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AES 15- P4 1. CARACTERIZAR TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTANCIAS DEFINIÇÃO Sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos indicando o uso contínuo pelo indivíduo DIAGNÓSTICO padrão patológico de comportamentos relacionados ao seu uso condições do “Critério A” agrupamentos gerais de baixo controle, deterioração social, uso arriscado e critérios farmacológicos Baixo controle sobre o uso da substânciaprimeiro grupo de critérios (1-4) Indivíduo pode consumir a substância em quantidades maiores ou ao longo de um período maior de tempo do que pretendido originalmente Expressar um desejo persistente de reduzir ou regular o uso da substância + vários esforços mal sucedidos para diminuir ou descontinuar o uso Atividades diárias giram em torno da substância Fissura se manifestadesejo ou necessidade intensos de usar a droga ocorrer a qualquer momento, com maior probabilidade em um ambiente onde a droga foi obtida ou usada anteriormente Prejuízo social é o segundo grupo de critérios Uso recorrente fracasso em cumprir as obrigações no trabalho, na escola ou no lar Continuar o uso da substância apesar de apresentar problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados por seus efeitos Atividades importantes de natureza social, profissional ou recreativaabandonadas ou reduzidas Uso arriscado da substância é o terceiro grupo de critérios Uso recorrente da substância em situações que envolvem risco à integridade física Continuar o uso apesar de estar ciente de apresentar um problema físico ou psicológico Critérios farmacológicos são o grupo final (Critérios 10 e 11) Tolerância (Critério 10) dose acentuadamente maior da substância é necessária o efeito desejado ou quando um efeito acentuadamente reduzido é obtido após o consumo da dose habitual variável + testes de laboratório Abstinênciasíndromeas concentrações de uma substância no sangue ou nos tecidos diminuem em um indivíduo que manteve uso intenso prolongado tende a consumir a substância para aliviá-los variação de uma classe de substâncias para outra. INTOXICAÇÃO E ABSTINENCIA DE SUBSTANCIA síndrome reversível específica de determinada substância devido a sua recente ingestão Mudanças comportamentais ou psicológicas associadas à intoxicaçãopor causa dos efeitos fisiológicos da substância sobre o sistema nervoso central e desenvolvem-se durante ou logo após o uso da substância Sintomas não são atribuíveis a outra condição médica nem são mais bem explicados por outro transtorno mental Perturbações de percepção, vigília, atenção, pensamento, julgamento, comportamento psicomotor e comportamento interpessoal As agudas têm sinais e sintomas diferentes das crônicas Abstinência Alteração comportamental problemática específica a determinada substância + efeitos fisiológicos e cognitivos, devido a interrupção ou redução do uso intenso e prolongado da substância causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional Os sintomas não se devem a uma condição médica geral nem são mais bem explicados por outro transtorno mental. 1.1 ALCOOL EPIDEMIOLOGIA maiores problemas de saúde pública brasil e no mundo, é uma droga depressora 12% da população brasileira pesquisada, entre 12 anos e 65 anos, foi considerada dependente de álcool. ABSORÇÃO E METABOLISMO etanol é absorvido entre 10% a 30% no estômago e o restante no seu trajeto no intestino delgado cruzar a barreira hematoencefálica, a barreira placentária e as membranas celulares, promovendo seus efeitos citotóxicos Sistema nervoso central (SNC), liga-se a receptores de ácido gama aminobutírico (GABA)sedação a nível central + causa o bloqueio de receptores NMDA excitatórios de glutamato o rebaixamento sensorial, seu pico sérico atingido entre 30 min e 90 min após o consumo 90% do álcool absorvido é metabolizado oxidação no fígado pela enzima álcool desidrogenase (ADH) transforma o álcool em acetaldeído transformado em ácido acético pela enzima aldeído desidrogenase. RISCO Baixo Risco < 21 U por semana < 14 U por semana (Unidade alcoólica) Uso Nocivo 21 U – 50 U por semana 14 U – 35 U por semana Dependência > 50 U por semana > 35 U por semana INTOXICAÇÃO ALCOOLICA Critérios DSM 5 A Ingestão recente de álcool B Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas e problemáticas desenvolvidas durante ou logo após a ingestão de álcool C Um (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas, desenvolvidos durante ou logo após o uso de álcool: 1 Fala arrastada 2 Incoordenação 3 Instabilidade na marcha 4 Nistagmo. 