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Roteiros Toxicologia e Análises Toxicológicas Manual de Estágio Disciplina: Toxicologia e Análises Toxicológicas Título da Aula: Padronização de Fármacos por Cromatografia em Camada Delgada (CCD) AULA 1 OBJETIVO: Padronizar o comportamento do fármaco na realização de testes rápidos utilizados como triagem da exposição do organismo a fármacos ou drogas. AMOSTRA Padrões 1. Ácido salicílico REAGENTES E SOLUÇÕES Agentes cromogênicos: 1. Solução de cloreto férrico (FeCl3) 5% SISTEMA SOLVENTE: Cuba ácida: clorofórmio: acetona (9:1) TÉCNICA 1. Aplicar de 5 a 10 µL (5 a 10 µg) da solução padrão em uma placa cromatográfica, por meio de tubos capilares ou micropipetas. Deve-se atentar que o diâmetro do solvente não deve ultrapassar 5 mm, uma vez que manchas muito grandes podem descaracterizar a identificação da substância. Um secador Serviço Social de cabelo a frio pode ser utilizado para evaporar o solvente mais rapidamente e aplicar a 2,0 cm da borda inferior da placa. 2. Colocar a cromatoplaca em uma cuba de desenvolvimento previamente saturada contendo o sistema solvente clorofórmio: acetona (9:1). Após o desenvolvimento das placas (10 cm, a partir do ponto de aplicação), retirá-las das cubas e deixá-las a temperatura ambiente para a completa evaporação do solvente, sob capela. 3. A seguir, revelar a cromatoplaca com FeCl3 e avaliar o comportamento da mancha. 4. Expressar os resultados segundo a forma da mancha, cor da mancha e Rf, em que: Rf = distância percorrida pelo analito distância percorrida pela fase móvel hRf = Rf x 100; utiliza-se o hRf para evitar o uso de decimais. MATERIAIS QUANTIDADE Acetona 100 mL Ácido acético 50 mL Clorofórmio 500 mL Éter de petróleo 100 mL Fe(NO3)3.9H2O Nitrato férrico nanohidratado 40 g Iodeto de Potássio 4,0 g Metanol 100 mL NaOH 1 g Nitrato de bismuto 2,0 g Solução de cloreto férrico 10 g Sulfato de sódio 10 g Manual de Estágio EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Placas cromatográficas de sílica gel (0,25 mm de espessura) 1 Capilar de vidro para aplicação em cromatografia 2 Cubas de vidro 1 Nebulizadores 1 Bomba a vácuo 1 Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança. QUESTÕES NORTEADORAS 1. Um paciente foi encontrado com hipertermia, zumbido no ouvido, acidose metabólica e alcalose respiratória. Em um teste rápido por CCD, o resultado foi positivo para exposição a salicilatos. Não, porque a CCD é uma técnica de triagem. Após a confirmação na triagem, deve ser realizada uma análise por técnica confirmatória. 2. Durante a revelação, ao nebulizar o cloreto férrico, observou-se que a mancha característica dessa revelação não foi formada. Proponha sugestões que possam justificar e, consequentemente, corrigir essa situação. O ferro do cloreto férrico reage com a hidroxila fenólica do salicilato, gerando cor. Quando não há reação cromogênica, possivelmente a solução do cloreto férrico não foi preparada adequadamente. Serviço Social 3. Em uma placa de CCD podem ser aplicados e revelados mais padrões? Sim. Dependendo das substâncias que são reveladas, pode haver vários padrões na mesma placa de CCD. Uma das observações relevantes nesse contexto é que a aplicação dos padrões ou das amostras deve manter distância adequada entre os padrões, para que não haja interferência no desenvolvimento do analito, na placa cromatográfica. 