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N1 ESPECÍFICA_HAM 4_OUTUBRO2023 - DEVOLUTIVA CADERNO 2

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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Habilidades e Atitudes Médicas IV
Professor (es):
Período: 202302 Turma: Data:
N1 ESPECÍFICA_ HAM 4_03OUT2023.2
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 09382 - CADERNO 002
1ª QUESTÃO
Enunciado:
 Criança de 7 anos de idade comparece à consulta na Unidade Básica de Saúde acompanhada
de sua mãe, a qual relata que ela está apresentando dor abdominal constante e perda de fezes
nas roupas há 4 meses. Informa também, que a filha sempre foi saudável, eliminou mecônio
nas primeiras horas de vida e realizou treinamento fecal aos 2 anos de idade. Atualmente,
evacua a cada 3 a 4 dias, com fezes tipo 2 na escala de Bristol que muitas vezes entopem o
vaso sanitário. Refere muita dor ao evacuar, realiza manobras de contração do esfíncter anal
externo e da musculatura glútea mediante enrijecimento do corpo para evitar a defecação, até
que o desejo evacuatório desapareça. Apresenta resíduo de fezes nas roupas íntimas durante
o dia cerca de 5 vezes na semana, sem perceber quando as perdas fecais ocorrem. Refere
dieta pobre em fibras e rica em biscoitos recheados e refrigerante. Durante a consulta, a
paciente evita falar e nega qualquer problema, mas a mãe diz que ela sofre Bullying na escola.
Considerando o caso clinico apresentado, responda as seguintes questões.
A) Cite a principal hipótese diagnóstica. ( Valor 0,5 pontos)
B) Descreva três alterações do exame físico do aparelho abdominal que podem estar presentes
nesse caso. ( valor 1,0 pontos)
C) Identifique os parâmetros encontrados no caso que fazem parte dos critérios de Roma IV. (
Valor 1,0 pontos)
Alternativas:
--
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Resposta comentada:
Comentário 
1- A principal hipótese diagnóstica é Constipação intestinal funcional com comportamento de
retenção e escape fecal.
2 - As alterações do exame físico do aparelho abdominal que poderiam estar presentes nesse
caso são, na inspeção pode ser observado distensão abdominal e na ausculta a peristalse
pode estar aumentada. A palpação abdominal deve ser dirigida para pesquisar
impactação fecal. Nos pacientes com constipação intestinal funcional, geralmente a
presença de massa abdominal palpável é mais comumente localizada no quadrante
inferior esquerdo e na região suprapúbica. A inspeção anal é fundamental para avaliar
alterações como posição anormal do ânus, fissuras, eritema ou edema perianal,
hemorroidas e lesões traumáticas, e o toque retal é essencial para excluir estenose retal,
avaliar o tônus esfincteriano e a presença ou não de fezes na ampola retal. Nos pacientes com
constipação intestinal funcional e incontinência fecal por retenção, o toque retal geralmente
detecta ampola retal ampla, preenchida por fezes endurecidas.
3 - Presença de 2 ou menos evacuações no vaso sanitário por semana, pelo menos, 1 episódio
de incontinência fecal por semana, histórico de evacuações difíceis ou dolorosas, histórico de
comportamento de retenção de fezes, histórico de fezes com grande calibre, que podem
entupir o vaso sanitário.
Referência
Tahan S. Constipação intestinal em pediatria. In: Sociedade Brasileira de Pediatria; Simon Junior
H, Pascolat G, organizadores. PROEMPED Programa de Atualização em Emergência Pediátrica:
Ciclo 4. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2021. p. 11–47. (Sistema de Educação
Continuada a Distância, v. 3). Disponível: https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/constipacao-
intestinal-em-pediatria 
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri:SP.Editora Manole, 2021.
