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SRAG Secundário à COVID-19 Abordagem PBL para Estudantes de Medicina

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SÍNDROME 
RESPIRATÓRIA 
AGUDA GRAVE 
(SRAG) SECUNDÁRIO 
A COVID-19 
Caso 02 Sessão Tutorial 
Resumo 
Nesta apostila, você encontrará informações valiosas e detalhadas sobre a 
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) secundária à COVID-19 e outras 
condições relacionadas. O material é projetado para oferecer a você um 
conhecimento abrangente das principais arboviroses, síndromes gripais em 
adultos e aspectos relacionados à mecânica ventilatória e trocas gasosas. Através 
de uma abordagem didática e organizada, o conteúdo é estruturado de forma a 
facilitar a compreensão das definições, diferenças e características clínicas das 
condições abordadas. Além disso, você terá acesso a informações sobre 
diagnóstico laboratorial, esquema de imunização e síndrome pós-COVID-19, 
bem como às definições operacionais estabelecidas pelo Ministério da Saúde 
para a COVID-19. Com base em referências bibliográficas confiáveis e 
atualizadas, esta apostila é um recurso indispensável para quem busca aprimorar 
seus conhecimentos sobre a temática. Ao longo do estudo, você perceberá que 
os tópicos são apresentados de maneira clara e objetiva, tornando o aprendizado 
mais eficiente e interessante. Não perca a oportunidade de se aprofundar neste 
assunto tão relevante e atual. Mergulhe neste rico material e enriqueça seu 
conhecimento! 
 
1 
SUMÁRIO 
 
 
Capitulo 1: Introdução 
1.1. Objetivo central 
1.2. Objetivos secundários 
Capitulo 2: Síndrome Respiratória Aguda Grave secundário a COVID-19 
2.1. Definições e diferenças entre Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda 
Grave (SRAG) 
2.2. Principais sinais e sintomas na Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) 
Capitulo 3: COVID-19 
3.1. Agente etiológico (mutações/variantes) 
3.2. Epidemiologia 
3.3. Manifestações clínicas 
3.4. Condições e fatores de risco para complicações 
3.5. Diagnóstico laboratorial 
3.6. Síndrome pós-covid-19 
3.7. Esquema de imunização 
3.8. Definições operacionais do Ministério da Saúde para COVID-19 
3.9. COVID-19 na atenção básica 
Capitulo 4: Síndromes gripais em adultos 
4.1. Síndrome Gripal X Síndrome Respiratória Aguda Grave 
Capitulo 5: Arboviroses 
5.1. Principais características clínicas das 3 principais arboviroses em nosso meio 
5.2. Testes diagnósticos para Arboviroses 
Capitulo 6: Mecânica Ventilatória e Trocas Gasosas 
6.1. Fisiologia (Guyton / Berne) 
Capitulo 7: Semiologia 
7.1. Porto & Porto “Exame Físico e Semiologia” 
Capitulo 8: Exames complementares 
8.1. Interpretação de exames laboratoriais 
Capitulo 9: Emergências clínicas 
9.1. Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) 
9.2. Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SARA) 
Capitulo 10: Referências bibliográficas sugeridas 
• Infectologia (Veronesi): COVID-19 / ARBOVIROSES 
• Fisiologia (Guyton / Berne): MECÂNICA VENTILATÓRIA E TROCAS GASOSAS 
• Semiologia (Porto e pasta com vídeo-aulas “Exame Físico e Semiologia”): principais sinais 
e sintomas na Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) 
• Exames complementares (Interpretação de exames laboratoriais): testes diagnósticos para 
COVID-19 e Arboviroses 
• EMERGÊNCIAS CLINICAS: Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) f. Definições 
operacionais do Ministério da Saúde para COVID-19 
• COVID-19 na atenção básica 
• Síndrome Gripal X Síndrome Respiratória Aguda Grave 
• Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SARA) 
• Síndrome respiratória aguda grave 
Capitulo 11: Perguntas e Respostas
CASO 02 
Identificação: LCS, 56 anos, masculino, natural e procedente de São Francisco do Conde-BA. 
Queixa principal: “desconforto respiratório há 12 horas” 
História da moléstia atual: Paciente atendido em Unidade de Pronto Atendimento (UPA), 
com história de febre de até 38,8 °C há quatro dias. Fez uso de dipirona e paracetamol, mas 
a febre sempre retornava. Evoluiu com tosse, dor de garganta, cefaleia holocraniana, anosmia 
e ageusia. Há aproximadamente 12 horas, passou a apresentar desconforto respiratório, 
quando resolveu procurar atendimento médico. Refere a ocorrência de vários casos 
semelhantes na cidade em que mora, inclusive em membros da sua família. Informa que tem 
muita “muriçoca” onde mora, sendo que já ocorreram vários casos de dengue nas redondezas. 
Interrogatório sistemático: Relata três episódios de dejeções semilíquidas, nas últimas 24 
horas. 
História patológica pregressa: hipertenso há mais de 15 anos, em uso de besilato de 
anlodipino, 10 mg/dia e clortalidona 12,5 mg/dia. Tabagista há mais de 25 anos, fumando em 
média 20 cigarros/dia. Diabetes diagnosticada há um ano, em uso de metformina 1500mg/dia. 
Nega alergias e cirurgias prévias. Vacinação para Covid-19 (2 doses). 
História familiar: genitora com 77 anos, é hipertensa e diabética. Pai faleceu aos 60 anos de 
idade, devido a um IAM. Tem dois irmãos mais novos que gozam de saúde aparente. 
História social: paciente trabalha como corretor de imóveis, mora com sua companheira que 
trabalha como balconista de farmácia. Tem um casal de filhos (18 e 20 anos) que gozam de 
boa saúde. 
História alimentar: alimenta-se mal, com horários irregulares para as suas refeições devido a 
necessidade de acompanhar os clientes em visitas aos imóveis à venda. Alimentação pobre em 
frutas, legumes e verduras, com predomínio de frituras e embutidos. 
Exame Físico Geral: paciente com regular estado geral, idade aparente compatível com a 
referida, inquieto, levemente dispneico. 
Sinais vitais e dados antropométricos: Pressão Arterial(PA): 114x80mmHg; Pulso Radial: 
110bpm; Frequência Respiratória (FR) 36ipm; Temperatura Axilar (Tax) 38,1oC.Peso: 86 kg; 
Altura: 1,76 m. IMC: 27,7. 
Pele: pálida, com turgor e elasticidade levemente diminuídos. Mucosas: descoradas +/IV. 
Linfonodos: palpáveis em cadeias cervicais e inguinais, móveis, elásticos, indolores, não 
aderidos, medindo o maior deles cerca de um cm em seu maior diâmetro. 
Cabeça: conformação normal, sem lesões aparentes. Olhos, nariz, ouvidos e boca: sem 
anormalidades. 
Pescoço: nuca livre, traqueia na linha média, tireoide sem anormalidades, ausência de 
turgência de jugular patológica em decúbito de 45°. Carótidas palpáveis, contorno do pulso 
suave e amplitude normal, sem sopros à ausculta. 
Sistema respiratório: paciente taquipneico, sem tiragem. Expansibilidade preservada 
bilateralmente. Frêmito toracovocal reduzido em bases pulmonares. Murmúrio vesicular 
diminuído em ambas as bases pulmonares. 
 
