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Atividade S mansoni x Fasciola


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
DISCIPLINA DE PARASITOLOGIA 
CURSO DE ENFERMAGEM 
KAIO SAMUEL DOS SANTOS ARAÚJO 
Atividade: Schistosoma mansoni x Fascíola hepática 
1. Nomes populares?
Schistosoma mansoni: Barriga d'água, xistosa 
Fascíola hepática: Baratinha do fígado ou saguaipé 
2. Possuem o mesmo habitat?
Schistosoma mansoni: Habita o sistema venoso, ou seja, os vasos 
mesentéricos e o sistema porta de mamíferos, aves e alguns répteis. 
Fascíola hepática: fígado e canais biliares de animais de sangue quente, 
ocorrendo em ovinos, caprinos, bovinos, búfalos, suínos e em seres 
humanos. 
3. Possuem ciclo heteroxênico? Se afirmativo, qual o hospedeiro? É o
mesmo do S. mansoni?
Sim! 
Fascíola hepática 
Hospedeiro intermediário: caramujos do gênero Lymnaea 
Hospedeiro definitivo: bovinos, ovinos, caprinos, equinos, homem 
S. mansoni
Hospedeiro intermediário: caramujos de água doce do gênero Bimphalaria. 
Hospedeiro definitivo: mamíferos, sendo principal o homem. 
4. Ciclo biológico? Quais as diferenças? 
 
S. mansoni 
O hospedeiro definitivo do Schistosoma mansoni é o homem que elimina os 
ovos do verme através de suas fezes. 
Quando as fezes são eliminadas na água, os ovos eclodem e liberam larvas 
ciliadas denominadas miracídios. Elas penetram nos caramujos, os 
hospedeiros intermediários, onde se multiplicam. 
Após 4 a 6 semanas, as larvas abandonam o caramujo na forma de cercárias e 
voltam para a água. Nesse ambiente podem viver por um tempo até penetrar 
novamente no homem, através da pele ou mucosa. 
Uma vez dentro do indivíduo, os vermes entram na circulação venosa e 
chegam ao coração e pulmões. 
Do coração, são lançados através das artérias a diversas partes do corpo, 
sendo o fígado o órgão de localização preferencial do parasito. 
No fígado, crescem alimentando-se de sangue e depois migram para as veias 
do intestino. De lá, alcançam a forma adulta, acasalam-se e começam a pôr 
ovos. 
 
Fascíola hepática 
1. Ovos não embrionados são liberados nos ductos biliares e excretados nas 
fezes; 
2. Os ovos são embrionados na água; 
3. Os ovos liberam miracídios, que invadem um caramujo (hospedeiro 
intermediário); 
4. No caramujo, os parasitas passam por vários estágios de desenvolvimento 
(esporocistos, rédias e cercárias); 
5. As cercárias são liberadas do caracol e se encistam como metacercárias 
na vegetação aquática ou em outras superfícies; 
6. A fasciolíase é adquirida pela ingestão de plantas, especialmente agrião, 
contendo metacercárias; 
7. Após a ingestão, as metacercárias saem do cisto no duodeno; 
8. Migram através da parede intestinal, cavidade peritoneal e parênquima 
hepático aos ductos biliares, onde se transformam em adultos. 
 
 
5. Patogenia? 
S. mansoni: Esquistossomose 
O homem adquire a infecção quando a cercária penetra em sua pele. Mas a 
patogenia da esquistossomose mansoni depende de uma série de fatores: a 
linhagem do parasito, a idade, o estado nutricional e a imunidade do 
hospedeiro e, principalmente, a carga parasitária, ou seja, a quantidade de 
parasitos que infectou o paciente. 
Na fase inicial da doença, o homem pode apresentar dermatite cercariana, 
provocada pela penetração das cercárias. Na forma aguda da parasitose, os 
sintomas podem ser caracterizados por urticária e edema localizados, 
diarréia mucosa ou muco- sanguinolenta, febre elevada, anorexia, náusea, 
vômito, hepatoesplenogalia dolorosa, manifestações pulmonares e astenia. 
Os sintomas podem se confundir com os de outras doenças como febre 
tifóide, calazar, salmoneloses, infecções agudas, malária e hepatites 
viróticas, por isso, é necessário realizar o diagnóstico diferencial. 
 
Fascíola hepática: Fasciolose 
Zoonose causada pela Fascíola hepática. Animais parasitados por F. 
hepática apresentam retardo no desenvolvimento, redução no ganho de peso 
e na produção de leite, e problemas de reprodução. 
A doença pode ocorrer de forma aguda, provocando a morte súbita dos 
hospedeiros com um quadro de hemorragia intensa no fígado e geralmente 
acontece quando o animal ingere grande quantidade de metacercárias em 
pouco tempo. A forma crônica é a responsável pela manutenção das 
infestações dos pastos e transmissão da parasitose. 
Bovinos e ovinos se comportam de modos diferentes diante de uma infecção 
por F. hepatica. Dificilmente a fasciolose aguda provoca mortes entre bovinos 
e estes tendem a desenvolver resistência gradual às novas infecções. 
 
6. Diagnósticos? O ideal? 
 
S. mansoni: 
O diagnóstico laboratorial da esquistossomose mansoni é relativamente fácil 
e rápido. É feito através da constatação da presença de ovos do S. mansoni 
nas fezes do paciente. O método mais utilizado é o exame parasitológico das 
fezes. 
A OMS recomenda o método Kato-Katz, por ser o exame parasitológico das 
fezes mais sensível, rápido e de fácil execução, além de ser o mais preciso 
qualitativa e quantitativamente. Esse método é utilizado, atualmente, nos 
continentes africano, asiático e nas Américas. 
 
 
Fascíola hepática: 
Os exames parasitológicos das fezes para contagem de ovos são eficientes 
e na maioria dos casos uma amostragem de 10% do lote suspeito é 
suficiente para se obter o nível de parasitismo do rebanho. Deve-se fazer a 
necropsia de animais mortos em surtos mais graves, para se ter uma ideia 
mais exata do problema. 
Realização do diagnóstico laboratorial baseado na observação de ovos de F. 
hepática nas fezes dos animais e de humanos. O diagnóstico pode também 
estar baseado em pesquisa de anticorpos e antígenos circulantes. 
Exames laboratoriais: presença de ovos nas fezes ou na bile; diagnostico 
sorológico por intradermoreação, imunofluorescencia, reação de fixação do 
complemento e elisa. 
Exame de imagem de imagem como tomografia abdominal e colangeografia 
também podem ser utilizados para auxiliar o diagnóstico.