2ª QUESTÃO
Enunciado:
Lactente, 6 meses de idade, alimentado com fórmula infantil exclusiva há 4 meses, está no 16º
dia de diarreia, com fezes líquidas, 4 vezes ao dia. No segundo dia, teve vômitos persistentes e
febre, sendo realizada hidratação oral na Unidade Básica de Saúde. No exame físico, observa-se
dermatite perianal. Mantendo o mesmo peso da consulta anterior realizada há 1 mês.
Qual o diagnóstico mais provável e a orientação dietética recomendada?
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Diarreia persistente; fórmula infantil sem lactose.
(alternativa B)
Diarreia crônica; fórmula semi-elementar.
(alternativa C)
Diarreia crônica; fórmula elementar.
(alternativa D)
Diarreia persistente; fórmula infantil habitual e alimentação complementar.
Resposta comentada:
Temos um lactente de seis meses de idade, apresentando diarreia há 16 dias.
Por definição, a diarreia aguda é a eliminação anormal de fezes amolecidas ou líquidas com uma
frequência igual ou maior a três vezes por dia e duração de até 14 dias.
Denomina-se diarreia persistente quando o quadro diarreico se estende além de 14 dias.
O quadro de diarreia crônica é aquele habitualmente caracterizado por uma duração superior a
30 dias.
Dito isto, fica evidente que algo de errado está acontecendo com esse lactente, já que há
persistência da diarreia e além disso, não está ganhando peso, já que entre as consultas o peso
foi mantido. Perceba que no início do quadro diarreico, o paciente apresentou vômito e febre,
que juntos, caracterizam um possível quadro de gastroenterite, na maior parte das vezes, de
etiologia viral. Diante de uma doença intestinal subjacente, que leva à diminuição da atividade
digestiva, os pacientes podem desenvolver um quadro de má absorção secundária de lactose.
Os processos infecciosos e inflamatórios que acometem as vilosidades intestinais podem levar a
isso. A lactase costuma ser a principal dissacaridase afetada, pois é secretada principalmente
nas porções mais distais dos vilos. No tratamento, a restrição da quantidade de lactose na dieta
costuma ser o bastante para boa parte dos pacientes, devendo nesse caso, ser recomendada
uma fórmula infantil sem lactose. 
Bibliografia: JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de
pediatria. v.1. Barueri:SP. Editora Manole, 2021.
3ª QUESTÃO
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Enunciado:
Um pré-escolar de 3 anos é levado ao pronto-socorro pela mãe após episódio de engasgo
súbito, ocorrido há 30 minutos, enquanto brincava no seu quarto. A mãe informa que, no
momento, o menor encontra-se em melhora completa dos sintomas, aceitou alimentos e não
apresentou nenhuma queixa. Foi realizada a radiografia abaixo:
Fonte da imagem: https://dontchoke.ubc.ca/pt/what-gets-stuck-where/extraction-
cases/case/disc-battery-in-esophagus/
Diante do exposto, é possível afirmar que:
Alternativas:
(alternativa A)
a imagem é sugestiva de bateria impactada no esôfago e pela melhora completa dos sintomas,
é indicada internação hospitalar e radiografias de controle.
(alternativa B)
diante da melhora clínica completa e pela imagem radiográfica sugestiva de ingestão de moeda,
é indicada alta hospitalar e radiografias ambulatoriais.
(alternativa C)
trata-se de um corpo estranho de ponta romba, portanto, não é um objeto de risco e a criança
pode ser mantida em observação clínica hospitalar.
(alternativa D) (CORRETA) 
a imagem é sugestiva de ingestão de bateria e pela impactação no esôfago, está indicada a
retirada endoscópica imediata, independente dos sintomas.
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Resposta comentada:
O caso clínico de engasgo sugere ingestão de corpo estranho, sendo a hipótese mais provável a
deglutição de bateria conforme a imagem de “ sinal do halo” pela radiografia de tórax que
apresenta também a impactação desta bateria no esôfago. Trata-se de uma emergência
médica, devendo ser retirada por endoscopia de forma imediata e o mais rapidamente possível,
haja visto que a lesão esofágica por baterias de botão é rápida – estudos mostram que no
esôfago, em menos de 15 minutos já há danos significativos pela presença da bateria, e a lesão
continua mesmo após a remoção.