4. Fármacos de caráter ácido podem ser aplicados na mesma placa, juntamente com os de caráter alcalino? Não, uma vez que a extração líquido/líquido separa substâncias de caráter ácido com as básicas. Manual de Estágio Disciplina: Toxicologia e Análises Toxicológicas Título da Aula: Triagem em Urina por Cromatografia em Camada Delgada (CCD) Extração Líquido/Líquido e Identificação de Fármacos por CCD AULA 2 OBJETIVO: Teste rápido como triagem da exposição do organismo a fármacos ou drogas de abuso e extração de substâncias em material biológico. AMOSTRA Padrões 1. ácido salicílico REAGENTES E SOLUÇÕES Agentes cromogênicos: Solução de cloreto férrico (FeCl3) 5% Sistema solvente: Cuba ácida: clorofórmio: acetona (9:1) Serviço Social TÉCNICA EXTRAÇÃO Extração de substâncias de caráter ácido e neutro 1. Colocar 10 mL da amostra (urina com ácido salicílico) em funil de separação (125 mL) e ler o pH; 2. Ajustar o pH entre 4,0 e 5,0 por meio de solução de H2SO4 1%; 3. Extrair com 20 mL da mistura clorofórmio: éter (3:1), agitando vigorosamente o funil por 1 minuto; 4. Deixar o funil em repouso por 5 minutos para a separação das fases; 5. Filtrar a camada orgânica sobre Na2SO4 1% anidro, previamente umedecido com a mistura clorofórmio: éter. Recolher o extrato em béquer; 6. Repetir os itens 3 e 4 recolhendo o filtrado no mesmo béquer; 7. Evaporar o solvente à secura e reservar o resíduo (Ra= ácido); 8. Desprezar o remanescente aquoso, que ficou no funil de separação. TÉCNICA DE IDENTIFICAÇÃO Após a volatilização dos solventes, proceder a análise do resíduo por cromatografia em camada delgada (CCD) nas condições previamente padronizadas. Manual de Estágio MATERIAIS QUANTIDADE Acetona 100 mL Ácido acético 50 mL Clorofórmio 500 mL Éter de petróleo 100 mL Fe(NO3)3.9H2O Nitrato férrico nonahidratado 40 g Iodeto de Potássio 4,0 g Metanol 100 mL NaOH 1 g Nitrato de bismuto 2,0 g Solução de cloreto férrico 10 g Sulfato de sódio 10 g EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Funil de separação (125 mL) 2 Bastão de vidro 1 Funil de vidro capacidade 100 mL 01 Béquer 100 mL 02 Bastão de vidro 01 Papel Universal pH 02 fitas Béqueres 100 mL 03 Placas cromatográficas de sílica gel (0,25 mm de espessura) 02 Capilar de vidro para aplicação em cromatografia 10 Cubas de vidro 2 Nebulizadores 1 Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança. Serviço Social QUESTÕES NORTEADORAS 1. No procedimento “Extrair com 20 mL da mistura clorofórmio: éter (3:1),” qual é o objetivo do clorofórmio? Explique, levando em consideração a dissociação do fármaco. Extrair os fármacos que estão na forma molecular. 2. Quais são as características que destacam a urina, o conteúdo gástrico e o sangue (plasma ou soro), como amostras biológicas, na toxicologia de urgência? URINA: Amostra biológica de escolha para triagem de fármacos, quando se trata de exposição aguda; grande volume disponível, facilidade na coleta, maior concentração na urina que no sangue. Inalterados ou na forma de produtos de biotransformação. SANGUE: Utilizado para controle terapêutico ou para direcionamento analítico, após testar positivo na CCD. CONTEÚDO GÁSTRICO: Grande quantidade obtida, os fármacos se encontram na forma inalterada. 3. Caso haja na amostra um analito de carácter ácido, um de caráter anfótero e outro de caráter alcalino, em qual fase do sistema heterogêneo líquido/líquido estarão cada uma das substâncias. A forma molecular sempre estará no solvente orgânico. Por isso é que se acidifica e alcaliniza a amostra, para a extração líquido-líquido. 4. Faça um fluxograma expondo a dinâmica de extração líquido/líquido de fármacos de caráter ácido, anfótero e alcalinos. Manual de Estágio Disciplina: Toxicologia e Análises Toxicológicas Título da Aula: Identificação de Aflatoxina por Cromatografia em Camada Delgada (CCD) AULA 3 OBJETIVO: Identificação de micotoxinas (aflatoxinas B1, B2, G1 e G2) presentes em alimentos, sementes, grãos ou rações, com extração por solventes orgânicos e Cromatografia em Camada Delgada (CCD). Preparação da amostra – Triture ou moa, de acordo com a natureza da amostra, a fim de que se obtenha massa homogênea, podendo utilizar liquidificador, moinho