzamentos alternados, por exemplo, o guzerá (gir+holandês+guzerá) – não da pra ser Gir de novo, pois no meio sangue, ¾ ou 5/8 já tem sangue Gir. 
	 
*quando junta holandês com zebu aumenta a gordura, por diminuir o volume de leite (fato de diluição – concentra mais sólidos). De qualquer forma os ½ sangue são melhores nos sólidos em comparação com o holandês puro. 
**leite tem maior quantidade de sólidos quando é colostro e comprando com algumas outras raças. 
***Na FAL se usa meio sangue e ¾ e 5/8 holandes.
AULA 2 
FORRAGENS 
A produção de bovinos no Brasil tem como base as pastagens. O uso de leguminosas não é muito usado no país mas funciona muito bem com bovinos de leite, que é um animal exigente em proteína e leguminosa é um banco de proteína muito eficiente. 
Em épocas do ano como outono, a forragem vai soltando eflorescência e sementeia, e isso não é bom, há perda de qualidade. ( faixa que ele mostra ótima de utilização ). Fazer manejo do pasto para que as vacas sempre terem disponibilidade de boa forragem.
Para fazer isso funcionar é preciso dividir a área. É solução mais simples para melhorar a qualidade de pastejo. Então se temos uma área 20ha, vamos supor que temos uma capacidade de suporte dessa pastagem de 1 unidade animal por ha, e temos 20 vacas, logo essa pastagem não vai degradar porque está dentro da capacidade de suporte, essa área se recupera, então sempre tem um mínimo de reserva de planta para que não haja degradação já incluído nessa capacidade. 
Então temos que pensar em um pasto como uma cultura perene, ou seja, temos que dar a possibilidade dele se recuperar pós pastejo, de não se degradar, de não esgotar as reservas da planta e essa planta não conseguir crescer em uma velocidade suficiente, e o que acontece quando o pasto se degrada: começa a aparecer plantas invasoras. Então se tivéssemos 20 vacas no pastejo continuo íamos começar a ter problemas, porque a vaca de leite é um animal muito seletivo, ela vai sempre atrás de folha que é onde tem mais proteína e quando elas acabarem vão pastejar no canto que tem outras folhas, com a chuva e o rebrote das plantas, elas voltariam para o local anterior com plantas rebrotadas. Então isso acabaria desgastando algumas áreas do pasto, isso é o que chamamos de superpastejo. 
Se eu tivesse menos de 20, ai teríamos um subpastejo, e o subpastejo também não é recomendado por causa desse gráfico, porque ia aumentar muito a quantidade de matéria seca e a qualidade ia diminuir, então também não é uma situação ideal para um pastejo adequado. As plantas iam ficar velhas e iam lignificar, diminuindo a qualidade. Nesses casos, para solucionar: ou roçar a área ou aumentar o número de animais na área para que possa consumir o pasto no tempo bom e não perca a qualidade.
Então a ideia é que se dividir essa área melhora a situação, pois, obrigo os animais que estão ali diminuir seus movimentos e aumentar seu descanço. Se dividirmos no meio há uma melhora significativa, pois, demora cerca de 28 a 30 dias para se recuperar, mas esse tempo depende muito do clima e da luminosidade. No caso de Brasília a luminosidade não é um problema, mas no inverno a temperatura cai e aí deve-se aumentar o tempo de descanso pq no frio a planta se recupera mais lentamente.
Mas não é isso que queremos, o que queremos é folha, é nutriente. Então com isso, pra ofertar para o animal a parte mais nutritiva da pastagem, duas ou menos divisões não são suficientes, pois os animais tem que ficar 30 dias numa área e 30 na outra, logo, já temos a diminuição de qualidade. O número de divisões depende do tamanho das divisões e depende do tempo de descanso e ocupação.
Essa formula bem simples nós vamos usar para decidir quantos piquetes podemos usar.
Para vaca de leite temos trabalhado com 1 dia de ocupação, mas o problema é o custo, a quantidade de cerca, e isso vai depender dos recursos da fazenda. 
Para burlar esse problema as vezes trabalhamos com uma área menor, bem dividida e botamos pra rodar nessa área as vacas que estão em produção maior, de acordo com a curva de lactação, então nesse sistema estarão as vacas mais exigentes. E é perceptível que a melhora na produção quando tem esse pasto de qualidade, pois, quanto menos tempo elas ficam no piquete melhor a qualidade do volumoso, assim ela consumira volumoso todo dia de qualquer forma devido suas características fisiológicas. 
Não deve passar de 5 dias, se não os piquetes vão ficar muito grandes e ai ela anda muito e gasta muita energia com a movimentação e assim diminui a disponibilidade de energia usada para a produção de leite. 
Se a gente trabalha com ocupação de 1 dia e período de descanso de 28, 25 ou de 30 no max, (tabela) entãoterei 29 divisões próximo disso. Pode trabalhar com mais categorias também, ex: vacas mais exigentes na frente e atrás novilhas(poucas pessoas fazem isso), aí teria que aumentar para dois. Não é usual pois geralmente se faz uma área menor só para as vacas de lactação, rodando com as vacas secas para corrigir as falhas, e as novilhas se faz em áreas separadas só para recria que não precisa ser necessariamente dividido, mas se for, ele tem menos divisões. 
Obs: roçar não é bom porque corta muito material lignificado que é despejado no solo que consome nitrogênio, ai vc gasta muito para repor nitrogênio e ela recupere mais rápido. Na pratica: usa um grupo para corrigir esses defeitos: vacas vazias, final de lactação etc. 
Cynodon : hoje está mais na moda, tem muita vantagem para prod de leite pq tem muita folha e muita proteína e isso diminui custos. Funciona bem, não tem perigo de machucar os tetos, tem muita folha então é muito atrativo. 