Referência: Protocolo Clinico e de Regulação Ingestão de CorpoEstranho,Secretaria de Estado
da Saúde do Estado do Espírito Santo - SESA, maio/2022.
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri: Editora Manole, 2021.
4ª QUESTÃO
Enunciado:
Adolescente de 13 anos, sexo feminino, chega à consulta na Unidade Básica de Saúde,
acompanhada por sua genitora. Em um primeiro momento do atendimento, a adolescente
relata que procurou o pediatra porque queria realizar alguns exames. Sua genitora sinaliza que
está preocupada porque acha a filha pálida e que a mesma não quer se alimentar direito,
 ultimamente diz que está com náuseas. Em um segundo momento do atendimento, o pediatra
fala com a adolescente para saber se a mesma quer ficar sozinha na consulta para esclarecer
algumas dúvidas que possa ter, sem a presença de sua mãe, afirmando à paciente que aquela
consulta é sigilosa e que ela pode confiar no profissional médico. Mas desde já, esclarece que
em caso de algum risco à vida da paciente em questão, a quebra de sigilo é permitida, pois
precisa informar aos pais ou responsáveis sobre a situação.
Em anamnese com a adolescente sem a presença de acompanhante, o pediatra pergunta se
houve algo de diferente em sua vida desde a última consulta, e a mesma relata que está
grávida de seu namorado, e que não quer que seus pais saibam, pois acredita que os mesmos
não aceitarão a situação e teme o que pode acontecer. Afirma também que já resolveu que
fará um aborto. O pediatra conversa com a paciente para explicar a situação com suas devidas
implicações e diz que falará com sua mãe, pois gravidez na adolescência é considerada de
risco, e que precisa tomar as medidas diante da menção sobre o aborto.
Diante do caso clínico acima, analise as alternativas abaixo e assinale a correta:
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Alternativas:
(alternativa A)
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sancionado pela Lei N° 8.069, de
13/07/90, a faixa etária que deve ser considerada é: criança até 12 (doze) anos de idade
incompletos, e adolescentes entre doze e dezesseis anos de idade incompletos.
(alternativa B)
Sabendo que o sigilo médico é um direito garantido e reconhecido pelo Código de Ética Médica,
no caso clínico acima, a confirmação de gravidez da adolescente não se caracteriza como
necessidade de quebra de sigilo, a não ser que tenha algum fator de risco para a paciente.
(alternativa C)
Em relação à adolescente do caso em questão, a mesma não poderia ter ficado
desacompanhada na consulta, pelo fato de ter menos de 14 anos de idade, estar grávida, e por
isso, existir a presunção de estupro.
(alternativa D) (CORRETA) 
O princípio da autonomia sugere que em determinadas circunstâncias, a única pessoa que tem
direito de escolher o que for mais conveniente para si mesma é o próprio adolescente. O
adolescente tem direito à privacidade e à confidencialidade.
Resposta comentada:
Resposta correta: O princípio da autonomia sugere que, em determinadas circunstâncias a
única pessoa que tem direito de escolher o que for mais conveniente para si mesma é o próprio
adolescente. O adolescente tem direito à privacidade e à confidencialidade.
Sabendo que o sigilo médico é um direito garantido e reconhecido pelo Código de Ética Médica,
no caso clínico acima, a confirmação de gravidez da adolescente se caracteriza como
necessidade de quebra de sigilo, pois já é considerada de risco para a paciente. E o médico deve
explicar à adolescente que deverá conversar com sua genitora ou responsável sobre a
gestação, e também sobre a sinalização do aborto pela paciente. 
O adolescente tem o direito de escolher se fica sozinho em consulta, desde que o profissional
reconheça que ele tem discernimento adequado de sua saúde e compreensão do seu
autocuidado. E nesse caso, não existe presunção de estupro. Ela está grávida do namorado e
não fez menção à violência durante a consulta. 