1 
Sistema cardiovascular: precórdio normodinâmico. Ictus invisível, palpável no 5º espaço 
intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular, medindo cerca de 2 polpas digitais, não 
propulsivo. Ritmo cardíaco regular, em 2 tempos; bulhas hipofonéticas. Ausência de atritos. 
Ausência de sopros ou extrassístoles. Ausência de turgência de jugular patológica. Pulsos 
arteriais periféricos simétricos, sincrônicos e com boa amplitude. 
Abdome: plano, sem herniações e sem circulação colateral, indolor à palpação superficial e 
profunda. Hepatimetria medindo cerca de 12cm (lobo direito). Fígado não palpável. Espaço 
de Traube livre. Peristalse normal. Ausência de sopros em focos arteriais abdominais. 
Gênito-urinário e região perineal: genitália masculina, características de adulto, com exposição 
completa da glande, sendo possível observar orifício uretral. Bolsa escrotal contendo os dois 
testículos; ausência de hidrocele ou herniações. 
Aparelho osteoarticular: extremidades frias, sem edema, sem cianose. Ausência de 
deformidades articulares ou sinais inflamatórios. Coluna vertebral com curvaturas fisiológicas; 
ausência de dor à palpação das apófises espinhosas; mobilidade normal. 
Sistema nervoso: lúcido e orientado em tempo e espaço. Sem déficit motor aparente. Nuca 
livre. Pupilas isocóricas e fotorreagentes. Reflexos superficiais e profundos presentes, 
simétricos e sem anormalidades. Glasgow 15. 
Conduta: paciente foi transferido para hospital de referência onde realizou TCAR (tomografia 
computadorizadade alta resolução) do tórax que revelou pulmões com opacidade em vidro 
fosco multifocal de morfologia arredondada. Saturação de O2: 92% em ar ambiente. Colhidos 
exames laboratoriais. 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
2 
Capitulo 1: Introdução 
1.1. Objetivo central 
O objetivo central desta apostila é fornecer uma 
abordagem didática e aprofundada sobre a 
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) 
secundária à COVID-19. A COVID-19 é uma 
doença infecciosa causada pelo novo coronavírus 
SARS-CoV-2, que surgiu no final de 2019 e 
rapidamente se espalhou pelo mundo, gerando uma 
pandemia. A infecção pelo SARS-CoV-2 pode levar 
a diferentes manifestações clínicas, desde casos leves 
até quadros mais graves, como a SRAG. 
A Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma 
condição clínica caracterizada pela presença de 
insuficiência respiratória aguda, com necessidade de 
suporte ventilatório, frequentemente associada a 
uma resposta inflamatória sistêmica. No contexto da 
COVID-19, a SRAG é uma complicação 
potencialmente fatal e tem sido a principal causa de 
internação em unidades de terapia intensiva e óbitos 
relacionados à doença. 
A compreensão aprofundada da SRAG secundária 
à COVID-19 é fundamental para o diagnóstico, 
tratamento e prevenção de complicações. Ao 
abordar esse tema, espera-se proporcionar aos 
estudantes e profissionais de saúde uma visão geral 
sobre a fisiopatologia, manifestações clínicas, 
diagnóstico, tratamento e medidas preventivas 
relacionadas à SRAG e COVID-19. 
As referências bibliográficas citadas no roteiro de 
estudos serão utilizadas como base para a 
elaboração do conteúdo, garantindo informações 
atualizadas e embasadas em fontes científicas de 
qualidade. 
1.2. Objetivos secundários 
Os objetivos secundários desta apostila visam 
complementar o estudo da Síndrome Respiratória 
Aguda Grave (SRAG) secundária à COVID-19, 
abordando temas relacionados que são importantes 
para uma compreensão mais ampla das doenças 
respiratórias e infecciosas. Esses objetivos incluem: 
1. Síndromes gripais em adultos: Abordar as 
características clínicas, diagnóstico e 
tratamento das síndromes gripais em adultos, 
possibilitando o reconhecimento e a 
diferenciação entre casos leves e graves de 
infecções respiratórias. 
2. Arboviroses: Discutir as principais 
características clínicas das três principais 
arboviroses em nosso meio, facilitando o 
diagnóstico diferencial entre essas doenças e a 
COVID-19. 
3. Definições e diferenças entre Síndrome Gripal 
(SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave 
(SRAG): Entender as definições e as 
diferenças entre SG e SRAG, contribuindo 
para um diagnóstico preciso e apropriado. 
4. COVID-19: Abordar aspectos relevantes da 
COVID-19, como agente etiológico 
(mutações e variantes), epidemiologia, 
manifestações clínicas, condições e fatores de 
risco para complicações, diagnóstico 
laboratorial, síndrome pós-covid-19 e 
esquema de imunização. 
5. Definições operacionais do Ministério da 
Saúde para COVID-19: Familiarizar-se com 
as definições e recomendações oficiais do 
Ministério da Saúde sobre a COVID-19, a fim 
de garantir a aplicação adequada das diretrizes 
e protocolos em práticas clínicas e de saúde 
pública. 
Ao abordar esses objetivos secundários, a apostila 
fornecerá aos estudantes e profissionais de saúde 
uma visão abrangente e atualizada das doenças 
respiratórias e infecciosas, com ênfase na SRAG 
secundária à COVID-19. O conteúdo será 
elaborado com base nas referências bibliográficas 
citadas no roteiro de estudos, garantindo 
informações de qualidade e atualizadas. 
Capitulo 2: Síndrome Respiratória Aguda 
Grave secundário a COVID-19 
 
2.1. Definições e diferenças entre Síndrome 
Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda 
Grave (SRAG) 
A Síndrome Gripal (SG) e a Síndrome Respiratória 
Aguda Grave (SRAG) são duas entidades clínicas 
distintas relacionadas a infecções respiratórias, e é 
importante compreender suas definições e 
diferenças para garantir um diagnóstico preciso e 
tratamento adequado. 
Síndrome Gripal (SG): A SG é caracterizada por um 
conjunto de sinais e sintomas inespecíficos, como 
febre, calafrios, dor de cabeça, mialgia, dor de 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
3 
garganta, coriza e tosse. As infecções que causam SG 
podem ser causadas por diversos agentes 
infecciosos, incluindo vírus como o Influenza, 
parainfluenza, adenovírus e coronavírus, como o 
SARS-CoV-2. A maioria dos casos de SG são 
autolimitados e podem ser tratados de forma 
ambulatorial, sem a necessidade de hospitalização. 
Entretanto, alguns pacientes podem evoluir com 
complicações, como pneumonia, exigindo uma 
abordagem clínica mais cuidadosa. 
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): A 
SRAG é uma condição mais grave e potencialmente 
fatal, caracterizada por insuficiência respiratória 
aguda, frequentemente associada a uma resposta 
inflamatória sistêmica. A SRAG pode ser causada 
por diversos agentes infecciosos, incluindo bactérias 
e vírus, como o SARS-CoV-2. No contexto da 
COVID-19, a SRAG ocorre quando a infecção pelo 
SARS-CoV-2 leva a uma inflamação pulmonar 
intensa, resultando em hipoxemia, necessidade de 
suporte ventilatório e, em casos mais graves, falência 
de múltiplos órgãos. 
Diferenças entre SG e SRAG: A principal diferença 
entre a SG e a SRAG está na gravidade dos sintomas 
e na necessidade de intervenção médica. Enquanto 
a SG apresenta sintomas inespecíficos e geralmente 
autolimitados, a SRAG é uma condição mais grave, 
com insuficiência respiratória e necessidade de 
suporte ventilatório. É crucial reconhecer a 
diferença entre essas duas síndromes para garantir o 
diagnóstico correto, o tratamento apropriado e a 
adoção de medidas preventivas adequadas, 
especialmente no contexto da pandemia de 
COVID-19. 
2.2. Principais sinais e sintomas na Síndrome 
Respiratória Aguda Grave (SRAG) 
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é 
uma condição clínica caracterizada por insuficiência 
respiratória aguda e uma resposta inflamatória 
sistêmica. No contexto da COVID-19, a SRAG 
ocorre quando a infecção pelo SARS-CoV-2 leva a 
uma inflamação pulmonar intensa, causando 
hipoxemia e, em casos mais graves, falência de 
múltiplos órgãos. Os principais sinais e sintomas da 
SRAG incluem: 
1. Dispnéia: A dificuldade respiratória é um 
sintoma chave da SRAG, podendo variar 
desde uma respiração ofegante até uma 
insuficiência respiratória grave. 
2. Taquipneia: Pacientes com SRAG 
frequentemente apresentam aumento na 
frequência respiratória (mais de 24 
respirações por minuto em adultos). 
3. Hipoxemia: A baixa concentração de oxigênio 
no sangue é um sinal de comprometimento da 
função pulmonar e pode ser detectada por 
meio de oximetria de pulso ou gasometria 
arterial. 
4. Cianose: A coloração azulada da pele e das 
mucosas, principalmente nas extremidades e 
ao redor dos lábios, indica baixa oxigenação 
do sangue. 
5. Uso de musculatura acessória: A ativação dos 
músculos acessórios da respiração, como os 
intercostais e os músculos do pescoço, indica 
dificuldade respiratória e esforço para manter 
a ventilação adequada. 
6. Febre: Febre alta e persistente pode estar 
presente em pacientes com SRAG, embora 
alguns pacientes, especialmente os idosos, 
possam não apresentar febre. 
7. Tosse: A tosse pode ser seca ou produtiva e é 
frequentemente um dos primeiros sintomas 
da infecção respiratória. 
8. Dor torácica: Dor no peito, geralmente de 
caráter pleurítico (agravada pela respiração 
profunda), pode estar presente em alguns 
pacientes com SRAG. 
9. Alterações radiológicas: Exames de imagem, 
como radiografia e tomografia 
computadorizada de tórax, podem revelar 
infiltrados pulmonares bilaterais, 
consolidações e opacidades em vidro fosco, 
sugerindo comprometimento pulmonar 
extenso. 
10. Sinais de choque ou falência de múltiplos 
órgãos: Em casos mais graves de SRAG, os 
pacientes podem apresentar sinais de choque, 
como hipotensão, taquicardia e oligúria,e 
falência de múltiplos órgãos, como 
insuficiência renal, hepática e coagulopatia. 
A identificação e o monitoramento dos sinais e 
sintomas da SRAG são fundamentais para o 
diagnóstico, tratamento e prognóstico da doença. A 
atenção especial a esses sinais e sintomas é crucial 
para garantir a intervenção médica adequada e 
reduzir a morbidade e mortalidade associadas à 
SRAG secundária à COVID-19. 
 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
4 
Capitulo 3: COVID-19 
3.1. Agente etiológico (mutações/variantes) 
O agente etiológico da COVID-19 é o coronavírus 
SARS-CoV-2, um vírus RNA de fita simples e 
sentido positivo pertencente à família 
Coronaviridae. O SARS-CoV-2 é responsável pela 
pandemia global de COVID-19 que começou no 
final de 2019. Desde o início da pandemia, várias 
mutações e variantes do vírus surgiram, algumas das 
quais têm implicações significativas para a 
transmissibilidade, gravidade da doença e eficácia 
das vacinas. 
Mutação é uma alteração no material genético (neste 
caso, RNA) do vírus que pode ocorrer naturalmente 
durante a replicação viral. Nem todas as mutações 
têm efeitos significativos na biologia ou no 
comportamento do vírus. Entretanto, algumas 
mutações podem conferir ao vírus vantagens 
evolutivas, como maior transmissibilidade ou 
capacidade de escapar parcialmente da resposta 
imune. 
 