Outra coisa importante para avaliar é a altura residual. Tem que deixar o piquete que acabou de ser desocupado com um mínimo de folha para que haja fotossíntese, se o animal pasteja demais, come demais a folha e ela vai ter dificuldade de fazer fotossíntese e começa a usar reserva da raiz. Se ela usa a reserva da raíz ela começa a degradar. Usa-se a régua que já foi feita para algumas espécies de forrageiras, que serve para medir altura de entrada e de saída dos animais de acordo com o capim que se está usando. A idéia é deixar uma altura residual e de entrada. Ex: Mombaça altura residual 50cm e de entrada. O importate dessa marca residual é para o capim se recuperar. 
Outro manejo usado para a planta se recuperar: adubar. Quanto mais nitrogênio, mais rápido a planta se recupera, essa recuperação está relacionada tbm à quantidade de nitrogênio usada, vai depender das condições financeiras pois o N não é muito barato, por isso é preciso achar um equilíbrio. Mas não se despeja tudo de uma vez pq o N é muito volátil, como vc vai no piquete todo dia mudar a vaca, a vaca saiu do piquete, vc aduba o piquete naquele dia, é a melhor forma de aproveitar esse N. Outra forma de fornecer esse N é via leguminosa, que além de fornecer proteína, ela fornece nitrogênio. Mas ela não tem suportado muito tempo em sistemas mais intensivos.E ai tem que ficar replantando, dá trabalho e custos. Quanto mais intensivo, mas difícil de oferecer leguminosa. A adubação depende da espécie também. O tifton por exemplo é mais exigente em adubação, pode não valer a pena dependendo da produção.
INFRAESTRUTURA
Corredor central e os piquetes ao longo do corredor: o mais comum, principalmente com bovino de leite. Depende da área que tem disponível, nem sempre fica tudo bonitinho e arrumado. Quanto mais homogêneo melhor.
Pode fazer área de lazer: Sombra, sal e pode até suplementar. Nesse caso fez uma pista de suplementação próxima aos piquetes. Problema: muita movimentação de vaca, e a eficiência para voltar ao piquete é menor, as vezes ela para ali e fica ruminando, então uma opção mas é mais cara é colocar sombra e água em todos os piquetes. Quando solta na área de lazer, tende a dar mais lama, então colocar em todos os piquetes diminui a lama. os piquetes não podem ser longe da ordenha, não pode andar mais que 200m, se não o gasto de mantença causa prejuízos. Usar cerca elétrica, funciona muito bem com bov corte, é mais barata, a vaca de leite acostuma fácil por ser tranquila. Recomenda-se não passar muito de meio hectare o piquete.
 
 
Outras opções : 
	Pastejo limite 2 divisões 
	Pastejo em faixa: dentro de uma área e ir andando com a cerca elétrica, dá muito trabalho pq os piquetes são muito grandes. 
	Pastejo diferido (Diferimento de pastagem): usa-se mais para bovino de corte, que é menos exigente. Isolar e as vacas não passar nele, o piquete fica reservado, aí corta o capim para fazer feno ou na seca coloca o gado para consumir o pasto seco. Manejo que diminui custos, que pode ser uma boa opção na seca. Mas não é muito usado para bovinocultura de leite pois é um animal exigente o ano todo. A silagem de capim para bov leite não é de boa qualidade.
ESPÉCIES
Para explicar, vamos dividir pelo hábito de crescimento
Crescimento estolonífero: A planta cresce, emite o estolão(brotações) e no contato com o solo ela erraiza e cresce a folha. É um tipo de planta menor em altura, e tem um grande número de folhas, essa é a vantagem. A vantagem é que ele fecha bem o solo, impede invasoras, erosão. E tem uma relação folha X haste bem maior, porque ela não tem necessidade de ter tanta haste para sustentar a folha, mais folha e menos haste, e consequentemente tem mais proteína. Mas não é regra que vai ter mais proteína se tiver mais folha que haste, isso vai variar entre as espécies. Para fazer feno, é melhor fazer com plantas com esse tipo de crescimento. 
Gênero mais usado com esse hábito de de crescimento: Cynodon
Os mais utilizados: tifton 85 (hibrido), Coast Cross, Jiggs e Vaqueiros 
A vantagem do vaqueiro é que ele pode ser plantado por sementes, diferentemente das outras espécies de Cynodon, que se planta por muda. É a espécie mais recomendada para feno, tem os fenos de melhores qualidade, pois tem alta proteína ( + de 15%) 
Outra medida importante: Digestibilidade da matéria seca, resumidamente: capacidade dessa planta de ser degradada no trato digestório do ruminante e ter disponibilidade de nutriente. Uma das formas de se medir isso é através da digestibilidade de matéria seca. Há várias formas de se medir isso (ex: in vitro, em laboratório, animal doador liquido ruminal, pega esse material e fermenta em laboratório e mede quanto foi digerido e quanto se perdeu durante o processo. ) Tem relação direta com a energia. Uma pastagem que tem muita boa qualidade o animal precisa consumir menos, se a pastagem tem muito nutriente então o consumo é menor também, para a vaca atingir o mínimo para produção ela consome menos pasto, e isso é vantajoso. 
Piquete fatia de pizza, já tem sido muito usado no Brasil, normalmente é Cynodon. Muito usado para sistemas intensivos. Um outro detalhe importante do gênero: É rizomatoso, assim como o tifnton, tem um rizoma, que é reserva da planta na raiz, e com isso ele aguenta mais a seca. 
	
Crescimento Cespitoso: São moitas, touceiras. Raizes concentradas nas bases das touceiras e perfilhamentos laterais. Todas as próximas espécies são cespitosas. E o manejo é diferente também, ela lignifica mais rapidamente que o Cynodon, e por isso o valor nutricional dela não seja tão alto. Mas a vantagem é: Mais produção de matéria seca por hectare.
Brachiaria: É a mais plantada no Brasil. Plantado por semente. 
