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Aula 04: A arte cristã primitiva e bizantina
Texto III: GOMBRICH, Ernest H. A história da arte. Rio de Janeiro, LTC, 1999, pp. 
133- 141.
História da Arte
André Oliva Teixeira Mendes
Victor Callari
Roma e o cristianismo
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Até o governo do imperador Constantino, mostrava-se 
impossível a criação de espaços públicos de culto 
cristão
-Foi com ele que a capital do Império Romano foi transferida para 
Bizâncio, conhecida a partir de então como Constantinopla;
-Reconhecia-se assim a importância econômica e estratégica das 
províncias do leste.
Nova capital simbolizava o surgimento de nova base cristã no 
Império, uma vez que se localizava no coração da região mais 
completamente cristianizada
Em 311 a Igreja foi institucionalizada e transformada em poder 
do Estado, e sua relação com a arte passou a ser outra
-Com a assinatura do Édito de Milão (313), o Império Romano 
seria neutro em relação à crença religiosa das províncias do leste
Cristianismo foi ganhando 
popularidade entre as 
camadas mais baixas da 
sociedade romana
André Oliva Teixeira Mendes
Arte Cristã Primitiva (Paleocristã):
Remete ao período anterior à 
separação da Igreja (entre séc. II e V)
Arte Bizantina:
Refere-se, mais que a um espaço 
geográfico, a um estilo de se fazer arte
André Oliva Teixeira Mendes
1ª manifestação de um estilo 
próprio cristão foram 
pinturas murais em 
catacumbas
André Oliva Teixeira Mendes
Arte tumular
-Para proteção, escondiam seus símbolos junto a manifestações 
pagãs, comuns na época (ex: Ichthys);
-Âncora, Tridente e Mastro de Navio foram utilizados como 
forma de disfarçar a representação da Cruz;
-Imagens gravadas nas catacumbas expressam ideia de uma 
vida eterna no paraíso;
-Trata-se de um lugar de culto e refúgio para cristão;
-Uso de referências romanas pré-cristãs, como a 
compartimentação, mas transmitindo significado original e 
simbólico;
- Caso da Catacumba de São Pedro e São Marcelino tornou-se o 
mais famoso.
André Oliva Teixeira Mendes
Pictogramas cristãos representando Jesus. Catacumba de São Sebastião, Roma.
Utilizado para marcar a existência 
de catacumbas
Ichthys ou Ichthus (peixe)
Cruz “disfarçada”
(...) a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até o 
interior do véu; aonde Jesus, como precursor, entrou por nós, feito sacerdote 
para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. (Hebreus 6: 19-20)
Pictogramas cristãos representando Jesus. Catacumba de São Sebastião, Roma.
Utilizado para marcar a existência 
de catacumbas
Ichthys ou Ichthus (peixe)
Disse-lhes: Vinde após mim, e eu 
vos farei pescadores de homens 
(Mateus 4:19)
Pictogramas cristãos representando Jesus. Catacumba de São Sebastião, Roma.
Utilizado para marcar a existência 
de catacumbas
Cristograma
Catacumba de São Pedro e São Marcelino. Roma (séc. IV).
Catacumbas cristãs
//upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e7/Wilpert_060.jpg
//upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e7/Wilpert_060.jpg
Teto pintado. Catacumba de São Pedro e São Marcelino.
Sugere cúpula celeste, com círculo central ligado aos círculos externos 
(com a vida de Jonas) formando uma cruz
Apesar de possível origem grega, o pastor com a 
ovelha sugere a imagem do “bom pastor”
Eu sou o Bom Pastor, o Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas 
(João 10:11)
Museu do Vaticano , mármore (s/d).
Círculo com símbolo da “vida eterna”
Cristograma
Apesar de uma origem 
incerta (alguns atribuem a 
uma visão do imperador 
Constantino), símbolo 
tornou-se popular no séc. V.
André Oliva Teixeira Mendes
Christos, em grego (ΧΡΙΣΤΟΣ)
Os templos
-Com o Edito de Milão, Constantino apoiou o surgimento de 
templos em Roma, Milão e Ravena;
-Até então culto era feito às escondidas, nas casas dos membros 
mais ricos;
-Culto passou a ser interno, agregando fiéis e possibilitando 
padre no altar;
-Utilização de amplos salões, conhecidos por basílicas (“pórtico 
real”), dando novo status à nova religião;
-Por representar a casa de Deus, entrada passou a ser feita por 
uma das extremidades, geralmente voltadas para oeste 
(caminha-se das trevas à luz);
-Espaço semicircular (ou abside), oposto à porta, tornou-se o 
altar-mor.