Figura:https://www.infoescola.com/doencas/sindrome-
respiratoria-aguda-grave-srag/ 
As variantes são cepas do vírus que apresentam 
múltiplas mutações em seu genoma. Algumas 
variantes importantes do SARS-CoV-2 incluem: 
1. Variante Alfa (B.1.1.7): Primeiramente 
identificada no Reino Unido, essa variante 
apresenta maior transmissibilidade e está 
associada a um aumento no risco de 
hospitalização e morte. 
2. Variante Beta (B.1.351): Detectada pela 
primeira vez na África do Sul, essa variante 
possui mutações que permitem ao vírus 
escapar parcialmente da resposta imune, 
afetando a eficácia de algumas vacinas. 
3. Variante Gama (P.1): Identificada 
inicialmente no Brasil, a variante Gama 
também mostra maior transmissibilidade e 
capacidade de escapar parcialmente da 
resposta imune. 
4. Variante Delta (B.1.617.2): Primeiramente 
detectada na Índia, essa variante apresenta 
maior transmissibilidade e tem sido associada 
a um aumento na gravidade da doença, 
levando a maior número de hospitalizações e 
mortes. 
As autoridades de saúde pública monitoram 
continuamente o surgimento de novas variantes do 
SARS-CoV-2 e ajustam as estratégias de controle e 
prevenção, incluindo o desenvolvimento e a 
atualização de vacinas, de acordo com as 
características dessas variantes. É crucial 
compreender o impacto das mutações e variantes 
do SARS-CoV-2 no curso da pandemia e na eficácia 
das medidas de prevenção e tratamento. 
3.2. Epidemiologia 
A epidemiologia da COVID-19 descreve a 
distribuição, ocorrência e determinantes da doença 
em populações humanas. Desde a identificação do 
primeiro caso de COVID-19 em Wuhan, China, 
em dezembro de 2019, a doença se espalhou 
rapidamente, levando a uma pandemia global. A 
seguir, apresentamos algumas informações-chave 
sobre a epidemiologia da COVID-19: 
1. Transmissão: O SARS-CoV-2 é transmitido 
principalmente por meio de gotículas 
respiratórias expelidas por pessoas infectadas, 
especialmente quando tossindo, espirrando 
ou falando. A transmissão também pode 
ocorrer por contato com superfícies 
contaminadas e, em menor grau, pelo ar 
(aerossóis). A transmissão assintomática e pré-
sintomática tem um papel importante na 
disseminação da doença. 
2. Incubação: O período de incubação da 
COVID-19, ou seja, o tempo entre a 
exposição ao vírus e o início dos sintomas, 
varia de 2 a 14 dias, com uma média de 5 a 6 
dias. 
3. Grupos de risco: A gravidade da COVID-19 
varia entre os indivíduos, sendo que alguns 
apresentam casos leves ou assintomáticos, 
enquanto outros desenvolvem formas graves 
da doença. Grupos de maior risco para 
desenvolver formas graves incluem idosos, 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
5 
pessoas com doenças crônicas (como 
hipertensão, diabetes, doenças cardíacas e 
pulmonares) e indivíduos 
imunocomprometidos. 
4. Taxa de letalidade: A taxa de letalidade da 
COVID-19 varia entre países e regiões, 
dependendo de fatores como faixa etária da 
população, capacidade do sistema de saúde e 
medidas de prevenção e controle adotadas. 
Estimativas globais sugerem uma taxa de 
letalidade em torno de 1-2%. 
5. Medidas de prevenção e controle: Para conter 
a propagação do vírus e reduzir o impacto da 
pandemia, várias medidas de prevenção e 
controle foram implementadas, incluindo 
distanciamento social, uso de máscaras, 
higienização das mãos, rastreamento e 
isolamento de casos, quarentena de contatos e 
campanhas de vacinação. 
6. Vacinação: A vacinação tem sido fundamental 
na redução da transmissão, hospitalizações e 
mortes relacionadas à COVID-19. Diversas 
vacinas foram desenvolvidas e autorizadas 
para uso emergencial em todo o mundo, 
incluindo vacinas de RNA mensageiro 
(mRNA), vacinas de vetor viral e vacinas de 
vírus inativado. 
A epidemiologia da COVID-19 é uma área em 
constante evolução, com novos dados e informações 
surgindo regularmente. A compreensão das 
características epidemiológicas da doença é 
essencial para orientar as políticas e intervenções de 
saúde pública no combate à pandemia. 
3.3. Manifestações clínicas 
As manifestações clínicas da COVID-19 variam 
amplamente, desde casos assintomáticos ou leves 
até formas graves e fatais da doença. A seguir, 
apresentamos uma descrição das principais 
manifestações clínicas da COVID-19: 
1. Sintomas leves a moderados: A maioria dos 
casos de COVID-19 são leves a moderados, 
apresentando sintomas semelhantes aos de 
uma gripe ou resfriado comum. Esses 
sintomas incluem febre, tosse (geralmente 
seca), dor de garganta, fadiga, mialgia, dor de 
cabeça e perda de olfato e paladar. Esses 
sintomas geralmente duram de uma a duas 
semanas e a maioria das pessoas se recupera 
sem a necessidade de tratamento hospitalar. 
2. Sintomas respiratórios: Algumas pessoas com 
COVID-19 desenvolvem sintomas 
respiratórios mais graves, como dispneia, dor 
torácica e hipoxemia. Esses sintomas podem 
indicar o desenvolvimento de uma 
pneumonia viral, exigindo atenção médica e, 
em alguns casos, internação hospitalar. 
3. Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): 
Em casos mais graves de COVID-19, os 
pacientes podem desenvolver a Síndrome 
Respiratória Aguda Grave (SRAG), 
caracterizada por insuficiência respiratória 
aguda e necessidade de suporte ventilatório. A 
SRAG é uma condição potencialmente fatal 
que requer tratamento intensivo e 
monitoramento cuidadoso. 
4. Manifestações extrapulmonares: A COVID-
19 também pode afetar outros sistemas e 
órgãos além dos pulmões. Manifestações 
extrapulmonares da doença incluem 
trombose venosa profunda, embolia 
pulmonar, miocardite, acidente vascular 
cerebral, encefalite e síndrome inflamatória 
sistêmica, entre outras. 
5. Síndrome Inflamatória Multissistêmica em 
Crianças (MIS-C): Embora a COVID-19 
geralmente seja mais leve em crianças, em 
casos raros, pode ocorrer a Síndrome 
Inflamatória Multissistêmica em Crianças 
(MIS-C), uma condição grave caracterizada 
por inflamação em múltiplos órgãos, como 
coração, pulmões, rins, cérebro e pele. 
6. Síndrome pós-COVID-19: Algumas pessoas 
que se recuperam da COVID-19 continuam a 
apresentar sintomas persistentes ou 
recorrentes por semanas ou meses após a 
infecção inicial. Essa condição, também 
conhecida como "COVID longa" ou síndrome 
pós-aguda da SARS-CoV-2, pode incluir 
fadiga, dispneia, dor no peito, confusão 
mental e problemas de memória, entre outros 
sintomas. 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
6 
A identificação e o monitoramento das 
manifestações clínicas da COVID-19 são 
fundamentais para o diagnóstico, tratamento e 
prognóstico da doença. A atenção especial a esses 
sinais e sintomas é crucial para garantira intervenção 
médica adequada e reduzir a morbidade e 
mortalidade associadas à COVID-19. 
3.4. Condições e fatores de risco para 
complicações 
Embora a COVID-19 possa causar sintomas leves 
ou até mesmo ser assintomática em muitos 
indivíduos, algumas pessoas têm maior risco de 
desenvolver complicações graves e potencialmente 
fatais. Os principais fatores de risco e condições 
associados a um maior risco de complicações 
incluem: 
1. Idade avançada: A idade é um dos principais 
fatores de risco para complicações graves da 
COVID-19. Idosos, especialmente aqueles 
com mais de 65 anos, têm maior 
probabilidade de desenvolver formas graves 
da doença e apresentar maior taxa de 
mortalidade. 
2. Doenças crônicas: Indivíduos com doenças 