No manejo, é a mais fácil de trabalhar, manejo mais fácil. Ela forma as touceiras mas fecha o terreno, então dificulta o crescimento de invasoras. Mas tem menos proteína, energia menor e digestibilidade menor(50-55%). Como é mais produtiva, cerca de 22toneladas de MS por hectare por ano, é possível colocar mais animal por área com a Brachiaria. Ela está diretamente ligada com a vinda da pecuária pro Centro-oeste, porque além dessas qualidades ela é muito adaptável nos solos do cerrado, não sendo muito exigente com adubação. 
Obs: problema de intoxicação da Brachiaria (saponina) Depende da idade do animal, estado fisiológico e qualidade da planta. Animais se adaptam com o tempo, deve se tomar mais cuidado com animais jovens. Mas não é algo que limita o uso da brachiaria pra bovinocultura de leite. Ovinos são mais sensíveis. 
Melhoramento genético nas brachiarias: para aumentar a quantidade de MS e mais resistência a cigarrinhas. Hoje a mais usada no Brasil é a Brachiaria brizantha e CV Marandu. Porque produz mais matéria seca e por ser mais resistente a cigarrinhas, e por isso se destatou sobre a decubens. 
Panicum: Além do Cynodon, é o capim mais difundido na instensiva de pastejo. O Mombaça é o mais utilizado. O Massai também é outro melhoramento, está sendo muito usado para fazer feno devido a grande quantidade de folhas. O Panicum cresce de forma bemmais touceira que a Brachiaria. Eles perfilham pouco, então o Massai foi criado para perfilhar mais e tem mais folhas também. Mas a digestibilidade não é tão alta, por isso não é recomendado para bov leite. Para bov leite é melhor usar o Mombaça ou Tanzania. Capacidade de produção é maior que da brachiaria, mas de nutrientes é bem parecido. É um capim que se bem manejado pode ter bons resultados. Na seca o panicum perde a qualidade muito rápido, por isso a brachiaria pode ser a melhor opção; na seca ele lignifica ainda mais rápido e pode até machucar o animal. E cresce e fica mais alto, podendo machucar os tetos das vacas, embora essa não seja uma limitação. 
Gênero Penisetum purpurium: Capim Elefante. É um capim muito alto, apesar da foto ele estar muito alto, se for oferecido a pasto deve estar mais baixo. Se deixar passar muito a qualidade abaixa. Ele produz muita massa mas é muito exigente e precisa de muita adubação, por isso não foi muito para frente no Centro-oeste. Pode oferecer para o animal o capim cortado (capineira), tem como vantagem é a adubação mais pesada em uma área menor e ai diminui custos. Ele funciona muito bem. É usado para silagem de capim, não é bom de fazer feno pq ele tem muito talo.
Vaca de leite tem que comer ponta de folha, por isso se fornecer muito alto perde a qualidade, mas esse capim de menor qualidade pode ser oferecido à outras categorias.
Andropogon: Cada vez menos tem sido usado mas é importante pro cerrado porque é um capim que é muito tolerante a solos com pH baixo e as características do solo do cerrado. Ele tem baixa produtividade e qualidade na seca. É o capim do ‘começo da chuva’ pq quando tem chuva ele é muito bom de qualidade mas rapidamente ele fica ruim. 
AULA 3 
ORDENHA MANUAL E MECÂNICA
Existem dois tipos de ordenha: manual e mecânica. 
Quando se trata da qualidade do leite, não há diferença do leite ordenhado manualmente se comparado ao leite ordenhado mecanicamente. Os dois tipos de ordenha não interferem na qualidade em termos de higiene do leite. A escolha pela ordenha manual ou mecânica deverá ser baseada em informações como, por exemplo: infraestrutura da propriedade, número de animais, produtividade animal (kg/dia de leite) e número de funcionários.
Na ordenha manual, o leite é tirado pelas mãos do ordenhador num balde. Os utensílios principais que são utilizados para a ordenha manual são: o balde, o coador/filtro para transferir o leite do balde para o tanque de refrigeração ou latão, a peia para conter as pernas da vaca e o banquinho para o ordenhador sentar e proceder a ordenha. Geralmente, a escolha pela ordenha manual se dá em propriedades cujo número de vacas em lactação é pequeno e/ou a produção de leite diária é menor.
Na ordenha mecânica o leite é tirado através de um equipamento mecânico que simula a mamada do bezerro. Existem informações importantes sobre tipos e dimensionamento do equipamento que o produtor deve conhecer antes de optar pela ordenha mecânica.
Existem quatro tipos de ordenha mecânica: Balde ao pé; Canalizada Linha Alta; Canalizada Linha Intermediária; Canalizada Linha Baixa. Todo equipamento de ordenha mecânica é composto por três sistemas fundamentais:
Sistema de Vácuo: Bomba de Vácuo, Regulador, Reservatório, Frasco Sanitário, Vacuômetro e Tubulação de Vácuo.
	A bomba de vácuo: é considerada a parte principal do equipamento de ordenha. A sua função é extrair o ar do sistema de ordenha comprimindo-o e eliminando para a atmosfera pelo escapamento. 
	Os reguladores de vácuo cumprem a função de manter estável o nível de vácuo de toda a instalação, permitem entradas de ar exterior ao equipamento e interrompem esta entrada de acordo com as variações no nível de vácuo, que são provocadas por ingressos de ar em outros pontos como unidades de ordenha , pulsadores, descarregadores, etc. 
	Reservatório de vácuo tem como função evitar que cheguem líquidos (detergentes, água ou leite) à bomba de vácuo. Este funciona como um sistema de segurança. Deve ser instalado o mais próximo possível da bomba. Deve possuir um sistema de drenagem dos líquidos, dispositivo este que permita esgotar rapidamente o líquido acumulado.
	Frasco sanitário: só é encontrado em sistemas de ordenha canalizada. Suas funções são de impedir a passagem de leite desde a unidade final até o sistema de vácuo, e, por sua vez, evitar a contaminação do leite na unidade final.
