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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP BACHARELADO EM ENFERMAGEM TALITA DA SILVA ARAUJO 2205848 ANATOMIA DOS SISTEMAS Relatório de Aula Prática SANTOS/SP 2023 TALITA DA SILVA ARAÚJO 2205848 ANATOMIA DOS SISTEMAS Relatório de aula prática Relatório de aula prática de Anatomia dos Sistemas realizado no laboratório de Anatomia da Universidade Paulista UNIP campi Rangel localizado em Santos/SP Orientador(a): Thiago Aloia SANTOS/SP 2023 RESUMO O presente estudo tem como objetivo descrever as características principais dos sistemas estudados ao longo do semestre 1/2023 na disciplina de Anatomia Humana bem como correlacionar os aspectos teóricos à pratica, identificando as estruturas no laboratório de anatomia humana da Universidade Paulista UNIP no Campi Rangel, localizado no município de Santos/SP. As aulas práticas de Anatomia dos sistemas ocorreram nos dias 14/04 e 29/04, onde foi possível contextualizar o conteúdo teórico desenvolvido na plataforma AVA às peças anatomicas, enfatizando-se a importância de reconhecer as estruturas para a prática do cuidado de enfermagem. Palavras-chave: Anatomia Humana, Enfermagem 3 1 INTRODUÇÃO O Conhecimento de anatomia consiste numa indispensável instrumento para que o Enfermeiro construa um pensamento crítico relacionado a sua prática assistencial. É impossível falar de assistência de enfermagem sem conhecer as estruturas anatômicas que compõem o corpo humano. É impossível haver um cuidado de enfermagem sem o pleno domínio dos conceitos que norteiam a anatomia humana. Seja para um exame físico, no qual o Enfermeiro consegue identificar alterações anatomicas e fisiológicas que podem estar relacionadas a patologias que influenciam no quadro clinico de um paciente; para a realização de procedimentos de enfermagem, como a passagem de uma sonda nasoenteral ou para a realização de um acesso venoso periférico, o conhecimento das estruturas anatomicas trazem importantes achados e podem inclusive impedir erros de execução de procedimentos. A Anatomia Humana é o alicerce de todas as disciplinas clínicas. É, portanto, uma disciplina instrumental e indispensável. Uma disciplina instrumental significa o que será usado, um instrumento, uma ferramenta, uma atividade intelectual eficaz norteada por conhecimento científico e rica em detalhes, os quais o discente deve estar atento e engajado em seu aprendizado. Logo, conhecê-la bem é uma necessidade intrínseca ao profissional de enfermagem. Neste contexto, as aulas práticas de anatomia no laboratório apropriado, como o ofertado aos alunos pela Universidade Paulista UNIP/SANTOS, oferecem ao discente a possibilidade de correlacionar teoria e prática, fomentando o pensamento crítico, levando o aluno a reconhecer de forma científica, os procedimentos que realiza e a sua importância para que a assistência de enfermagem seja ofertada de forma segura, consciente, valorizando a Enfermagem como uma profissão rica em conhecimento científico. Nos próximos capítulos serão descritos os sistemas estudados teoricamente na plataforma AVA e as atividades realizadas no laboratório de anatomia humana nos dias 14/04 e 29/04 de 2023 sob supervisão do Prof. Thiago Alore. O plano de ensino é composto por 8 aulas nas quais foram abordados os seguintes temas: *Aulas 1, 2 e 3: Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico *Aulas 4 e 5: Sistema Digestório *Aulas 6 e 7: Sistema Urinário 4 1 Marieb, Elaine Anatomia Humana/Elaine Marieb, Patrícia Willhelm, Jon Mallat: Tradução: Livia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz de Queiroz. Revisão Técnica: João Lachat, José Thomazini e Edson Libetti -- São Paulo: Pearson Education do Brasil,2014 Título Original: Human Anatomy 7⁰ Ed. American ISBN 972-85-430-0109-8 1.Anatomia Humana I. Willhelm, Patrícia Brady II. Mallat. III.Título *Aula 8: Sistema Genital 5 1 Resumo de sistema nervoso: histologia, SNC, SNP e autônomo, Editora Sanar, 2021. Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumo-de-sistema-nervoso-histologia-snc-snp-e-autonomo Acesso em: 30/04/2023 1.1Aulas 1,2 e 3: Sistema Nervoso Central e Periférico: O sistema nervoso (SN)¹ é o principal Sistema de controle e comunicação do corpo humano. Cada pensamento, ação, instinto e emoção refletem a sua atividade. Suas células comunicam-se por meio de sinais elétricos, que são rápidos e específicos e, normalmente, produzem respostas quase que imediatas. É dividido em SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) e SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP) O SN possui três funções que se sobrepõe: 1- utiliza seus milhões de receptores sensitivos para monitorar as mudanças que ocorrem dentro e fora do corpo. Cada uma dessas mudanças chama-se estímulo e a informação reunida chama-se entrada (aderência) sensitiva. 2- processa e interpreta a entrada sensitiva e tomada de decisões a respeito do que fazer em cada momento: um processo chamado integração 3- indica uma resposta ativando os órgãos , nossos músculos ou glândulas; a resposta chama-se saída (eferencia) motora. Funções do SN¹ 6 Sistema nervoso Central (SNC)¹: Localizado centralmente ao corpo, é responsável pela integração de informações sensitivas, formação de pensamentos e emoções, além de armazenamento de memória (tarefas mais complexas) . É composto por: encefalo e medula espinal. Sistema nervoso periférico (SNP)¹: Localizado na periferia do corpo, realiza a condução de impulsos nervosos do SNC aos órgãos periféricos através de nervos cranianos - emergem do encéfalo - ou nervos espinhais - emergem da medula espinhal. Divisão: Nervos (cranianos e espinhais) gânglios e terminações nervosas. 7 1.2 Aulas 4 e 5: Sistema Digestório¹ Sistema Digestório ou Sistema Gastrointestinal, é formado por um conjunto de órgãos responsáveis pelo processamento dos alimentos, além de extrair os nutrientes necessários para as células, com o intuito de promover o bom funcionamento do organismo. 8 *Aulas 6 e 7: Sistema Urinário¹: O aparelho urinário é formado pelos dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. A urina produzida nos rins passa pelos ureteres até a bexiga e é lançada no exterior pela uretra. O sistema urinário tem diversas funções. É responsável pela remoção de produtos tóxicos da circulação, provenientes do metabolismo, através da formação da urina e sua eliminação; produz hormônios como a renina, que participa da regulação da pressão sanguínea, e a eritropoietina, que é essencial para o estímulo a eritropoiese (produção de hemácias); e participa da ativação da vitamina D. Além disso, os rins são responsáveis pelo equilíbrio ácido-básico e conservação de sais, glicose, proteínas e água, mantendo a homeostase. Sistema Urinario Masculino/Feminino² 9 *Aula 8: Sistema Genital-MASCULINO¹ O aparelho reprodutor masculino, como o próprio nome deixa implícito, é formado por uma série de órgãos e estruturas cuja principal função é fornecer meios para a fecundação. Trata-se de um sistema organizado, que atua sob a coordenação sincrônica de diferentes estruturas (sejam elas internas ou externas) que juntas estão envolvidas na gametogênese e no comportamento sexual, essenciais para a reprodução humana. De acordo com a localização anatômica, tais estruturas podem se dividir em: órgãos sexuais internos: incluem os testículos, epidídimos, ductos deferentes, glândulas seminais, ductos ejaculatórios (incluindo a uretra), próstata e glândulas bulbouretrais. órgãos sexuais externos: incluem o pênis, a porção distal da uretra e o escroto. E de acordo com a função desempenhada, organizam-se em: órgão associado a gametogênese: testículosvias condutoras: epidídimos, ductos deferentes e uretra glândulas anexas: incluem as vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais órgãos de suporte: escroto órgão copulador: pênis 10 11 *Aula 8: Sistema Genital-FEMININO¹ Os órgãos do sistema reprodutor feminino estão localizados na pelve, uma cavidade osteomuscular e fascial, limitada por ossos, ligamentos e músculos.A genitália pode ser dividida em interna, correspondente ao útero, tubas uterinas, ovários e vagina, e externa, correspondente à vulva. Vista lateral Sistema reprodutor feminino ² 12 1.DESENVOLVIMENTO As aulas foram realizadas no laboratório, onde foram utilizadas peças sintéticas e peças cadavéricas nas quais foi possivel identificar as estruturas relacionadas no Roteiro de Aula Prática. Os professores descreveram e explicaram todas as estruturas, sem faltar alguma, e logo em seguida os alunos visualizaram as mesmas nas peças anatômicas. Todos os temas e estruturas que citados no Roteiro foram abordados em todas as aulas. Os professores expuseram todos os assuntos de forma clara, objetiva, auxiliando na identificação visual nas peças anatomicas, bem como sanando as dúvidas que sirgiram ao decorrer das explicações. Ao final foram entregues questões aos alunos para serem respondidas e corrigidas pelo professor, que pontuou erros e orientou quando a resolução correta das mesmas. As questões estão anexadas ao fim da discussão dos resultados obtidos. 