André Oliva Teixeira Mendes
San Giovanni in Laterano, Roma.
Basílica cristã primitiva
Nave central
Naves laterais
Clerestório Transcepto
Basílica da Natividade
Belém, na Palestina (326).
André Oliva Teixeira Mendes
Basílica de Santo Apolinário
Ravena-Itália (533 – 549).
Com exceção do campanário circular, muitas características lembram os edifícios pagãos.
Nessa nova construção, 
colunas que separam a nave 
central das alas eram 
ricamente ornadas
André Oliva Teixeira Mendes
Vista da nave central.
Contraste entre o exterior simples, de tijolos (apenas 
invólucro), e a explosão de cores e materiais do interior
Mosaicos em vidro 
apresentam cores brilhantes, 
mas uma variação menor de 
tons, impossibilitando a 
reprodução de pinturas
André Oliva Teixeira Mendes
Altar- mor.
Mosaico interno. Ravena, Itália (533- 49).
Comum o uso de 
símbolos da fé cristã, 
como a cruz, que se abre 
para o céu estrelado 
onde Cristo reside
Igreja da Natividade
Piso em mosaico. Belém.
-Técnica com função decorativa , 
surgiu na Mesopotâmia;
-Afrescos foram sendo deixados de 
lado;
-Arte consiste em embutir pequenas 
peças denominadas Tesselas;
-Substituição do mármore pelo 
vidro permitiu variação de cores 
mais intensa.
Motivos romanos
A Partida de Lot e Abraão (Sodoma e 
Palestina). Roma (ca. 430).
Igreja de Santa 
Maria Maggiore
Geralmente representam 
cenas do Antigo e Novo 
Testamentos, servindo como 
Bíblia ilustrada
Natividade.
A Bíblia em formato de livro
-Bíblias ilustradas eram usadas nos cultos nas igrejas e para 
devoção dos fiéis;
-Antigo formato em rolo (papiro) não servia para a preservação 
dos desenhos, cuja tinta rachava, além do próprio suporte;
-Durante período helenístico, papiro foi substituído por um 
suporte mais resistente: o pergaminho ou velino (couro de 
animal fino e alvejado);
-Tal material permitiu a confecção do livro encadernado, 
tecnicamente conhecido por códice;
-Surgimento de grande volume de ilustrações (ou iluminuras) 
tornando-se a contraparte menor dos mosaicos, murais e painéis.
André Oliva Teixeira Mendes
Capa de Códice Bizantino. Ouro, Prata, Pérolas, 
Safiras e Rubis.
Biblioteca do Vaticano, Roma (séc. VI).
Encadernações feitas 
em madeira e decorados 
com metal e pedras preciosas
Folio 12 do Gênesis de Viena. “A vida de 
Jacó”. Biblioteca Nacional, Viena (séc. V).
Todo escrito em prata sobre 
velino de cor púrpura
André Oliva Teixeira Mendes
Detalhe.
Cena em “U” (narrativa contínua) remete a uma progressão 
espacial como reflexo de uma progressão temporal
Cristo frente a Pilato. Codex Purpureus 
Rossanensis, . Museu Diocesano, Rossano 
(séc. VI).
Para evitar estigma de 
idolatria, escultura religiosa 
seguiu caminho 
antimonumental 
André Oliva Teixeira Mendes
Sarcófago de Junius Bassu. Museu da Basílica de São Pedro, Vaticano. Mármore, 1,18 x 2,44m (ca. 359).
Esculturas
Descoberto em 1597
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Cristo representadojovem e 
sem barba, sentado em seu 
trono celestial sobre o arco 
do céu
São Pedro São Paulo
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Díptico de marfim, representando Cristo e 
dois apóstolos. Museu do Louvre (séc. V).
Apesar do trabalho decorativo 
refinado, peças serviam para 
guardar documentos
O Arcanjo Miguel, painel de um díptico. Marfim. 0,43 x 
0,14 m. Museu Britânico, Londres (início do séc. VI).
Painéis e relevos, independentemente 
de seu tamanho físico, eram 
destinados à devoção particular e 
familiar
Justiniano (527- 565) foi o 
responsável por dar 
estabilidade e fortalecer o poder 
do Império do Oriente, inclusive 
rechaçando ataques bárbaros e 
incentivando as artes
André Oliva Teixeira Mendes
Melhores exemplos da 
produção arquitetônica
bizantina persistiram não no 
Oriente, mas na cidade italiana 
de Ravena
André Oliva Teixeira Mendes
Basílica de San Vitale. Ravena, Itália (526- 47).