crônicas, como diabetes, hipertensão, 
doenças cardíacas, doenças pulmonares, 
doença renal crônica e doenças hepáticas, têm 
maior risco de complicações graves associadas 
à COVID-19. 
3. Imunossupressão: Pessoas com sistemas 
imunológicos enfraquecidos, como pacientes 
com câncer, transplantados ou portadores de 
HIV, são mais suscetíveis a desenvolver 
complicações graves da COVID-19, pois seu 
corpo tem mais dificuldade em combater a 
infecção. 
4. Obesidade: A obesidade, especialmente a 
obesidade grave (índice de massa corporal - 
IMC - maior ou igual a 40), está associada a 
um maior risco de complicações e 
mortalidade por COVID-19. A obesidade 
pode causar inflamação crônica, prejudicar a 
função imunológica e aumentar o risco de 
doenças cardiometabólicas, que contribuem 
para a gravidade da COVID-19. 
5. Gravidez: Mulheres grávidas têm maior risco 
de complicações graves da COVID-19, 
especialmente no terceiro trimestre. A 
infecção por SARS-CoV-2 durante a gravidez 
também pode estar associada a um maior 
risco de parto prematuro. 
6. Tabagismo: O tabagismo é um fator de risco 
conhecido para muitas doenças respiratórias e 
também está associado a um maior risco de 
complicações graves da COVID-19. O tabaco 
pode prejudicar a função pulmonar e 
imunológica, o que pode agravar a infecção 
por SARS-CoV-2. 
7. Desigualdades sociais e de saúde: Condições 
socioeconômicas, acesso limitado a cuidados 
de saúde e exposição ocupacional também 
podem influenciar o risco de complicações da 
COVID-19. Populações vulneráveis e 
marginalizadas podem enfrentar barreiras no 
acesso a serviços de saúde e maior risco de 
exposição ao vírus, o que pode levar a 
resultados mais graves da doença. 
Identificar e gerenciar os fatores de risco e as 
condições associadas às complicações da COVID-
19 é fundamental para reduzir a morbidade e a 
mortalidade relacionadas à doença. Intervenções 
preventivas e terapêuticas devem ser adaptadas para 
atender às necessidades específicas dos indivíduos 
com maior risco de complicações graves. 
3.5. Diagnóstico laboratorial 
O diagnóstico laboratorial da COVID-19 é 
fundamental para identificar casos, rastrear contatos 
e orientar medidas de prevenção e controle da 
doença. Vários tipos de testes estão disponíveis para 
detectar a infecção pelo SARS-CoV-2, cada um com 
suas vantagens e limitações. A seguir, apresentamos 
os principais métodos de diagnóstico laboratorial da 
COVID-19: 
1. RT-PCR (Reação em cadeia da polimerase 
em tempo real): O teste de RT-PCR é 
considerado o padrão-ouro para o diagnóstico 
da COVID-19. Ele detecta o material genético 
do vírus (RNA) em amostras coletadas do 
trato respiratório, como swabs nasofaríngeos 
ou orofaríngeos. O RT-PCR é altamente 
sensível e específico, fornecendo resultados 
confiáveis mesmo em estágios iniciais da 
infecção. No entanto, o teste requer 
equipamentos especializados e pessoal 
treinado, e pode levar várias horas ou até 
mesmo dias para fornecer resultados. 
2. Testes de antígeno: Os testes de antígeno 
detectam proteínas específicas do SARS-CoV-
2 em amostras respiratórias, como swabs 
nasofaríngeos ou orofaríngeos. Esses testes 
são geralmente mais rápidos e menos 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
7 
dispendiosos do que o RT-PCR, fornecendo 
resultados em minutos a horas. No entanto, os 
testes de antígeno geralmente têm menor 
sensibilidade do que o RT-PCR, o que 
significa que podem ocorrer resultados falsos 
negativos, especialmente em indivíduos com 
baixa carga viral. 
3. Testes sorológicos: Os testes sorológicos 
detectam a presença de anticorpos específicos 
contra o SARS-CoV-2 no sangue, indicando 
uma resposta imunológica à infecção. Esses 
testes podem ser úteis para determinar se um 
indivíduo teve contato prévio com o vírus e 
para estimar a prevalência da infecção em 
uma população. No entanto, os testes 
sorológicos não são ideais para o diagnóstico 
de infecção aguda, pois os anticorpos 
geralmente demoram dias a semanas para se 
desenvolver após a infecção. 
4. Testes de biologia molecular rápido: Novos 
métodos de diagnóstico, como a amplificação 
isotérmica mediada por loop (LAMP) e a 
CRISPR, também estão sendo desenvolvidos 
e utilizados para detectar o SARS-CoV-2. 
Esses testes oferecem resultados rápidos e 
podem ser mais simples de realizar do que o 
RT-PCR, embora ainda possam ter limitações 
em termos de sensibilidade e especificidade. 
A escolha do teste laboratorial adequado para o 
diagnóstico da COVID-19 depende de vários 
fatores, como o tempo desde o início dos sintomas, 
a disponibilidade de recursos e a finalidade do teste. 
A combinação de diferentes métodos de teste e a 
interpretação cuidadosa dos resultados são 
fundamentais para garantir a detecção precisa e 
oportuna da infecção pelo SARS-CoV-2. 
3.6. Síndrome pós-covid-19 
A síndrome pós-covid-19, também conhecida como 
síndrome pós-aguda da SARS-CoV-2 (PASC) ou 
"covid longa", refere-se a um conjunto de sintomas e 
complicações que persistem ou aparecem após a 
fase aguda da infecção por SARS-CoV-2. A 
síndrome pós-covid-19 tem sido relatada em 
pacientes que tiveram casos leves, moderados ou 
graves de COVID-19 e pode afetar tanto adultos 
quanto crianças. Os principais aspectos da síndrome 
pós-covid-19 incluem: 
1. Sintomas persistentes: Muitos pacientes 
relatam sintomas que persistem por semanas 
ou meses após a recuperação da fase aguda da 
infecção. Os sintomas comuns da síndrome 
pós-covid-19 incluem fadiga, falta de ar, dor 
no peito, dor nas articulações, palpitações, 
dificuldade de concentração ("névoa cerebral") 
e problemas de memória. A duração e a 
gravidade dos sintomas podem variar entre os 
pacientes, e nem todos os pacientes 
experimentam todos os sintomas. 
2. Complicações de órgãos: A infecção por 
SARS-CoV-2 pode causar danos a vários 
órgãos e sistemas do corpo, incluindo 
coração, pulmões, rins, sistema nervoso e 
sistema imunológico. Algumas complicações 
podem ser duradouras e levar a problemas de 
saúde crônicos, como insuficiência cardíaca, 
fibrose pulmonar, disfunção renal e sequelas 
neurológicas. 
3. Impacto na qualidade de vida: A síndrome 
pós-covid-19 pode afetar significativamente a 
qualidade de vida dos pacientes, interferindo 
na capacidade de trabalhar, realizar atividades 
diárias e manter relações sociais. Além disso, 
os pacientes podem enfrentar dificuldades 
emocionais, como ansiedade, depressão e 
estresse pós-traumático. 
4. Fatores de risco e preditores: Ainda não está 
claro por que algumas pessoas desenvolvem a 
síndrome pós-covid-19 e outras não. Fatores 
como idade, sexo, gravidade da doença aguda 
e presença de comorbidades podem estar 
associados a um maior risco de desenvolver a 
síndrome. No entanto, mais pesquisas são 
necessárias para identificar os mecanismos 
subjacentes e os fatores de risco específicos 
para a síndrome pós-covid-19. 
5. Tratamento e manejo: O tratamento da 
síndrome pós-covid-19 é complexo e 
geralmente requer uma abordagem 
multidisciplinar para gerenciar os diversos 
sintomas e complicações. Os médicos podem 
recomendar terapias de reabilitação, 
gerenciamento de sintomas, suporte 
psicossocial e acompanhamento regular para 
monitorar e tratar as complicações. 
Asíndrome pós-covid-19 é um aspecto importante 
e emergente da pandemia de COVID-19 que 
requer maior conscientização, pesquisa e 
desenvolvimento de estratégias de tratamento e 
prevenção. 
 