5 Comprometimento da atenção ou da memória 6 Estupor ou coma D Os sintomas apresentados não são explicados por outras causas curso benigno e autolimitado, durando algumas horas e resolvendo-se por completo sem deixar quaisquer consequências físicas maiores Apresentação conforme a alcoolemia 20 - 30 mg/dL – Lentificação psicomotora, prejuízos da atenção 30 - 80 mg/dL – Prejuízos cognitivos mais intensos e piora no desempenho de marcha e coordenação motora, fala arrastada. 80 - 200 mg/dL – Incapacidade em manter a coordenação motora, labilidade afetiva, prejuízo cognitivo muito intenso, perda do juízo crítico. 200 - 300 mg/dL – Nistagmo, alteração do nível de consciência. > 300 mg/dL – Risco muito alto de lesões cerebrais permanentes e de morte Manejo clinico interromper o uso, manter o em um ambiente calmo, poucos estímulos ambientais, posicioná- lo em decúbito lateral - não haja broncoaspirações decorrentes de vômitos, observando o paciente por algumas horas síndrome de Wernicke-Korsakof quadro agudo de encefalopatia amnésia, confabulações (criação de falsas memórias), alucinações, oftalmoparesia, ataxia, confusão mental (tríade) emergência medica causa é por deficiência de tiamina e tratamento consiste na reposição dessa vitamina Pacientes agudamente intoxicados agitação psicomotora, agressividade ou com sintomas psicóticos agudos antipsicótico típico Haloperidol via intramuscular para controle dos sintomas. ABSTINENCIA ALCÓOLICA Síndrome de abstinência alcoólica (SAA)iniciar 6 horas depois do último consumo de álcool Critérios DMS 5 A Cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de álcool B Dois dos sintomas, desenvolvidos no período de algumas horas a alguns dias após a cessação (ou redução) do uso de álcool: 1 Hiperatividade autonômica (sudorese ou frequência cardíaca maior que 100bpm). 2 Tremor aumentado nas mãos. 3 Insônia. 4 Náusea ou vômitos. 5 Nistagmo. 6 Alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias. 7 Agitação psicomotora. 8 Ansiedade. 9 Convulsões tônico-clônicas generalizadas Delirium tremens (DT) complicação aguda surge entre o segundo e o terceiro dia após o início dos sintomas mortalidade de 5% a 25%, em pacientes idosos ou indivíduos com comorbidades clínicas ou psiquiátricas pode durar entre uma semana até dois meses é resolvido em cerca de 10 a 14 dias nos que recebem um tratamento adequado Tratamento “Nível I”, direcionado para o seu domicílio ou para um setor ambulatorial especializado sinais e sintomas são leves ou moderados, sem prejuízo da capacidade de crítica, sem sintomas psicóticos, bom suporte social e familiar, acesso à saúde quando necessário, sem de complicações clínicas ou comorbidades “Nível II”, encaminhados para a rede hospitalar Sinais e sintomas graves, perda do juízo crítico, sintomas psicóticos ou convulsões, suporte familiar e social não tem os cuidados adequados, complicações decorrentesdo uso de álcool e comorbidades clínicas ou psiquiátricas Medicamentosareposição de 300 mg ao dia de tiamina (B1), via parenteral, 7 a 14 dias, + ao uso de benzodiazepínicos de longa duração Casos leves e moderados, o Diazepam utilizado, entre 20 mg até 40 mg ao dia Uso do antipsicótico Haloperidol indicado na presença de agressividade, agitação psicomotora ou sintomas psicóticos alucinose alcoólica. DEPENDENCIA ALCÓOLOCA consome frequentemente a droga e sofre prejuízos funcionais se envolve em problemas interpessoais, conflitos conjugais, é incapaz de manter de forma adequada sua rotina e suas responsabilidades sociais, em decorrência do seu uso Tratamento fármacos que ajudem a reduzir a fissura em consumir a droga Psicoterapia individual, participação em grupos como os Alcoólicos Anônimos, atividades de terapia ocupacional e apoio social e familiar Condições psiquiátricasrelacionadas ao uso de álcool ou agravá-lo quadros depressivos, transtorno do humor bipolar, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, esquizofrenia, transtornos de personalidade transtorno psiquiátrico primárioo alvo principal do tratamento farmacológico. 