Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA ROTEIRO PARA AULAS PRÁTICAS DISCIPLINA: TOXICOLOGIA E ANÁLISES TOXICOLÓGICAS 2 OBJETIVO: Teste rápido para como triagem da exposição do organismo a fármacos ou drogas de abuso PROCEDIMENTO: Padronização de fármacos por Cromatografia em Camada Delgada (CCD) MATERIAL Padrões: 1. ácido salicílico 2. cafeína 3. nicotina (extrair á partir do cigarro com álcool metílico) Agentes cromogênicos: 1. Solução de cloreto férrico (FeCl3) 5% 2. Solução de Dragendorff Iodado (DI). Preparação do Dregendorff Iodado (DI): solução A - 2 g de nitrato de bismuto + 25 mL de ácido acético, qsp 100 mL de água; solução B - 4,0g de KI, qsp 100 mL de água. Misturar 10 mL da solução A + 10 mL da solução B + 20 mL de ácido acético. Completar para 1000 mL, com água. Adicionar 20 g de iodo e agitar por 30 minutos. Sistema solvente: Cuba ácida: clorofórmio:acetona (9:1) Cuba básica: clorofórmio:metanol (4:1) Instituto de Ciências da Saúde CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: TOXICOLOGIA E ANÁLISES TOXICOLÓGICAS TITULO DA AULA: PADRONIZAÇÃO DE FÁRMACOS POR CCD AULA 1 3 TÉCNICA 1. Aplicar, por capilaridade, as soluções padrão 1 e 2 em uma cromatoplaca e os padrões 2 e 3, em uma segunda cromatoplaca. 2. Colocar a primeira cromatoplaca em uma cuba de desenvolvimento previamente saturada contendo o sistema solvente clorofórmio:acetona (4:1). A segunda cromatoplaca deverá ser colocada em uma cuba satura contendo o sistema solvente clorofórmio:metanol (9:1). Após o desenvolvimento das placas (10 cm), retirá-las das cubas e deixá-las à temperatura ambiente para a completa evaporação do solvente, sob capela. 3. A seguir, revelar a cromatoplaca 1 com FeCl3 e avaliar o comportamento da mancha*. Na mesma placa, aplicar DI e avaliar o comportamento da mancha. Na segunda placa, aplicar o DI, como agente cromogênico. * Expressar os resultados segundo a forma da mancha, cor da mancha e hRf. MATERIAIS QUANTIDADE Acetona 100 mL Ácido acético 50 mL Clorofórmio 500 mL Éter de petróleo 100 mL Fe(NO3)3.9H2O Nitrato férrico nonahidratado 40 g Iodeto de Potássio 4,0 g Metanol 100 mL NaOH 1 g Nitrato de bismuto 2,0 g Solução de cloreto férrico 10 g Sulfato de sódio 10 g EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Funil de separação (125 mL) 2 Bastão de vidro 1 4 Funil de vidro capacidade 100 mL 01 Béquer 100 mL 02 Bastão de vidro 01 Papel Universal pH 02 fitas Béqueres 100 mL 03 Placas cromatográficas de sílica gel (0,25 mm de espessura) 02 Capilar de vidro para aplicação em cromatografia 10 Cubas de vidro 2 Nebulizadores 1 Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: Compostos Mercuriais: Incineração. 5 OBJETIVO: Determinar as concentrações de salicilato em amostra de plasma para verificar se estão dentro dos padrões da monitorização terapêutica AMOSTRA Soro ou plasma (conservar a amostra em congelador quando a análise for feita em seguida à colheita). É estável pelo menos, por 6 meses a -18ºC. No caso de plasma, colher o sangue com seringa heparinizada. MATERIAL 1. Espectrofotômetro para a região do visível. 2. Agitador mecânico (tipo vórtex). 3. Solução-padrão de salicilato de 5 mg/mL. Dissolver 580 mg de salicilato de sódio em 100 mL de água destilada; adicionar gotas de clorofórmio como conservante e manter solução sob refrigeração (estável durante 6 meses). 4. Reativo de Trinder: dissolver, com aquecimento, 40g de HgCl2 em 850 mL de água destilada; resfriar, adicionar 120 mL de sol. HCl 1N, 40g de Fe(NO3)3.9H2O e completar o volume até 1L com água. Esta solução é estável por tempo indefinido. Obs. Atenção com o mercúrio: aquecimento em capela, sob exaustão. Vapores tóxicos! TÉCNICA 1. Transferir para tubo de centrífuga 1 mL de soro ou plasma. 