ou moedor de carne. Passe a amostra pela peneira de 20 mesh. Homogeneize novamente e retire uma subamostra de 30 g. Extração e purificação – Pese 30 g da amostra previamente homogeneizada e transfira para um frasco Erlenmeyer. Adicione cerca de 10 mL de água aquecida a 60 ºCpara facilitar a penetração do solvente orgânico nos tecidos hidrofílicos. Homogeneize com bastão de vidro. Adicione 100 mL de clorofórmio, tampe o frasco com algodão e agite manualmente por 30 segundos. Prossiga esta operação com agitador mecânico por mais 30 minutos. Filtre o extrato clorofórmico em funil de vidro com papel de filtro qualitativo. No caso de amostra de amendoim ou derivados, adicione pequena quantidade de celite* ao funil para acelerar a filtração. Colete 50 mL do extrato em outro frasco Erlenmeyer e evapore em banho-maria a 80 ºC até que todo o clorofórmio tenha sido eliminado. Ressuspender o resíduo com 50 mL de metanol, transfira quantitativamente para o funil de separação, adicione 50 mL da solução de NaCl a 4% e agite lentamente. Extraia as gorduras e os demais interferentes com três porções de 50 mL de hexano. Descarte a fração com hexano (superior). Recolha o extrato metanólico em béquer ou frasco Erlenmeyer. Serviço Social Transfira quantitativamente o extrato metanólico para um funil de separação limpo e extraia as aflatoxinas com 50 mL de clorofórmio, agitando o funil de separação suavemente por três minutos. Deixe as fases se separarem e recolha a inferior (clorofórmio) em frasco Erlenmeyer de 250 mL. Repita a operação com mais 50 mL de clorofórmio. Recolha o total de clorofórmio juntamente com o extrato da primeira partição e evapore em banho-maria a 80 ºC ou rotavapor a 50 °C a 60 °C. O resíduo deve ser transferido quantitativamente com clorofórmio para um frasco Erlenmeyer de 25 ou 50 mL e evaporado sob corrente de nitrogênio**. Para efetuar a cromatografia em camada delgada, dissolva o resíduo em clorofórmio em quantidade adequada, normalmente entre 200 a 500 µL e utilize banho de ultrassom por cerca de 30 segundos para assegurar total dissolução das aflatoxinas. Triagem das micotoxinas por cromatografia em camada delgada – Aplique em placa de sílica gel, 5 a 10 µL da amostra e alguns pontos de cada padrão, separadamente, fazendo sobrepor no segundo ponto do padrão 5 µL da amostra. Desenvolva o cromatograma em cuba previamente preparada para garantir a saturação com tolueno-acetato de etila-ácido fórmico (50:40:10). Remova a placa depois de 12 cm de desenvolvimento do solvente e seque. Observe o cromatograma sob lâmpada de luz UV de comprimento de onda longo. Excepcionalmente, na ausência do ácido fórmico, utilizar clorofórmio-acetona (90:10). * Na ausência da celite, preceder a filtração mesmo sem a utilização da substância. ** O fluxo de nitrogênio é sugerido, mas não obrigatório. A volatilização do solvente orgânico pode ocorrer por chapa de aquecimento. Manual de Estágio MATERIAIS QUANTIDADE Celite Clorofórmio 100 mL Metanol 300 mL Cloreto de sódio Cloreto de potássio 2 g Hexano EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Algodão 1 Agitador mecânico 1 Balão volumétrico 25 mL 1 Banho-maria ou rotavapor 1 Bastão de vidro 2 Béquer 500 mL 1 Cubeta para leitura no espectrofotômetro 2 Erlenmeyer de 25 ou 50 mL 1 Funil de separação 1 Lâmpada de luz UV de comprimento de onda longo 1 Liquidificador, moinho ou moedor de carne 1 Papel de filtro qualitativo 2 Peneira de 20 mesh 1 Placas cromatográficas de sílica gel (0,25 mm de espessura) 1 Rotavapor 1 Tubo de ensaio 2 Papel alumínio 1 Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança. Serviço Social REFERÊNCIAS ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official Methods of Analysis of the Association of Official Analytical Chemists.15 th ed., v. 2. Arlington: A.O.A.C., 1990, chapter 49. p. 1184-1199. