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1 Essa proteína, sintetizada pelo fígado sob a ação de citoquinas proinflamatórias, é liberada no sangue num estado muito precoce da reação inflamatória (menos de 24 horas). Ela aumenta então no soro, para retornar à concentração normal com o fim da inflamação. OBJETIVOS DA DOSAGEM Procurar uma inflamação aguda; Distinguir infecção bacteriana de infecção viral; Avaliar o risco cardiovascular. CLÍNICA INFLAMAÇÕES A elevação da PCR acima de 10 mg/L é sintoma de inflamação, qualquer que seja a causa. Ela pode ser multiplicada por 30 em certas reações inflamatórias (Horton); É um marcador muito sensível, permitindo acompanhar bem de perto a evolução de um estado inflamatório e o primeiro a normalizar quando a reação inflamatória termina; A PCR aumenta mais em caso de infecção bacteriana (N × 10) do que em viral (N × 3). Isto é particularmente verdadeiro para meningites; A dosagem da PCR permite distinguir infecção urinária alta (PCR elevada) de infecção urinária baixa (PCR pouco aumentada); Em caso de suspeita de pielonefrite aguda na criança (afecção frequente), admite-se que uma PCR normal deve fazer questionar o diagnóstico e diferenciar ou modificar a antibioticoterapia probabilista; Na criança febril, uma PCR > 80 mg/L é indicativa de infecção severa; A PCR se eleva pouco durante crises do lúpus sistêmico, exceto em caso de infecção concomitante ou de localização pleuropulmonar; Nos cânceres, uma concentração elevada de PCR, constatada fora de infecção, é considerada mau prognóstico; A PCR não está implicada na velocidade de sedimentação das hemácias; Uma velocidade de sedimentação muito elevada associada à PCR normal deve iniciar a pesquisa por mieloma. DOENÇAS CARDIOVASCULARES A PCR está presente nas placas de ateroma, ligada ao colesterol LDL. Assim, fora de crises inflamatórias, a concentração de PCR se transformou num indicador de risco cardiovascular que a utilização de dosagens ultrassensíveis (“CRPus” ou “hsCRP”, em língua inglesa) permite apreciar. O risco de desenvolver uma doença cardiovascular seria fraco para uma CRPus inferior a 1 mg/L, moderado para uma CRP compreendida entre 1 e 3 mg, elevado se a c-reativa, proteina pcr EXAMES LABORATORIAIS resumo 2 CRPus ultrapassar 3 mg/L, sobretudo se, conjuntamente, o LDL-colesterol estiver elevado; No obeso, parece existir uma correlação entre a elevação da CRPus e o risco de diabetes melito de tipo 2.
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