Edifício redondo, ou poligonal, 
tornou-se comum em templos 
dedicados aos mártires da Igreja
Interior, vista da abside.
-Trata-se da coleção de 
mosaicos bizantinos mais bem 
preservada fora de 
Constantinopla;
-Foi construída sob o 
financiamento de Juliano 
Argentário, o mesmo 
que patrocinou a Basílica de 
São Apolinário
Mosaico de Cristo e os evangelistas. Presbitério.
Cristo sem barba, jovem, pálido e 
com cabelos compridos
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Mosaico do Imperador Justiniano e seu séquito (548).
Poder teocrático
Mosaico da Imperatriz Teodora e seu séquito.
http://faculty.txwes.edu/csmeller/human-experience/ExpData09/03Biee/BieePICs/1ByzPICs/Ravenna/StVitale547/Theo02Ret600.htm
http://faculty.txwes.edu/csmeller/human-experience/ExpData09/03Biee/BieePICs/1ByzPICs/Ravenna/StVitale547/Theo02Ret600.htm
Região sofreu forte influência 
cultural vinda de Roma, Grécia 
e Oriente
André Oliva Teixeira Mendes
Hagia Sofia
“Igreja da sabedoria sagrada”.
Construída por Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Istambul , Turquia (532-537).
Minaretes foram 
construídos pelos árabes
Planta interna.
1os fiéis eram contrários ao uso de estátuas por 
parecerem-se com ídolos pagãos, condenados pela Bíblia
Templo foi secularizado em 1931, tornando-se museu em 1935.
Templo foi secularizado em 1931, tornando-se museu em 1935.
Mosaicos
“Aquele que me vê, vê também 
meu Pai”
São João
André Oliva Teixeira Mendes
Cristo Pantocrator (do grego “todo- poderoso” ou “onipotente”). Hagia Sofia.
Rosto inspirado no mandylion (tecido sobre o qual foi impresso o rosto do Cristo), também conhecido como Vera 
ícona (“verdadeira imagem”).
Bochechas fortes, barba larga e 
cabelos longos, evocando a figura 
do Pai e do Filho Luz solar (imutável)
Iesus (iniciais)
Cristus (iniciais)
Escrituras
Trindade 
Natureza divina 
e a humana
Benção
Mosaico foi reelaborado, 
dando vazão a um novo 
ideário de beleza humana, 
com corpos capazes apenas 
de gestos cerimoniais
Mosaicos de Dafni
Igreja do Mosteiro de Dafni, Grécia (séc. XI).
Tesselas
A Crucificação. Igreja do Mosteiro, Dafni - Grécia (séc. XI).
-Figuras semelhantes a estátuas;
-Extraordinariamente altas e 
esguias;
-Pés e minúsculos e rostos 
pequenos em forma de amêndoa.
Cristo não aparece mais em 
forma jovial e heróica
Apelo emocional 
Sofrimento contido
André Oliva Teixeira Mendes
Figuras estáticas levam à idealização e distanciamento em relação à divindade.
Impassibilidade reflete caráter não humano
Vista da nave central.
Catedral de Monreale- Sicília (ca. 1190)
Abside. Cristo como soberano do Universo, a Virgem e Menino e santos.
Dourado como a luz pura, 
imutável (solar)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=gJoCmwqSgiULtM&tbnid=GNJ_l3jlwJneOM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Ftravels.co.ua%2Frus%2Fitaly%2Fsicilia%2Fmonreale.html&ei=plIpUvbFG5Du9ASGhoGoBw&psig=AFQjCNHc-xsT0QAqCzWlvDKI252BVXoojA&ust=1378526239159652
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suas influências
O uso da pintura
Causava conflito entre fiéis: Alguns as defendiam 
devido ao seu forte caráter pedagógico, recordando 
ensinamentos e mantendo viva a memória de 
episódios sagrados 
Pintura era restrita pois tudo o que pudesse 
desviar a atenção deveria ser omitido, contando 
histórias de maneira clara e simples (sob forte 
influência grega)
André Oliva Teixeira Mendes
O ícone
-Ícone (do termo grego eikón) significa “imagem”;
-Na história da arte a palavra ícone tornou-se sinônimo de 
pintura de gênero sagrado, geralmente portátil, executada 
sobre madeira;
-Seriam retratos produzidos de acordo com uma tradição 
transmitida pelos séculos, tornando-se possível somente 
devido à encarnação de Deus;
-Artistas passavam por um ritual de purificação, pois 
acreditava-se na presença do divino pela mão do pintor;
- Para São Dionisio Areopagita ícones seriam “visíveis 
representações das magnificências misteriosas e 
sobrenaturais”.