2. Adicionar 5 mL do reativo de Trinder, agitar e centrifugar por 5 minutos (2000 rpm). Instituto de Ciências da Saúde CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: TOXICOLOGIA E ANÁLISES TOXICOLÓGICAS TITULO DA AULA: DETERMINAÇÃO DE SALICILEMIA AULA 2 6 3. Transferir o sobrenadante para a cubeta do espectrofotômetro e proceder a leitura em 540 nm contra branco de reativo. 4. Determinar a concentração através de uma curva de calibração. INTERPRETAÇÃO Os níveis terapêuticos de salicilato estão acima de 100 mg/L de soro; os valores tóxicos encontram-se acima de 200 mg/L e os letais, acima de 500 mg/L. Nota: a presença de fenotiazínicos pode interferir nos resultados. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA MORAES, R.F.L. Determinação de salicilemia em crianças portadoras de artrite reumatóide juvenil por colorimetria e espectrofluorimetria. São Paulo, Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, 1986. (Dissertação de Mestrado). MATERIAIS QUANTIDADE Salicilato de sódio 580 mg Água destilada 1100 mL HgCl2 (cloreto mercúrico) 40g Ácido Clorídrico 10 mL Fe(NO3)3.9H2O Nitrato férrico decahidratado 40 g Soro 10 mL EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Espectrofotômetro para a região do visível 1 Agitador mecânico (tipo vórtex). 1 Centrifuga 1 Tubo de ensaio 2 Cubeta para leitura no espectrofotômetro 1 Micropipeta Capacidade 1000 µL 1 Micropipeta Capcidade 500 µL 1 Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: Compostos Mercuriais: Incineração. 7 OBJETIVO: identificação de micotoxinas presentes em alimentos, sementes, grãos ou rações para estimar a intensidade de exposição do organismo humano. PROCEDIMENTO: 1. Extração: pesar 50 g de amendoim em um erlenmeyer de 500 mL. Adicionar 270 mL de metanol e 30 mL de solução de cloreto de potássio 4%. Agitar mecanicamente por 30 minutos. Filtrar em papel de filtro (Obs.: a quantidade mencionada é suficiente para toda a turma e não para cada grupo). 2. Extração líquido-líquido: em um funil de separação de 500 mL, transferir 150 mL do filtrado anterior. Adicionar 150 mL de água e extrair 3 vezes ( por 1 minuto) com 20 mL de clorofórmio. Juntar os extratos clofórmicos e evaporar à secura no rotavapor ou em chapa de aquecimento, na capela. Lavar a parede do frasco do rotavapor ou béquer (no caso de evaporação na chapa de aquecimento) com clorofórmio e transferir o lavado para o balão volumétrico de 25 mL. Conservar em geladeira, envolto em papel alumínio. 3. CCD: aplicar, em pontos diferentes de uma mesma cromatoplaca o extrato obtido de aflatoxina. Colocá-las nas cubas de desenvolvimento contendo o sistema solvente clorofórmio - acetona (4:1). Após o desenvolvimento das placas (10 cm), retirá-las das cubas e deixá-las à temperatura ambiente para a completa evaporação do solvente. Observar a presença da aflatoxina, quando exposta ao transluminador de UV. MATERIAIS QUANTIDADE Cloreto de potássio 2 g Clorofórmio 100 mL Metanol 300 mL EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Instituto de Ciências da Saúde CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: TOXICOLOGIA E ANÁLISES TOXICOLÓGICAS TITULO DA AULA: IDENTIFICAÇÃO DE AFLATOXINA POR CCD AULA 3 8 Balão volumétrico 25 mL 1 Bastão de vidro 2 Béquer 500 mL 1 Cubeta para leitura no espectrofotômetro 2 Erlenmeyer 500 mL 1 Espectrofotômetro para a região do uv 1 Funil de separação 500 mL 1 Papel de filtro 2 Placas cromatográficas de sílica gel (0,25 mm de espessura) 1 Rotavapor 1 Tubo de ensaio 2 Papel