1.2 NICOTINA EPIDEMIOLOGIA Dependência é uma das mais prevalentes no mundo Difundidas as informações sobre os malefícios do tabagismo Um bilhão de pessoas fumam regularmente no mundomais de 5 milhões de mortes de fumantes ativos e passivos mais de 200 mil no Brasil Brasil 10% da população estudada entre 12 anos e 65 anos é dependente de tabaco Tabagismo relacionado ao surgimento de mais de 50 outras doençasinúmeros tipos de neoplasias, doenças respiratórias crônicas e agudas, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral Abandono do tabagismo reduz significativamente o risco do desenvolvimento de câncer relacionado ao fumo, informação sempre transmitida para o paciente para encorajá-lo e motivá-lo. AÇÃO Substância psicoativa, que é inalada durante o fumo e atinge o sistema nervoso central em 15 segundos, com uma meia-vida de 2 horas ação agonista em receptores de acetilcolina nicotínicos, espalhados áreas do cérebro, ativando o centro de recompensa cerebral através da liberação de dopamina + causar a liberação de noradrenalina e endorfinas. INTOXICAÇÃO Grandes quantidades de nicotina são consumidas em um único dia, cerca de 60 mg Associação de um fumo pesado com dosagens extras de nicotina Sintomas taquicardia, hipertensão arterial, sudorese, tontura, tremores, sialorreia, dor abdominal e diarreia podem acontecer. ABSTINENCIA E DEPENDENCIA Surgem fumante pesado tenta reduzir consumo. Os sintomas tem início horas após a última tragada, atingindo auge dentro de um ou dois dias e podendo durar por vários meses Critérios DSM5 A Uso diário de tabaco durante um período de várias semanas B Cessação abrupta do uso de tabaco ou redução da quantidade de tabaco utilizada, seguida, no prazo de 24 horas, por quatro dos seguintes sinais ou sintomas: 1 Irritabilidade, frustração ou raiva. 2 Ansiedade. 3 Dificuldade de concentração. 4 Aumento do apetite. 5 Inquietação. 6 Humor deprimido. 7 Insônia. Poucos pacientes permanecem abstinentes para o resto de suas vidas, fumante faz inúmeras tentativas de abandono “definitivo” do tabagismo ao longo da vida. TRATAMENTO Psicoterapia “abordagem breve ou mínima” ou “PAAP” – Perguntar, Avaliar, Aconselhar e Preparar três minutos de atenção um único encontro, podendo ser aplicada por qualquer profissional de saúde “abordagem básica” “PAAPA” – Perguntar, Avaliar, Aconselhar, Preparar e Acompanhar: três e cinco minutosorientações para correta tentativa de abandono do tabagismo, elaboração de um planejamento e proposta de um acompanhamento clínico “Abordagem intensiva”identificar os fumantes realmente engajados em abandonar o tabagismo e ainda não tenham conseguido espontaneamente, encaminhando para programas ou ambulatórios especializados na atenção básica sessões de abordagem cognitivo- comportamental semanais, individuais ou coletivas, receber fármacos específicos para o abandono do tabagismo Farmacológico Minimizar os sintomas da síndrome de abstinência do cigarro Período de três meses, uso ser prolongado por mais tempo se ainda houver sintomas de abstinência ou alto risco de recaída SUS como primeira linha de tratamento: o antidepressivo atípico Bupropiona e a Terapia de Reposição de Nicotina (TRN), disponível sob as formas de adesivo transdérmico ou goma de mascar. 1.3 COCAÍNA DEFINIÇÃO princípio ativo extraído das folhas Erythroxylon coca, uso medicinal ou em cerimônias religiosas e espirituais acontece há séculos por povos nativos ao longo todo o continente americano. Droga estimulante folha pasta base sal de cocaína (cloridrato de cocaína), merla, crack e oxi. EPIDEMIOLOGIA Brasil, a cocaína é a segunda substância ilícita mais utilizada Mundo mais de 18 milhões de pessoas entre 15 e 64 anospredomínio nas Américas e na Europa (Ocidental e Central) Produção Colômbia, Bolívia e Peru como os maiores produtores consumo na América do Sul maior no brasil Grupo etário entre 12 e 65 anos, mais de 4,68 milhões usaram cocaína durante a vida maior prevalência em homens (5%) do que em mulheres (1,3%) menor escolaridade e menor renda que vivem em centros urbanos Fatores ambientais e genéticos fatores socioculturais e econômicos, manutenção