 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
8 
3.7. Esquema de imunização 
A imunização contra a COVID-19 é uma das 
principais estratégias para controlar a pandemia e 
reduzir os impactos da doença na saúde pública e 
na economia. Várias vacinas foram desenvolvidas e 
estão disponíveis, cada uma com diferentes 
abordagens para estimular a resposta imunológica 
contra o SARS-CoV-2. Abaixo estão alguns pontos-
chave sobre o esquema de imunização para a 
COVID-19: 
1. Tipos de vacinas: As vacinas contra a COVID-
19 disponíveis no mercado podem ser 
classificadas em várias categorias, incluindo 
vacinas de mRNA (Pfizer-BioNTech e 
Moderna), vacinas de vetor viral (Oxford-
AstraZeneca e Janssen), e vacinas inativadas 
(Sinovac e Sinopharm). Cada tipo de vacina 
tem seus próprios mecanismos de ação, 
eficácia, efeitos colaterais e requisitos de 
armazenamento. 
2. Eficácia das vacinas: A eficácia das vacinas 
contra a COVID-19 varia, mas a maioria 
oferece proteção significativa contra a doença, 
especialmente contra formas graves e 
hospitalizações. A eficácia da vacina pode ser 
influenciada por fatores como idade, 
condições de saúde subjacentes e variantes 
virais em circulação. 
3. Esquema de doses: A maioria das vacinas 
contra a COVID-19 requer duas doses, 
administradas com um intervalo de tempo 
específico para garantir a proteção ideal. 
Algumas vacinas, como a Janssen, requerem 
apenas uma dose única. Reforços ou doses 
adicionais também podem ser recomendados 
para certos grupos, como idosos e indivíduos 
imunocomprometidos, para garantir uma 
resposta imunológica adequada. 
4. Populações-alvo e priorização: Dada a oferta 
limitada de vacinas no início da campanha de 
vacinação, os grupos prioritários foram 
estabelecidos com base em fatores de risco, 
como idade, condições de saúde subjacentes 
e exposição ocupacional. Com a ampliação da 
disponibilidade das vacinas, as campanhas de 
imunização têm sido expandidas para incluir 
grupos etários mais jovens e, eventualmente, 
toda a população elegível. 
5. Variantes virais e vacinas: As variantes do 
SARS-CoV-2, como a variante Alfa, Beta, 
Gama e Delta, têm causado preocupação 
devido ao potencial de maior 
transmissibilidade e/ou resistência parcial à 
imunidade conferida pelas vacinas. No 
entanto, as vacinas atualmente disponíveis 
ainda parecem oferecer proteção contra as 
variantes conhecidas, embora a eficácia possa 
ser ligeiramente reduzida em alguns casos. A 
pesquisa e o desenvolvimento continuam para 
adaptar as vacinas às novas variantes e garantir 
a proteção a longo prazo. 
6. Cobertura vacinal e imunidade coletiva: 
Atingir altos níveis de cobertura vacinal é 
fundamental para alcançar a imunidade 
coletiva e controlar a propagação do vírus. A 
imunidade coletiva ocorre quando uma 
proporção suficiente da população está 
imunizada, seja por vacinação ou por infecção 
natural, reduzindo a transmissão do vírus e 
protegendo aqueles que não podem ser 
vacinados ou são mais vulneráveis à doença. 
As campanhas de vacinação em todo o 
mundo têm como objetivo alcançar a 
cobertura vacinal necessária para garantir a 
imunidade coletiva e reduzir o impacto da 
COVID-19 na saúde pública e na economia. 
3.8. Definições operacionais do Ministério da 
Saúde para COVID-19 
O Ministério da Saúde estabelece definições 
operacionais para orientar a identificação, 
notificação e manejo de casos suspeitos, prováveis e 
confirmados de COVID-19. Essas definições são 
fundamentais para garantir a vigilância 
epidemiológica adequada e o direcionamento de 
recursos para o controle da pandemia. Algumas das 
principais definições operacionais do Ministério da 
Saúde para COVID-19 incluem: 
1. Caso suspeito: Indivíduo que apresenta 
quadro clínico compatível com a COVID-19, 
como febre, tosse, dor de garganta, coriza, 
perda de olfato (anosmia) ou perda do paladar 
(ageusia). Outros sintomas, como falta de ar, 
dores no corpo, diarreia, náuseas e vômitos, 
também podem ser considerados. Além 
disso, a definição de caso suspeito pode 
incluir critérios epidemiológicos, como 
contato com caso confirmado de COVID-19 
ou histórico de viagem a áreas de transmissão 
ativa. 
2. Caso provável: Caso suspeito de COVID-19 
com resultado inconclusivo, indeterminado 
ou com amostra inadequada em teste 
laboratorial para SARS-CoV-2, ou ainda, caso 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
9 
suspeito com histórico de contato próximo ou 
domiciliar com caso confirmado 
laboratorialmente para COVID-19 nos 
últimos 14 dias antes do aparecimento dos 
sintomas. 
3. Caso confirmado: Indivíduo com infecção 
pelo SARS-CoV-2 confirmada por critérios 
laboratoriais, incluindo detecção do vírus por 
RT-PCR, teste rápido de antígeno ou 
sorologia (IgM e/ou IgG positivos). Os casos 
confirmados podem ser classificados como 
leves, moderados ou graves, dependendo da 
gravidade dos sintomas e da necessidade de 
internação ou suporte ventilatório. 
4. Contato próximo: Pessoa que teve contato 
direto com um caso confirmado de COVID-
19, geralmente a menos de dois metros de 
distância e por um período prolongado (mais 
de 15 minutos), sem o uso adequado de 
equipamento de proteção individual (EPI). 
Os contatos próximos devem ser monitorados 
quanto ao desenvolvimento de sintomas e 
podem ser submetidos a testes e medidas de 
quarentena, conforme as orientações das 
autoridades de saúde. 
5. Caso descartado: Indivíduo que apresentava 
critérios para caso suspeito e teve resultado 
negativo em teste laboratorial específico para 
SARS-CoV-2, ou que teve seu quadro clínico 
esclarecido por outro diagnóstico específico 
que não COVID-19. 
Essas definições operacionais são essenciais para a 
implementação de medidas de saúde pública, como 
rastreamento de contatos, isolamento, quarentena e 
tratamento de casos confirmados. É importante 
ressaltar que essas definições podem ser atualizadas 
periodicamente de acordo com a evolução do 
conhecimento sobre a COVID-19 e as necessidades 
de saúde pública. 
3.9. COVID-19 na atenção básica 
A atenção básica desempenha um papel 
fundamental no enfrentamento da pandemia de 
COVID-19. As unidades de saúde da atenção básica 
são a porta de entrada do sistema de saúde e atuam 
na prevenção, diagnóstico, tratamento e 
acompanhamento dos casos de COVID-19. 
Algumas das principais funções da atenção básica na 
resposta à COVID-19 incluem: 
1. Promoção da saúde e prevenção: As equipes 
de saúde da atenção básica são responsáveis 
por promover a saúde e disseminar 
informações sobre a COVID-19, incluindo 
medidas de prevenção, como uso de 
máscaras, higiene das mãos, distanciamento 
físico e vacinação. Além disso, a atenção 
básica atua na identificação e no manejo de 
fatores de risco para complicações da 
COVID-19, como doenças crônicas e 
condições socioeconômicas vulneráveis. 
2. Identificação e notificação de casos suspeitos: 
Os profissionais de saúde da atenção básica 
são responsáveis por identificar e notificar os 
casos suspeitos de COVID-19, de acordo com 
as definições operacionais do Ministério da 
Saúde. A identificação precoce e a notificação 
dos casos são fundamentais para o 
rastreamento de contatos, a implementação 
de medidas de isolamento e a prevenção da 
transmissão do vírus. 
3. Triagem e encaminhamento: As unidades de 
saúde da atenção básica realizam a triagem 
dos casos suspeitos de COVID-19, avaliando 
a gravidade dos sintomas e o risco de 
complicações. Os casos leves e moderados 
podem ser manejados na própria atenção 
básica, enquanto os casos graves e com sinais 
de alerta devem ser encaminhados para 
serviços de saúde de maior complexidade, 
como hospitais e unidades de pronto 
atendimento. 
4. Diagnóstico e tratamento: A atenção básica 
pode realizar testes diagnósticos para a 
COVID-19, como testes rápidosde antígeno 
e sorologia, conforme as orientações do 
Ministério da Saúde. Além disso, a atenção 
básica é responsável pelo manejo clínico dos 
casos leves e moderados de COVID-19, 
incluindo o tratamento dos sintomas, o 
monitoramento da evolução clínica e a 
prescrição de medicamentos, conforme as 
diretrizes e protocolos estabelecidos. 
5. Acompanhamento e reabilitação: As equipes 
de saúde da atenção básica também são 
responsáveis pelo acompanhamento dos 
pacientes com COVID-19 após a 
recuperação, monitorando possíveis sequelas 
e complicações, como a síndrome pós-
COVID-19. A atenção básica pode oferecer 
suporte à reabilitação e ao cuidado integral 
dos pacientes, incluindo aspectos físicos, 
psicológicos e sociais. 
A atenção básica é essencial para garantir uma 
resposta efetiva e integrada à pandemia de COVID-
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
10 
19, atuando na promoção da saúde, na prevenção 
da transmissão do vírus e no cuidado integral dos 
pacientes. 
Capitulo 4: Síndromes gripais em adultos 
4.1.1. Síndrome Gripal X Síndrome 
Respiratória Aguda Grave 
A Síndrome Gripal (SG) e a Síndrome Respiratória 
Aguda Grave (SRAG) são termos utilizados para 
descrever diferentes níveis de gravidade das 
infecções respiratórias, incluindo aquelas causadas 
por vírus como o SARS-CoV-2, Influenza e outros. 
Entender as diferenças entre essas síndromes é 
importante para orientar o diagnóstico, tratamento e 
prevenção das infecções respiratórias em adultos. 
Síndrome Gripal (SG): A SG é caracterizada por um 
quadro clínico leve a moderado, que geralmente 
inclui febre, tosse, dor de garganta, coriza, dor de 
cabeça, dores no corpo e fadiga. Esses sintomas 
podem ser causados por diversos vírus, incluindo o 
vírus Influenza, parainfluenza, adenovírus, 
metapneumovírus e coronavírus, como o SARS-
CoV-2. A maioria dos casos de SG é autolimitada, 
ou seja, os sintomas melhoram espontaneamente 
sem a necessidade de tratamento específico. No 
entanto, é importante monitorar os pacientes com 
SG, pois alguns casos podem evoluir para formas 
mais graves de infecção respiratória, como a SRAG. 
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): A 
SRAG é uma forma mais grave de infecção 
respiratória, caracterizada por sinais e sintomas de 
insuficiência respiratória aguda, como dispneia 
(dificuldade para respirar), taquipneia (aumento da 
frequência respiratória) e hipoxemia (baixa 
concentração de oxigênio no sangue). A SRAG 
pode ser causada por diversos vírus, incluindo o 
SARS-CoV-2, que provoca a COVID-19. A SRAG 
requer uma abordagem clínica mais intensiva e, em 
muitos casos, a necessidade de internação 
hospitalar, suporte ventilatório e cuidados 
intensivos. 
É fundamental que os profissionais de saúde 
estejam atentos às diferenças entre a SG e a SRAG 
para realizar uma avaliação adequada dos pacientes, 
identificar os sinais de alerta e encaminhar os casos 