	Vacuômetro ou "relógio": indica o nível de vácuo com que está trabalhando. Deve estar localizado à vista do ordenhador. As normas atuais determinam que ele seja instalado próximo ao sensor do regulador de vácuo antes das unidades de ordenha. A sequência ideal de instalação é: Bomba de vácuo - Reservatório de vácuo - Regulador - Vacuômetro - Unidades de ordenha.
	Tubulação de vácuo: tem como função conduzir o ar até a bomba, de onde será expulso.
ESTRUTURAS NECESSÁRIAS 
Ordem de instalações- Curral de espera, sala de ordenha e pista de alimentação.
	Currais de alimentação : deve haver uma vaelta de 10 cm e inclinação ou declividade de 1% e a suplemetação dos animais deve seguir a regra de 70 - 120 cm por animal. É importante que se tenha um pátio (cocho) de alimentação e de preferencia coberto pra evitar chuva na comida.
	Currais de espera: piso de concreto mais inclinação de 2%, sendo necessário bom escoamento de dejetos. Deve ser climatizado e respeitar a regra 2,5m2
	Anexos – Lava pés e pedilúvio (formol ou sulfato de cobre 5% para evitar contaminação), brete pulverizador, curral de manejo. 
	Estábulo: é onde tem alimentação, manejo e ordenha. Inclui sala de ordenha, curral de manejo e a praça de alimentação
	Sala de ordenha (piso de concreto e canaletas mais escoamento de desejetos, podendo ter ou não fosso. Necessária boa ventilação, inclinação, iluminação e circulação de ar para termos a melhor qualidade de leite) , 
	Tronco coletivo(um atrás do outro) e individual para conter o animal também são chamados de brete.
	Sala de leite : Tanque resfriador < 7oC com encanamento de água e leite, a limpeza essencial e pesença de uma farmácia.
	Farmácia, 
	Escritório, 
	Sanitários. 
	Bezerreiros* - 2m2/cabeça Piquetes, maternidade, tratamento de dejetos, fábrica de ração. 
→ Casinha tropical pra bezerro que é uma casinha que o bezerro fica amarradinho. Mas quem vai dar leite para o bezerro fica na chuva. É difícil adaptar o trabalhador a esse tipo de sistema. É boa para o animal, mas pra quem cuida do animal não é.
Bebedouros têm de vários tipos, tem que ter boia que tem que ser protegida se não eles comem e a agua tem que sempre estar limpa e ser trocada. Nas instalações de free Stall normalmente os bebedouros são de fibra de vidro ou polietileno
Cocho pra sal- Geralmente fornece a mineralização no concentrado, porque você tem mais certeza que ele está comendo. Se você não dá concentrado pode deixar no piquete. Em bovino de leite quase não damos mais sal, damos outros aditivos. Cocho tem que está coberto porque usa muita ureia no sal pra aumentar o nitrogênio e melhorar a fermentação do rumem. A ureia não pode molhar se não estraga, e o sal é perdido quando molhado.
 
Sombreamento- Sempre pensar em fazer sombra no pasto. Pode ser natural. Bambu funciona bem, eucalipto que fazem ilhas de sombra o problema que várias vacas vão ficar aglomeradas nas ilhas e isso faz muita lama. Sombra artificial- Ou pode ser sombrite ou bambu que funciona bem pra isso.
SISTEMA DE PRODUÇÃO 
 
INTENSIVO que seria o confinamento.
	Confinamento em piquete: o mais simples. A vaca fica no piquete, mas o alimento é fornecido no cocho o ano todo. O piquete é mais o ambiente que ela fica confinada, mas ela acaba comendo um pouco de pasto. É um confinamento mais barato porque não tem instalações muito caras. Tem áreas de sombra pra tentar controlar a temperatura. O problema principal é que tem muita chuva e forma lama tendo problemas sanitários, por exemplo, mastites. Vaca é muito pesada e com as chuvas vira lama.
	Loosehousing: Seria um sistema coberto só que com uma baia coletiva. 
	Free stall: As vacas ficam confinadas, tem quase 1 cama pra cada vaca, são alimentadas em media 4 vezes por dia, as vezes tem acesso a um solário ou não, depende da instalação, mas, essa área é pequena e não é considerado um pasto ela é mais pra influenciar no cio, pra pegar um sol, pra sair um pouco. A ideia é dar conforto de ambiente, mas evitar que a vaca se movimente muito e gaste muita energia . Nesse sistema tem uma boa logística de alimentação é o mais utilizado no Brasil. Galpões grandes com contenções para evitar que a vaca urine ou defeque na cama, pois ela não consegue ficar em pé em cima da cama. Mas ela fica livre no galpão. Você tem espaço pro rebanho nas laterais e no centro tem espaço pro trator passar e fornecer o alimento pra elas. Tem ventiladores e o mais eficiente é o que tem aspersor que ficam em cima do cocho e de tanto em tanto tempo ele liga o aspersor e depois liga o ventilador. A Linha de cocho é 85 cm por animal e de preferencia com canzil (contenção que prende a vaca e ela fica separada uma da outra pra evitar que uma consuma a ração da outra). Quanto mais vezes por dia você oferece alimento, mais a vaca se alimenta e diminuiu a dominância entre elas. Além de separar lotes com animais da mesma idade. Quando a vaca não está se alimentando ela está deitada. Os mais utilizados são os colchões ou cama de areia. A cama tem que ter a largura certa e o comprimento certo se não a vaca fica fora da cama e vai acabar deitando no corredor onde elas urinam e defecam. Existem alguns tipo como: o costa-costa que a vaca deita na extremidade e o corredor é interno. E o mais comum é o frente a frente que elas ficam de frente uma pra outra.
	Tail stall- A vaca fica presa mesmo. Só se movimenta quando vai fazer a ordenha. Comum em região fria, que neva. Pouco usado no Brasil. Tem sistemas de cama, mas o animal fica amarrado. Tem no sul é mais comum em produção pequena. Tem sido abandonado
EXTENSIVO
Não se tem muita preocupação com instalação. Está baseado em rusticidade, simples, adaptável e barato. Normalmente se usa madeira em cordoada, curral nem sempre calçado. Vemos isso mais aqui no Brasil em fazendas mistas, ordenha vaca, mas tem o objetivo de vender o bezerro de corte. 