do uso e recaída aprendizagem e o condicionamento experiência prazerosa, gerados pelas cocaínas fumada e intravenosa, reforçam o comportamento anterior de consumir drogas reforço positivo dependência Usuários de cocaína apresentam duas vezes mais sintomas depressivos e ansiosos quando comparados aos não usuários, além de maior risco de suicídio. AÇÃO/EFEITO Quando fumada bsorvida pelas vias aéreas, início de ação praticamente imediato, efeitos euforizantes duram entre cinco minutos e 10 minutos Cheirada ou ingeridaseu início de ação em até 30 minutos, com seus efeitos durando até 3 horas. Estimulante do SNC e do sistema nervoso periféricobloqueio pré-sináptico da recaptação das monoaminas (dopamina, serotonina e noradrenalina) aumento da transmissão monoaminérgicamaior atividade, da dopamina no circuito de recompensa cerebral (circuito mesolímbico cortical)responsável pelos efeitos psicológicos prazerosos e euforizantes da cocaína. INTOXICAÇÃO Estarão “estimulados”agitados, falantes, desinibidos social ou sexualmente, eufóricos ou irritados, com taquicardia, aumento da pressão arterial e temperatura, suando, com tremores e a pupila dilatada morte Critérios DSM 5 A Uso recente de uma substância tipo anfetamina, cocaína ou outro estimulante B Alterações comportamentais ou psicológicas C Dois dos sinais ou sintomas: 1 Taquicardia ou bradicardia 2 Dilatação pupilar 3 Pressão arterial elevada ou diminuída 4 Transpiração ou calafrios 5 Náusea ou vômito 6 Evidências de perda de peso 7 Agitação ou retardo psicomotor 8 Fraqueza muscular, depressão respiratória, dor torácica ou arritmias cardíacas 9 Confusão, convulsões, discinesias, distonias ou coma Tratamento intoxicação Manejo ambiental, paciente em local calmo e seguro agitação, ansiedade intensa ou agressividade uso de benzodiazepínicos reduzindo a ativação autonômica que causa a hipertensão e a taquicardia Alucinações ou delírios, o uso antipsicótico, o Haloperidol. ABSTINENCIA E DEPENDENCIA Surgir horas após o último uso em usuários pesados, atingindo um ápice em dois até quatro dias, com duração de semanas até vários meses Critérios DSM 5 A Cessação (ou redução) do uso prolongado de substância tipo anfetamina, cocaína ou outro estimulante B Humor disfórico e duas (ou mais) das seguintes alterações: 1 Fadiga. 2 Sonhos vívidos e desagradáveis. 3 Insônia ou hipersonia. 4 Aumento do apetite. 5 Retardo ou agitação psicomotora Tratamento abstinência e dependência Medidas ambientais repouso, alimentação e hidratação, manter o paciente perto de seu núcleo familiar ou de apoio para ser monitorado e incentivado Psicoterapia individual ou a participação em grupos de ajuda mútua, como o Narcóticos Anônimos (NA) Sintomas de ansiedade ou insônia, o uso benzodiazepínico nas primeiras semanas Não há nenhuma medicação, até hoje, aprovada para o tratamento de manutenção da abstinência de estimulantes. 1.4 OPIÓIDES EPIDEMIOLOGIA Estimado 15-20 milhões dependentes ao redor do mundo Heroína 75% EUA e Canadá América do sul brasil maior consumidor legal e ilegal venda aumentada em 150%, droga depressora. CLASSIFICAÇÃO Opiáceos NATURAIS, extraídos diretamente do ópio: Ópio Morfina Cadeína Tebaína Opioides SEMISSINTÉTICOS, que são parcialmente modificados: Heroína Oxicodona Hidroxicodona Oximoforna Hidroximorfona Opioides SINTÉTICOS: Metadona Meperidina Petidina Fentanil Tramadol Receptores opioides Mu (m) –analgesia, sedação, depressão respiratória e constipação Kappa (k) –analgesia, sedação, alterações no humor. Delta (s) –analgesia e alterações no humor. Épsilon (e) –produz sedação. EFEITOS A heroína é a mais utilizadacausar rápida dependência física e psicológica podendo ser cheirada, fumada, injetada atingindo o sistema nervoso central fumada, seus efeitos iniciam-se em poucos minutos injetada, início de ação quase dentro de segundos sensação de uma euforia inicial Opioides são “ativadores” e euforizantes em baixas dosagens, com duração de meia hora + sinais e sintomas de depressão das funções neurológicas e sedativos em dosagens maiores. INTOXICAÇÃO tríade depressão respiratória, rebaixamento do nível de consciência ou coma e miose Critérios DSM5 A Uso recente de um opioides B Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas e problemáticas