mais graves para tratamento em serviços de saúde 
de maior complexidade. A distinção entre a SG e a 
SRAG também é importante para a vigilância 
epidemiológica e a implementação de medidas de 
controle das infecções respiratórias, como vacinação 
e intervenções de saúde pública. 
Capitulo 5: Arboviroses 
5.1. Principais características clínicas das 3 
principais arboviroses em nosso meio 
Arboviroses são doenças causadas por vírus 
transmitidos por artrópodes, como mosquitos. As 
três principais arboviroses em nosso meio são a 
dengue, a febre chikungunya e a febre zika. Vamos 
analisar as características clínicas de cada uma delas. 
1. Dengue: A dengue é causada pelo vírus da 
dengue (DENV), que possui quatro sorotipos 
distintos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e 
DENV-4). A doença é transmitida 
principalmente pelo mosquito Aedes aegypti. 
A dengue pode se manifestar de diferentes 
formas, desde casos assintomáticos até 
quadros mais graves, como a dengue 
hemorrágica e a síndrome do choque da 
dengue. Os sintomas da dengue incluem febre 
súbita, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, 
dores musculares e nas articulações, náuseas, 
vômitos, fraqueza e exantema (erupção 
cutânea). A dengue pode evoluir para formas 
graves em alguns casos, especialmente em 
pacientes com infecções secundárias por 
diferentes sorotipos do vírus. 
2. Febre chikungunya: A febre chikungunya é 
causada pelo vírus chikungunya (CHIKV) e 
transmitida principalmente pelos mosquitos 
Aedes aegypti e Aedes albopictus. Os 
sintomas da febre chikungunya incluem febre 
alta, dores intensas nas articulações, dor de 
cabeça, dores musculares, náuseas, fadiga e 
exantema. As dores articulares podem ser 
incapacitantes e persistir por meses ou até 
anos após a infecção. A febre chikungunya 
raramente é fatal, mas pode ser mais grave em 
idosos, crianças e pessoas com doenças 
crônicas. 
3. Febre zika: A febre zika é causada pelo vírus 
zika (ZIKV) e transmitida principalmente 
pelo mosquito Aedes aegypti. A maioria dos 
casos de febre zika é assintomática ou 
apresenta sintomas leves, como febre baixa, 
exantema, conjuntivite, dores musculares e 
nas articulações e dor de cabeça. A febre zika 
ganhou notoriedade devido à sua associação 
com complicações neurológicas, como a 
síndrome de Guillain-Barré e a microcefalia 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
11 
em recém-nascidos de mães infectadas 
durante a gestação. 
É importante que os profissionais de saúde estejam 
familiarizados com as características clínicas das 
principais arboviroses em nosso meio para realizar 
uma avaliação adequada dos pacientes, estabelecer 
o diagnóstico diferencial, orientar o tratamento e 
implementar medidas de prevenção e controle 
dessas doenças. 
5.2. Testes diagnósticos para Arboviroses 
O diagnóstico das arboviroses, como dengue, 
chikungunya e zika, pode ser feito por meio de 
testes laboratoriais específicos, que ajudam a 
confirmar a presença dos vírus no organismo. Esses 
testes são essenciais para orientar o tratamento 
adequado e implementar medidas de controle e 
prevenção. Os principais testes diagnósticos para 
arboviroses incluem: 
1. Testes sorológicos: Os testes sorológicos são 
baseados na detecção de anticorpos 
específicos produzidos pelo sistema 
imunológico em resposta à infecção. Esses 
testes incluem Ensaio de Imunoabsorção 
Enzimática (ELISA) para detecção de 
anticorpos IgM e IgG, que geralmente se 
tornam detectáveis a partir do 4º ou 5º dia de 
sintomas. Os testes sorológicos podem ser 
úteis para o diagnóstico retrospectivo ou para 
confirmar casos suspeitos após o período 
agudo da infecção. 
2. Detecção de antígenos: A detecção de 
antígenos virais, como o antígeno NS1 da 
dengue, pode ser realizada por meio de testes 
rápidos ou imunoensaio, geralmente 
disponíveis em kits comerciais. Esses testes 
são úteis para o diagnóstico de infecções 
agudas, pois podem detectar antígenos virais 
no início dos sintomas, antes da produção de 
anticorpos. 
3. Testes moleculares: A detecção do material 
genético viral, como o RNA, pode ser feita 
por meio da técnica de Reação em Cadeia da 
Polimerase em Tempo Real (RT-PCR). A 
RT-PCR é considerada o padrão-ouro para o 
diagnóstico de arboviroses durante a fase 
aguda da infecção, pois permite identificar o 
vírus diretamente, com alta sensibilidade e 
especificidade. A RT-PCR pode ser realizada 
em amostras de sangue, urina ou saliva, 
dependendo da arbovirose em questão. 
4. Testes rápidos: Além dos testes mencionados 
acima, existem testes rápidos disponíveis no 
mercado que podem detectar anticorpos ou 
antígenos específicos para dengue, 
chikungunya e zika. Esses testes podem ser 
realizados em ambientes com recursos 
limitados e oferecem resultados rápidos, 
auxiliando na tomada de decisão clínica e na 
identificação de surtos. 
É importante ressaltar que o diagnóstico laboratorial 
das arboviroses deve ser interpretado em conjunto 
com a avaliação clínica e epidemiológica dos 
pacientes, considerando a história de viagens, a 
presença de sintomas compatíveis e a circulação dos 
vírus na região.Capitulo 6: Mecânica Ventilatória e Trocas 
Gasosas 
6.1. Fisiologia (Guyton / Berne) 
A mecânica ventilatória e as trocas gasosas são 
processos fundamentais para a manutenção da vida 
e a adequação dos níveis de oxigênio (O2) e dióxido 
de carbono (CO2) no organismo. Vamos analisar os 
principais aspectos desses processos com base nos 
conceitos apresentados nos livros de Fisiologia de 
Guyton e Berne. 
1. Mecânica ventilatória: A mecânica ventilatória 
envolve o movimento do ar para dentro e para 
fora dos pulmões, o que ocorre graças à 
contração e relaxamento dos músculos 
respiratórios, como o diafragma e os 
músculos intercostais. Durante a inspiração, o 
diafragma se contrai e se desloca para baixo, 
enquanto os músculos intercostais externos se 
contraem, elevando as costelas. Essas ações 
aumentam o volume da cavidade torácica, 
reduzem a pressão intratorácica e geram um 
fluxo de ar para os pulmões. Já na expiração, 
o diafragma e os músculos intercostais 
relaxam, diminuindo o volume da cavidade 
torácica e aumentando a pressão intratorácica, 
o que resulta na saída de ar dos pulmões. 
2. Trocas gasosas: As trocas gasosas ocorrem nos 
alvéolos pulmonares, que são pequenos sacos 
de ar onde o oxigênio presente no ar 
inspirado é transferido para o sangue, 
enquanto o dióxido de carbono é eliminado 
do sangue para o ar alveolar. Essa troca ocorre 
por difusão passiva, ou seja, a favor do 
gradiente de concentração entre o ar alveolar 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
12 
e o sangue nos capilares pulmonares. O 
oxigênio se liga à hemoglobina presente nos 
glóbulos vermelhos, formando a oxi-
hemoglobina, que é transportada pelo sangue 
até os tecidos. Já o dióxido de carbono é 
transportado principalmente na forma de 
bicarbonato (HCO3-), mas também se liga à 
hemoglobina, formando a 
carboaminohemoglobina, e é dissolvido no 
plasma sanguíneo. 
3. Regulação da ventilação: A ventilação é 
regulada pelo sistema nervoso central (SNC), 
que recebe informações sobre os níveis de 
oxigênio e dióxido de carbono no sangue, 
principalmente por meio de 
quimiorreceptores localizados nas áreas 
carotídea e aórtica. Quando os níveis de 
dióxido de carbono aumentam ou os níveis de 
oxigênio diminuem, os quimiorreceptores 
estimulam o SNC a aumentar a frequência e a 
profundidade da ventilação, a fim de garantir 
a manutenção dos níveis adequados de gases 
sanguíneos. 
Compreender a mecânica ventilatória e as trocas 
gasosas é crucial para o diagnóstico e tratamento de 
doenças respiratórias, como a Síndrome 
Respiratória Aguda Grave (SRAG) secundária à 
COVID-19, que pode comprometer a função 
pulmonar e a oxigenação dos pacientes. Ao 
identificar alterações nesses processos, os 
profissionais de saúde podem implementar 
intervenções adequadas, como a administração de 
oxigênio suplementar ou o uso de ventilação 
mecânica, para melhorar a função respiratória e os 
desfechos clínicos. 
Capitulo 7: Semiologia 
7.1. Porto & Porto "Exame Físico e Semiologia" 
A semiologia é a área da medicina responsável pelo 
estudo dos sinais e sintomas das doenças. A 
realização de um exame físico completo e a 
avaliação dos sintomas relatados pelos pacientes são 
essenciais para o diagnóstico e tratamento adequado 
das condições médicas, incluindo doenças 
respiratórias como a Síndrome Respiratória Aguda 
Grave (SRAG) secundária à COVID-19. 
Ao abordar o exame físico e a semiologia com base 
nos ensinamentos de Porto, é importante considerar 
os seguintes aspectos: 
1. Anamnese: A anamnese é o processo de 
coleta de informações sobre o histórico 
médico do paciente, incluindo queixas atuais, 
histórico de doenças pregressas, medicações 
em uso, alergias, hábitos de vida, entre outros. 
É fundamental para entender o quadro clínico 
e identificar possíveis fatores de risco ou 
agravantes da condição respiratória do 
paciente. 
2. Exame físico geral: O exame físico geral deve 
incluir a avaliação do estado geral do paciente, 
a inspeção da pele, a palpação dos pulsos e a 
mensuração dos sinais vitais, como frequência 
cardíaca, frequência respiratória, pressão 
arterial e temperatura. Alterações nos sinais 
vitais, como taquicardia, taquipneia ou febre, 
podem indicar a presença de uma infecção ou 
um processo inflamatório. 
3. Exame físico do aparelho respiratório: O 
exame físico do aparelho respiratório deve ser 
realizado de forma sistemática e incluir 
inspeção, palpação, percussão e ausculta dos 
pulmões. A inspeção pode revelar sinais de 
dificuldade respiratória, como tiragem 
intercostal ou uso dos músculos acessórios da 
respiração. A palpação pode identificar áreas 
de crepitação subcutânea, indicativas de 
enfisema subcutâneo, ou alterações na 
expansibilidade pulmonar. A percussão pode 
revelar áreas de macicez ou timpânica, 
sugerindo a presença de líquido ou ar no 
espaço pleural. A ausculta permite identificar 
sons respiratórios anormais, como sibilos, 
roncos, crepitações ou diminuição da 
transmissão dos sons. 
4. Exame físico dos outros sistemas: A avaliação 
dos outros sistemas, como o cardiovascular e 
Figura :https://www.auladeanatomia.com/sistemas/385/sistema-
respiratorio 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
13 
o neurológico, também é importante, uma vez 
que complicações da COVID-19 podem se 
manifestar em diferentes órgãos e sistemas. 
O conhecimento da semiologia e a realização 
adequada do exame físico são fundamentais para a 
detecção precoce de sinais de agravamento da 
condição respiratória em pacientes com SRAG 
secundária à COVID-19, permitindo a 