Madonna in Maestá.
Cor tornou-se elemento fundamental de 
intensionalidade
-Dourado viria do sol, assumindo sua origem 
divina (luz divina);
-Branco é a harmonia, a paz, a cor do divino 
que representa a luz que se avizinha (nova vida);
-Preto, como ausência de luz, representa o vazio, 
a morte, a decepção e a tristeza;
-Azul é a cor da transcendência, do mistério 
divino (cor do próprio Deus e das pessoas que 
transmitem sua santidade);
-Vermelho é a cor do humano e do sangue do 
sacrifício dos mártires (vida terrena);
-Verde é usado como símbolo da natureza, da 
fertilidade , abundância e renovação (vida sobre 
a terra);
-Marrom simboliza o terrestre, o humilde e 
pobre (usado no rosto para simbolizar a origem 
do homem ligada à terra);
-Púrpura, cor exclusiva do imperador desde o 
Código Justiniano, representa o poder imperial.
“MP” “OY”:
madre paterna
Madonna in Maestá. Têmpera sobre Painel (séc. XIII).
Perda da tridimensionalidade só não foi maior devido ao uso de diferentes cores.
Transparência leva à idéia de flutuação.
Ausência de realismo
A Igreja Ortodoxa
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Divisão política do Império levou também a uma cisão religiosa
-Bispo de Roma tinha seu poder derivado diretamente de 
São Pedro, sendo o chefe reconhecido da Igreja (papa);
-Lutas por poder e diferenças doutrinárias tornaram-se 
insustentáveis, levando à divisão da cristandade;
-Em Roma, poder espiritual manteve-se autônomo em 
relação ao imperador ou de qualquer outra forma de 
autoridade do Estado, refletindo caráter universal;
-Em Constantinopla poder espiritual e secular 
concentraram-se na figura do imperador, exigindo-se dos 
fiéis uma dupla submissão.
Modelo oriental pode ser visto como a adaptação cristã da 
divinização do poder real
-Tradição manteve-se viva mesmo após a queda do Império
O movimento iconoclasta
-Guerra contra as imagens foi declarada em 725 pelo imperador 
Leão III, lsáurico, por imaginar tratarem-se de ídolos;
-Movimento de destruição dos ícones ganhou projeção em 754 
quando Constantino V proibiu toda arte religiosa nas igrejas 
ortodoxas (Concílio de Hieria);
- Iniciou-se verdadeira perseguição aos defensores dos ícones com 
exílios, prisões, torturas, martírios e destruição de objetos 
sagrados;
-Para alguns especialistas, tratou-se de uma forma de aproximar 
cristãos, judeus e muçulmanos; para outros, uma forma de 
diminuir poder da Igreja;
- Argumento cristão esteve geralmente associado à interpretação 
literal do Decálogo.
“Não farás para ti imagem esculpida de nada 
que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos 
céus, ou embaixo na terra, ou nas águas que 
estão debaixo da terra.
Não te prostrarás diante desses deuses e não os 
servirá, porque eu, Yahweh teu Deus, sou um 
Deus ciumento, que puno a iniquidade dos pais 
sobre os filhos até a terceira e quarta geração 
dos que me odeiam, mas que também ajo com 
amor até a milésima geração para aqueles que 
me amam e guardam os meus mandamentos”
2º Mandamento (Êxodo, 20: 4- 6)
Traje bordado a ouro ( séc. VI).
Indumentária
Uso de filigrana e arabescos em 
ouro, pérolas e esmalte
Bizantinos inventaram o 
ouro fundido com o vidro 
esmaltado (cloisonné)
André Oliva Teixeira Mendes
Joalheria bizantina
Colares em ouro, pérola e rubi.
Ouro , rubi o amor e a fidelidade e a pérola atração e sensualidade.
Brilho servia para mostrar 
opulência
Brincos, bracelete e 
pingente
Arte em ouro, rubi, 
esmeralda, ametista, pérola, 
diamante e ouro.
Diamante simboliza o 
eterno, enquanto a 
esmeralda a proteção e 
a ametista a paz

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