C Miose e um (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas Torpor ou coma + Fala arrastada + 3 Prejuízo na atenção ou na memória MANEJO CLINICO ambiente hospitalar, rápido estabelecimento de medidas de suporte à vida e uso do antídoto específico Naloxona antagonista dos receptores opioides que age revertendo os sintomas de intoxicação opioides reverter a depressão respiratória e a sedação A ausência de miose ou a falta de resposta clínica quando se administra Naloxona são indicativoscausado por drogas depressoras do SNC, não opioides. ABSTINENCIA E DEPENDENCIA início de seis horas a 18 horas após o último consumo da substância, auge no segundo ou terceiro dia duração pode variar de 10 a 15 dias caso o tratamento empregado seja correto, mas, em casos graves, pode por vários meses Critérios dependência DSM-5 A Presença de qualquer um dos seguintes: 1 Cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de opioides. 2 Administração de um antagonista de opioides após um período de uso de opioides. B Três (ou mais) dos seguintes sintomas: 1 Humor disfórico. 2 Náusea ou vômito. 3 Dores musculares. 4 Lacrimejamento ou rinorreia. 5 Midríase, piloereção ou sudorese. 6 Diarreia. 7 Bocejos. 8 Febre. 9 Insônia. Tratadas Metadona, opioide sintético, na dosagem diária entre 20 mg e 120 mg estabilização clínica, reduzida lentamente Clonidina, um agonista adrenérgico, útil redução da intensidade dos sintomas da abstinência Não ocorre rinorreia, lacrimejamento ocular e midríase nas demais abstinências por drogas depressoras do SNC. 1.5 MACONHA EPIDEMIOLOGIA Droga ilegal mais usada em todo o mundo – DROGA perturbadora Brasil, não existe um comércio legalizado da droga 4% a 5% das pessoas façam uso durante a vida, obtendo-a em folhas e flores da planta Cannabis sativa, Cannabis indica Ingerida por via oral quando misturada em alimentos, como bolos, ou fumada em cigarros ou cachimbos maconha possui centenas de canabinóideso delta 9 tetra-hidrocanabinol (THC) principal princípio ativo, responsável por suas propriedades psicoativas e alucinógenas. INTOXICAÇÃO Causar distorções perceptivas, alucinações auditivas e visuais, desconfianças, delírios. Ao ser fumada, causa um efeito de desinibição do comportamentousuário a uma sensação de euforia com seu ápice acontecendo entre 30 e 60 minutos após o fumo CRITÉRIOS DSM 5 A Uso recente de Cannabis B Alterações comportamentais ou psicológicas C Dois (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas, desenvolvidos no período de duas horas após o uso de Cannabis: 1 Conjuntivas hiperemiadas. 2 Apetite aumentado. 3 Boca seca. 4 Taquicardia. não é responsável por quadros graves de intoxicação ou overdose receptores CB encontrados nos núcleos da base, no cerebelo, nos hipocampospouco presentes no tronco encefálico justifica a ausência de depressão respiratória ou cardíaca após seu consumo Quadro autolimitado que envolve baixa gravidade manejo clínicoabordagem comportamental, manter o paciente em um local calmo e seguro e Propranolol para pct agudamente intoxicados, por melhorar a ansiedade, reduzir a taquicardia e a pressão arterial e também melhorar a hiperemia conjuntival Benzodiapínicos pacientes agitados ou pouco colaborativos. ABSTINENCIA E DEPENDENCIA sintomas psicológicos, leves ou moderados e autolimitados se iniciam em até três dias após a parada do consumo e duram por até quatro semanas nos usuários mais intensos Critérios DSM 5 A Cessação do uso pesado e prolongado de Cannabis. B Três (ou mais) dos seguintes sinais e sintomas: 1 Irritabilidade, raiva ou agressividade 2 Nervosismo ou ansiedade 3 Dificuldade em dormir 4 Apetite reduzido ou perda de peso 5 Inquietação 6 Humor deprimido 7 Pelo menos um dos seguintes sintomas físicos causa desconforto significativo: dor abdominal, tremor, sudorese, febre, calafrios ou cefaleia. Tratamento Mudança de estilo de vida, suporte familiar, adesão a métodos psicoterápicos e participação em grupos de ajuda mútua, como o Narcóticos Anônimos Dronabinol, que, em 2006, foi liberado para uso no mercado norte-americano (não disponível no Brasil) canabinóide sintético agonista do receptor CB. 1.6 CRACK DEFINIÇÃO uma droga semissintética fabricação caseira a partir da pasta base de cocaína misturada a