13 1 Marieb, Elaine Anatomia Humana/Elaine Marieb, Patrícia Willhelm, Jon Mallat: Tradução: Livia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz de Queiroz. Revisão Técnica: João Lachat, José Thomazini e Edson Libetti -- São Paulo: Pearson Education do Brasil,2014 Título Original: Human Anatomy 7⁰ Ed. American ISBN 972-85-430-0109-8 1.Anatomia Humana I. Willhelm, Patrícia Brady II. Mallat. III.Título 2 Marieb, Elaine Anatomia Humana/Elaine Marieb, Patrícia Willhelm, Jon Mallat: Tradução: Livia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz de Queiroz. Revisão Técnica: João Lachat, José Thomazini e Edson Libetti -- São Paulo: Pearson Education do Brasil,2014 Título Original: Human Anatomy 7⁰ Ed. American ISBN 972-85-430-0109-8 1.Anatomia Humana I. Willhelm, Patrícia Brady II. Mallat. III.Título 1- AULAS 1, 2 e 3- SISTEMA NERVOSO: 1.1:SISTEMA NERVOSO- UNIDADE FUNCIONAL¹: A unidade funcional do SN é o neurônio. Os neurônios, também chamados de células nervosas, são as unidades funcionais do Sistema Nervoso, responsáveis pela recepção, transmissão, comando e processamento de estímulos. Estruturalmente o neurônio é dividido em: Divisão Estrutural do Neurônio² *Corpo Celular¹:O corpo celular do neurônio é a porção que abriga o núcleo e as organelas citoplasmáticas dessa célula, sendo a região onde se inicia o estímulo 14 1 Marieb, Elaine Anatomia Humana/Elaine Marieb, Patrícia Willhelm, Jon Mallat: Tradução: Livia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz de Queiroz. Revisão Técnica: João Lachat, José Thomazini e Edson Libetti -- São Paulo: Pearson Education do Brasil,2014 Título Original: Human Anatomy 7⁰ Ed. American ISBN 972-85-430-0109-8 1.Anatomia Humana I. Willhelm, Patrícia Brady II. Mallat. III.Título 2 Tecido Nervoso, Universidade Federal de Alfenas, 2021. Disponível em: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-nervoso/ Acesso em: 30/04/2023 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 2 DALLEY, Arthur F. Anatomia orientada para a clínica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. elétrico que percorre o neurônio. Possui ramificações em sua extremidade denominadas dendritos. Os dendritos se assemelham a galhos de árvores e tem como função realizar a ligação de um neurônio com vários outros, além de receber estímulos de receptores de sensibilidade ou de outras células nervosas. *Axônio¹: O axônio é o prolongamento eferente do neurônio, que tem como função conduzir o impulso elétrico do corpo celular para o terminal sináptico. Possui tamanhos diferentes, e sua espessura está diretamente relacionada à velocidade de condução. No axônio, há a presença da bainha de mielina que recobre essa estrutura. Atua como um isolante elétrico, evitando a perda do impulso, além de aumentar a velocidade de condução desse estímulo (pode chegar a 400 km/h). São produzidas a partir das células de Schwann. Entre as bainhas de mielina, há os nódulos de Ranvier, onde o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio,pula diretamente de um nódulo para o outro (condução saltatória). Isso acelera a velocidade de condução. 15 1 Marieb, Elaine Anatomia Humana/Elaine Marieb, Patrícia Willhelm, Jon Mallat: Tradução: Livia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz de Queiroz. Revisão Técnica: João Lachat, José Thomazini e Edson Libetti -- São Paulo: Pearson Education do Brasil,2014 Título Original: Human Anatomy 7⁰ Ed. American ISBN 972-85-430-0109-8 1.Anatomia Humana I. Willhelm, Patrícia Brady II. Mallat. III.Título 2 _Imagem modificada de "Neurons and glial cells: Figure 2" e "Synapse," por OpenStax College, Biology (CC BY 3.0) 2 ADEL K. Afifi, RONALD A. Bergman. Neurologia funcional: texto e atlas. 2. ed. São Paulo: Roca, 2007 1- AULAS 1, 2 e 3- SISTEMA NERVOSO: 1.2- Meninges¹: Segundo Dalley(2001)², as meninges são membranas conjuntivas que revestem todo o sistema nervoso central, e estão localizadas logo abaixo do crânio. Essas membranas de origem mesenquimal, são constituídas por 3 folhetos: dura-máter aracnóide e pia-máter. Imagem: Meninges² Dura Mater¹'²: É a membrana mais superficial, firmemente aderida a calota craniana, sendo formada por tecido conjuntivo e rica em fibras colágenas, vasos e nervos. É composta por um folheto externo - vascularizado - e um folheto interno. É rica em inervações, sendo responsável por uma parte da informação sensitiva da região intracraniana, pois o encéfalo não apresenta receptores sensoriais. Além disso, essa 16 1 Neurônio, divisão morfológica, Editora Sanar. Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumo-sobre-neuronios Acesso em: 30/04/2024 1 SOBOTTA, Atlas de Anatomia Humana, volume 1 / editado por R. Putz e R. Pabst, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 2 SNELL, Richard S. Neuroanatomia clínica. 7ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo gan, 2011. membrana possui pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos, como a foice do cérebro - dividindo os dois hemisférios - e a tenda do cerebelo - separa o cerebelo do telencéfalo - por exemplo. Aracnóide²: É uma membrana mais delicada, localizada entre a dura máter e a pia-máter, carecendo de inervações e vascularizações. Possui diversas tubérculas, o que lhe confere semelhança de uma teia de aranha. Além disso, dela é derivada as granulações aracnóideas, que são responsáveis pela absorção do líquor. Pia Máter¹: É a membrana mais interna e a mais fina, porém resistente, sendo aderida firmemente ao encéfalo e a medula. Tem como função dá consistência/sustentação ao tecido nervoso, que se apresenta flexível. 17 1 Marieb, Elaine Anatomia Humana/Elaine Marieb, Patrícia Willhelm, Jon Mallat: Tradução: Livia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz de Queiroz. Revisão Técnica: João Lachat, José Thomazini e Edson Libetti -- São Paulo: Pearson Education do Brasil,2014 Título Original: Human Anatomy 7⁰ Ed. American ISBN 972-85-430-0109-8 1.Anatomia Humana I. Willhelm, Patrícia Brady II. Mallat. III.Título 2 Moore, Keith L. Anatomia orientada para a clínica / Keith L. Moore, Arthur F. Dalley, Anne M. R. Agur ; tradução Claudia Lúcia Caetano de Araújo. – 8. ed. – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2019.: il. Tradução de: Clinically oriented anatomy // ISBN 978-85-277-3459-2 3 SNELL, Richard S. Neuroanatomia clínica. 7ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo gan, 2011. 1- AULAS 1, 2 e 3- SISTEMA NERVOSO: 1.2- Liquor¹: O líquor ou líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquido cerebroespinhal , trata-se de um fluido aquoso e incolor localizado no espaço subaracnóideo (entre a meninge aracnoide e pia-máter) e entre as cavidades ventriculares, que envolve todo o SNC. Fluxo do LCR/ LIQUOR² Esse fluido atua como um amortecedor das estruturas cerebrais e medulares, além de fornecer nutrientes importantes para o cérebro, remover os resíduos provenientes das atividades cerebrais,e promover o equilíbrio da pressão intracraniana³ . 60% do líquor é formado nos plexos coroides, enquanto 40% é produzido no epêndima das paredes ventriculares. O líquor é produzido nos ventrículos laterais, passam pelos forames interventriculares em direção ao III ventrículo. Logo após, irá para o aqueduto 18 1 Moore, Keith L. Anatomia orientada para a clínica / Keith L. Moore, Arthur F. Dalley, Anne M. R. Agur ; tradução Claudia Lúcia Caetano de Araújo. – 8. ed. – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2019.: il. Tradução de: Clinically oriented anatomy // ISBN 978-85-277-3459-2 cerebral indo em direção ao IV ventrículo e saindo pelas aberturas laterais e medianas para o espaço subaracnoideo. Por fim, vão para as granulações aracnoideas para serem absorvidos. 19 1 Moore, Keith L. Anatomia orientada para a clínica / Keith L. Moore, Arthur F. Dalley, Anne M. R. Agur ; tradução Claudia Lúcia Caetano de Araújo. – 8. ed. – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2019.: il. Tradução de: Clinically oriented anatomy // ISBN 978-85-277-3459-2 1- AULAS 1, 2 e 3- SISTEMA NERVOSO: 1.3- Divisão Anatômica: SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)¹ O Sistema Nervoso Central é a região composta por encéfalo e suas subdivisões, além da medula espinhal. O sistema nervoso é um dos principais agentes responsáveis pelas extraordinárias capacidades humanas, além dos processos de perceber, agir, aprender e lembrar. O corpo humano possui mais de 100 bilhões de neurônios, as unidades funcionais deste sistema. Essas células são capazes de receber e transmitir informações por meio de sinapses químicas e elétricas. Este sistema é dividido, anatomicamente, em sistema nervoso central (SNC), formado pelo encéfalo e medula espinhal, e periférico (SNP), constituído por nervos e gânglios. 20 1 JACOBE, S.W; FRANCONE, C.A; Anatomia e Fisiologia Humana. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1982. 2 DALLEY, Arthur F. Anatomia orientada para a clínica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 21 2 SOBOTTA, Atlas de Anatomia Humana, volume 1 / editado por R. Putz e R. Pabst, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 1 TORTORA, G.J. Corpo Humano – Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 1- AULAS 1, 2 e 3- SISTEMA NERVOSO: 1.3.1: Encéfalo¹: Derivados da porção anterior do tubo neural, o encéfalo compreende o cérebro (telencéfalo e diencéfalo), cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo). Estas estruturas, contidas na cavidade craniana, juntam-se à medula espinhal para formar o SNC. Divisão Anatômica Encéfalo² Telencéfalo²: compreende os dois hemisférios cerebrais, separados superiormente por uma fissura longitudinal e conectados pelo feixe de fibras denominado corpo caloso, além da lâmina terminal. É composto pelos giros e sulcos cerebrais - seus conjuntos formam os lobos cerebrais. Morfologia externa: veremos no telencéfalo, seus acidentes externos(elementos demarcatórios, sulcos e giros), a distribuição da substância cinzenta e branca. A macroscópia da organização interna demonstra que cada hemisfério cerebral possui uma camada superficial de substância cinzenta, o córtex cerebral, que reveste um centro de substância branca ou centro semi oval (fibras de associação e projeção). No interior do qual existem massas de substância cinzenta, os núcleos da base. O lado esquerdo e direito do córtex cerebral são ligados por um feixe grosso de fibras nervosas chamado de corpo caloso. Os lobos são as principais divisões físicas do córtex cerebral. Reconhecemos no telencéfalo dois hemisférios direito e esquerdo, separados pela fissura longitudinal superiores, porém internamente unidos por fibras comissurais que formam o corpo caloso, comissura anterior e fórnice, formadas por substância branca, que interconectam e relacionam os dois hemisférios. Reconhecemos no 22 1 TORTORA, G.J. Corpo Humano – Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 2 ADEL K. Afifi, RONALD A. Bergman. Neurologia funcional: texto e atlas. 