Caracterização do sistema extensivo comedouro, bebedouro e saleiros coletivos, quando tem.
SEMI-EXTENSIVO 
Que na verdade é nosso sistema a pasto. O que nos vimos na FAL. É baseada em pasto normalmente a gente trabalha com rotação, o tempo de permanência no piquete tem que ser pequeno, pra que ela só come folha e logo depois passa pra outro que também tenha folha. Temos maior preocupação com conforto, maior utilização de alvenaria, pisos calçados e concretados pelo menos nas instalações principais. Maior preocupação com cercas se usa mais as eletrificadas. Normalmente se usa três fios de cerca elétrica. Mas pode ser até um fio pra vaca de leite. E um estábulo especifico pra ordenha que a gente chama de sala de ordenha. Esse é um sistema irrigado, a média de temperatura de irrigação de pasto tem que ser acima de 15 graus. Se for no Sul também temos problemas de foto-período. Ou seja, aqui em Brasília não adianta irrigar capim elefante por que a média de temperatura de irrigação é menor que 15 graus. Ai na época seca você vai irrigar, mas não vai crescer. Ai tem que trabalhar com forrageira de inverno.
TIPOS DE SALA DE ORDENHA
	Sala simples ou sala dupla: é a mais tradicional dá pra utilizar bezerro ao pé. 
	Espinha de peixe: ela é mais simples de ser implantada, se gasta menos dinheiro na contenção utilizando as tubulações de metal e aproveita melhor o espaço da sala de ordenha, porque ela não precisa ser muito grande, as vacas em fileiras paralelas ficam posicionadas diagonalmente e os bezerros ficam entre essas fileiras.
	Passagem: é a da FAL, se usa quando te necessidade de ter bezerro ao pé. 
	Tandem: pouco comum. As vacas entram e saem pela lateral, também da para usar bezerro ao pé. Conjunto formado por duas unidades, geralmente uma atrás da outra.
	Paralela: é usada em sistemas mais intensivos e acima de 50 vacas ao mesmo tempo, são as mais utilizadas em grandes produções. Também não dá para usar bezerro ao pé, uma ao lado da outra.
	Carrossel: é cara mas é boa pra confinamento, porque se tem menos mão de obra. Tem muita manutenção é cara, pouca gente usa. A vaca entra e fica rodando sendo ordenhada quando termina sai, as vacas ficam posicionadas em um circulo.
A medida que se intensifica a produção fica difícil trabalhar com bezerros
Aula 4 – Fisiologia da Lactação
Glândula mamária: órgão reprodutivo anexo, tecido especializado, adaptado a processos filtrativos, apresenta organelas com funções especificas para a produção de leite. Adaptação de animais mamíferos que permite que as crias obtenham o alimento básico para continuar seu desenvolvimento extra-uterino.
Úbere: órgão anexo, tecido modificado que tem por função alojar as glândulas mamárias; 
	Primeira imagem: partes importantes de sustentação do úbere, que dão critério à seleção de animais para reprodução, a vaca deve ter um conjunto de ligamentos bem estruturado pra sustentar o úbere que vai se desenvolver bastante se ela for uma boa produtora de leite;
	Na direita: as glândulas são independentes, cada uma se localiza em um “quarto” do úbere, e isso é bom em caso de doenças como, por exemplo, a mastite que pode acometer uma ou mais glândulas e isso não quer dizer que essa vaca vai parar de produzir – 4 glândulas no caso de bovinos;
Entrada de sangue na glândula:
- Células secretoras do leite: responsáveis pela filtração e produção do leite;
- Células mioepiteliais: musculares com função de ejetar o leite para fora do alvéolo*;
- Glândula formada por diversos alvéolos > ductos > cisterna > esfíncter, assim há secreção do leite para o lúmen da glândula com estímulo hormonal (ocitocina, mais importante) na estrutura mioepitelial para ejeção do leite;
- Estímulo externo: aumenta a circulação de ocitocina (ex: bezerro mamando, manejo do ordenhador – uso de ocitocina injetável para ordenha sem a presença do bezerro). Retirada do bezerro da amamentação é recomendada, melhor acompanhamento da nutrição desse animal, porém, o sistema de ordenha varia com o animal, trabalhar com animais muito zebuínos meio que exige a utilização de bezerros;
- Além dos vasos sanguíneos, a glândula apresenta um complexo de defesa (linfática) para evitar a colonização por bactérias, inflamação e posteriormente perda de função, leucócitos fagocitam as bactérias, quantificação de leucócitos permite diagnostico de uma mastite subclínica;
- O leite, super-rico em nutrientes, é um meio de cultura que favorece muito o crescimento bacteriano;
- Infecções mamárias são um problema serio na produção de leite; exemplo a mastite que talvez seja a doença mais importante na bovinocultura de leite, a que dá mais prejuízo econômico, descarte precoce de vacas muito susceptíveis à infecções mamárias;
- Esfíncter: permite o armazenamento do leite, recebe ação hormonal da ocitocina ou adrenalina, seu fechamento protege a glândula de contaminação bacteriana e o manejo preventivo de mastite é alimentar os animais após a ordenha, durante 20 – 30 minutos, para impedi-los de deitar logo após a ordenha quando esses esfíncteres estão muito relaxados, permitindo que fechem e impeçam a entrada bacteriana novamente;
- Cisternas de armazenamento do leite na glândula correspondem a cerca de 30% do quarto mamário e glândulas (Alvéolos e sistema de ductos) cerca de 70%;
- Ligamentos são extremamente importantes para a vida útil do animal na produção, um boa vaca de leite tem que ter bons ligamentos suspensórios;
- Tecido conjuntivo: envolve as estruturas alveolares; é importante não deixar a bezerra engordar demais para não acumular muito tecido conjuntivo e ocupar o espaço que seria para o crescimento da glândula, muito ganho de peso quando nova = menor desenvolvimento e atividade da glândula;Mamogênese: desenvolvimento estrutural da glândula mamária; ocorre durante toda a vida da fêmea, porem o crescimento é maior durante a gestação. Células em constante crescimento, durante a lactação essas células estão em constante atividade, quando a vaca está seca ocorre a morte dessas células e diminuição da atividade celular; 
Importante no manejo: descanso dado à glândula entre uma lactação e outra, período em que a vaca fica seca, sem o tempo de recuperação da glândula a vida produtiva da vaca é diminuída;
Engrossamento epidérmico (linha mamária) > proliferação celular (quando a vaca está mojando) > protuberância a intervalos definidos (eminência mamária) > processos mamários = bovinos: quatro processos.