implementação de medidas terapêuticas 
apropriadas e a melhoria dos desfechos clínicos. 
Capitulo 8: Exames complementares 
8.1. Interpretação de exames laboratoriais 
Exames laboratoriais são essenciais para 
complementar a avaliação clínica de pacientes com 
suspeita de Síndrome Respiratória Aguda Grave 
(SRAG) secundária à COVID-19, ajudando a 
confirmar o diagnóstico, monitorar a evolução da 
doença e identificar possíveis complicações. Abaixo 
estão alguns dos exames laboratoriais mais 
relevantes e suas interpretações: 
1. Hemograma completo: O hemograma 
completo fornece informações sobre os 
componentes celulares do sangue, como 
eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Em 
pacientes com COVID-19, é comum observar 
linfopenia (redução do número de linfócitos), 
que pode ser um marcador de gravidade da 
doença. Outras alterações possíveis incluem 
leucopenia, leucocitose com neutrofilia, 
trombocitopenia e aumento do hematócrito. 
2. Proteína C-reativa (PCR): A PCR é um 
marcador inespecífico de inflamação e 
infecção. Níveis elevados de PCR podem 
indicar um processo inflamatório ativo no 
organismo, como em casos de COVID-19 
grave. A PCR também pode ser útil no 
monitoramento da resposta ao tratamento. 
3. Dímero-D: O dímero-D é um produto da 
degradação da fibrina e um marcador de 
ativação da coagulação. Níveis elevados de 
dímero-D estão associados a um maior risco 
de tromboembolismo e têm sido observados 
em pacientes com COVID-19 grave, 
indicando a possibilidade de complicações 
trombóticas. 
4. Função renal e hepática: Avaliar a função 
renal e hepática é importante para identificar 
possíveis disfunções desses órgãos em 
pacientes com COVID-19. Alterações nos 
níveis de creatinina, ureia, bilirrubina, alanina 
aminotransferase (ALT) e aspartato 
aminotransferase (AST) podem sinalizar 
lesão renal ou hepática e requerem 
monitoramento cuidadoso. 
5. Gasometria arterial: A gasometria arterial 
mede os níveis de oxigênio e dióxido de 
carbono no sangue e o equilíbrio ácido-base. 
Em pacientes com SRAG, a hipoxemia (baixa 
concentração de oxigênio no sangue) é uma 
preocupação significativa e pode ser 
monitorada através da gasometria arterial. 
6. Testes de coagulação: Alterações na 
coagulação sanguínea, como prolongamento 
do tempo de protrombina (TP) e tempo de 
tromboplastina parcial ativada (TTPA), 
podem ser observadas em pacientes com 
COVID-19, especialmente em casos graves.7. PCR em tempo real (RT-PCR) para SARS-
CoV-2: O teste RT-PCR para SARS-CoV-2 é 
o padrão-ouro para o diagnóstico da COVID-
19. Ele detecta a presença de material 
genético do vírus em amostras respiratórias do 
paciente, como swabs nasofaríngeos ou 
orofaríngeos, lavado broncoalveolar e 
aspirado traqueal. 
A interpretação correta dos exames 
laboratoriais é fundamental para o manejo 
adequado dos pacientes com COVID-19. Os 
médicos devem levar em conta o quadro 
clínico do paciente, a evolução dos sintomas e 
os resultados dos exames laboratoriais para 
tomar decisões informadas sobre o 
tratamento e o acompanhamento. Além disso, 
é crucial estar atualizado com as diretrizes e 
recomendações locais e internacionais, uma 
vez que o conhecimento sobre a COVID-19 
está em constante evolução. 
Em resumo, a interpretação de exames 
laboratoriais é uma parte essencial da 
avaliação e manejo de pacientes com suspeita 
de SRAG secundária à COVID-19. Os 
profissionais de saúde devem estar 
familiarizados com os exames e suas 
interpretações para fornecer um atendimento 
eficaz e baseado em evidências aos pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
14 
Capitulo 9: Emergências clínicas 
9.1. Síndrome Respiratória Aguda Grave 
(SRAG) 
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é 
uma condição clínica grave que pode resultar em 
insuficiência respiratória, falência de múltiplos 
órgãos e até mesmo morte. A SRAG pode ser 
causada por uma variedade de agentes infecciosos, 
incluindo vírus, bactérias e fungos. No contexto da 
pandemia de COVID-19, a SRAG secundária ao 
SARS-CoV-2 é uma preocupação significativa e um 
desafio para os profissionais de saúde. 
O manejo das emergências clínicas relacionadas à 
SRAG envolve a avaliação e o tratamento das causas 
subjacentes, além do suporte às funções vitais do 
paciente. As seguintes medidas são essenciais no 
manejo da SRAG: 
1. Avaliação inicial: A avaliação inicial deve 
incluir a medição dos sinais vitais, como 
frequência respiratória, frequência cardíaca, 
pressão arterial, temperatura e saturação de 
oxigênio. Uma história clínica detalhada e um 
exame físico completo são necessários para 
identificar possíveis causas e complicações 
associadas à SRAG. 
2. Suporte respiratório: Pacientes com SRAG 
podem apresentar hipoxemia, necessitando 
de suporte respiratório. O fornecimento de 
oxigênio suplementar por meio de 
dispositivos de alto fluxo ou ventilação 
mecânica pode ser necessário para manter a 
saturação de oxigênio adequada. A posição 
prona também pode ser benéfica para 
melhorar a oxigenação em pacientes com 
SRAG grave. 
3. Monitoramento hemodinâmico: O 
monitoramento contínuo da pressão arterial, 
frequência cardíaca e diurese é crucial para 
avaliar a resposta do paciente ao tratamento e 
identificar possíveis complicações, como 
choque ou insuficiência cardíaca. 
4. Suporte cardiovascular: Pacientes com SRAG 
podem desenvolver choque ou disfunção 
cardíaca. Nesses casos, a administração de 
fluidos intravenosos, vasopressores e, se 
necessário, inotrópicos, pode ser necessária 
para manter a perfusão adequada dos órgãos 
e a estabilidade hemodinâmica. 
5. Terapia antimicrobiana empírica: Em casos 
de SRAG de etiologia desconhecida, o 
tratamento empírico com antibióticos de 
amplo espectro e antivirais pode ser iniciado 
enquanto se aguarda os resultados dos exames 
laboratoriais e microbiológicos. 
6. Controle da febre: A administração de 
antitérmicos, como paracetamol, pode ser 
necessária para controlar a febre e 
proporcionar alívio sintomático aos pacientes. 
7. Cuidados de suporte adicionais: Dependendo 
das necessidades específicas do paciente, 
medidas de suporte adicionais podem incluir 
terapia nutricional, fisioterapia respiratória e 
manejo da dor. 
O manejo das emergências clínicas relacionadas à 
SRAG requer uma abordagem multidisciplinar e 
uma atenção cuidadosa às necessidades individuais 
de cada paciente. Os profissionais de saúde devem 
estar preparados para identificar e tratar 
rapidamente as complicações potenciais e 
monitorar de perto a evolução clínica do paciente 
para garantir um tratamento eficaz e uma 
recuperação bem-sucedida. 
9.2. Síndrome do Desconforto Respiratório 
Agudo (SARA) 
A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo 
(SARA), também conhecida como Síndrome do 
Distress Respiratório Agudo, é uma condição 
pulmonar grave caracterizada por uma resposta 
inflamatória aguda que leva à lesão alveolar difusa, 
edema pulmonar e hipoxemia. A SARA pode ser 
causada por várias condições, incluindo infecções 
pulmonares, como a pneumonia, trauma, 
pancreatite e sepse. 
As principais características clínicas da SARA 
incluem início rápido de dificuldade respiratória, 
hipoxemia e infiltrados pulmonares bilaterais na 
radiografia de tórax ou tomografia 
computadorizada. A gravidade da SARA é 
classificada com base na relação entre a pressão 
arterial de oxigênio (PaO2) e a fração inspirada de 
oxigênio (FiO2). 
O tratamento da SARA envolve abordagens que 
incluem: 
1. Suporte respiratório: A ventilação mecânica 
com estratégias protetoras do pulmão, 
incluindo volumes correntes baixos (4-8 
mL/kg de peso predito) e pressão positiva 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
15 
expiratória final (PEEP) adequada, é a base do 
tratamento da SARA. A oxigenação por 
membrana extracorpórea (ECMO) pode ser 
considerada em casos refratários à ventilação 
mecânica convencional. 
2. Posicionamento: A posição prona pode ser 
benéfica para melhorar a oxigenação e a 
distribuição da ventilação em pacientes com 
SARA grave. 
3. Tratamento da causa subjacente: A 
identificação e o tratamento da causa 
subjacente da SARA são fundamentais. Isso 
pode incluir terapia antimicrobiana adequada 
para infecções, medidas de suporte para 
insuficiência de órgãos ou intervenções 
específicas para condições subjacentes. 
4. Controle da resposta inflamatória: Embora o 
uso de corticosteroides na SARA seja 
controverso, estudos recentes mostraram que 
o uso de doses baixas de corticosteroides por 
tempo limitado pode ser benéfico em 
pacientes selecionados com SARA grave. 
5. Fluidoterapia restritiva: O uso restritivo de 
fluidos tem mostrado benefício na SARA, 
uma vez que ajuda a prevenir o agravamento 
do edema pulmonar. 
6. Suporte hemodinâmico: A monitorização e o 
tratamento de distúrbios hemodinâmicos, 
como choque ou insuficiência cardíaca, são 
essenciais para garantir a estabilidade do 
paciente. 
7. Cuidados de suporte adicionais: Nutrição 
adequada, fisioterapia respiratória, controle 
glicêmico e prevenção de úlceras de estresse e 
tromboembolismo venoso são componentes 
importantes do manejo global dos pacientes 
com SARA. 
O manejo eficaz da SARA requer uma abordagem 
multidisciplinar e a adoção de estratégias baseadas 
em evidências para otimizar os desfechos clínicos. 
Capitulo 10: Referências bibliográficas 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Vigilância em Saúde. Definição de caso e 
notificação. In: ______. Guia de vigilância 
epidemiológica. 6. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 
2016. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br 
Acesso em: 13 04 2023. 
• BERNE, R. M.; LEVY, M. N. Fisiologia. 6. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
• GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de 
Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2017. 
• PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. 
• VERONESI, R.; FOCACCIA, R. Tratado de 
Infectologia. 6. ed. São Paulo: Atheneu, 2015. 
• MEDRONHO, R. A.; BLOCH, K. V.; LUIZ, R. 
R.; WERNECK, G. L. (Org.). Epidemiologia. 3. ed. 
São Paulo: Atheneu, 2009. 
• MELLO, J. J. G.; TEIXEIRA, J. C. (Org.). 
Emergências clínicas: abordagem prática. 11. ed. 
Barueri, SP: Manole, 2014. 
• SILVA, L. M. V. DA; TELLES, F. Q. (Org.). 
Interpretação de Exames Laboratoriais: aplicação e 
prática clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2016. 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção básica e 
a saúdeda família. Disponível em: 
https://www.saude.gov.br/atencao-basica. Acesso 
em: 13 04 2023. 
• WARE, L. B.; MATTHAY, M. A. The Acute 
Respiratory Distress Syndrome. New England 
Journal of Medicine, v. 342, n. 18, p. 1334-1349, 
2000. 
 