2. ed. São Paulo: Roca, 2007. telencéfalo dois hemisférios direito e esquerdo, separados pela fissura longitudinal superiores, porém internamente unidos por fibras comissurais que formam o corpo caloso, comissura anterior e fórnice, formadas por substância branca, que interconectam e relacionam os dois hemisférios. 23 1 ADEL K. Afifi, RONALD A. Bergman. Neurologia funcional: texto e atlas. 2. ed. São Paulo: Roca, 2007. 1 Resumo de sistema nervoso: histologia, SNC, SNP e autônomo, Editora Sanar, 2021. Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumo-de-sistema-nervoso-histologia-snc-snp-e-autonomo Acesso em: 30/04/2023 Diencéfalo¹: Situada na parte mediana e profunda do cérebro, o diencéfalo está recoberto totalmente pelos hemisférios, sendo visível apenas pela sua face inferior. Compreende as estruturas do tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todos no espaço do III ventrículo. TÁLAMO HIPOTÁLAMO SUBTÁLAMO EPITÁLAMO Divisão Anatômica do Diencéfalo² Hipotálamo: forma o assoalho do terceiro ventrículo e centro vital de controle de muitas funções corporais básicas: • relaciona-se de forma mais íntima com certas estruturas encefálicas, como a amígdala envolvido com as emoções; • em situações de ameaça articula a resposta visceral de luta-ou-fuga; comanda o Sistema Nervoso Autônomo (SNA); • após uma farta refeição assegura que o encéfalo esteja bem nutrido, comandos enviados ao SNA aumento do peristaltismo e redirecionamento do sangue para o sistema digestório; • regula o sono, a sede, a fome e o balanço hídrico do corpo; • papel-chave na motivação para a busca de alimento e sexo em resposta às necessidades corporais; • comanda as respostas corporais por intermédio de conexões com a hipófise liberação de hormônios tróficos na corrente sanguínea; 24 1 Resumo de sistema nervoso: histologia, SNC, SNP e autônomo, Editora Sanar, 2021. Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumo-de-sistema-nervoso-histologia-snc-snp-e-autonomo Acesso em: 30/04/2023 • controla a temperatura corporal. Tálamo: região de substância cinzenta localizada entre o tronco encefálico e o cérebro. • Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral; • atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral; • é responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processados; • também está relacionado com alterações no comportamento emocional, que decorre, não só da própria atividade, mas também de conexões com outras estruturas do sistema límbico (que regula as emoções); • envolve o terceiro ventrículo 25 Divisão Anatômica Tronco Encefálico¹ Conceito: É a parte do sistema nervoso central situado entre a medula espinhal e o diencéfalo, ventralmente ao cerebelo. Porção cranial do sistema nervoso segmentar, sua estrutura é constituída pelos núcleos dos nervos cranianos, núcleos próprios do Tronco Encefálico, fibras de passagem e formação reticular que por sua vez, se agrupam em feixes denominados tractos, fascículos e lemniscos. Bulbo ou Medula Oblonga (inferior) Ponte (média) Mesencéfalo (superior) • Formação reticular: é uma rede de células e fibras que se estende por todo tronco cerebral ocupando os espaços deixados pelos núcleos do tronco e é uma área até pouco tempo relativamente desconhecida de funções importantíssimas para a regulação da atividade neural. • IV ventrículo: cavidade do tronco situado entre o bulbo, ponte e cerebelo. • Aqueduto cerebral: cavidade do mesencéfalo. 26 1 TORTORA, Gerard J. DERRICKSON, Bryan. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 8ª ed. Artmed. 2012 Funções gerais-Tronco Encefálico¹ • recebe informações sensitivas de nervos cranianos e controla os músculos da cabeça; • contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula espinhal até outrasregiões encefálicas e, em direção contrária, do encéfalo para a medula espinhal; • regula a atenção, o sono e a vigília e controla a postura corporal, função mediada pela formação reticular complexa malha de neurônios e fibras que recebe aferências de várias regiões do corpo e da cabeça e ocupa a parte central do tronco encefálico distribui-se desde o mesencéfalo até o bulbo. Tronco Encefálico² 27 1 Anatomia E Fisiologia De Seeley VANPUTTE, C.L.; REGAN, J.L.; RUSSO, A.F. 10ª Ed. Porto Alegre, AMGH, 2016. Constituintes do tronco encefálico¹ • Bulbo ou medula oblonga: o bulbo apresenta uma porção fechada, mais caudal, que contém o canal central continuo com o da medula espinhal e, uma porção aberta, na qual o canal central se expande como quarto ventrículo. Limites: inferiormente, pelo plano horizontal que intersecta as radículas mais proximais do primeiro par de nervos raquidianos; superiormente, pelo sulco bulbo pontino; anteriormente, pela porção basilar do osso occipital e pelo processo odontoide do áxis; anteriormente, pelo cerebelo. TORTORA(2006): A superfície do bulbo é percorrida por diversos sulcos contínuos com os da medula espinal: fissura mediana anterior, sulcos laterais anteriores, sulcos laterais posteriores, sulco intermédio posterior e sulco mediano posterior. Esses sulcos delimitam estruturas no bulbo contínuas com os funículos medulares que caracterizam as áreas anterior, lateral e posterior do bulbo. Tronco encefálico¹ 28 1 Resumo de sistema nervoso: histologia, SNC, SNP e autônomo, Editora Sanar, 2021. Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumo-de-sistema-nervoso-histologia-snc-snp-e-autonomo Acesso em: 30/04/2023 Ponte¹ A “ponte”, no tronco encefálico, encontra-se situada entre o mesencéfalo, cranialmente e o bulbo ( ou medula oblonga ) distalmente. Em tal situação anatômica, encontra-se localizada ventralmente ao cerebelo e sobre a parte basilar do osso occipital. Na base da ponte podem ser notadas diversas estriações transversas, as quais percorrem sua superfície, sendo as mesmas, formadas por inúmeras fibras transversais que, por ali, passam. A convergência destas fibras formam, de cada lado da ponte, o “pedúnculo cerebelar médio” que, póstero-lateralmente, penetra, de cada lado, no hemisfério cerebral correspondente. Na ponte, em sentido longitudinal, e na região mediana de sua superfície ventral , encontramos o “sulco basilar”, no qual, se encontra alojada a “artéria basilar”. A ponte, encontra-se limitada com o bulbo (ou medula oblonga ), através do sulco bulbo-pontino. Neste “sulco bulbo-pontino” emergem, de cada lado da linha mediana, os nervos: abducente ( VIº ), facial ( VIIº ) e vestíbulo-coclear ( VIIIº ), sendo que, o nervo abducente ( VIº nervo craniano ), emerge do tronco encefálico, entre a região final (distal) da ponte e a “elevação das pirâmides bulbares”. No limite entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio, emergem as duas raízes do nervo trigêmeo, uma raiz maior, a sensitiva e uma raiz menor, a motora. 29 Mesencéfalo O mesencéfalo é o segmento mais curto do tronco encefálico, interpõe-se entre a ponte e o diencéfalo e sua maior parte se encontra na face posterior do crânio. Seu limite superior, que o separa do cérebro, é um plano horizontal entre os corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo. O mesencéfalo pode ser dividido posteriormente em teto e anteriormente em pedúnculos cerebrais direito e esquerdo, cada um dos quais sendo subdivididos em tegmento e base por uma lâmina pigmentada, a substância negra. No tronco encefálico, em sua visão dorsal, na área que corresponde ao teto do mesencéfalo, encontramos quatro eminências arredondadas, conhecidas pela denominação anatômica de “colículos” , sendo: dois superiores ( um para cada lado ) e dois inferiores, também, sendo um para cada lado. Os colículos superiores, são centros reflexos, relacionados aos estímulos visuais, enquanto os coliculos inferiores, são centros reflexos relacionados à audição. 30 1 Anatomia E Fisiologia De Seeley VANPUTTE, C.L.; REGAN, J.L.; RUSSO, A.F. 10ª Ed. Porto Alegre, AMGH, 2016. O cerebelo¹ O cerebelo, (em latim = pequeno cérebro) é um órgão importante para a manutenção da postura equilíbrio,coordenação dos movimentos e aprendizagem das habilidades motoras. Possui função fundamentalmente motora e funciona em nível inconsciente e involuntário. O cerebelo, localizado entre o cérebro e o tronco cerebral, desempenha papel 31 fundamental para a movimentação, controle da musculatura corporal e equilíbrio. Anatomicamente o cerebelo possui dois hemisférios conectados por uma linha chamada vérmis, cada hemisfério possui uma zona lateral e medial ou intermediária, além disso possui três lobos (anterior, posterior e flóculo-nodular), esses lobos são divididos por fissuras. Desses lobos o mais antigo é o lobo flóculo-nodular, que atua junto com o sistema vestibular para o controle do equilíbrio corporal. Sua composição é basicamente de substância cinzenta na área mais externa e, mais internamente, substância branca que é onde se encontra a maior parte dos seus núcleos de coordenação neural. 