A mamogênese ocorre com a bezerra ainda no útero da vaca, glândula latente até a puberdade, aumento da circulação de hormônios sexuais, desenvolvimento maior desse tecido, na puberdade ocorre também a formação dos alvéolos verdadeiros;
Sistema glandular juvenil: basicamente tecido adiposo, evitar o animal engordar se não tem muito tecido adiposo e menor desenvolvimento glandular, pois há substituição de tecido adiposo por tecido glandular;
Alvéolos: unidade funcional da glândula mamária, linha de células epiteliais rodeadas de tecido conjuntivo, células mioepiteliais e vasos sanguíneos;
Células epiteliais extraem nutrientes do sangue e sintetizam componentes do leite (gordura, proteína e lactose) e secretam para a luz dos alvéolos;
Células mioepiteliais: células musculares especializadas que envolvem os alvéolos e ductos menores e se contraem na ejeção do leite.
Lactogênese: inicio da secreção do leite;
Hormônio responsável pelo estimulo de produção de leite: Prolactina (PRL) – liberada quando o teto é manipulado, o próprio contato com a cria aumenta a secreção de PRL. No inicio da lactação a vaca tem uma concentração de lactina, no sistema circulatório, liberação de PRL: pico máximo de secreção 30 minutos após o estimulo (recolher as vacas do pasto, levar para a sala de ordenha, importante ter uma sala de espera para ter o máximo de produção desse hormônio), tendo remoção permanente do leite em intervalos próximos de 12h – duas ordenhas;
Os valores de PRL em circulação diminuem na medida que a lactação avança – essa diminuição está muito relacionada com a raça, à chamada persistência de lactação e também à idade do animal;
Relação entre nutrição e sólidos no leite: com aumento da frequência de alimentação, maior fornecimento de alimento, há maior produção de sólidos, principalmente gordura, logo, adição de gordura melhora produção total de leite;
Estímulos para ejeção do leite: manejo – a própria rotina, o vaqueiro ir recolher no pasto em tal horário etc -, barulho de equipamentos da sala de ordenha, presença e cheiro do bezerro, presença do ordenhador, alimentação – algumas propriedades com animais muito zebuínos fornecem alimentação durante a ordenha-.
OBS.: Comum o uso de ocitocina injetável, tempo de ação quase o mesmo, injetada na veia mamária ou na base da cauda, não deixa resíduo no leite e é um hormônio barato, uso em todo o rebanho.
AULA 5 
NUTRIÇÃO DE VACAS NO PERíODO DE TRANSIÇÃO.
O que é o período de Transição? 
Período onde a vaca passa por grandes alterações no seu corpo e preparação para o parto e lactação subsequente. 3 semanas antes do parto até 3 semanas depois do parto.
O período sem produzir deve durar 60 dias, vacas secas geram muito prejuizo.
SECAR A VACA 
	Verificar no início da secagem se a vaca não está com mamite. (Caneca telada, ou de fundo preto) 
			Se o teste da mastite for negativo, a vaca estará apta ao processo de secagem; 
	Se positivo, não se deve secar a vaca, mas tratar a mamite. 
	Esgotar bem o úbere da vaca. Em seguida, colocar em cada quarto ou teta um antibiótico de longa duração, próprio para este período de secagem da vaca. 
	Transferir a vaca para longe do local onde está acostuma à ser ordenhada. 
			Levá-la para um piquete ou pasto, afastado do curral ou do estábulo. 
	Este pasto deve ter pouca disponibilidade de capim, de modo a não permitir que a vaca se alimente bem. Não fornecer concentrado de maneira nenhuma. 
	Embora dispondo de pouco alimento, a vaca deve beber água à vontade. 
	Não ordenhar mais; 
	Mesmo se o úbere encher de leite, este fato não ocasionará nenhum mal ao animal, pois o organismo da vaca absorverá este leite. 
	Deve-se observar diariamente, para ver se o úbere da vaca está avermelhado ou dolorido, coisa muito rara de ocorrer. 
	Na hipótese de o úbere estar inflamado, deverá ser tratado até que a mastite esteja curada e só então aplicar medicamento próprio para o período de secagem da vaca. 
	Decorridas duas semanas, a vaca não mais produzirá leite e a secagem estará completa, quando então poderá ter uma alimentação normal - volumosa e concentrada - condizente com o período pré-parto. 
			Com este método e estes cuidados, tem sido possível secar vacas com produção superior a 20 litros. 
	Este processo é fácil e eficiente, e, por ser rápido, não acarreta nenhum problema para o feto. 
Início de uma lactação se dá com o PARTO 
Logo, para que a produção não cesse, a vaca deve ser emprenhada, constantemente!! 1 bezerro ao ano, conceber uma nova cria nos primeiros 85 dias de lactação. Lembrando que a vaca deve ter 10% do seu peso a mais para dar a luz ao bezerrro.