 
Caso 02 Sessão Tutorial 
 
 
 
16 
Capitulo 11: Perguntas e Respostas 
Questão 1: Qual das seguintes opções descreve corretamente a diferença entre a Síndrome Gripal (SG) e a 
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)? 
 
a) A SG é caracterizada por sintomas leves e a SRAG por sintomas graves, mas ambas são causadas apenas 
por infecções virais. 
b) A SG e a SRAG são a mesma condição, diferindo apenas no nome. 
c) A SRAG é uma complicação da SG e ocorre apenas em pacientes idosos. 
d) A SG apresenta sintomas como febre, tosse e dor de garganta, enquanto a SRAG envolve dificuldade 
respiratória, frequência respiratória aumentada e queda na saturação de oxigênio. 
 
Resposta: d) A SG apresenta sintomas como febre, tosse e dor de garganta, enquanto a SRAG envolve 
dificuldade respiratória, frequência respiratória aumentada e queda na saturação de oxigênio. 
Justificativa: A Síndrome Gripal (SG) é caracterizada por sintomas mais leves e comuns, como febre, tosse, dor 
de garganta, coriza e outros sintomas gripais. Por outro lado, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é 
uma condição mais grave que se desenvolve em alguns pacientes, geralmente caracterizada por dificuldade 
respiratória, frequência respiratória aumentada (maior que 30 incursões por minuto) e queda na saturação de 
oxigênio (menor que 95% em ar ambiente), podendo evoluir para insuficiência respiratória aguda e necessidade 
de suporte ventilatório. A SRAG pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, como vírus, bactérias e 
outros patógenos, e não está restrita apenas a pacientes idosos. 
 
Questão 2: Quais são os principais sinais e sintomas associados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)? 
 
a) Dor de garganta, coriza, tosse seca e febre baixa. 
b) Cansaço extremo, febre alta, dor muscular e cefaleia. 
c) Dificuldade respiratória, frequência respiratória aumentada, queda na saturação de oxigênio e febre. 
d) Vertigem, náuseas, vômitos e diarreia. 
 
Resposta: c) Dificuldade respiratória, frequência respiratória aumentada, queda na saturação de oxigênio e 
febre. 
Justificativa: A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma condição mais séria que se desenvolve em 
alguns pacientes com infecções respiratórias. Os principais sinais e sintomas incluem dificuldade respiratória, 
frequência respiratória aumentada (maior que 30 incursões por minuto), queda na saturação de oxigênio (menor 
que 95% em ar ambiente) e febre. Esses sintomas podem indicar um agravamento do quadro clínico e podem 
levar à insuficiência respiratória aguda, necessitando de suporte ventilatório e cuidados intensivos. 
 
Questão 3: Quais são as três principais arboviroses e suas características clínicas mais comuns? 
 
a. Dengue: febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares; Zika: febre baixa, 
erupções cutâneas, dores nas articulações e olhos vermelhos; Chikungunya: febre alta, dores intensas nas 
articulações e erupções cutâneas. 
b. Hepatite A: febre alta, dor de cabeça, fadiga, perda de apetite e icterícia; Hepatite B: febre baixa, náuseas, 
vômitos, dor abdominal e icterícia; Hepatite C: febre baixa, fadiga, perda de apetite e dor abdominal. 
c. Tuberculose: febre baixa, tosse seca, perda de peso e suor noturno; Pneumonia: febre alta, tosse produtiva, 
dor no peito e falta de ar; Bronquite: febre baixa, tosse seca, chiado no peito e falta de ar. 
d. Malária: febre alta, calafrios, suor excessivo e anemia; Leishmaniose: febre baixa, perda de peso, aumento 
do baço e fígado; Esquistossomose: febre baixa, calafrios, dor de cabeça e diarreia. 
 
 
 
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Resposta: a) Dengue: febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares; Zika: febre 
baixa, erupções cutâneas, dores nas articulações e olhos vermelhos; Chikungunya: febre alta, dores intensas nas 
articulações e erupções cutâneas. 
Justificativa: As três principais arboviroses, que são doenças transmitidas por vetores como os mosquitos, são 
Dengue, Zika e Chikungunya. A Dengue se manifesta com febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e dores 
musculares e articulares. A infecção pelo vírus Zika geralmente apresenta sintomas mais leves, como febre baixa, 
erupções cutâneas, dores nas articulações e olhos vermelhos (conjuntivite). A Chikungunya é caracterizada por 
febre alta, dores intensas nas articulações e erupções cutâneas. Essas doenças são transmitidas principalmente 
pelo mosquito Aedes aegypti e podem ter complicações graves em alguns casos. 
 
Questão 4: Qual a importância da realização de um exame físico completo na avaliação de um paciente com 
suspeita de síndrome respiratória aguda grave (SRAG)? 
 
a. Não é necessário realizar um exame físico completo, basta avaliar os sinais vitais. 
b. O exame físico completo é importante apenas para a avaliação da temperatura corporal. 
c. O exame físico completo permite identificar sinais e sintomas sugestivos de SRAG, como dispneia, cianose 
e hipoxemia. 
d. O exame físico completo não é importante na avaliação de pacientes com SRAG. 
 
Resposta: c) O exame físico completo permite identificar sinais e sintomas sugestivos de SRAG, como dispneia, 
cianose e hipoxemia. 
Justificativa: O exame físico é fundamental na avaliação de pacientes com suspeita de SRAG, permitindo 
identificar sinais e sintomas sugestivos da doença, bem como monitorar a evolução clínica do paciente. Além 
disso, o exame físico pode ajudar a identificar outras condições que possam estar contribuindo para a piora 
clínica do paciente. 
 
 
Questão 5: Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de Síndrome Respiratória Aguda 
Grave (SRAG)? 
 
a. Sedentarismo e obesidade. 
b. Uso crônico de álcool e drogas ilícitas. 
c. Exposição a substâncias químicas tóxicas. 
d. Infecções respiratórias virais, principalmente o vírus da influenza e o SARS-CoV-2. 
 
Resposta: d) Infecções respiratórias virais, principalmente o vírus da influenza e o SARS-CoV-2. 
Justificativa: A SRAG é uma síndrome clínica caracterizada por insuficiência respiratória aguda grave e pode ser 
causada por diferentes agentes etiológicos, como o vírus da influenza e o SARS-CoV-2. O principal fator de 
risco para o desenvolvimento da SRAG é a infecção respiratória viral, especialmente em indivíduos com idade 
avançada e com comorbidades, como diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas. Outros fatores 
de risco incluem imunossupressão, obesidade e tabagismo.

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