Não existe motivo que justifique que o médico precise entrar em contato com o Conselho
tutelar após o atendimento. A adolescente estava com sua genitora, e durante a consulta
decidiu por ficar sozinha para seu atendimento, já que tem direito à privacidade e
confidencialidade. 
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sancionado pela Lei N° 8.069, de
13/07/90, a faixa etária que deve ser considerada é: criança até 12 (doze) anos de idade
incompletos, e adolescentes entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos de idade incompletos.
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri:SP.Editora Manole, 2021.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Consulta do adolescente: abordagem clínica, orientações
éticas e legais como instrumentos ao pediatra. Departamento Científico de Adolescencia, São
Paulo, 2019.
https://www.sbp.com.br/departamentos/medicina-do-adolescente/
https://portal.cfm.org.br/images/PDF/cem2019.pdf
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5ª QUESTÃO
Enunciado:
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de indivíduos com 60
anos ou mais saltou de 22,3 para 31,2 milhões correspondendo a 14,7% da população
brasileira. Com o envelhecimento populacional, é cada vez mais frequente a procura por
serviços de saúde por pacientes idosos. Dessa forma, é fundamental estar preparado para
atender a esta demanda levando em conta as particularidades e especificidades desta faixa
etária. É essencial já no atendimento inicial ao idoso considerar os 5 M’s da geriatria.
Diante do exposto no relato e considerando as especificidades da faixa etária descrita, assinale
a alternativa correta.
Alternativas:
(alternativa A)
No ‘M’ que corresponde ao tópico ‘Mente’, é fundamental que investigue distúrbios de humor e
de cognição. O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) avalia transtornos de humor, enquanto a
Escala de Depressão Geriátrica (GDS) o declínio cognitivo.
(alternativa B) (CORRETA) 
No ‘M’ correspondente ao tópico ‘Medicações’, é imprescindível que o médico cheque a cada
consulta os medicamentos utilizados pelo paciente, inclusive os de uso esporádico, a fim de
identificar potenciais efeitos colaterais e interações medicamentosas.
(alternativa C)
No ‘M’ que corresponde ao tópico ‘Mobilidade’, o examinador deve avaliar marcha, volume e
desempenho muscular, equilíbrio e aspectos nutricionais do paciente. Já no ‘M’ que corresponde
ao tópico ‘Mais importa’, deve-se identificar potencial vulnerabilidade familiar e social do
paciente.
(alternativa D)
No ‘M’ que corresponde ao tópico ‘Mais importa’, é fundamental discutir com o paciente sobre
suas preferências, queixas e desejos. No entanto, o planejamento do cuidado do idoso leva em
conta aspectos gerais dessa parcela populacional, dispensando uma atenção individualizada.
Resposta comentada:
Os 5 M’s norteiam o atendimento do paciente idoso, sobretudo na primeira consulta. Na
alternativa A, inverte-se a função e o domínio avaliado: na verdade, as escalas MEEM e MOCA
são ferramentas de rastreio para declínio cognitivo; já a GDS, avalia o humor do indivíduo. Na
alternativa B, fala-se em avaliação dos aspectos nutricionais do paciente idoso. No entanto,
essa avaliação deverá estar incluída no ‘M’ do tópico ‘Multicomplexidade’. O erro da alternativa
D está em afirmar que a avaliação dos aspectos sócio-familiares do paciente está no ‘Mais
importa’. Na realidade, a exemplo das comorbidades, deve ser avaliada ainda no ‘M’ da
‘Multicomplexidade’, pois o paciente deve ser avaliado dentro de todo o contexto que lhe
envolve. Na letra E, o erro se encontra quando se afirma que o planejamento dos cuidados com
o idoso deve ser generalizado e não individualizado.
Fonte bibliográfica:
1. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Freitas, E.V.; Py, L.; Neri, A. L.; Cançado, F. A. X.C.;
Gorzoni, M.L.; Doll, J. 4ª. Edição. Grupo Editorial Nacional (GEN), 2016.