As vacas não devem parir nem excessivamente magras nem gordas. Vacas que ganham muito peso antes do parto apresentam apetite reduzido, menores produções de leite e distúrbios metabólicos como cetose , fígado gorduroso e deslocamento do abomaso, além de baixa resistência aos agentes de doenças.
Nas duas primeiras lactações da vida de uma vaca leiteira, deve-se fornecer alimentos em quantidades superiores àquelas que deveriam estar recebendo em função da produção de leite, pois estes animais ainda continuam em crescimento, com necessidades nutricionais muito elevadas. Assim, recomenda-se que aos requerimentos de mantença sejam adicionados 20% a mais para novilhas de primeira cria e 10% para vacas de segunda cria.Recomenda-se alimentar as vacas primíparas separadas das vacas mais velhas. Este procedimento evita a dominância, aumentando o consumo de matéria seca.
As vacas, nas primeiras semanas após o parto, não conseguem consumir alimentos em quantidades suficientes para sustentar a produção crescente de leite neste período, até atingir o pico, o que ocorre em torno de cinco a sete semanas após o parto. O pico de consumo de alimentos só será atingido posteriormente, em torno de nove a dez semanas pós-parto. Por isso, é importante que recebam uma dieta que possa permitir a maior ingestão de nutrientes possível, evitando que percam muito peso e tenham sua vida reprodutiva comprometida.
No terço médio da lactação, as vacas já recuperaram parte das reservas corporais gastas no início da lactação e já deveriam estar enxertadas. A produção de leite começa a cair e as vacas devem continuar a ganhar peso, preparando sua condição corporal para o próximo parto.
No terço final da lactação, as vacas devem recuperar suas reservas corporais e a produção de leite já é bem menor que nos períodos anteriores. Deve-se alimentar as vacas para evitar que ganhem peso em excesso, mas que tenham alimento suficiente, principalmente na época seca do ano, para repor as reservas corporais perdidas no início da lactação. É o período em que ocorre a secagem do leite, encerrando-se a lactação atual e o início da preparação para o próximo parto e lactação subseqüente
O período seco, compreendido entre a secagem e o próximo parto, em rebanhos bem manejados sua duração é de 60 dias. É fundamental para que haja transferência de nutrientes para desenvolvimento do feto , que é acentuado nos últimos 60-90 dias que precedem o parto, a glândula mamária regenere os tecidos secretores de leite e acumule grandes quantidades de anticorpos, proporcionandomaior qualidade e produção de colostro, essencial para a sobrevivência da cria recém-nascida.
Nas duas semanas que antecedem ao parto deve-se iniciar o fornecimento de pequenas quantidades do concentrado formulado para as vacas em lactação, para que se adaptem à dieta que receberão após o parto. As quantidades a serem fornecidas variam de 0,5 a 1% do peso vivo do animal, dependendo da sua condição corporal.
 
AULA 7 
CUIDADO E MANEJO COM BEZERROS
Um bezerro vindo de um parto difícil está muito susceptível a: ser um natimorto (nasceu morto), ter mortalidade neonatal (primeiros dias de vida do bezerro), ter privação de colostro (quando a vaca tem problema de distocia ela fica muito mal e tudo é uma questão de toxemia, ou seja, quanto mais tempo o animal demorar para nascer, mais risco ele tem de estourar a placenta, mais tem risco de perfurar o útero e tudo isso causará um stress muito grande na vaca e elas ficam muito fracas quando parem e param de produzir leite privando os bezerros do colostro), a chance de acidose neonatal (metabólica e ou respiratória) estão aumentadas (quando está se fazendo um parto e o bezerro está preso, um dos principais fatores que a gente vai levar em conta se vai fazer cesariana ou não é se a língua do bezerro estiver cianótica, tendo assim privação de oxigênio causando todo um problema futuro para esse bezerro, as vezes ele nasce bem, porém morre por complicações).
O pré-parto: 
É o cuidado com o terço final da gestação. “ O ideal é que a vaca tenha um parto a cada ano, tenha um descanso de 3 meses para ter uma reconstrução do aparelho reprodutivo dela e emprenhe novamente. Quanto maior a aptidão leiteira da vaca, maior tem que ser a tecnificação. Uma vaca leiteira, tudo que ela come vai para produzir leite, então ela acaba tendo problemas ovarianos, muda o ph do útero, porque a reprodução fica em segundo plano. Não existe machos nas grandes produções, os bezerros machos são descartados assim que nascem bezerros holandeses muito puro tem dificuldade de engordar, então ou mata ou dá ou faz salsicha”.
Vê-se uma vaca sadia, um pasto bom, mantê-la mais próximo da sala de ordenha para observação. As fazendas leiteiras não podem ter cachorro e nem criança porque isso estressa a vaca na hora do parto.
Crescimento fetal: 60% do crescimento fetal acontece nos últimos 3 meses de gestação.
Piquete maternidade 
Tem que ter boas condições de higiene, áreas secas com boa cobertura vegetal, boa drenagem (questão de sanidade para não ter umidade no casco e outros problemas), sombras de pelo menos 3 m2/animal (a fazenda que não tem árvore no pasto, faz sombrite), observação do parto (é o principal, em fazendas tecnificadas já se sabe qual o dia mais ou menos que a vaca irá parir, logo 5dias antes e 5 dias depois da data prevista, os funcionários já tem que ficar atentos com isso.
Colostro:
É de suma importância, sempre deve ser dado ao bezerro. O tipo de placentação do bovino é sindesmocorial e não dá para se passar imunidade para o feto.
O cálculo a ser feito é 10 % do peso vivo tem que ser dado até 6 horas. Trabalhos mostram que se for dado o leite em até 30 minutos é melhor. O manejo pelos funcionários é essencial.
É interessante se fornecer colostro até 3 dias porque essas vacas de alta produção vão produzir de 20 a 30 litros de colostro e esse colostro não pode ser utilizado para consumo humano. Dependendo da vaca a partir de 7 dias após o nascimento, o leite já está ideal para o consumo humano. Algumas vacas de alta produção com 2 a 3 dias o leite já está ideal para o consumo humano.