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v.1, Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. 2. ed. São Paulo: IMESP, 1976. p. 323-325. PRZYBYLSKI, W. Formation of aflatoxin derivatives on thin-layer chromatographic plates. J. Assoc. Off. Analyt. Chem., v. 58, p. 163-164, 1975. VELASCO, J. Replacement of benzene as a solvent for aflatoxin standards. J. Am. Oil Chem. Soc., p. 938A-940A, 1981. STACK, M.E.; POHLAND, A.E. Colaborative study of a method for chemical confirmation of the identity of aflatoxin. J. Assoc. Off. Analy. Chem., v. 58, p. 110-113, 1975. QUESTÕES NORTEADORAS 1. Durante o método de extração das aflatoxinas, em um dos momentos, se orienta: “adicione 100 mL de clorofórmio”. Explique por que esse solvente orgânico é utilizado para essa extração e se a água fervente seria suficiente para essa extração. Sugestão: solicitar que o(a) aluno(a) analise a estrutura química das aflatoxinas. As aflatoxinas são lipossolúveis. Assim, são extraídas por solventes orgânicos. Manual de Estágio 2. Observe parte do procedimento analítico: “Observe o cromatograma sob lâmpada de luz UV de comprimento de onda longo”. Explique por que o método solicita que a análise seja realizada nesse espectro, ou seja, no UV. Sugestão: solicitar que o(a) aluno(a) analise a estrutura química das aflatoxinas. As duplas ligações das aflatoxinas, quando submetidas à radiação UV, por ressonância, fluorescem. 3. No procedimento “Recolha o total de clorofórmio juntamente com o extrato da primeira partição e evapore em banho-maria a 80 ºC”, há risco de perda do analito por degradação, por conta dessa elevada temperatura? Justifique sua resposta. As aflatoxinas toleram elevadas temperaturas. Serviço Social Disciplina: Toxicologia e Análises Toxicológicas Título da Aula: Determinação da Carboxihemoglobinemia AULA 4 OBJETIVO: Determinar os níveis de carboxihemoglobina de amostras biológicas para verificar se estão dentro dos limites máximos permitidos. AMOSTRA Sangue. Deve ser colhido no final da jornada de trabalho em vacutainer heparinizado e conservado a 4 ºC por, no máximo, uma semana. Para os fumantes devem ser colhidas duas amostras, antes e após a jornada de trabalho. REAGENTES E SOLUÇÕES � Sol. Tampão pH = 6,85: KH2PO4 (fosfato monobásico de potássio)/K2HPO4 (fostato dibásico de potássio) 0,1 M. � Sol. Hemolisante: diluir o tampão com água de 1:10. Preparar semanalmente. � Sol Diluente: dissolver 25 mg de hidrossulfito de sódio em 20 mL de sol. Tampão. Preparar antes do uso. Manual de Estágio TÉCNICA 1. Em tubo de ensaio com tampa, colocar 0,1 mL de sangue (amostra) e 12 mL de solução hemolisante. Agitar, deixar em repouso por 10 minutos. 2. Diluir 0,2 mL do hemolizado com 2,3 mL de solução diluente. Tampar. 3. Deixar a temperatura ambiente por 10 minutos. Ler a absorvâncias a 420 e 432 nm, usando como branco a solução diluente. CÁLCULO DA CARBOXIEMOGLOBINA % COHb = 1 – ( AR . F1) x 100 AR ( F2 – F1 ) – F3 + 1 SENDO: AR = Abs. 420 Abs. 432 F1 = Abs. Hb 432 Abs. Hb 420 F2 = Abs. HbCO 432 Abs.HbCO 420 F3 = Abs. HbCO 420 Abs. Hb 420 Serviço Social EM QUE: AR= A 420/ A 432 F1= A Hb red 432 / A Hbred 420 (1,3330) F2= A HbCO 432 / A Hb red 420 (0,4787) F3= A HbCO 420 / A Hb red 432 (1,9939) INTERPRETAÇÃO O Índice Biológico Permitido (IBMP) é de 3,5% e o Valor de Referência (VR) é < 1%, ambos para não fumantes. MATERIAIS QUANTIDADE Amostra de Sangue 2 mL KH2PO4 3 g K2HPO4 3 g Hidrossulfito de sódio 25 mg Água destilada 1 L EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Espectrofotômetro 01 Cubeta para leitura no espectrofotômetro 01 Tubo de Ensaio com tampa Capacidade 10 mL 03 Pipeta Capacidade 5 mL 02 Vórtex para Agitação 01 Manual de Estágio REFERÊNCIAS BEUTLER, E & WEST. C. Simplified determination of carboxihemoglobin. Clin. Chem, 30(6):871-4. 