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Resenha Crítica do filme O Milagre de Anne Sullivan (Quérem H de F Rodrigues)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
QUÉREM HAPUQUE DE FREITAS RODRIGUES
RESENHA CRÍTICA: O Milagre de Anne Sullivan
MACEIÓ/AL
2023/1
A problemática tratada no decorrer do texto tem como base principal o filme O Milagre de Anne Sullivan, que discorre sobre uma criança de família abastada do estado do Alabama (EUA) no final do século XIX. A obra cinematográfica aborda vários temas, mas nos ateremos aos métodos de ensino aptos e utilizados em crianças com deficiência visual, auditiva e fala, em uma época em que o mais comum era que uma família se desfizesse de um parente doente, deixando-os em instituições de saúde, que sob um valor pecuniário se responsabilizavam em tratá-los. 
O filme traz o relato da infância de Helen Keller, que após uma doença quando ainda era um bebê foi diagnosticada com deficiência audiovisual. Sua família, por não entender como passou a ser seu mundo e por não conseguirem se comunicar, a criaram livremente, sem regras a serem seguidas e obedecidas, dado que acreditavam ser mais fácil fazer suas vontades e recompensá-la.
Há de se imaginar a frustração e o medo que por causa de uma doença que traz como consequência a extinção dos sentidos de visão e audição, deixando apenas a escuridão e o silêncio como companhia, a criança, por não compreender essa existência, sentia-se sempre sozinha, alheia a um plano de sons e luz. Então, se um adulto se enfurece com tais circunstâncias, como seria para um bebê em formação essa falta de sentidos? O acostumar-se a que seus anseios e desejos não fossem atendidos por não conseguir comunicar-se?
Para responder tais perguntas, só nos resta nos colocarmos em seu lugar e fazer uma pequena experiência, onde ao ficarmos privados dos sentidos da visão e audição, o resultado é que encontramos somente uma sensação de vazio, de estar em lugar nenhum e um silêncio angustiante. Assim, não é estranho que a menina Keller tivesse a propensão ao selvagerismo, pois em seu universo de quietude e trevas, ela não tinha como interagir com o seu meio. Aprova de que nós, seres humanos, precisamos interagir é o pensamento de Aristóteles (2000) que diz que o homem é um ser social, porque está sempre em busca de novos elementos que expandam nossa forma de comunicação.
Dialogando com o texto de Marilena Chauí (2013, p. 155), há uma passagem em que Jean Jacques Rousseau diz que “a linguagem nasce de uma profunda necessidade de comunicação”, ou seja, no momento em que dois indivíduos se reconhecem como seres sensíveis, pensantes e semelhantes entre si, nasce a necessidade de buscar os meios para comunicar esses sentimentos e pensamentos.
Desse modo, entendemos que nos primeiros anos, após o diagnóstico, seus instintos se tornaram muito apurados, pois ao não conseguir se escutar ou ver as expressões dos que estavam ao seu redor, sua fala foi comprometida, criando assim, o hábito de fazer birras para conseguir que seus desejos fossem atendidos.
No livro Introdução à Filosofia, de Marilena Chauí (2013, p. 159), é dito que compartilhamos os instintos e os hábitos com os animais, pois quando temos fome, nosso instinto nos faz automaticamente ir em busca de comida, enquanto que o hábito é um ato adquirido através da constância de nossas ações. Um exemplo de hábito é que quem aprende a patinar ou nadar, realiza os gestos necessários de forma mecânica depois de os adquirir.
A falta de conhecimento por parte dos pais da menina para educá-la e compreendê-la, os faz ir em busca de pessoas capacitadas para a ensinar seu lugar no mundo. A pessoa enviada para assumir o encargo, foi a professora, parcialmente cega, Anne Sullivan, que podia se relacionar com a menina porque na infância sofreu das mesmas frustrações, considerando que era cega.
Para ensinar a criança os meandros da comunicação, a educadora utilizou-se do recurso da exploração de um dos cinco sentidos, o tato, para desenvolver a cognição ao associar o significado ao significante, onde com uma mão sentia a água escorrer e com a outra mão a tutora soletrava a palavra água várias vezes para que sua pupila a compreendesse. Esse recurso pedagógico de valer-se dos gestos com as mãos foi utilizado para ensinar a criança o alfabeto e varias sequências de palavras que ambas usavam entre si para se expressar. 
Era uma criança inteligente, pois após esse primeiro contato com a linguagem de gestos, seu universo sensorial se expandiu e, assim, adquiriu o hábito de tocar e encostar-se em tudo, sempre perguntando o que era aquilo em que estava tocando. Tal deslumbramento com o conhecimento adquirido a fez pedir a sua tutora que a ensinasse outros modos de comunicação, pois a necessidade de saber o que mais o mundo tinha a oferecer lhe deu a garra necessária no estudo da leitura e escrita pelo sistema Braille e, eventualmente, a capacidade de voltar a falar.
Com esse entendimento, acreditamos que houve grande empolgação, estímulo e desejo de ambas as partes quanto ao desenvolvimento de Helen em seu aprendizado, visto que a linguagem, independente do tipo, é importante para o desenvolvimento do ser humano, proporcionando-lhe, assim, autonomia e facilidade na comunicação e socialização com o mundo.
REFERÊNCIAS
«O Milagre de Anne Sullivan». Brasil: YouTube. Consultado em 24 de março de 2023
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia: ensino médio, volume único. 2a ed. São Paulo: Ática, 2013.
PETRI, Maria José Constantino. Manual de Linguagem Jurídica. 3a ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2017.

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