Com a ingestão tardia ou quantidade insuficiente de fornecimento de colostro para os bezerros leva a: doenças respiratórias, diarréias e a taxa de mortalidade são de 5 %.
Banco de colostro
É o colostro excedente, armazenar em freezer -20 graus em garrafas PET (não é muito bom porque para descongelar dá muito trabalho) ou em sacolas plásticas. Sempre descongelar em banho Maria até 45 graus. A utilização estratégica: existem trabalhos que dizem que em até 6 meses ele tem uma qualidade muito boa a partir daí não fica mais tão bom o colostro, por isso a cada 6 meses é interessante renovar.
Existe um aparelho que mede a qualidade do colostro, é o colostrômetro.
A segunda coisa principal, depois do colostro é a cura do umbigo. Após romper o cordão umbilical, aquele local é uma abertura para a entrada de bactérias, é sempre interessante utilizar um iodo de 5 a 10 % associado a aplicação de um antiparasitário. O bezerro vai reclamar porque queima, deve-se tomar cuidado para não cair na pessoa que está aplicando. Em bezerros machos, deve-se ter um cuidado muito grande porque junto com o umbigo está o prepúcio e então sempre que for fazer a cura ( o iodo é cáustico) separar bem o umbigo para não atingir o prepúcio.
Aleitamento:
Existem 2 formas: 
Natural: depende da qualificação do seu manejo, tempo na ordenha, a raça (animais meio sangue zebuínos não conseguem dar leite sem o bezerro ao pé. As vantagens ao bezerro de mamar diretamente na mãe: ingestão mais lenta, salivação maior com sucção, temperatura do leite é constante, bezerro menos sujeito a estresse porque o bezerro tem o contato com a mãe. Existe toda a questão da ocitocina que estimula a decida do leite. Desvantagens: tempo da ordenha, o bezerro sujará mais ainda a sala de ordenha, a vaca vicia, ou seja, se for feito isso, a vaca nunca mais vai produzir leite sem o bezerro ao pé, vacas que dão leite com o bezerro ao pé muitas vezes são mais ariscas.
Artificial:
Tira-se o leite da vaca e fornece para o bezerro. Há um controle do leite consumido, pesa-se freqüentemente esses bezerros, tomar cuidado com as bezerras que mamam demais. Facilidade do manejo dos lotes. Fornecer colostro e leite. Ter uma mão de obra especializada, um funcionário para tirar o leite e um funcionário só para cuidar das bezerras. O leite pode ser fornecido em balde ou mamadeira.Mamadeira no primeiro dia e depois o leite é fornecido no balde. Existem trabalhos que mostram que mesmo o bezerro mamando em baixo sem ser na mamadeira mas sim no balde através da sucção ele consegue passar o leite certinho direto para o abomaso sem passar pelo rúmen (se passar para o rúmen causa ruminite) através da goteira esofágica. Então fornecer leite no balde não tem nenhum problema, apenas a questão da higiene que deve ser levada em conta e os horários de todos os dias que devem ser os mesmos. Acostuma-se a bezerra a mamar, dando poucas quantidades ao dia várias vezes ensinando ela a mamar, depois dá 2 vezes ao dia.
MANEJO NOS PRIMEIROS DIAS 
O primeiro a se fazer é a identificação. Saber quem é aquele bezerro, filho de qual par e ter o controle de cada etapa de sua vida. A identificação é feita pela tatuagem e/ou brinco.Ficha zootécnica: peso ao nascimento, filiação (filha de qual touro), observações. Tetas supranuméricas: animais que nascem com 5, 6 tetos, em que essas tetas são afuncionais, são compostas de tecido adiposo. É bom arrancar por 2 motivos: para ter o desenvolvimento do úbere, mesmo sendo afuncional, a teta desvia um pouco do tecido para ela e pelo fato de confundir na hora de colocar a teteira. A mochação é super eficiente. Gados taurinos são todos com chifres. O chifre impõem dominância, geralmente o animal que é mais velho e que tenha chifre é o que domina. Se der uma chifrada no úbere na vaca de leite, pode cortar e deixá-la afuncional. A mochação tem que ser feita até 30 dias pelo fato de ter menor estresse. A mochação é traumática e é feita sem anestesia. É o ideal para a produção e para evitar problemas futuros
Como você avaliaria as taxas de crescimento de bezerras em recria quais os valores seriam recomendados para raças grandes, médias e pequenas, qual a relação entre peso ao primeiro parto e idade de concepção.
As taxas de crescimento devem ser avaliadas pelo ganho médio diário, altura da cernelha e perímetro toráxico, raças grandes devem apresentar valores próximos de 750g de ganho diário, médias: 650g e pequenas: 500g. Os animaisdevem o peso a concepção deve possibilitar que a novilha tenha o primeiro parto com 80 a 85% do peso adulto.
O que são sucedâneos o como podem ser utilizados na criação de bezerras
Sucedâneos são alimentos substitutos do leite que poderão ser fornecidos para as bezerras lactentes com objetivo de diminuir custo de alimentação. Podem ser derivados do leite como soro e leite desnatado ou de origem vegetal, soja é a mais utilizada. Deve ser fornecida em quantidades moderadas e equilibrada quando necessário, muitas vezes substituindo parcialmente o leite integral . Recomenda-se sua adoção a partir de três semanas de idade.
Como deve ser a dieta de bezerras desde o nascimento até a concepção.
Após o nascimento colostros nas primeiras 6 h, até os 4 meses leite (10% do PV), ração inicial (18% de PB e 80% de NDT), volumoso (feno ou capim verde) e água a vontade. Após os 4 meses, pasto ou feno ou silagem ou cana, concentrado de crescimento (2 kg/dia), após 1 ano pasto, silagem ou cana ou feno com 1kg de concentrado de crescimento, dependendo da qualidade do volumoso e das taxas de crescimento desejadas.

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