2. Manual Prático de Geriatria. Freitas. E.V.; Mohallem, K.L.; Gamarski, R.; Pereira, S. R.M. 2ª.
Edição Grupo EditorialNacional (GEN), 2017.
6ª QUESTÃO
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Enunciado:
Uma agricultora de 35 anos, residente em uma região tropical, busca atendimento médico
devido a fadiga, fraqueza e tontura. Ela relata ter sentido falta de ar com esforços mínimos e
observa sua pele mais pálida do que o normal. Os exames de sangue revelam uma contagem
de hemoglobina de 8,5 g/dL (valores normais: 12-15 g/dL) e níveis reduzidos de ferro sérico e
ferritina, além de eosinofilia (20%).
O diagnóstico provável e o tratamento mais apropriado são, respectivamente:
Alternativas:
(alternativa A)
infecção pelo parasita Plasmodium vivax e deve receber tratamento antimalárico.
(alternativa B) (CORRETA) 
ancilostomíase e anemia; trata-se com antiparasitário e suplementação de ferro.
(alternativa C)
anemia por deficiência de vitamina B12; fazer suplementação dessa vitamina e ácido fólico.
(alternativa D)
infecção, pela Tenia Solium; deve-se iniciar albendazol.
Resposta comentada:
A paciente apresenta uma infecção por vermes parasitas do gênero Ancylostoma e está com
anemia devido à perda de sangue causada pela infestação. O tratamento envolve a
administração de um medicamento antiparasitário para eliminar os vermes, além de
suplementação de ferro para tratar a anemia.
O parasita que está mais relacionado a anemia ferropriva é Ancylostoma Duodenale
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria.
Barueri: Editora Manole, 2021.
7ª QUESTÃO
Enunciado:
Uma jovem de 27 anos é atendida na Unidade Básica de Saúde referindo dor em abdome
superior com piora progressiva. Paciente refere abuso de drogas desde os 20 anos de idade,
inclusive com uso de injetáveis. À inspeção, paciente apresenta-se ictérica (2+/4+) e abdome
com leve distensão. Relata que já havia sido vacinada contra hepatite A e B. Paciente informa
que um irmão faleceu em decorrência de um quadro semelhante ao seu. O médico assistente
solicitou sorologia para hepatite virais, onde os resultados sorológicos são os seguintes: ANTI-
HBC TOTAL reagente; ANTI-HCV reagente; ANTI-HAV IgG reagente.
 Baseado no enunciado acima, comente sobre:
A) Aponte 4 achados no exame físico indicariam quadro complicado de hepatite. (valor: 0,5
pontos)
B) Descreva o que se pode inferir pelos resultados sorológicos disponíveis. (valor: 1,0 pontos)
C) Cite 4 exames sorológicos que devem ser solicitados para elucidação do caso, relacionando
ao seu significado clínico. (valor: 1,0 pontos)
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Alternativas:
--
Resposta comentada:
A) Exame físico – O enunciado da questão traz 2 dados do exame geral importantes para o
caso em questão (icterícia e distensão abdominal). Além desses dados é necessária uma
avaliação detalhada do exame físico do abdome – buscando hepato ou esplenomegalias,
equimoses, aranhas vasculares, ascite, eritema palmar, ginecomastia,
baqueteamento digital. Tais alterações não são determinantes para definir a etiologia
da hepatite, mas apontam direção diagnóstica e predizem gravidade. 
B) Interpretação das Sorologias: 
ANTI-HBC TOTAL REAGENTE – Indica contato com o vírus B – não define infecção crônica ou
aguda
ANTI-HCV REAGENTE – Indica contato com o vírus C – não define infecção crônica ou aguda
ANTI-HAV IgG reagente – Indica imunidade ao vírus A – infecção prévia pelo HAV ou imunidade
pós-vacinação
C ) Sorologia a serem solicitadas: o estudante pode citar- HBsAg – antígeno de superfície indica
infecção pelo vírus HBV; HBV-DNA – indica infecção presente e ativa – ajuda no monitoramento
do tratamento; anti-HBS – dosagem de anticorpo indicando cura e imunidade; anti-HBE –
indica fim do HBeAg e da replicação viral, convalescença; HBeAg – marcador de replicação viral;
anti-HDV total – avaliar presença de coinfecção por HDV; HCV-RNA (quantitativo ou
qualitativo) para determinar presença de infecção por HCV; anti-HIV - avaliar coinfecção.
