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Instabilidade postural e quedas em idosos

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Instabilidade postural e
quedas em idosos
● Caso clínico:
- Dona Maria, 85 anos, doença de Parkinson, com déficit
cognitivo, instabilidade postural e síndrome de fragilidade.
- Várias quedas por desequilíbrio ou tropeço.
- Condutas:
> Exercício físico com foco em equilíbrio
> Suporte nutricional adequado → para que ela não perca
mais massa muscular
> Reavaliar prescrição frequentemente para saber se as
quedas são decorrentes do Parkinson ou da fragilidade.
- OBS: É preciso individualizar cada caso
> Ex: Um idoso que caiu pois estava na academia é diferente de
um idoso que caiu porque foi se levantar e ir ao banheiro.
● Introdução:
- QUEDA: Deslocamento não intencional do corpo para um
nível inferior à posição inicial, com incapacidade de correção
em tempo hábil, provocada por circunstâncias multifatoriais,
resultando ou não em dano.
> Obs: Logo um queda de paraquedas por ex, não seria
uma queda
> Obs: Se eu estava em pé, e cai sentado em uma
cadeira, é uma queda → nem toda queda é
necessariamente ao chão.
- EPIDEMIOLOGIA:
> É um evento muito comum
● 10,7 - 59,3% dos idosos caem pelo menos 1x/ano
> É um evento devastador → Sequelas graves: físicas,
psicológicas e sociais
> É um evento oneroso → Gera internamente prejuízo
funcional
> Domicílio: Ambiente mais comum de quedas no Brasil
> Períodos: Manhã e tarde são os mais comuns
> Circunstâncias mais comuns: Tropeço, escorregão e
desnível
● Fatores de risco: PROVA!!!!!
- O que leva o idoso a cair?
- Existem os fatores de risco intrínsecos (dentro da pessoa)
e extrínsecos (do meio)
> OBS: Polifarmácia é fator intrínseco
> OBS: Medicamentos na "farmácia de casa" → extrínseco
- FATORES INTRÍNSECOS:
> Alterações fisiológicas do envelhecimento, mesmo que seja
normal, já é algo ruim, no sentido de predispor a cair
● Velocidade de marcha reduzida fisiologicamente
● Lentificação dos reflexos posturais → de modo que
um estímulo que faz com que um jovem não caia, o
idoso pode cair
● Redução da visão periférica, contraste e profundidade
→ Ex: Fitas antiderrapantes nos degraus, além de serem
usadas para indicar um declívio
● Diminuição do balanço dos braços → dificulta mais o
equilíbrio
● Presbiacusia → Idoso tende a ter dificuldade de
audição, principalmente sons agudos. Isso também
prejudica o labirinto (VPPB)
● Múltiplos déficits sensoriais → Visão, audição, tato
● Causas agudas → Dor, sepse, AVC, IAM, hipoglicemia,
convulsão…
● Doenças crônicas → Demência, DPOC, Insuficiência
cardíaca, Doença renal crônica, cirrose..
