Buscar

Formulação de dietas para monogástricos - aglutinantes


Continue navegando


Prévia do material em texto

Formulação de dietas para monogástricos
Sarah Vilela de Souza Franco e Vasconcelos
201620277
Interpretar a importância do uso dos aditivos, em suas respectivas classes, nas rações dos animais monogástricos, destacando suas funções específicas quando utilizados. 
Têm-se três classes de aditivos (Butolo, 2002), sendo elas: 
· Classe A: pró-nutrientes que irão atuar a favor dos nutrientes. 
· Classe B: coadjuvantes de elaboração para que atuem sobre características físicas dos alimentos, como odor, dureza, entre outros fatores. E também devem ser livres de contaminantes que prejudiquem o estado nutricional dos animais. 
· Classe C: profiláticos que tem sua utilização de maneira preventiva, a fim de evitar a oxidação e destruição das vitaminas. 
As enzimas são os únicos aditivos que pertencem somente a classe A, importantes na nutrição de monogástricos devido seu alto retorno econômico para a produção e também alta resposta zootécnica. Utilizadas com a finalidade de melhorar a digestibilidade dos nutrientes, atuando favorecendo diretamente o aproveitamento de alguns nutrientes como, fósforo, cálcio, aminoácidos e energia. Por isso são pertencentes ao grupo A, uma vez que vão atuar na mesma direção que os nutrientes, favorecendo sua digestão e absorção.
Os corantes também são pertencentes somente a uma classe, a B. Terão a função de intensificar a cor de determinado produto ou rações, ou conferir a eles uma coloração, a fim de que aumente o consumo dos animais, através do estímulo visual. Assim, são compreendidos na categoria B, justamente por atuar na propriedade física do alimento. Como exemplo de corantes naturas, têm-se o açafrão, acido carmínico, carmim, índigo, páprika, urucum, caramelo. 
Os aglutinantes, pigmentantes e aromatizantes e palatabilizantes, pertencem às classes A e B. Os aglutinantes têm por função auxiliar e melhorar a aderência de uma partícula de alimento à outra. Nos processos industriais atuam na melhora da consistência dos grânulos, tanto para rações peletizadas, granuladas quanto prensadas, ou seja, irão atuar na estabilidade, processamento e propriedades físicas e nutritivas dos alimentos à serem fornecidos para os animais. São substancias naturais ou artificais, que irão promover maior produtividade, qualidade e durabilidade, principalmente dos peletes, e também permitirá a adição de óleos e gorduras nos alimentos prensados. Alguns exemplos de aglutinantes são: lignosulfonato; proteína isolada; condensado uréia-formaldeido são alguns aglutinantes; bentonitas – argilas em pó – compostas por mineral de silicato de alumínio; carboxymetilcelulose que é um derivado hidrossolúvel da celulose; ligninsulfonatos considerada um subprodutos da indústria de papel; e também a casca de arroz moída.
Os pigmentantes, ao contrário dos corantes, possuem a finalidade de conferir coloração ao produto final, ou seja, no caso das aves, às gemas, ou a pele do frango dentre outros. Podendo ser artificiais, naturais ou inorgânicos. 
Os aromatizantes podem ser de caráter artificais ou natural, oferecendo aroma ao produto, favorecendo sua aceitação, obtendo então um maior consumo pelo animal. Irão atuar provocando atividades de secreção das glândulas, melhorando o aproveitamento do alimento ingerido pelo organismo. Os palatabilizantes possuem a função de melhora do paladar dos produtos a fim de que se propicie um maior consumo. Ambos os aditivos possuem características próximas e com isso, há determinados alimentos que possuem as duas funções.
Os acidificantes/conservantes, melhoradores de desempenho, anticoccidianos e pró/pré e simbióticos, abrangem as classes A e C. Os acidificantes são microorganismos que formam colônias ou alguma substancia definida quimicamente, podendo ser orgânicas ou inorgânicas, que acarretam efeitos positivos na microbiota intestinal, reduzindo o pH do TGI do animal, a fim de que se facilite o processo de digestão e diminua a quantidade de microrganismos patogênicos do TGI. São muito utilizados como uma alternativa ao uso dos antibióticos porque não geram resíduo no produto final e também não causam resistência. Já os conservantes, são substancias que irão atuar nas rações inibindo o crescimento de bactérias patogênicas que poderão ocasionar algum dano ao animal. 