1984. Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança. QUESTÕES NORTEADORAS 1. Equívocos pré-analíticos, ou seja, os equívocos cometidos antes da análise toxicológica, não é incomum. Para evitar esses equívocos prioriza-se trabalhar com profissionais experientes e manter a equipede analistas informada. Imaginemos que um laboratório de análise toxicológica coletasse o sangue do trabalhador, para análise de HbCO, no início da jornada. O que você espera desse resultado analítico? Justifique sua resposta. Poderia dar um falso-negativo, uma vez que não teria havido exposição ocupacional, ao longo do dia. 2. Imagine que a solução diluente utilizada na técnica tenha tido algum problema de qualidade. Que tipo de interferência analítica haveria, caso você identificasse essa situação? Explique. Não haveria a redução de elementos cromóforos e consequentemente, haveria resposta analítica inconsistente. Serviço Social 3. Discorra sobre o risco de intoxicação de um trabalhador que apresenta como nível de HbCO igual a 3,0%. Ele apresenta risco de intoxicação? QUESTÃO 4. Discorra sobre o risco de intoxicação de uma pessoa não exposta ocupacionalmente ao CO e que apresenta como nível de HbCO igual a 3,0%. Ele apresenta risco de intoxicação? Manual de Estágio Disciplina: Toxicologia e Análises Toxicológicas Título da Aula: Determinação de Nitrito em Alimento AULA 5 OBJETIVO: Determinar os teores de nitrito como conservante em amostra de salsicha para verificar se estão dentro dos Limites Máximos Permitidos segundo a Legislação Brasileira preconizados pelo Ministério da Agricultura. AMOSTRA Salsichas. REAGENTES E SOLUÇÕES Solução I Tetraborato de sódio decahidratado (Na2B4O7. 10 H2O).........................................................50 g Água destilada até completar 1 L Solução II Ferrocianeto de potássio trihidratado K4Fe(CN)6 . 3H2O.......................................................106 g Água destilada até completar 1L. Serviço Social Solução III Acetato de zinco dihidratado Zn(CH3COO)2..................................................................220 g Ácido acetico glacial........................................................30 mL Água destilada até completar 1 L. Reagente Cromogênico. Solução de alfa-naftol: aquecer 360 mL de água destilada e 50 mL de ácido acético a 50 *C. Transferir esta solução para um frasco escuro contendo 0,25 g de ácido sulfanílico. Agitar até dissolver, adicionar 0,20 g de alfa-naftol agitando bem. Esfriar a temperatura ambiente e adicionar 90 mL de solução de NH4OH a 10%. O pH desta solução deverá ser 4,0 + 0,5. Solução tampão: em 500 mL de H2O destilada adicionar 20 mL de HCl concentrado. Agitar e adicionar 50 mL de NH4OH concentrado e diluir com água destilada até 1000 mL. O pH obtido é de 9,6 - 9,7. Solução padrão de nitrito: 0,25 g NaNO2 em 500 mL H2O. PROCEDIMENTO: Padronização (1) Transferir alíquotas de 1, 2, 4, 8 e 16 mL da solução padrão de nitrito de sódio em 5 diferentes balões volumétricos de 100 mL; adicionar 5 mL do tampão e completar com H2O destilada, q.s.p. 100 mL, a cada um dos balões. (2) Transferir 10 mL de cada alíquota da solução (1) para 5 diferentes balões volumétricos de 100 mL e completar com H2O destilada, q.s.p. 100 mL, a cada um dos balões. Manual de Estágio (3) Transferir 5 mL de cada uma das soluções (2) em tubos de vidro e acrescentar 10 mL de reagente cromogênico, 5 mL de água destilada e 5 mL da solução tampão a cada um dos diferentes tubos. (4) Deixar em banho de H2O a 30 ºC por 30 minutos. (5) Leitura espectrofotométrica em 474 nm, contra um branco. Obs.: O branco se constituirá de 10 mL do reagente cromogênico em 10 mL de água e 5 mL tampão (deixar em banho de água a 30 ºC por 30 