● Medicamentos → Anti-HAS, anti-DM, benzodiazepínicos
(PROVA!!), antipsicóticos…
● SÍNDROME PÓS-QUEDA PROVAAA! → Medo de
cair novamente. O idoso passa a não se levantar mais
como fazia, e passa a não andar mais como andava
→ sai do automático, predispõe a queda
- FATORES EXTRÍNSECOS:
> De atividades:
● Ex: Idoso gosta de pescar, e caiu durante a pescaria →
não se deve proibir de pescar, pois o idoso perde a
autonomia → Então a solução é supervisionar, e tornar a
atividade o mais segura possível
> Ambientais:
● Calçados:
- Vilões: (sandália sai do pé, enrola e idoso topa)
Sola flácida e sem estabilidade no calcanhar
- Mocinhos: Sola rígida, antiderrapante e com
estabilidade no calcanhar
● Tapetes soltos → deve retirar
● Distribuição dos móveis → Evitar necessidade de
desviar ou andar de lado
● Objetos que obrigam desvio (ex: fio solto) → retirar
● Animais domésticos → Melhor definir área de acesso
ou distinguir da cor do piso (ex: poodle branco se
confunde com o piso)
● Escadas sem iluminação ou sem corrimão →
Recomenda-se boa iluminação, corrimão em toda a
extensão, estratégia antiderrapante/ sinalizadora de
profundidade
LIA DE OLIVEIRA JEREISSATI
● Consequências das quedas
- Fraturas
- Hematoma subdural
- Dor persistente
- Hospitalizações e institucionalizações
- Síndrome de imobilidade:
● É um conjunto de alterações que ocorrem no indivíduo
acamado por um longo período
● Idoso acamado, não fala, se alimenta por sonda, usa
fralda, tem contraturas e não consegue esticar direito
os membros
● Uma queda, por qualquer motivo que seja pode levar a
síndrome de imobilidade → pois depois tem a síndrome
pós-queda, e fica cada vez mais restrita ao leito → se
movimenta menos → pode levar a depressão…
- Óbito
- Síndrome pós-queda:
● Restrição de atividades
● Mudanças no padrão da marcha e do equilíbrio
● Sintomas depressivos associados
● Associado à quantidade de tempo no chão
- Então faz diferença o idoso cair e já se
levantar, e o idoso cair e ficar lá
- Então uma das estratégias usadas é ensinar o
idoso a se levantar caso ele caia.
● Consultando um idoso que caiu:
- A consulta: seguir roteiro normal
> Anamnese
> Avaliação geriátrica ampla (AGA) → Envolve MEEM,
teste do relógio, Fluência verbal, Time up and go…
> Exame físico
> Lista de problemas
> Plano terapêutico
- Objetivo da anamnese: conseguir a cena da queda
> Como? Quando? Onde? Quanto tempo ficou no chão?
Precisou de ajuda para levantar? Quais os fatores de risco
intrínsecos e extrínsecos associados? Quais as
consequências? Um jovem saudável cairia na mesma
situação?
- AGA básica:
● MEEM, Teste do relógio e Fluência verbal → avalia
cognição e humor
● AIVDs e ABVDs → Avalia capacidade funcional
● Time up and go → Avalia o risco de quedas
● Mini avaliação nutricional (MAN) → Avalia o risco
nutricional
- Exame físico direcionado:
> Cardiovascular:
● PA (hipotensão postural), FC, ritmo
# Hipotensão postural é avaliada sentada e em pé
● Obs: A partir de 80 anos pode-se encontrar o
sinal de Osler → Tal manobra consiste em inflar o
manguito até que ultrapasse a pressão sistólica. Caso a
artéria braquial ou radial do membro em que está sendo
insuflado o manguito permaneça palpável, considera-se
Osler positivo. → A pressão que você mede não é a
sanguínea, mas sim a pressão da parede, por conta da
calcificação da camada média da artéria → E a
hipotensão postural é que avalia isso
> Neurológico
● Checar força, sensibilidade e marcha
> Pés descalços
> Lesões pós-queda
- Exames complementares:
> Não existe lista pré-definida: vão ser realizados de
acordo com exame clínico
> A ideia é investigar causas e consequências da queda
● Intervenções e prevenção:
- Identificação precoce do risco de queda → TUG
# Time up and go: pode usar órtese, percorrer 3 metros
em no máximo 20 segundos
- Manejo adequado dos medicamentos
- Minimizar fatores de risco ambientais e supervisionar
atividades de risco
- Tratar patologias de base e déficits sensoriais
- Reduzir lesões:
> Saber cair e saber levantar.
> Se ficar no chão, chamar ajuda facilmente
- Bengala, andador → caso necessite de apoio
- Banho de sol diário
> Repor vitamina D se necessário
> Obs: Superdosagens de vit D aumentam quedas
- Reabilitação com equipe interdisciplinar
- Exercício físico:
> Ideal é MIX de modalidades
● Ex: pilates + Dança + Musculação
LIA DE OLIVEIRA JEREISSATI

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