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InfluAncias-e-contribuiAAÁes-do-PIBID-na-prAítica-do-estudante-de-pedagogia-Artigo-2016

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE EDUCAÇÃO - CE 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFLUÊNCIAS E CONTRIBUIÇÕES DO PIBID NA PRÁTICA DO 
ESTUDANTE DE PEDAGOGIA DURANTE A FORMAÇÃO 
ACADÊMICA INICIAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 POR: 
 
BIANCA CARLA DE ALMEIDA GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal (RN) 
2016 
 
 
BIANCA CARLA DE ALMEIDA GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFLUÊNCIAS E CONTRIBUIÇÕES DO PIBID NA PRÁTICA DO 
ESTUDANTE DE PEDAGOGIA DURANTE A FORMAÇÃO 
ACADÊMICA INICIAL. 
 
 
 
 
 
 
Relatório reflexivo elaborado pela acadêmica do curso de 
Pedagogia, Bianca Carla de Almeida Gomes, como 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado à 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como 
parte dos requisitos para obtenção do grau em Pedagogia. 
 
Orientação: Prof
a
. Crislane B. Azevedo 
 
 
 
 
Natal (RN) 
2016 
 
 
 
 
BIANCA CARLA DE ALMEIDA GOMES 
 
 
Relatório reflexivo da prática docente do PIBID 
 no ano de 2015 apresentado ao Curso de Pedagogia do Centro 
de Educação, da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte, como requisito final para obtenção do 
Título de Licenciada em Pedagogia. 
 
 
 
 
 
Aprovada em _____/ _____/ _____ 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
Crislane B. Azevedo 
 
 
 
 
Maria da Paz Siqueira de Oliveira 
 
 
 
 
Soraneide Soares Dantas 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................05 
2. O PROJETO DE ENSINO...........................................................................................13 
3. AS INTERVENÇÕES..................................................................................................15 
3.1.A Lebre e a tartaruga...............................................................................................16 
3.2.A Cigarra e a formiga..............................................................................................24 
3.3.A minhoca Filomena...............................................................................................29 
3.4.A dona centopéia.....................................................................................................32 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................34 
5. REFERÊNCIAS............................................................................................................34 
 
5 
 
INFLUÊNCIAS E CONTRIBUIÇÕES DO PIBID NA PRÁTICA DO 
ESTUDANTE DE PEDAGOGIA DURANTE A FORMAÇÃO 
ACADÊMICA INICIAL. 
Bianca Carla de Almeida GOMES
1 
RESUMO: Este trabalho apresenta uma reflexão sobre as práticas vivenciadas no PIBID – Programa 
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. O objetivo deste relatório reflexivo é relatar os 
momentos vivenciados dentro da sala de aula, expor as atividades desenvolvidas na prática, relatar as 
aprendizagens e dificuldades encontradas durante o período como bolsista, e, revelar quais as 
contribuições do programa para a minha formação docente. O registro foi elaborado a partir de 
anotações e reflexões da prática na sala de aula, observando-se também planos de aula e o projeto 
elaborado para as intervenções. Entre os autores que trouxeram contribuições para o presente relatório 
reflexivo posso citar GOMEZ (1992), PIMENTA (1997), e THERRIEN (1995) entre outros. Este 
trabalho é o meio pelo qual pude expor o significado de participar do PIBID, ressaltando que esta 
participação se tornou um momento ímpar na minha formação como pedagoga. Mediante todas as 
ações realizadas posso afirmar que o PIBID contribuiu de forma significativa para a formação de todos 
os alunos envolvidos em suas ações, seja para a minha como graduanda ou para os alunos das escolas. 
PALAVRAS-CHAVE: PIBID, Formação Docente, Teoria e Prática
1- Introdução 
Este trabalho apresenta uma reflexão sobre as práticas vivenciadas no PIBID – 
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, que tem como principal objetivo 
antecipar o contato entre os futuros professores e as salas de aula de educação básica, 
fazendo-se, assim, uma articulação entre a educação superior e as redes de ensino público, 
sendo elas municipais ou estaduais. O programa é um meio pelo qual futuros professores têm 
a oportunidade de vivenciar e desenvolver práticas pedagógicas dentro de instituições 
escolares em diferentes segmentos e modalidades. 
No PIBID Pedagogia, muitas ações podem ser vivenciadas pelo pedagogo na escola, 
visando o contato e o aperfeiçoamento de práticas que serão desenvolvidas na sua área de 
atuação. O programa contribui para que o aluno graduando em Pedagogia possa ir 
6 
 