alumínio Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança. 9 Instituto de Ciências da Saúde CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: TOXICOLOGIA E ANÁLISES TOXICOLÓGICAS TITULO DA AULA: DETERMINAÇÃO DA METEMOGLOBINEMIA AULA 4 OBJETIVO: Determinar os teores para se verificar se estãodentro das normas da monitorização biológicas do Ministério do Trabalho PROCEDIMENTO: 1) Transferir 3,0 mL da amostra de sangue hemolisada e já tamponada para um tubo de centrífuga, adicionar 1 gota de Triton X-100 e agitar até completa hemólise. Se necessário, centrifugar. 2) Transferir o sobrenadante, com o auxílio de pipeta Pasteur para outro tubo de ensaio pequeno. Deste tubo, transferir 2,4 mL do sobrenadante para uma cubeta ou tubo de ensaio pequeno ( I ) e 0,2 mL do sobrenadante para outra cubeta, esta contendo 2,2 mL de reativo ferricianeto-fosfato ( II ). 3) Efetuar as leituras das duas cubetas (AI e AII) em 632 nm, contra ar. 4) Adicionar 80 µL de solução de cianeto neutralizada às duas cubetas e, após 1 minuto, efetuar novamente a leitura das absorbâncias (AIII e A IV). 5) Calcular a % de MeHb na amostra, expressando em percentagem de metemoglobina total, a partir da seguinte fórmula: % MeHb = __AI – AIII x 100 (AII – AIV) x 12 DADOS O valor de referência de metemoglobina é < 2,0% e o IBMP é igual a 5%, segundo a NR7. MATERIAIS QUANTIDADE Amostra de Sangue 6 mL 10 K3Fe(CN)6 5 g NaOH 0,5 M 7 mL KH2PO4 0,5 M 10 mL NaCN a 10% 1 mL Ácido acético a 12%. 1 mL Triton X-100 Água Destilada 0,5 mL 1L EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Espectrofotômetro 01 Cubeta para leitura no espectrofotômetro 01 Béqueres 100 mL 03 Bageta de Filtro 01 Papel Universal pH 02 fitas Pipeta Capacidade 5 mL 02 Pipeta Capcidade 10 mL 02 Pipeta Capacidade 1 mL 02 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA HEGESH, E; GUENE, N; COHEN, S.; BOCHEKOVSKY, R.; SHUVAL, H.I. – A sensitive micromethod for the determination of methemoglobin in blood. Clin.Chim.Acta., Amsterdam, 30:679-82, 1970. Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança. 11 Instituto de Ciências da Saúde CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: TOXICOLOGIA E ANÁLISES TOXICOLÓGICAS TITULO DA AULA: DETERMINAÇÃO DA CARBOXIHEMOGLOBINEMIA AULA 5 OBJETIVO: Determinar os níveis de Carboxiemoglobina de amostras biológicas de indivíduos não expostos ocupacionalmente para verificar se estão dentro dos limites máximos permitidos AMOSTRA A amostra de sangue deve ser colhida no final da jornada de trabalho em vacutainer heparinizado e conservada a 4ºC por no máximo uma semana. Para os fumantes devem ser colhidas duas amostras, antes e após a jornada de trabalho. MATERIAL Sol. Tampão pH= 6,85: KH2PO4/K2HPO4 0,1M. Sol. Hemolisante: diluir o tampão com água de 1:10. Preparar semanalmente. Sol diluente: dissolver 25 mg de hidrossulfito de sódio em 20 mL de sol. Tampão. Preparar antes do uso. PROCEDIMENTO: 1. Em tubo de ensaio com tampa, colocar 0,1 mL de sangue e 12 mL de sol. Hemolisante. Agitar, deixar em repouso por 10 minutos. 2. Diluir 0,2 mL do hemolizado com 2,3 mL de solução diluente. Tampar. 3. Deixar a temperatura ambiente por 10 minutos. Ler a absorvâncias a 420 e 432 nm, usando como branco a solução diluente. 12 CÁLCULO DA CARBOXIEMOGLOBINA % COHb = 1 – ( AR . F1) x 100 AR ( F2 – F1 ) – F3 + 1 SENDO: AR = Abs. 420 Abs. 432 F1 = Abs. Hb 432 Abs. Hb 420 F2 = Abs. HbCO 432 Abs.HbCO 420 F3 = Abs. HbCO 420 Abs. Hb 420 ONDE: F1 = 1,3330; F2 = 0,4787; F3 = 1,9939 MATERIAIS QUANTIDADE Amostra de Sangue 2 mL KH2PO4 3g K2HPO4 3 g Hidrossulfito de sódio 25 mg Água destilada 1 L EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Espectrofotômetro 01 Cubeta para leitura no espectrofotômetro 01 Tubo de Ensaio com tampa Capacidade 10 mL 03 Pipeta Capacidade 5 mL 02 Vórtex para Agitação 01 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BEUTLER, E & WEST. C. – Simplified determination of carboxihemoglobin. Clin. Chem, 30(6):871-4. 