Considerar interpretação inicial como 30% da resposta do comando e as sorologias a serem
solicitadas como 70%.
Referências:
- GUSSO, Gustavo; LOPES, José M C.; DIAS, Lêda C. Tratado de medicina de família e
comunidade - 2 volumes: princípios, formação e prática. [Digite o Local da Editora]: Grupo A,
2019. E-book. ISBN 9788582715369. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715369/. Acesso em: 26 ago.
2023.
- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e
Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites
Virais. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017.120 p. : il.
8ª QUESTÃO
Enunciado:
Paciente do sexo masculino, 60 anos, procura atendimento médico na Unidade Básica de
Saúde com queixa de sangramento vermelho vivo durante as evacuações. Nega dor ou
alteração do hábito intestinal. Refere emagrecimento perceptível a inspeção e anorexia. O
médico realiza o toque retal, percebe tumoração sólida na mucosa anal e que o dedo enluvado
apresenta sangue e restos fecais ao término do exame.
O achado de sangue na luva após o toque retal no caso acima, é um achado:
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Alternativas:
(alternativa A)
fisiológico e representa trauma próprio do exame físico, no entanto, sendo necessário
prosseguir com o exame de anuscopia.
(alternativa B)
anormal, indica presença de doença hemorroidária, é desnecessário prosseguir com o exame
de anuscopia.
(alternativa C)
não patológico e representa trauma próprio do exame físico, sendo desnecessário prosseguir
com o exame de anuscopia.
(alternativa D) (CORRETA) 
patológico, não sendo possível determinar a origem do sangramento, sendo necessária a
realização de anuscopia.
Resposta comentada:
Sangramento originado no canal anal é facilmente detectado pelo toque ao se observar a luva
recoberta por sangue. É importante lembrar que cerca de 50% das neoplasias malignas do
intestino grosso estão localizadas no reto, quase sempre ao alcance do toque retal. Só esta
afirmativa comprova o valor deste exame, principalmente tendo em vista que a incidência de
neoplasias desse segmento do tubo digestório vem aumentando em todo o mundo.
Fonte Bibliográfica:
PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. recurso
online. ISBN 978-85-277-3498-1. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998>. Acesso em: 28 out.
2019.
9ª QUESTÃO
Enunciado:
Recém-nascido com 8 dias de vida comparece ao ambulatório de pediatria, trazido pela sua
mãe que informa que o bebê está muito "amarelinho". Relata ainda, que o bebê nasceu de
parto vaginal a termo, pesando 3500g e sem intercorrências gestacionais ou perinatais.
Recebeu alta da maternidade com 48h de vida em aleitamento materno exclusivo. Notou início
do quadro de icterícia no 3º dia de vida, evoluindo com piora progressiva até o momento.
Apresenta boa sucção e aceitação de dieta. Nega acolia fecal ou colúria. Calendário vacinal
completo. Ao exame físico, foi evidenciado bom estado geral, icterícia zona II de Kramer, ganho
de peso adequado para idade, sem outras alterações. Grupos sanguíneos: mãe A positivo e
bebê, O negativo.
Com base no caso clínico apresentado, assinale a alternativa correta.
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
O provável diagnóstico é icterícia fisiológica devido ao bom estado geral da criança, devendo ser
solicitado dosagem das Bilirrubinas para confirmação diagnóstica.
(alternativa B)
O provável diagnóstico é icterícia por colestase, devendo ser solicitado sorologias para hepatite,
dosagem das bilirrubinas, além de exames para avaliar a da função hepática.