32 1 Corpo Humano: Fundamentos De Anatomia E Fisiologia TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. 10ª Ed. Porto Alegre, Artmed, 2017. MEDULA ESPINHAL¹ A medula espinhal é um tubo cilíndrico, formado por tecido nervoso e localizado em uma porção do interior da coluna vertebral. Tem como principais funções: Conduzir informações de diversas regiões do organismo para o cérebro e do cérebro para o organismo. Coordenar atividades musculares e reflexos. Essa estrutura se inicia a partir do bulbo (porção final do tronco encefálico), se estendendo por dentro dos forames da coluna vertebral (canal vertebral), estrutura que serve com proteção para a medula. SNP¹ 33 1 Corpo Humano: Fundamentos De Anatomia E Fisiologia TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. 10ª Ed. Porto Alegre, Artmed, 2017. A medula espinhal¹ é uma massa cilindróide de tecido nervoso constituinte do sistema nervoso central (SNC), sendo uma continuação do tronco cerebral que se estende do forame magno até a região das vértebras lombares L1 e L2. A medula espinhal não é uma estrutura isolada, está em contato com diversas outras estruturas, incluindo estrutura óssea: a coluna vertebral. A medula situa-se dentro do canal vertebral e durante seu desenvolvimento ocorre uma desproporção entre tamanho da coluna vertebral e medula espinhal, sendo que esta tem seu crescimento final até os quatro anos de idade, enquanto a estrutura óssea mantem crescimento até os 14 a 18 anos de idade. A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: cervical, torácica, lombar e sacro-coccígea, sendo composta de 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas. Além dos canais vertebrais, o líquor e as meninges (dura máter, aracnoide e pia-máter) estão ao redor da medula espinhal fornecendo proteção. Entre a dura-máter e o canal vertebral da região medular, há um espaço denominado cavidade epidural/peridural, onde há tecido conjuntivo que também realiza proteção. 34 1 Anatomia E Fisiologia De Seeley VANPUTTE, C.L.; REGAN, J.L.; RUSSO, A.F. 10ª Ed. Porto Alegre, AMGH, 2016. Anatomia interna da medula espinhal(ME)¹ A medula espinhal é composta por duas porções: a substância cinzenta e substância branca. A grande diferença entre a medula e a região cerebral é que, na medula, a região central é composta por substância cinzenta, enquanto a porção mais externa é composta por substância branca. Estrutura da ME² A substância cinzenta é conhecida como H medular, este que é um resquício da luz do tubo neural, região que agrupa corpos de neurônicos e células gliais. Dentre os marcos anatômicos importantes da substância cinzenta estão os cornos, o primeiro, dorsal ou posterior, corno lateral e corno anterior ou ventral. Os núcleos do corno posterior são a substância gelatinosa, região conhecida como “portão da dor”e, por fim, o núcleo dorsal de Clarke que se situa entre C8 e L3, responsável pela propriocepção inconsciente dos membros inferiores. A substância branca possui os funículos anterior, lateral e posterior. 35 1 Anatomia E Fisiologia De Seeley VANPUTTE, C.L.; REGAN, J.L.; RUSSO, A.F. 10ª Ed. Porto Alegre, AMGH, 2016. Vias ascendentes e descendentes da medula espinhal¹ Diversas vias estão envolvidas no trato medular, sendo elas as vias motoras, sensitivas, autonômicas e outras. Cada uma no seu respectivo espaço anatômico e funcionalidade. Vias ascendentes² As regiões medulares que captam estímulos periféricos levam as informações ao córtex cerebral para gerar uma resposta que pode ser motora, sensitiva ou cognitiva. Esta que também passa pela medula ao retornar com as informações para a pele ou musculatura e gerar a sensação e/ou ação física. Os componentes dessa via são: fasículo grácil, fascículo cuneiforme, trato espinocerebelar e trato espinotalâmico. Ainda nessas vias estão os fascículos grácil e cuneiforme, sendo eles responsáveis por levar informações sobre sensibilidade tátil (fino e epicrítico), propriocepção e vibração. O fascículo grácil emite informações dos membros inferiores e grande parte do tronco, até a região torácica baixa e abdominal. O fascículo cuneiforme é responsável por levar informações dos membros superiores, região torácica alta e região cervical. Ao chegar no nível cervical surge então o fascículo cuneiforme que se une ao grácil e ambos levam as informações supracitadas ao cérebro. O Trato espinocerebelar é responsável por levar informações da propriocepção inconsciente que auxiliam em processos de equilíbrio, por exemplo. O trato espinotalâmico se divide em lateral e anterior, reconhece informações de dor, temperatura, pressão e tato. Especificamente, o trato espinotalâmico lateral basicamente leva informações de dor e temperatura e o anterior está mais relacionado a tato leve e pressão. 36 3 Resumo de sistema nervoso: histologia, SNC, SNP e autônomo, Editora Sanar, 2021. Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumo-de-sistema-nervoso-histologia-snc-snp-e-autonomo Acesso em: 30/04/2023 VIAS MOTORAS E SENSORIAIS³ 37 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 Vias descendentes¹ A maior parte das fibras descendentes é originada no córtex cerebral ou tronco encefálico e realizam sinapse com neurônios medulares. Algumas vias terminam em neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo e outras fazem sinapse com neurônios da coluna posterior. Além disso, existem vias que terminam diretamente nos neurônios motores somáticos e permitem a interação com o meio externo. Estas são subdivididas em neurônios piramidais e neurônios extra-piramidais. O trato rubro-espinal também participa da motricidade voluntária, mas no sentido de modular, de coordenar a movimentação, uma vez que o núcleo rubro tem ligação próxima com o cerebelo. Os tratos reticulo-espinais são essenciais para os movimentos automáticos básicos como caminhar. Além disso, ele auxilia na criação de movimentos orientados externamente como estímulos visuais e auditivos. O trato vestíbulo-espinhal está relacionado à orientação postural, por exemplo, ao tropeçar algumas posições são conferias ao corpo como abrir os braços, alargar as pernas e posicionar o tronco para frente. Já o trato corticoespinal anterior é responsável pela motricidade voluntária da região axial, peitoral, de abdome, músculo reto-abdominal e outros. O trato teto-espinhal envolve o reflexo espontâneo de proteção, por exemplo, fechamento dos olhos, sendo uma resposta motora direcionada a proteção. 38 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO¹: O sistema nervoso periférico (SNP) capta os estímulos/informações nervosas detectados nos órgãos ou no meio externo e, então, encaminha elas ao sistema nervoso central, podendo ser a nível de medula e encéfalo. O SNP é formado pelas as estruturas localizadas fora deste esqueleto. Essas estruturas são os nervos, os gânglios e as terminações motoras e sensitivas. O SNP, a partir de um viés fisiológico, pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso visceral. Enquanto o primeiro está relacionado com a forma que o organismo interage com o meio ambiente externo a ele, o segundo está relacionado com o controle das vísceras para homeostasia corpórea. Tanto a divisão somático, como a divisão visceral, possuem um componente aferente e um outro eferente. Nervo² Nervos consistem em cordões esbranquiçados que atuam unindo o SNC aos órgãos periféricos. A depender da porção do SNC que estamos estudando, esse nervo pode ser dividido em nervos cranianos, caso estejam ligados ao encéfalo, e nervos espinhais, se estiverem ligados a medula espinhal. Em termos de nervos cranianos temos 12 pares, identificados por algarismos romanos: I Olfatório VII Facial II Óptico VIII Vestíbulo-coclear III Oculomotor IX Glossofaríngeo V Troclear X Vago V Trigêmeo XI Acessório VI Abducente XII Hipoglosso 39 40 Já os nervos espinais, são 31 pares e denominados conforme a posição em relação à medula e vértebras, assim distribuídas: Cervicais: 8 pares (C1-C8; o 1º par cervical está localizado ainda no início da medula oblonga). Torácicos: 12 pares (T1 – T12). Lombares: 5 pares (L1 – L5). Sacrais: 5 pares (S1 – S5). Coccígeo: 1 par 41 42 1 Anatomia E Fisiologia De Seeley VANPUTTE, C.L.; REGAN, J.L.; RUSSO, A.F. 10ª Ed. Porto Alegre, AMGH, 2016. Gânglios¹ Os gânglios são agrupamentos de corpos celulares de neurônios do SNP e constituem acúmulos de corpos de neurônios fora do SNC, sendo a maioria órgãos esféricos, protegidos por cápsulas conjuntivas e associados a nervos. Além disso, pelos gânglios também passam alguns axônios e há o tecido de suporte fibrocolagenoso frouxo. Podem ser classificados em sensitivos (aferentes) ou autônomos (eferentes), conforme a direção do impulso nervoso. Os ganglios sensitivos recebem fibras aferentes, que levam impulsos para o SNC. Alguns são associados aos nervos cranianos (gânglios cranianos) e outros se localizam nas raízes dorsais dos nervos espinhais (gânglios espinais). Os gânglios autonômicos são formações bulbosas dos nervosos do SNA, localizados no interior de determinados órgãos, como na parede do tubo digestivo. Não apresentam cápsula conjuntiva e seu estroma é a continuação do próprio estroma do órgão em que estão situados. Geralmente esses neurônios são multipolares, aparecendo com aspecto estrelado nos cortes histológicos, com camada incompleta de células satélites envolvendo o neurônio. Terminações livres² As terminações nervosas, localizadas na extremidade das fibras constituintes dos nervos, também segue a mesma divisão: uma motora, formada pela placa motora; e uma sensitiva, composta pelos exteroceptores (recebem estímulos do meio externo), visceroceptores (recebem estímulos dos órgãos internos) e proprioceptores (informam o SNC sobre a posição do corpo ou sobre a força necessária para a coordenação). 