minutos). Desproteinização Pesar 10 g do alimento homogeneizado em um béquer de 150 mL. Adicionar 5 mL da solução I (bórax) e cerca de 40 mL de água destilada, a temperatura acima de 70 C. Aquecer em banho de água fervente por 15 minutos, agitando frequentemente. Deixar esfriar a temperatura ambiente. Adicionar 2 mL da solução II (ferrocianeto de potássio) e 2 mL da solução III (acetato de zinco). Agitar vigorosamente após cada adição. Transferir a amostra para um balão volumétrico de 100 mL. Deixar o balão em repouso por 30 minutos a temperatura ambiente. Completar o volume com água destilada, q.s.p. 100 mL. Agitar o conteúdo do balão vigorosamente e filtrar em papel livre de nitritos. Determinar a concentração de nitrito presente nesta solução. Determinação de nitrito Pipetar 10 mL da solução desproteinizada da amostra de alimento para um tubo de ensaio. Adicionar 5 mL da solução tampão e 10 mL da solução de alfa-naftol. Deixar em banho de água a 30 *C, durante 30 minutos, esfriar a temperatura ambiente: ler em 474 nm. Calcular o valor de nitrito presente na amostra, usando a curva padrão previamente estabelecida. Serviço Social INTERPRETAÇÃO Segundo a Portaria nº 1.004 de 11 de dezembro de 1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, a quantidade residual máxima de nitritos e nitratos em produtos cárneos, excetuando-se o charque brasileiro, é de 150 mg/Kg e 300 mg/Kg, respectivamente, expressos como sal de sódio. MATERIAIS QUANTIDADE Acetato de zinco dihidratado - Zn(CH3COO)2 220 g Ácido acético 50 mL Ácido sulfanílico 0,25 g Ácido acetico glacial 30 mL Água Destilada 2 L Alfa naftol 0,20 g Amostra de salsicha 10 g Ferrocianeto de potássio trihidratado (K4Fe(CN)6 . 3H2O 106 g HCl 20 mL NaNO2 0,25 g NH4OH 50 mL NH4OH a 10% 90 mL Tetraborato de sódio decahidratado (Na2B4O7. 10 H2O) 50g Manual de Estágio EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Bageta de vidro 01 Banho de água fervente 01 Béqueres 100 mL 03 Cubeta para leitura no espectrofotômetro 01 Espectrofotômetro 01 Funil de vidro capacidade 100 mL 01 Papel de Filtro 02 Papel Universal PH 02 fitas Pipeta Capacidade 1 mL 02 Pipeta Capacidade 10 mL 02 REFERÊNCIAS ARAUJO, A. C. P. Determinação de nitratos e nitritos em alimentos destinados à população infantil. (Dissertação de Mestrado) – Apresentada à Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, 1988. LARA, W. H.; TAKAHASHI, M. Y.; SILVEIRA, N. Determinação de nitritos e nitratos em conservas de carne. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 38(2):161-166, 1978. MORIE, G. P. et al. Determination of Nitrate and Nitrite in Mixture with Nitrate ion eletrode. Ana. Clin. Acta., 60:397-403, 1972. Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança. Serviço Social QUESTÕES NORTEADORAS 1. Os nitritos e nitratos são substâncias químicas adicionadas intencionalmente nos alimentos, com alguns fins, como o de realçar as propriedades organolépticas do alimento e inibir a proliferação bacteriana. Sob a óptica toxicológica, qual é o significado de determinar os níveis desses sais, nos alimentos industrializados? São responsáveis pela formação do anidrido nitroso, que leva à formação dos compostos N-nitrosos, potencialmente carcinogênicos. 2. Pesar 10 g do alimento homogeneizado em um béquer de 150 mL. Adicionar 5 mL da solução I (bórax) e cerca de 40 mL de água destilada, a temperatura acima de 70 ºC. Explicar o objetivo da adição do bórax, no procedimento. O nitrito e nitrato podem ficar ligados a proteínas da carne e consequentemente, para serem determinados, se faz necessária a desproteinização. 3. Transferir alíquotas de 1, 2, 4, 8 e 16 mL da solução padrão de nitrito de sódio. Qual é a concentração de nitritos em cada um desses volumes?
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