bicarbonato de sódio, tornando-se uma massa de coloração amarelada É comercializado em pequenas pedras, que, ao serem fumadas, produzem um som de quebra, um “crack” Inalação de crack induzir variedade de sintomas pulmonares agudos, como edema pulmonar, hemorragia, pneumonite, infiltrados. ABSTINENCIA Droga com curta meia-vida e que causa um início rápido da síndrome de abstinência Fases da evolução “fissura do crack” “CRASH” Ansiedade, tristeza, desconfiança, paranoia, fissura intensaInício cerca de 30 minutos após o último uso. Duração de até quatro dias Síndrome Disfórica Tardia Alterações do sono, irritabilidade, fissura Início após o fim do “crash”, podendo durar até um mês Fase de Extinção Alterações do humor melhoram, fissura diminui Duração de meses ou anos. 2. POLITICAS PÚBLICAS 2.1 CAPS AD DEFINIÇÃO Centro de atenção psicossocial Serviços de saúde de caráter aberto e comunitário voltados aos atendimentos depessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental, com necessidades decorrentes do uso de substâncias, que se encontram em situações de crise ou em processos de reabilitação psicossocial Equipes multiprofissionaisintervenções e estratégias de acolhimento psicoterapia, seguimento clínico em psiquiatria, terapia ocupacional, reabilitação neuropsicológica, oficinas terapêuticas, medicação assistida, atendimentos familiares e domiciliares Caps AD: Álcool e Drogas: Atendimento a todas faixas etárias, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes Caps AD III: Álcool e Drogas: Atendimento com de 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e observação; funcionamento 24h, mas com acolhimento das 8h às 22h de segunda a sexta e de 8h às 19h aos finais de semana e feriado; todas faixas etárias; atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes. Caps AD IV: Atendimento a pessoas com quadros graves e intenso sofrimento decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Sua implantação deve ser planejada junto a cenas de uso em municípios com mais de 500.000 habitantes e capitais de estado. Objetivos atender pessoas de todas as faixas etárias; proporcionar serviços de atenção contínua, com funcionamento 24h, incluindo feriados e fins de semana; e ofertar assistência a urgências e emergências, contando com leitos de observação. 2.2 CRITÉRIOS DE URGENCIA E INTERNAÇÃO CRITÉRIOS DE URGENCIA CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO três tipos de internaçãoempregados no tratamento de um dependente químico: internação voluntária, involuntária e compulsória são reguladas pela Lei Federal 10.216/2001. Internação voluntária reconhecer sua situação momento da internação, ele precisa assinar um documento declarando que optou por essa forma de tratamentointernação deve ser autorizada por um médico devidamente credenciado (CRM) do Estado em que o procedimento ocorrerá. A alta ocorrerá por solicitação do paciente ou por determinação médica Internação involuntária mediante o pedido de uma terceira pessoa, sem o consentimento do paciente. Ela é uma alternativa em caso de risco à saúde do dependente e de outros à sua volta. O procedimento também deve ser autorizado por um médico credenciado. Ele precisa ser comunicado ao Ministério Público Estadual pela instituição que realizar a internação, tanto na entrada quanto na saída do paciente. A alta poderá ocorrer por solicitação do responsável legal pelo paciente ou por determinação médica Internação compulsória determinada por uma ordem judicial. Ela é a última alternativa para o tratamento de um dependente químico e ocorre quando não há familiar que se responsabilize por ele.A determinação da internação compulsória é feita com base em laudos médicos. Eles atestam que o paciente oferece risco à sua própria saúde ou à das pessoas de seu círculo. Esses documentos também informam que todas as outras tentativas de tratar o paciente falharam.A liberação do paciente só pode ocorrer quando outra decisão judicial determinar a alta do paciente. Esse procedimento também precisa ser embasado em laudos médicos que atestem sua recuperação e recomendem sua reinserção social https://www.youtube.com/watch?v=h8wDWQVoK0M https://www.youtube.com/watch?v=h8wDWQVoK0M
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