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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS, SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA - CCSST DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA CURSO DE ENFERMAGEM Kaio Samuel dos Santos Araújo GD 2: ANTI HISTAMÍNICOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS 1. Quais os sinais clínicos de uma inflamação? 5 sinais clássicos de uma inflamação são: calor, edema (inchaço, tumor), rubor (vermelhidão), dor e perda de função (limitação funcional). Calor e rubor são causados pela dilatação dos vasos e o aumento de fluxo sanguíneo local leva à coloração avermelhada. Já o inchaço surge pela liberação e acúmulo de líquidos. A dor aparece quando o edema se intensifica pela liberação de substâncias inflamatórias nos tecidos ou há alguma compressão nervosa. Caso o organismo não consiga terminar com o agente agressor, a inflamação pode se tornar descontrolada causando perda de função ou disfunção orgânica. 2. Faça um quadro com as Prostaglandinas e suas funções no corpo humano. Prostaglandinas Funções no corpo humano PGF 2α Luteólise, contração uterina (parto, menstruação ou aborto), transporte do sêmen, motilidade das trompas, contração do canal deferente. PG I2 Antiagregante plaquetário. PGE 2 Motilidade e no peristaltismo; ação vasodilatadora (macrófagos). PGI 2 Motilidade e no peristaltismo; proteção da mucosa gástrica, aumento de secreção de muco e cicatrização de feridas, úlceras; No sistema imunitário: ação vasodilatadora (plaquetas); inibição da agregação plaquetária, eritema, diminuição da resistência periférica. PGD Ação vasodilatadora (mastócitos). PGD2 Promove a ativação dos eosinófilos; Vasodilatação nos vasos mesentéricos, nas coronárias e nos rins, e pela vasoconstrição na circulação pulmonar. PGEs Relaxamento vascular, são mais potentes vasodilatadores, e esta ação envolve principalmente arteríolas, esfíncteres pré-capilares e vênulas pós-capilares. 3. Qual o mecanismo de ação dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINES)? Os efeitos terapêuticos e colaterais dos AINES resultam principalmente da inibição das enzimas COX, reduzindo a produção de prostaglandinas, prejudicando a transformação final do ácido araquidônico em prostaglandinas, prostaciclina e tromboxanos. Inibição periférica e central da atividade da enzima ciclooxigenase e subsequente diminuição da biossíntese e liberação dos mediadores da dor, inflamação, e febre (PGs). A aspirina é um inibidor irreversível da COX; os AINEs restantes funcionam de maneira reversível. Os fosfolipídios de membrana são inicialmente convertidos em ácido araquidônico pela fosfolipase A2, como resultado de inflamação e dano tecidual. O ácido araquidônico é então convertido em prostaglandinas através da via da COX ou alternativamente convertido em leucotrienos pela enzima lipoxigenase. 4. Quais os principais efeitos adversos dos AINES? Os AINEs inibem a COX 1 presente na mucosa gastrointestinal, que resulta numa série de efeitos adversos com diversas gravidades, desde a dor abdominal, diarreia e dispepsia até úlceras, hemorragias gastrointestinais e perfuração. A inibição seletiva da COX 2 faz com que haja maior risco de trombose e aumento da pressão arterial, podendo levar a um evento cárdio ou cerebrovascular, como o enfarte ou o AVC. Nos doentes com insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva ou cirrose, os AINEs podem agravar os sintomas e levar ao desenvolvimento de disfunção renal aguda. Os efeitos sobre o fígado são raros, contudo pode ocorrer aumento ligeiro transitório das enzimas hepáticas em 15% dos doentes que tomam AINEs. 5. Um dos principais efeitos gastrointestinais com os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) são as gastropatias. O que pode ser feito para diminuir este efeito adverso? Utilizar a dosagem e tempo de uso correto desses medicamentos, que não deve durar mais que sete dias seguidos. Em casos de pacientes que tenham maior sensibilidade o médico pode receitar junto com o anti-inflamatório, um antiácido como ranitidina ou omeprazol. 6. Quais as principais indicações clínicas dos anti-inflamatórios esteroidais (AIE) no caso dos Glicocorticóides? Os corticosteróides são indicados por via sistêmica em várias situações clínicas, como em doenças reumáticas, doenças inflamatórias intestinais, algumas neoplasias malignas, insuficiência e hiperplasia suprarrenal, doenças imunopáticas e condições alérgicas. Na artrite reumatoide são utilizados em pacientes com doença grave ou na presença de vasculite e no controle da atividade da doença durante a terapia inicial com fármacos modificadores de doença reumática. 7. Como os Glicocorticóides exercem seu efeito imunossupressor e anti-inflamatório? O efeito anti inflamatório e imunossupressor dos glicocorticóides ocorre devido às suas seguintes ações: ● Interferem na circulação das células imunes, diminuem o número de linfócitos periféricos, principalmente linfócitos T e inibem o acúmulo de neutrófilos no local da inflamação; ● Promovem apoptose das células linfóides; ● Inibem a síntese de citoquinas; ● Modulam direta e indiretamente a função das células B; ● Inibem a resposta proliferativa dos monócitos ao fator de estimulação de colônias e sua diferenciação em macrófagos, também inibindo as suas funções fagocíticas e citotóxicas; ● Inibem a ação da histamina, a síntese das prostaglandinas e a ação dos ativadores do plasminogênio; ● Inibem o movimento de células e fluídos a partir do compartimento intravascular. 8. Quais os principais efeitos adversos do uso de Glicocorticóides com uso crônico? Desenvolvimento de diabetes, redistribuição de tecido adiposo na face e abdômen, perda de massa muscular, osteoporose, hipertensão, depressão, intolerância gástrica, síndrome de Cushing. Alguns dos efeitos colaterais do GC ocorrem no sistema endócrino: a tireoide está sob a ação do GC, a secreção hormonal é desregulada, mas não há manifestação de hipotireoidismo. As gônadas também são afetadas, nos homens, a produção de testosterona é afetada, a libido diminui, aparecem pelos corporais e até testículos amolecidos; nas mulheres, há supressão da ovulação e amenorreia.
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