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Questões Avaliação de Teorias e Sistemas Psicológicos 1 Pergunta 1: De acordo com o artigo Ditadura e Insurgência na América Latina: Psicologia da Libertação e Resistência armada, a atividade insurgente mudou a fase da psicologia. Surgindo a PL (Psicologia da Libertação). Através das informações trazidas, qual teórico implementa essa Psicologia e qual o conceito, ideia que se traz com a PL? Como ela busca revelar processos psicológicos? Resposta: A intensificação dos conflitos sociais resultou em uma rejeição das ideias de uma Psicologia dominante que, por cumplicidade ou por omissão, era instrumento das ditaduras latino-americanas. Neste sentido, a atividade insurgente mudou a face da Psicologia. A seguir citaremos um expressivo exemplo: a Psicologia da Libertação. A PL na América Latina surge nos trabalhos de Martín-Baró, que propõe construir uma Psicologia que critica a realidade latino-americana, enfrenta condições estruturais de injustiças e desigualdades sociais e fomenta processos de libertação. A Psicologia da Libertação busca revelar processos psicológicos com o fim de descolonizar o povo oprimido; neste sentido, ela dirige sua práxis para problemas psicossociais gerados em formações sociais existentes no Terceiro Mundo”. Trata-se de um projeto de reconstrução da Psicologia rompendo com o poder instituído. Ao invés de tentar se definir como uma abordagem teórica específica (psicanálise, behaviorismo etc.) ou como uma nova área de especialização (Psicologia Social, Psicologia Clínica etc.), a PL é um programa ético-científico-político que introduz a luta contra a opressão e pela edificação de uma nova sociedade e de um novo ser humano no núcleo da Psicologia. Onde encontrar: “Ditadura e Insurgência na América Latina: Psicologia da Libertação e Resistência Armada”, nas páginas 6 e 7 (pdf) ou 33 e 34 (texto em si). Pergunta 2: Segundo o pensamento de René Descartes que tinha como base a visão racionalista. Para ele a razão é a única via segura pela qual o conhecimento do mundo pode ser obtido e defende a possibilidade de alcance de uma verdade absoluta, incontestável que contém alguma coisa de certo e indubitável. Qual a problematização comparada a crítica e ao pensamento de Boaventura que denomina a racionalidade ocidental como razão indolente? Resposta: A razão indolente subjaz, nas suas várias formas, ao conhecimento hegemônico, tanto filosófico como científico, produzido no Ocidente nos últimos duzentos anos. O autor critica a razão indolente da ciência moderna por ter sido responsável pelo desperdício de experiências produzidas pelos diferentes saberes e práticas sociais. A indolência da razão criticada neste ensaio ocorre em quatro formas diferentes: a razão impotente, aquela que não se exerce porque pensa que nada pode fazer contra uma necessidade concebida como exterior a ela própria; a razão arrogante, que não sente necessidade de exercer-se porque se imagina incondicionalmente livre e, por conseguinte, livre da necessidade de demonstrar a sua própria liberdade; a razão metonímica, que se reivindica como a única forma de racionalidade e, por conseguinte, não se aplica a descobrir outros tipos de racionalidade ou, se o faz, fá-lo apenas para as tornar em matéria-prima; e a razão proléptica, que não se aplica a pensar o futuro, porque julga que sabe tudo a respeito dele e o concebe como uma superação linear, automática e infinita do presente. By: Ewylle Farias Onde encontrar: Meditações - René Descartes (Páginas: 95-98-100) e Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências - Boaventura de Sousa Santos (Páginas: 239-240) Pergunta 3: Como os pensamentos de Descartes, abordados nas Meditações concernentes a Filosofia Primeira, e os ideais de Carole Pateman em suas críticas feminista ao contrato, podem se complementar na relação Indivíduo/Subordinação? Resposta: Descartes em suas Meditações faz a descoberta do Eu e de Deus, ao qual o primeiro seria posto como o objeto de estudo e o identificando existente pela tomada de consciência, uso do pensamento, e a descoberta de Deus, de forma simples, um Deus que teria que existir, pois se não existisse, não teria como o Eu existir, uma razão de causalidade. Este tal Deus seria soberanamente bom, mas que posto a prova seria enganoso e maligno ao usar de sua indústria para alienar o Eu, mais como uma forma de sobrevivência. Assim como em Pateman, na crítica sobre o contrato social, que fala inclusive sobre o contrato existente a tradição do pensamento político ocidental e a mulher (feminismo), que não seria a promessa de liberdade e soberania popular, mas alienação e cooperação social na medida em que se baseia em algo "voluntário", entre aspas, pois em ambos é dito hipotético, onde ao suposto dominado aceitar os benefícios ou sistemas, o indivíduo tacitamente estaria aderindo ao contrato. Onde encontrar: Meditações, René Descartes, pág: 95, 100 e 106. C. Pateman e crítica feminista do contrato, pág: 2, 3, 4 e 6. Pergunta 4: René Descartes inaugurou, na modernidade, uma forma de se pensar a partir de uma linguagem racionalista, que pretendia servir como guia para o conhecimento da realidade. John Locke, por outro lado vai defender que nossas ideias serão criadas empiricamente a partir da sensação e da reflexão. Como essas duas visões influenciaram o desenvolvimento da psicologia como ciência? Resposta: Os autores são importantes na construção da base filosófica da psicologia, e principalmente na diversidade de pensamentos e vertentes para esta ciência. O racionalismo e o empirismo são escolas de pensamento que buscam explicar a forma como os seres humanos adquirem o conhecimento, porém elas têm filosofias fundamentalmente opostas. Enquanto o racionalismo afirma que a fonte do conhecimento é a razão, o empirismo alega que é a experiência sensorial. Os empiristas preocupavam-se em descobrir como a mente adquiria o conhecimento, sendo assim, o empirismo desempenhou o papel principal no desenvolvimento da psicologia científica, pois ele estava mais relacionado com processo do desenvolvimento da mente. Onde encontrar: Essa é uma questão mais interpretativa e não tão pontual, mas é possível encontrar a resposta em -> “Germano, M. G. (2011). As bases filosóficas para a ciência moderna” pág. 78 à 85 e 89 à 90; e “Uma visão panorâmica da psicologia científica de Wilhelm Wundt” final da página 4 e início da 5 (pdf) ou final da 212 e início 213 (texto em si).
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