43 44 2 Starling, Iriam Gomes; Zorzi, Rafael Luiz de Andrade (2009). Corpo humano: Órgãos, sistemas e funcionamento. Rio de Janeiro: Senac. 232 páginas. ISBN 9788574582771 Aulas 4 e 5: Sistema Digestório: FUNÇÕES O sistema digestório degrada o alimento em moléculas pequenas, absorvíveis pelas células, que são usadas no desenvolvimento e na manutenção do organismo e nas suas necessidades energéticas. CONSTITUINTES: O sistema digestório é constituído pela cavidade oral, pela faringe, pelo tubo digestório (esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e canal anal) e seus anexos (pâncreas, fígado e vesícula biliar). Sistema Digestório/ Gastrointestinal² 45 1 Starling, Iriam Gomes; Zorzi, Rafael Luiz de Andrade (2009). Corpo humano: Órgãos, sistemas e funcionamento. Riode Janeiro: Senac. 232 páginas. ISBN 9788574582771 2 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 3 Marieb, ElaineAnatomia Humana/Elaine Marieb, Patrícia Willhelm, Jon Mallat: Tradução: Livia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz de Queiroz. Revisão Técnica: João Lachat, José Thomazini e Edson Libetti -- São Paulo: Pearson Education do Brasil,2014 Título Original: Human Anatomy 7⁰ Ed. American ISBN 972-85-430-0109-81.Anatomia Humana I. Willhelm, Patrícia BradyII. Mallat. III.Título Trato gastrointestinal superior¹ O trato gastrointestinal superior é composto pela boca, pela faringe, pelo esôfago e pelo estômago. Na boca, ocorre o processo de mastigação que, junto com a salivação, secreção das glândulas salivares (água, muco e enzima), degrada o amido pela ação da ptialina (que inicia o processo de digestão dos carboidratos presente no alimento), em maltose, e ainda faz os movimentos impulsionatórios que ajudam a deglutir o alimento, fazendo-o passar ao esôfago. A faringe²pertence tanto ao sistema respiratório como ao digestório.Ela auxilia no processo de deglutição (ato de engolir). O esôfago é o canal de passagem para onde o bolo alimentar é empurrado por meio de contrações musculares (movimentos peristálticos) até o estômago. No estômago, inicia-se o processo de quimificação, no qual atua a pepsina, enzima que transforma (quebra) as proteínas em peptídeos (cadeias menores de aminoácidos). O estômago é um órgão em formato de bolsa com o pH em torno de 2 (muito ácido). Ele pode ficar horas misturando o bolo alimentar em seu interior com a secreção gástrica (água, muco, ácido clorídrico e enzimas). O bolo alimentar torna-se mais líquido e ácido passando a se chamar quimo e vai sendo, aos poucos, encaminhado para o duodeno³ 46 1 Marieb, ElaineAnatomia Humana/Elaine Marieb, Patrícia Willhelm, Jon Mallat: Tradução: Livia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz de Queiroz. Revisão Técnica: João Lachat, José Thomazini e Edson Libetti -- São Paulo: Pearson Education do Brasil,2014 Título Original: Human Anatomy 7⁰ Ed. American ISBN 972-85-430-0109-81.Anatomia Humana I. Willhelm, Patrícia BradyII. Mallat. III.Título Trato Gastrointestinal Superior, TORTORA, 2005 47 1 Marieb, ElaineAnatomia Humana/Elaine Marieb, Patrícia Willhelm, Jon Mallat: Tradução: Livia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz de Queiroz. Revisão Técnica: João Lachat, José Thomazini e Edson Libetti -- São Paulo: Pearson Education do Brasil,2014 Título Original: Human Anatomy 7⁰ Ed. American ISBN 972-85-430-0109-81.Anatomia Humana I. Willhelm, Patrícia BradyII. Mallat. III.Título 2 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 48 1 Anatomia E Fisiologia De Seeley VANPUTTE, C.L.; REGAN, J.L.; RUSSO, A.F. 10ª Ed. Porto Alegre, AMGH, 2016. Trato gastrointestinal inferior¹ O trato gastrointestinal inferior é composto por 4 órgãos: Intestino delgado; Intestino grosso; Reto; Ânus. O intestino delgado é um tubo longo, com mais de seis metros de comprimento, que se inicia no estômago. Para adaptar-se ao espaço da cavidade abdominal, faz múltiplas curvas, chamadas de alças intestinais. É nele que se inicia a absorção dos alimentos, por meio das vilosidades que recobrem sua superfície interna.As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobras microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas. Em sua parede são produzidas as enzimas: peptidase (digestão de proteínas), maltase (digere a maltose), lactase (digere a lactose) e a sacarase (digere a sacarose). O intestino delgado se divide em duodeno, jejuno e íleo. O duodeno é a primeira parte do intestino delgado. Iniciando no piloro, ele realiza parte de seu trajeto atrás do peritônio, onde penetra para se ligar ao jejuno. Em forma de C, ele se divide em quatro partes: uma oblíqua, uma descendente, uma horizontal e uma ascendente, que se liga ao jejuno pela flexura duodenojejunal, ou ângulo de Treliz. Seu primeiro segmento é mais largo, e é conhecido como ampola, ou bulbo duodenal. No duodeno são lançadas a secreção do fígado, que chega pelo ducto colédoco, e a do pâncreas, que chega pelo ducto pancreático. No jejuno ocorre a maior parte da absorção dos alimentos. Ligado ao duodeno pela flexura duodenojejunal, ele se liga ao íleo em um ponto de junção ainda pouco conhecido, em virtude das semelhanças entre estes dois segmentos do intestino. O íleo, por sua vez, conecta-se ao intestino grosso pelo ósteo ileal, que permite a passagem dos restos alimentares e impede seu retrocesso O intestino grosso é dividido em quatro partes: Cólon ascendente (inclui o ceco, onde está localizado o apêndice), cólon transverso, cólon descendente, sigmóide e o reto. É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as 49 1 Anatomia E Fisiologia De Seeley VANPUTTE, C.L.; REGAN, J.L.; RUSSO, A.F. 10ª Ed. Porto Alegre, AMGH, 2016. fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. Fortíssimas ondas peristálticas, denominadas ondas de massa, ocorrem eventualmente e são capazes de propelir o bolo fecal, que se solidifica cada vez mais, em direção às porções finais do tubo digestório: os cólons, sigmoide e reto. São parte do intestino grosso: Ceco: É a porção inicial do intestino grosso segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do íleo com o ceco - válvula ileocecal. No fundo do ceco encontramos uma ponta chamada apêndice cecoide ou vermicular. Apêndice: É uma pequena extensão tubular terminada em fundo cego. Embora preso ao tubo digestivo e classificado como órgão acessório da digestão, o apêndice não é funcionalmente importante no processo digestório. Sua inflamação, denominada apendicite, é uma séria condição clínica que frequentemente exige intervenção cirúrgica. Cólon: É a região intermediária, um segmento que se prolonga do ceco até o ânus. Sigmoide: O sigmoide ou porção pélvica, é a seção do intestino grosso que liga a porção transversal do mesmo ao reto. Recebe o nome sigmoide pela sua aparência que lembra a letra "S" do alfabeto grego (sigma). O nome porção pélvica refere-se à região em que se encontra. É caracterizado por ser a parte do intestino na qual os movimentos peristálticos fazem maior pressão no bolo alimentar a fim de solidificá-lo e transformá-lo em fezes. Reto: É a parte final do tubo digestivo e termina no canal anal. Tem geralmente três pregas no interior e é uma região bem vascularizada. Pode ser examinado através do toque retal, retoscopia ou retosigmoideoscopia. É no canal anal que ocorrem as hemorroidas que nada mais são que varizes nas veias retais inferiores. O ânus é o último órgão do sistema, localizado na extremidade do intestino grosso. Controla a saída das fezes. 50 Órgãos do Trato Gastrointestinal inferior ¹ 51 1 Anatomia Humana Sistêmica E Segmentar FATTINI, C.A.; DÂNGELO, J.G. 3ª Ed. São Paulo, Editora Atheneu, 2011. A boca¹ ou cavidade oral, é a via de entrada para o trato gastrointestinal, contendo estruturas que auxiliam no processo digestivo. Os dentes trituram o alimento transformando-o em pedaços menores, a saliva umedece, lubrifica e inicia a digestão, e a língua mistura os fragmentos com a saliva, formando o bolo alimentar, e promove a sua deglutição. Cavidade oral, TORTORA, 2006 52 1 Anatomia Humana Sistêmica E Segmentar FATTINI, C.A.; DÂNGELO, J.G. 3ª Ed. São Paulo, Editora Atheneu, 2011. 2 Corpo Humano: Fundamentos De Anatomia E Fisiologia TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. 10ª Ed. Porto Alegre, Artmed, 2017. Os dentes¹ são estruturas duras inseridas no maxilar e na mandíbula, contendo aproximadamente 32 unidadesem um indivíduo adulto.Os dentes incisivos e caninos, com o auxílio dos pré- molares e molares, são os que cortam, rasgam, amassam e trituram os alimentos em fragmentos menores para facilitar o processo digestivo. A língua² é um órgão que auxilia no movimento do bolo alimentar tanto para a mastigação quanto para a mistura do alimento com a saliva. Também é responsável pela sensação dos sabores e do processo de fala. A face superior da língua é irregular devido a saliências do epitélio e do tecido conjuntivo frouxo subjacente - as papilas linguais. A língua é dividida em metades por um septo fibroso mediano que se estende por todo o seu comprimento e se fixa inferiormente no osso hioide. Em cada metade há dois conjuntos de músculos, são eles: Músculos Extrínsecos = genioglosso, hioglosso, condroglosso, estiloglosso e palatoglosso. Músculos Intrínsecos = longitudinal superior e inferior, transverso e vertical. 53 2 Corpo Humano: Fundamentos De Anatomia E Fisiologia TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. 10ª Ed. Porto Alegre, Artmed, 2017. 1 Corpo Humano: Fundamentos De Anatomia E Fisiologia TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. 