Melhoradores de desempenho podem ser subdividos em antimicrobianos e agonistas ambos irão proporcionar melhoras nos parâmetros de produtividades. Irão promover o crescimento através da modificação direta do processo metabólico do hospedeiro; redução da disponibilidade de nutrientes metabolizada durante a fase de crescimento de microrganismos indesejáveis e prejudicais ao metabolismo animal; aumento da capacidade de absorção de nutrientes no TGI; atuam também como quelantes intracelulares de microminerais essenciais para o metabolismo de microrganismos patogênicos; age como antimicrobiano de amplo espectro contra bactérias, fungos e protozoários. Brevemente, os antimicrobianos são definidos como produtos capazes de eliminar ou inibir crescimento de outros microrganismos, podendo ser dividido dentro da produção animal em terapêutico, profilático e promotor de crescimento tendo como diferença entre eles seu espectro de ação sobre as bactérias Gram+ e a baixa absorção em nível intestinal. Os agonistas irão ter atividade específica no metabolismo da proteína e gordura. 
Os anticoccidianos são inseridos na alimentação com a finlidade de promover um tratamento terapêutico. Mas deve-se atentar ao utilizá-lo pois há limitações uma vez que podem induzir facilmente ao aparecimento de resistência ou toxicidade, principalmente ao administrar em frangos de corte a nicarbazina que pode agravar o processo de estresse calórico. 
Prebiótico é definido como ingrediente alimentar digerido no TGI dos monogástricos e como resultado proporcionam um efeito benéfico no animal uma que vez que estes estimulam seletivamente o crescimento de bactérias benéficas e desejáveis no TGI, mais precisamente na porção do cólon. Exemplos são inulinas, FOS, MOS e GOS. Já os probióticos são um suplemento alimentar composto por microrganismos vivos que irão beneficiar o hospedeiro através da colonização das mesmas no intestino, eliminando os microrganismos patogênicos por competição. Este composto são bactérias e leveduras, como Lactobacillus, Bacillus e Saccharomyces. Os simbióticos por sua vez une prebiótico e probiótico, com objetivo de melhorar a sanidade do intestino delgado e cecos através da estabilização do meio intestinal, aumentando a população de bactérias benéficas e produtoras de ácido láctico, favorecendo a eubiose. 
Os adsorventes e antioxidantes são pertencentes às três classes. Os adsorventes são organismos ou substâncias orgânicas ou inorgânicas que serão produzidos a fim de reduzir os prejuízos causados pelas micotoxinas no organismo animal, como por exemplo, evitar que haja contato delas com as regiões de absorção do TGI dos monogástricos. Possuem também capacidade de se ligar as micotoxinas, e assim irão carrega-las para fora do TGI sem que haja qualquer absorção, resultando na ausência de intoxicação por micotoxinas. Exemplos de adsorventes são os aluminosilicatos, bentonita e mananoligosacaridios. 
E os antioxidantes são considerados substancias que tendem a evitar a auto-oxidação dos alimentos fornecidos aos animais, retardando sua deterioração, rancificação e perda de coloração, todas características provenientes de um processo de oxidação, além do paladas desagradável quando oxidado óleos e gorduras. Os alimentos ficam susceptíveis a sofrerem o processo de oxidação ao entrarem em contato com o ar. Os antioxidantes irão atuar doando molécula de hidrogênio, elétrons, incorporando lipídeos na molécula, formação de um complexo entre lipídeo e ele. A doação de H é um mecanismo de ação que os antioxidants naturais e artificais fazem uso. Os naturais são ácido ascórbico, vitamina E e os sintéticos são BHT e BHA.