1984. Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança. 13 Instituto de Ciências da Saúde CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: TOXICOLOGIA E ANÁLISES TOXICOLÓGICAS TITULO DA AULA: DETERMINAÇÃO DE NITRITO EM ALIMENTO AULA 6 OBJETIVO: Determinar os teores de nitrito como conservante em amostra de salsicha para verificar se estão dentro dos Limites Máximos Permitidos segundo a Legislação Brasileira preconizados pelo Ministério da Agricultura PROCEDIMENTO: Padronização (1) Alíquotas de 1,2,4,8,16 ml da solução padrão de nitrito de sódio; adicionar 5 ml do tampão em 100 ml de H2O. (2) Solução a ser utilizada: 10 ml de cada alíquota em 100 ml de H2O. (3) Adicionar 5 ml de cada solução (2) em 10 ml de reagente cromogênico e 5 ml de H2O + 5 ml tampão (4) Deixar em banho de H2O a 30 oC por 30 minutos. (5) Leitura espectrofotométrica em 474 nm. OBS.: O branco se constituirá de 10 ml do reagente cromogênico em 10 ml de água + 5 ml tampão. Desproteinização Pesar 10g do alimento homogeneizado em um béquer de 150 ml. Adicionar 5 ml da solução I (bórax) e cerca de 40 ml de água destilada, a temperatura acima de 70 C. Aquecer em banho de água fervente por 15 minutos, agitando frequentemente. Deixar esfriar a temperatura ambiente. Adicionar 2 ml da solução II (ferrocianeto de potássio) e 2 ml da solução III (acetato de zinco). Agitar vigorosamente após cada adição. 14 Transferir a amostra para um balão volumétrico de 100ml. Deixar o balão em repouso por 30 minutos a temperatura ambiente. Completar o volume com água destilada. Agitar o conteúdo do balão vigorosamente e filtrar em papel livre de nitritos. Determinar a concentração de nitrito presente nesta solução. Determinação de nitrito Pipetar 10 ml da solução desproteinizada da amostra de alimento para um tubo de ensaio. Adicionar 5 ml da solução tampão e 10 ml da solução de alfa- naftol. Deixar em banho de água a 30 C, durante 30 minutos, esfriar a temperatura ambiente: ler em 474 nm. Calcular o valor de nitrito presente na amostra, usando a curva padrão previamente estabelecida. MATERIAIS QUANTIDADE Acetato de zinco dihidratado - Zn(CH3COO)2 220 g Ácido acético 50 mL Ácido sulfanílico. 0,25 g Ácido acetico glacial 30 mL Água Destilada 2 L Alfa naftol 0,20 g Amostra de salsicha 10 g Ferrocianeto de potássio trihidratado (K4Fe(CN)6 . 3H2O 106 g HCl 20 mL NaNO2 0,25 g NH4OH 50 mL NH4OH a 10%. 90 mL Tetraborato de sódio decahidratado (Na2B4O7. 10 H2O) 50g EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Bageta de vidro 01 Banho de Água fervente 01 Béqueres 100 mL 03 15 Cubeta para leitura no espectrofotômetro 01 Espectrofotômetro 01 Funil de vidro capacidade 100 mL 01 Papel de Filtro 02 Papel Universal PH 02 fitas Pipeta Capacidade 1 mL 02 Pipeta Capacidade 10 mL 02 BIBLIOGRAFIA LARA, W.H.; TAKAHASHI, M.Y.; SILVEIRA, N. - Determinação de nitritos e nitratos em conservas de carne. Rev.Inst.Adolfo Lutz, 38(2):161-166, 1978. MORIE, G.P. et al. - Determination of Nitrate and Nitrite in Mixture with Nitrate ion eletrode. Ana.Clin.Acta., 60:397-403, 1972. ARAUJO, A.C.P. - Determinação de nitratos e nitritos em alimentos destinados a população infantil (Dissertação de Mestrado) apresentada a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, 1988 Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança.
Compartilhar