10ª Ed. Porto Alegre, Artmed, 2017. As glândulas salivares¹ são estruturas presentes na cavidade oral e tem como função a produção e secreção da saliva, que possui enzimas responsáveis por manter a lubrificação da garganta e boca. A saliva é uma solução aquosa, com enzimas, glicoproteínas, eletrólitos e imunoglobulinas. Seu pH é de 6,4 a 7,4, podendo ser produzido aproximadamente 1 a 2 litro de saliva diariamente em um indivíduo adulto. A amilase salivar (ptialina) é uma das principais enzimas presentes na saliva, iniciando a digestão do amido e do glicogênio em maltose. PARES DE GLÂNDULAS SALIVARES¹ Glândula Parótida = é a maior glândula salivar, possuem uma forma achatada e está localizada a frente da orelha e atrás da mandíbula. Responsáveis por secretar a maior parte da saliva. Glândula Submandibular = são glândulas ovoides e está localizada sob o assoalho da boca. Glândula Sublingual = possuem forma de amêndoa e estão localizadas por baixo da língua. Glândulas Salivares² 54 1 Corpo Humano: Fundamentos De Anatomia E Fisiologia TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. 10ª Ed. Porto Alegre, Artmed, 2017. FARINGE¹'²: É um órgão que compreende tanto o Sistema Digestório quanto o Sistema Respiratório. Em relação aos alimentos, sua passagem na faringe ocorrerá na orofaringe e laringofaringe (hipofaringe), tendo como função a deglutição e passagem do alimento para o esôfago. Possui cerca de 12,5 cm de comprimento e é dividida em três porções: nasal, oral e laríngea. Esse órgão é revestido por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado na região contínua ao esôfago. Nas regiões próximas à cavidade nasal, por sua vez, é encontrado epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com presença de células caliciformes. Também apresenta muitas glândulas salivares menores, bem como as chamadas tonsilas. Porções da faringe Nasofaringe: é a primeira parte da faringe e está situada atrás do nariz. Ela se comunica com a cavidade nasal pelas coanas e é contínua com a orofaringe. A nasofaringe é separada da orofaringe pelo palato mole e é revestida por epitélio do tipo respiratório. Na parede lateral da nasofaringe, encontra-se uma abertura chamada de óstio faríngeo da tuba auditiva. É nessa abertura que desemboca a tuba auditiva, que é responsável por comunicar a parte nasal da faringe com a cavidade timpânica da orelha média. Essa comunicação permite que as pressões do ar externo e presentes dentro da cavidade sejam igualadas. Se, por um lado, essa comunicação é benéfica, por outro, permite que infecções da faringe propaguem-se em direção à orelha média. Orofaringe: é a porção oral da faringe. Ela é revestida por epitélio estratificado pavimentoso. Comunica-se com a cavidade oral por meio de aberturas chamadas de istmo das fauces. Laringofaringe: porção localizada posteriormente à laringe, por baixo do osso hioide. Essa porção da faringe abre-se na laringe e esôfago. 55 1 Corpo Humano: Fundamentos De Anatomia E Fisiologia TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. 10ª Ed. Porto Alegre, Artmed, 2017. 56 1 Corpo Humano: Fundamentos De Anatomia E Fisiologia TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. 10ª Ed. Porto Alegre, Artmed, 2017. O esôfago¹ é um tubo de aproximadamente 25 cm de comprimento que transporta o bolo alimentar da faringe para o estômago. Se localiza posteriormente à traqueia, começando na altura da 7ª vértebra cervical, além de perfurar o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e terminar na parte superior do estômago (esfíncter esofágico inferior). Segundo HAM & CORMACK. Op. cit., p. 627: É um tubo com cerca de 25cm de comprimento,que transporta o bolo alimentar da faringe para o estômago. A luz do esôfago encontra-se geralmente colapsada devido às pregas longitudinais, formadas pela mucosa e pela submucosa com a contração da camada muscular circular. Durante a deglutição, o esôfago distende-se, e essas pregas desaparecem. Como há atrito do bolo alimentar na sua superfície, ele é revestido por epitélio estratificado pavimentoso. Para diminuir esse atrito, o epitélio é lubrificado por um muco produzido pelas glândulas esofágicas da submucosa. Essas glândulas são tubuloacinosas compostas seromucosas. A porção seerosa é pequena e produz lisozima e pepsinogênio. Essas glândulas abrem-se na superfície epitelial através de um ducto de epitélio estratificado cúbico ou pavimentoso Devido à inervação do músculo estriado esquelético, ele exibe contração involuntária. Assim, a deglutição é iniciada na cavidade oral sob controle voluntário, mas continua-se pela faringe e pelo esôfago involuntariamente, por um reflexo autônomo. O peristaltismo da camada muscular é responsável pelo movimento do bolo alimentar para o estômago. Entretanto os componentes fluidos e semifluidos passam à porção inferior do esôfago por queda livre em consequência da força da gravidade quando a pessoa está de pé. Entre o esôfago e o estômago, há o esfíncter gastroesofágico que impede o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. Delimitando o esôfago, há a adventícia, cujo tecido conjuntivo é comum à traqueia e às demais estruturas do pescoço e do mediastino, ou a serosa quando ele é livre por 57 1 Corpo Humano: Fundamentos De Anatomia E Fisiologia TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. 10ª Ed. Porto Alegre, Artmed, 2017. 1 a 2cm após entrar na cavidade abdominal. Fonte: Netter & Machado. Atlas interativo de Anatomia Humana. 2004, Constrições do Esôfago 58 1 Marieb, ElaineAnatomia Humana/Elaine Marieb, Patrícia Willhelm, Jon Mallat: Tradução: Livia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz de Queiroz. Revisão Técnica: João Lachat, José Thomazini e Edson Libetti -- São Paulo: Pearson Education do Brasil,2014 Título Original: Human Anatomy 7⁰ Ed. American ISBN 972-85-430-0109-81.Anatomia Humana I. Willhelm, Patrícia BradyII. Mallat. III.Título Estômago¹ É uma porção dilatada do tubo digestório, onde o bolo alimentar é macerado e parcialmente digerido em uma pasta, o quimo (do grego chymos, suco). Em adultos, comporta 1,5L e, quando distendido, 3L. Anatomicamente, é dividido em: cárdia, fundo, corpo e piloro. A cárdia estende-se a partir da junção gastroesofágica por 2 a 3cm. O fundo é uma região em cúpula, por cima de um plano horizontal no cárdia, geralmente preenchida com gases. O corpo situa-se abaixo dessa linha, ocupa a maior parte do estômago e é onde se forma o quimo. O piloro é uma região afunilada, corresponde ao terço inferior e controla a liberação do quimo para o duodeno. Segundo ROSS & PAWLINA(2021): A muscular da mucosa comprime as glândulas do estômago, auxiliando na liberação da secreção. A camada muscular promove a agitação necessária para a mistura do alimento com as secreções da mucosa gástrica. Para isso, além das subcamadas circular e longitudinal de músculo liso, pode haver uma subcamada oblíqua,disposta internamente. Entre o estômago e o intestino delgado, a subcamada circular espessa-se no esfíncter pilórico, que impede a passagem do alimento até que ele seja convertido em quimo e força este para o intestino delgado. A mucosa e a submucosa formam pregas longitudinais, denominadas rugas. Elas se distendem quando o estômago está cheio. O epitélio é simples colunar, constituído pelas células mucosas superficiais. Seu citoplasma apical é repleto de vesículas de glicoproteínas, o que o torna palidamente corado com HE, mas muito corado com PAS. O núcleo é oval e basal.. O muco liberado é viscoso, semelhante a um gel e fica aderido ao epitélio; é rico em bicarbonato, contribuindo para a 59 1 Marieb, ElaineAnatomia Humana/Elaine Marieb, Patrícia Willhelm, Jon Mallat: Tradução: Livia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz de Queiroz. Revisão Técnica: João Lachat, José Thomazini e Edson Libetti -- São Paulo: Pearson Education do Brasil,2014 Título Original: Human Anatomy 7⁰ Ed. American ISBN 972-85-430-0109-81.Anatomia Humana I. Willhelm, Patrícia BradyII. Mallat. III.Título sua alcalinização. Ele protege o epitélio dos efeitos corrosivos do suco gástrico. Divisão Anatômica do Estômago² CÉLULAS DO SUCO GÁSTRICO¹ Células Mucosas = são células de superfície e de colo, que secretam muco para proteger as demais células do órgão contra o suco gástrico. Células Principais = produzem ao pepsinogênio (enzima gástrica inativa). Células Parietais = produzem ácido clorídrico (HCl), que ativa o pepsinogênio em pepsina e auxilia na captação da vitamina B12. A pepsina é uma enzima que inicia a digestão das proteínas no estômago. Células G = produzem o hormônio gastrina que estimula a secreção do suco gástrico, aumenta a motilidade do trato gastrointestinal e relaxa o esfíncter pilórico. Para que os alimentos ingeridos sejam misturados com as secreções gástricas, o estômago realiza vigorosas contrações, principalmente no seu terço inferior. Além disso, essas contrações auxiliam na quebra do alimento em partículas menores, caracterizando a digestão química. O esfíncter pilórico controla a passagem do quimo do estômago para o duodeno. 