(alternativa C)
O provável diagnóstico é hepatite viral aguda, devendo ser solicitado as sorologias para
hepatite, dosagem das bilirrubinas,além de exames para avaliar a da função hepática.
(alternativa D)
O provável diagnóstico é icterícia por doença hemolítica devido a incompatibilidade sanguínea
materno-fetal, devendo ser solicitados exames de COOMBS direto e dosagem das bilirrubinas.
Resposta comentada:
Comentários
A hiperbilirrubinemia indireta é denominada de fisiológica nos RN termo quando a manifestação
clínica ocorre após 24 horas de vida, atingindo concentração de bilirrubina sérica em torno de
12mg/dL de BT, entre o terceiro e o quarto dias de vida.
A hipótese diagnostica de icterícia por colestase deve ser descartada por não apresentar na
história colúria ou acolia fecal. a icterícia colestática é sempre patológica e indica disfunção
hepatobiliar. Portanto, a presença de hiperbilirrubinemia direta, fezes acólicas ou hipocoradas e
urina escura indicam investigar hepatite ou obstrução das vias biliares.
Não existe incompatibilidade materno-fetal Rh ou ABO no caso citado.
Referência
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA: Departamento de Neonatologia. “​​Hiperbilirrubinemia
Indireta no período neonatal”. 2021. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/23176c-
MO_Hiperbilirrubinemia_indireta_periodo_neo.pdf
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri:SP.Editora Manole, 2021.
10ª QUESTÃO
Enunciado:
Um homem de 50 anos apresenta queixa de desconforto recorrente em região epigástrica,
associado a sensação de plenitude após as refeições, de inicio há 7 meses, com piora nos
últimos 4 meses. Esses sintomas, geralmente ocorrem após a ingestão de alimentos mais
pesados ou ricos em gordura. Ele tem um histórico de tabagismo, mas parou de fumar há vinte
anos. Seus exames de sangue mostram níveis normais de enzimas hepáticas e pancreáticas.
Uma endoscopia digestiva alta revelou um revestimento gástrico normal e o teste de H. pylori
foi negativo. Relata que fez uso de remédio antiparasitário há 3 meses.
O diagnóstico provável e o tratamento mais apropriado para o paciente é:
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Alternativas:
(alternativa A)
gastrite aguda e deve ser tratado com antibióticos por cerca de 10 dias para eliminar a infecção
por Helicobacter pylori.
(alternativa B)
doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e deve ser aconselhado a elevar a cabeceira da
cama e evitar alimentos ácidos.
(alternativa C) (CORRETA) 
dispepsia funcional e pode se beneficiar de mudanças na dieta, gerenciamento do estresse e,
se necessário, medicamentos para alívio dos sintomas
(alternativa D)
úlcera péptica e deve ser tratado com inibidores da bomba de prótons para redução da acidez
gástrica.
Resposta comentada:
O paciente está apresentando dispepsia funcional e pode se beneficiar de mudanças na dieta,
gerenciamento do estresse e, se necessário, medicamentos para alívio dos sintomas. A
exclusão de causas orgânicas por meio de exames de sangue, endoscopia digestiva alta e
teste de H. pylori negativo sugere que os sintomas dele não estão relacionados a problemas
estruturais ou infecções gastrointestinais. A natureza dos sintomas, que pioram após a ingestão
de alimentos ricos em gordura, e o histórico de tabagismo anterior sugerem um componente
de sensibilidade visceral e possível contribuição do estresse. Portanto, uma abordagem que
inclua modificações na dieta para evitar alimentos desencadeadores, técnicas de gerenciamento
do estresse e, se necessário, medicamentos para alívio dos sintomas pode ser eficaz no
tratamento da dispepsia funcional.
Vakil, Nimish. Avaliação da dispepsia - Diagnóstico diferencial dos sintomas. BMJ Best Practice:
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/769
000093.82001d.c8cec2.77af25.e977ef.6a8cb6.6f44e4.54b94 Pgina 12 de 12

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