60 61 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. Intestino Delgado¹ É um tubo bastante longo, com cerca de 6m e é dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25cm), jejuno (cerca de 2,5m) e íleo (cerca de 3,5m). Nele a digestão é finalizada, e ocorre a absorção de nutrientes eletrólitos e água. A digestão é realizada pelas enzimas provenientes do pâncreas, que são despejadas no duodeno, e pelas enzimas presentes na membrana das células intestinais. Assim, os peptídios, os polissacarídeos eos triglicerídeos são degradados em suas unidades. O intestino delgado apresenta várias adaptações que aumentam a superfície de absorção: a mucosa e a submucosa formam pregas, com até 8mm de altura e 5cm de comprimento; o epitélio e o conjuntivo projetam-se nos vilos (ou vilosidades), que medem 0,5 a 1,5mm, e as células epiteliais possuem microvilos, de 1 a 3µm de comprimento. O epitélio evagina-se nos vilos e invagina-se em glândulas tubulares simples retas, as glândulas intestinais (ou de Lieberkühn). O epitélio do intestino é simples colunar com microvilos e células caliciformes. Há ainda as células enteroendócrinas e, na base das glândulas, as células de Paneth, e as células-tronco. As células epiteliais com microvilos são chamadas enterócitos. São células colunares, com 25µm de altura e 8 a 10µm de largura. O núcleo é ovoide e basal. O glicocálix contém várias enzimas, como peptidases, dissacaridases (lactase, sacarase e maltase), lipases e fosfatase alcalina. Essas células finalizam a digestão e realizam a absorção dos nutrientes. O epitélio evagina-se nos vilos e invagina-se em glândulas tubulares simples retas, as glândulas intestinais (ou de Lieberkühn). O epitélio do intestino é simples colunar com microvilos e células caliciformes. Há ainda as células enteroendócrinas e, na base das glândulas, as células de Paneth e as células-tronco. 62 2 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. Epitélio Intestino Delgado² As células epiteliais com microvilos são chamadas enterócitos. São células colunares, com 25µm de altura e 8 a 10µm de largura. O núcleo é ovoide e basal. O glicocálix contém várias enzimas, como peptidases, dissacaridases (lactase, sacarase e maltase), lipases e fosfatase alcalina. Essas células finalizam a digestão e realizam a absorção dos nutrientes. Segundo, Steves e Lower (2016): Na submucosa do duodeno e do jejuno, pode haver alguns nódulos linfáticos, mas, no íleo, no lado do tubo oposto à fixação do mesentério, eles são abundantes, e o seu conjunto foi denominado placas de Peyer. Elas contam geralmente com 20 a 30 nódulos linfáticos, mas podem alcançar 300 nódulos na puberdade. Medem 1 a 12cm de comprimento e 1 a 2,5cm de largura. 63 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. Intestino GROSSO¹ Possui cerca de 1,5m de comprimento e 6,5cm de diâmetro. É subdividido em: ceco, apêndice (divertículo vermiforme do ceco), colo (ou cólon) ascendente, transverso, descendente e sigmoide e reto. No intestino grosso, não há vilosidades, mas o epitélio invagina-se nas glândulas intestinais (ou de Lieberkühn), que são glândulas exócrinas tubulares simples retas. O epitélio é simples colunar com microvilos e células caliciformes. Ele contém ainda células-tronco e células enteroendócrinas. No ceco e no apêndice, há também as células de Paneth.No intestino grosso, ocorre a absorção de água e de sais inorgânicos, levando à formação do bolo fecal. Para isso, as células colunares apresentam microvilos na superfície apical e Na+ -K + ATPases nas membranas laterais. As células caliciformes estão em grande número, e o muco contribui para a compactação do bolo fecal e facilita o deslizamento deste, lubrificando a superfície epitelial.194,195 Nódulos linfáticos são encontrados na lâmina própria e na submucosa, principalmente no apêndice de crianças. A riqueza em tecido linfoide está relacionada ao acúmulo de bactérias. A muscular da mucosa consiste de duassubcamadas: uma circular e outra longitudinal A camada muscular apresenta também uma subcamada circular e uma subcamada longitudinal. Esta última, no ceco e no colo, espessa-se em três faixas equidistantes, as tênias do colo (do latim taenia, faixa), que podem ser visualizadas ao nível macroscópico. O tônus constante das tênias forma pregas no intestino, chamadas saculações.O ceco, o apêndice e parte do colo são recobertos pela serosa. O restante do colo e o reto possuem adventícia. 64 Estruturas anatomicas Intestino Grosso Netter. Atlas de anatomia humana. 5 ed°, 2011. 65 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. Canal anal¹ É um tubo de 3 a 4cm É um tubo de 3 a 4cm de comprimento, que transporta do reto para o exterior os resíduos do alimento ingerido, ou seja, as fezes. Na porção superior, o canal anal tem uma mucosa semelhante à do reto, com epitélio simples colunar com microvilos e células caliciformes e glândulas de Lieberkühn. O epitélio passa a ser estratificado colunar ou cúbico e depois pavimentoso. As glândulas anais (glândulas tubulares ramificadas mucosas) abrem-se na junção retoanal. A pele perianal apresenta epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. 66 1 Anatomia humana/Biblioteca UniversitáriaPearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. Glândulas Anexas do Sistema Digestório¹: O pâncreas é um órgão situado posteriormente ao estômago, considerado uma glândula mista por possuir secreção endócrina (ilhotas de langerhans, células alfa e células beta) e exócrina (ácinos pancreáticos). Netter, 2011 Os ácinos pancreáticos são glândulas, que produzem uma série de enzimas digestivas formando o suco pancreático. Será liberado diretamente no duodeno, juntamente com a bile, conduzido através do ducto pancreático e ducto colédoco. SUCO PANCREÁTICO¹ O suco pancreático é um líquido claro, composto em sua maioria por água, sais, bicarbonato de sódio e enzimas, possuindo pH levemente alcalino com o intuito de interromper a ação da pepsina vinda do estômago, diminuindo a acidez. 67 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. Fígado¹: O fígado é a maior glândula do organismo, localizado abaixo do diafragma, na porção superior direita do abdômen, que contém diversas funções para o funcionamento do organismo. No Sistema Digestório, esse órgão é responsável pela produção da bile, que é uma substância originada pelas células do fígado, hepatócitos. É envolvido pelo peritônio, exceto onde se adere ao diafragma e a outros órgãos, e por uma cápsula de tecido conjuntivo denso modelado. A cápsula é mais espessa no hilo (a porta do fígado), por onde o tecido.conjuntivo penetra no órgão, conduzindo a artéria hepática e a veia porta, que entram, e os vasos linfáticos e os ductos hepáticos direito e esquerdo, que saem. A artéria hepática traz sangue oxigenado e com os quilomícrons. A veia porta traz sangue venoso dos intestinos, do pâncreas e do baço, portanto, rico em nutrientes, em hormônios pancreáticos e em produtos da degradação da hemoglobina. Os ductos hepáticos retiram a bile do fígado. O sangue sai através das veias hepáticas localizadas na região posterior do fígado. Essas veias drenam para a veia cava inferior. 68 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. Vesícula Biliar¹ É um órgão oco, piriforme, com 3 a 5cm de diâmetro e 10cm de comprimento e capacidade para 50mL, situado na superfície inferior do fígado. Divide-se anatomicamente em: colo, o qual se une ao ducto cístico; corpo, que é a maior parte, e fundo, a extremidade cega.A bile produzida no fígado é armazenada e concentrada na vesícula biliar. A mucosa forma pregas quando o órgão está vazio. O epitélio é simples colunar com microvilos Estes aumentam a superfície para a absorção de água e eletrólitos. A água e os íons Cl acompanham os íons Na+ transportados ativamente pelas Na+ -K + ATPases presentes na membrana basolateral. Dos espaços intercelulares, os íons entram nos capilares fenestrados e nas vênulas do tecido conjuntivo frouxo da lâmina própria Cortes transversais das partes profundas das pregas lembram glândulas. As glândulas são restritas ao colo. Elas são glândulas mucosas, cuja secreção lubrifica a luz dessa região. A túnica muscular é constituída por feixes entrelaçados de músculo liso, com fibras colágenas e elásticas. Subjacente há tecido conjuntivo denso não modelado contínuo à cápsula do fígado (adventícia) ou recoberto por mesotélio (serosa ou peritônio visceral)A bile sai da vesícula biliar pelo ducto cístico e é liberada no duodeno pelo ducto biliar comum (ou colédoco), que se continua ao ducto hepático comum. O ducto biliar comum apresenta um esfíncter que regula o fluxo da bile para o duodeno. A bile promove a emulsificação dos lipídios, facilitando a digestão pelas lipases e sua absorção. 69 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. 70 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. Aulas 6 e 7: Sistema Urinário¹ Com a principal função de filtrar o sangue para eliminar substâncias como ureia, ácido úrico e creatina, o sistema urinário nós protege contra o risco de toxicidade. Outras funções do sistema urinário são: estimular a produção de hemácias, regular a composição e o pH do líquido intersticial e a pressão sanguínea Os rins, os ureteres, a bexiga urinária e a uretra são os órgãos que constituem o sistema urinário. Segundo GADNER, O Sistema renal é constituído por dois órgãos denominados rins, os quais realizam a maior parte das funções de excreção, filtrando o sangue e recolhendo deste os resíduos metabólicos de todas as células do corpo Sanar Med (2021) Este sistema apresenta estruturas condutoras chamadas de vias urinárias que são, pelve renal, ureteres, bexiga urinária e uretra, estes são responsáveis por retirar e conduzir a urina, produzida pelos rins, juntamente com sais minerais, metabólitos, íons e todo tipo de substância que esteja em excesso para fora do organismo. A urina produzida pelos rins é o veículo no qual há eliminação de água, sais minerais, íons, resíduos metabólicos, enfim, substâncias que em excesso causam 71 um desequilíbrio fisiológico em nosso organismo (DI DIO, 1999; GARDNER, 1998; DOUGLAS, 2001/2002 A, B, C; DÂNGELO; FATTINI, 2006; MOORE,2007). 72 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. Anatomia renal¹ Os rins são dois órgãos do nosso corpo que se encontram na porção mais posterior do abdome, sendo, então, órgãos retroperitoneais. Com seu formato comparado com um grão de feijão, tem um tamanho de aproximadamente 12 cm de cima a baixo, 6 cm de direita à esquerda e 3 cm de frente para trás. Encontram-se um em cada lado do corpo, um direito e um esquerdo, sendo que o rim direito está a nível das vértebras L1 a L3, um pouco mais baixo que o esquerdo, que se encontra a nível das vértebras T11 a L2, por conta do fígado que ocupa um pequeno espaço que o rim direito deveria ocupar, empurrando-o ligeiramente abaixo. Ambos possuem cor vermelho escuro no córtex renal e na medula renal a coloração está mais rosada e seu peso varia de 120 a 140g. 73 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. Os rins¹ fazem relação, ou seja, uma espécie de fronteira com algumas estruturas, sendo estas: Rim direito: em sua porção anterior, tem relação com a glândula suprarrenal direita, o fígado, a segunda porção do duodeno e com o ângulo cólico direito; e posteriormente, suas relações estão com o diafragma, músculo quadrado lombar, músculo psoas maior e com ramas colaterais do plexo lombar. Rim esquerdo: em sua porção anterior, tem relação com a glândula suprarrenal esquerda, baço, estômago, pâncreas, ângulo duodeno jejunal e ângulo cólico esquerdo; posteriormente está relacionado com o diafragma, músculo quadrado lombar, músculo psoas maior e ramos terminais do plexo lombar. Rim esquerdo: em sua porção anterior, tem relação com a glândula suprarrenal esquerda, baço, estômago, pâncreas, ângulo duodeno jejunal e ângulo cólico esquerdo; posteriormente está relacionado com o diafragma, músculo quadrado lombar, músculo psoas maior e ramos terminais do plexo lombar. 74 Ureter¹ É um órgão muscular que conduz a urina do rim até a bexiga. Assim como os rins, são em número de dois. Cada um mede aproximadamente 25 cm. O ureter atravessa obliquamente a parede da bexiga, de modo que se forme uma válvula que impedeo refluxo da urina. O ureter é composto por três túnicas, que são as seguintes: • Túnica Mucosa: epitélio de revestimento + lâmina própria – É constituído pelo epitélio de revestimento de transição, é um epitélio estratificado cuja camada mais superficial é formada por células globosas, nem pavimentosas e nem prismáticas. A forma dessas células muda de acordo com o grau de distensão do órgão, podendo ficar achatadas quando o mesmo estiver repleto. – Lâmina própria constituída de tecido conjuntivo que varia de frouxo ao denso. Túnica Muscular – É constituída por uma camada longitudinal interna e circular externa. Na parte proximal da uretra, a musculatura da bexiga forma o esfíncter interno da mesma. O ureter atravessa obliquamente a parede da bexiga, de modo que se forma uma válvula que impede o refluxo de urina. A parte do ureter colocada na parede da bexiga mostra apenas o músculo longitudinal cuja contração abre a válvula e facilita a passagem da urina do ureter para a bexiga. Túnica Adventícia- constituída por Tecido Conjuntivo Fibroelástico que reveste externamente o ureter. 75 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. Bexiga¹ É um órgão que recebe a urina formada pelos rins, armazena-a por algum tempo e a conduz ao exterior à medida que aumenta a quantidade de urina dentro da bexiga, o que faz com que se eleve a pressão endovesical (normalmente 10 cm de água) e, por volta de 200-300 ml, desencadeie o reflexo da micção. A bexiga também é composta por três túnicas, que são as seguintes: • Túnica Mucosa – Epitélio estratificado de transição (polimorfo). – Lâmina própria de tecido conjuntivo denso. • Túnica Muscular – É constituída por uma camada longitudinal interna e circular externa. • Túnica Adventícia- envolve externamente a bexiga, constituída por tecido conjuntivo fibroelástico. Em sua porção superior, a bexiga possui uma pequena região revestida por uma membrana serosa (peritônio) 76 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. 77 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. 2012 Uretra¹: É um tubo que conduz a urina da bexiga para o exterior, durante o ato da micção. Nos homens, a uretra dá passagem ao esperma na ejaculação. Já nas mulheres é um órgão exclusivo do sistema urinário. A uretra masculina possui três porções: a prostática, a membranosa e a cavernosa ou peniana. Uretra prostática: inicia-se na bexiga e atravessa a próstata. Tem aproximadamente 3-4 cm de comprimento. É onde desembocam os dois ductos ejaculadores, pelos quais passa o esperma. É revestida por epitélio de transição. Uretra membranosa: tem 1cm de extensão e é revestida por epitélio pseudo- estratificado colunar. Nessa parte da uretra existe um esfíncter de músculo estriado: o esfíncter externo da uretra. Uretra peniana ou cavernosa: localiza-se no corpo cavernoso do pênis. Apresenta epitélio pseudo-estratificado colunar, com áreas de epitélio estratificado pavimentoso. As glândulas de Littré são do tipo mucoso e encontram-se em toda uretra, predominando na parte peniana. A uretra feminina é um tubo de 4-5 cm de comprimento, revestido por epitélio de transição com áreas de epitélio pavimentoso estratificado. Possui um esfíncter de músculo estriado, o esfíncter externo da uretra, próximo à sua abertura no exterior. 78 1 Anatomia humana/Biblioteca Universitária Pearson.- São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ed. Rio de janeiro:Elsevier, 2011. 2012 *Aula 8: Sistema Genital/Reprodutor¹ Sistema Reprodutor compreende ao conjunto de órgãos responsáveis pela reprodução humana, a partir das relações sexuais. Se diferem de acordo com o sexo do indivíduo e possuem grande influência do Sistema Endócrino, pois os processos hormonais são fundamentais para o desenvolvimento dos órgãos sexuais. Sistema reprodutor feminino/Funções: Produção de óvulos a partir dos ovários Produção de estrógeno e progesterona Nutrição e acomodação do feto Regulação do ciclo menstrual Permite a implantação do embrião no útero. Sistema Reprodutor Masculino/Funções: Produção e transporte de espermatozoides Produção de testosterona Produção do líquido seminal (esperma) Introdução dos gametas na genital feminina 79 Os componentes do sistema reprodutor incluem¹: as gônadas; um trato reprodutor ou genital interno; glândulas e órgãos acessórios; órgãos genitais externos. As gônadas – testículos nos homens e ovários nas mulheres – têm função dupla: produzem gametas e secretam hormônios sexuais. Assim, desempenham também uma função endócrina, a qual é regulada pelo eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal. A gametogênese normal nas gônadas e o desenvolvimento e fisiologia do trato reprodutor são dependentes da função endócrina das gônadas. O trato genital está envolvido em vários aspectos do desenvolvimento, função, transporte e armazenamento dos gametas. Nos homens, é composto por ductos que recebem, armazenam e transportam os gametas. Na mulher, o gameta percorre as curtas tubas uterinas que se abrem no interior do útero, um órgão muscular, permitindo, assim, a fertilização, a implantação e a gestação. Uma curta via de acesso, a vagina, conecta o útero ao ambiente externo. Figura: Vista inferior do períneo masculino. Fonte: VANPUTTE, C.L.; REGAN, J.L.; RUSSO, A.F. Anatomia E Fisiologia De Seeley. 10ª Ed. Porto Alegre, AMGH, 2016. 80 1 Anatomia E Fisiologia MARIEB, E. N.; HOEHN, K. 3ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. - Anatomia Humana Sistêmica E Segmentar FATTINI, C.A.; DÂNGELO, J.G. 3ª Ed. São Paulo, Editora Atheneu, 2011. - Berne E Levy - Fisiologia KOEPPEN, B.M.; STANTON, B.A. 7ª Ed. Rio De Janeiro, Guanabara Koogan, 2018. Fonte: CÉSAR & CEZAR. Biologia. São Paulo, Ed Saraiva, 2002 81 Sistema reprodutor Masculino¹: O sistema reprodutor (ou genital) masculino é formado por: testículos;vias espermáticas: epidídimos, ductos (ou canais) deferentes, ductos ejaculatórios, uretra;glândulas anexas: vesículas seminais, próstata, glândulas bulbouretrais; pênis;escroto (bolsa escrotal ou saco escrotal). Os genitais masculinos internos incluem os testículos, epidídimos, ductos deferentes, ductos ejaculatórios, próstata, glândulas (vesículas) seminais, uretra e glândulas bulbouretrais. Os testículos produzem os espermatozoides e secretam hormônios. Um sistema de ductos transporta, armazena e auxilia na maturação dos espermatozoides, transportando-os para o exterior. O sêmen contém os espermatozoides mais as secreções fornecidas pelas glândulas sexuais acessórias. Os testículos (direito e esquerdo) são as gônadas masculinas. Eles estão situados numa bolsa músculo-cutânea denominada escroto, a qual está localizada na região anterior do períneo, logo atrás do pênis. Fonte: GOWDAK, D.; GOWDAK, L.H. Atlas de anatomia humana. São Paulo, FTD, 1989. Cada testículo tem forma ovoide com aproximadamente 5 cm de comprimento, 3 cm de largura e 2,5 cm de espessura, pesando entre 10 e 15 g. Os testículos são cobertos por uma grossa cápsula de tecido conjuntivo denso (túnica albugínea) e divididos em cerca de 300 lóbulos por septos fibrosos. Em cada lóbulo existem de 82 duas a quatro alças de túbulos seminíferos, cada uma delas finalizando em uma rede anastomosada de túbulos denominada rede testicular (rede do testículo ou rete testis). A rede testicular é contínua com pequenos ductos, os dúctulos eferentes, que levam os espermatozoides do testículo para a cabeça do epidídimo, no polo superior do testículo. Uma vez no epidídimo, os espermatozoides passam da cabeça para o corpo e para a
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