melhorando sua prática antes mesmo de assumir uma sala de aula, uma experiência que não 
acontece com tanta frequência durante um curso de graduação. 
Entre as atividades desenvolvidas pelos alunos bolsistas do PIBID se pode citar: o 
contato com a realidade escolar, a convivência com alunos de educação básica e seus 
respectivos pais, elaboração de projetos e planejamento de aulas, além de proporcionar ao 
pedagogo em formação a possibilidade de reflexão entre teoria e prática. São oferecidos 
também cursos de aperfeiçoamento para os bolsistas a fim de contribuir para sua atuação nas 
escolas. 
O presente trabalho está ligado ao subprojeto do PIBID Pedagogia da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e tem como objetivo discorrer sobre as atividades 
vivenciadas no nível de ensino da Educação Infantil. Tais atividades que foram realizadas no 
Centro Municipal de Educação Infantil Antônia Fernanda Jalles (CMEIAFJ) na cidade de 
Natal-RN. O objetivo do mesmo é relatar as ações na sala de aula como bolsista, as atividades 
desenvolvidas na prática, as aprendizagens e dificuldades encontradas durante o período de 
bolsista no PIBID, além de deixar claro as contribuições do programa para a minha formação 
docente, sempre buscando trazer reflexões e a relação de tudo relatado com alguns teóricos. 
Utilizei como metodologia para elaboração do trabalho a análise de documentos como 
planos de aula e projeto, além de anotações e reflexões feitas durante a prática, também a 
leitura de textos estudados ao longo da minha graduação. Como referencial busquei teóricos 
que mencionam a importância do contato com a sala de aula tais como GOMEZ (1992), 
PIMENTA (1997), e THERRIEN (1995). 
A busca da relação teoria com prática dentro do curso de Pedagogia. 
Segundo o Projeto Político Pedagógico (PPP, 2011) do Curso de Pedagogia, campus 
central da instituição que faço parte, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a 
formação do pedagogo deverá contribuir para a compreensão do processo educativo e sua 
relação com a sociedade, em uma postura crítica e consciente sobre esta relação e agindo de 
forma autônoma e cooperativa para a constituição de processos pedagógicos mais coerentes 
com os ideais de emancipação educacional. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Pedagogia, 
licenciatura (BRASIL, 2006, p. 01), explicitam as seguintes exigências como centrais na 
formação do pedagogo: 
 
7 
 
Art. 3º. O estudante de Pedagogia trabalhará com um repertório de 
informações e habilidades composto por pluralidade de conhecimentos 
teóricos e práticos, cuja consolidação será proporcionada no exercício da 
profissão, fundamentando-se em princípios de interdisciplinaridade, 
contextualização, democratização, pertinência e relevância social, ética e 
sensibilidade afetiva e estética. Parágrafo Único. Para a formação do 
licenciado em Pedagogia é central: 
 
I – O conhecimento da escola como organização complexa que tem a 
função de promover a educação para e na cidadania; 
II – A pesquisa, a análise e a aplicação de resultados de 
investigações de interesse da área educacional;III – a participação na gestão de processos educativos e na 
organização e funcionamento de sistemas e instituições de ensino. 
 
Segundo as Diretrizes o aluno do curso necessita ter um repertório de informações e 
habilidades composto por pluralidade de conhecimentos teóricos e práticos, além do 
conhecimento da escola, mas surge o questionamento: A relação teoria e prática dentro do 
curso de Pedagogia existe? Como aluna concluinte do curso de Pedagogia da UFRN, posso 
falar que essa relação ainda encontra-se em um processo de desenvolvimento. Sentimos muito 
a necessidade da relação teoria e prática dentro do curso, pois o que temos ao longo da nossa 
graduação são aulas muito embasadas na teoria, muitas sugestões e estudos sobre 
metodologias para serem desenvolvidas em sala. Mas como saberemos se tais sugestões, 
estudos e metodologias nos serão úteis se nosso contato com a realidade escolar está resumido 
a apenas três estágios obrigatórios? O que nos falta dentro do curso são oportunidades de 
relacionar tudo que vemos com a realidade escolar com a prática dos professores que são 
atuantes nas salas de aula, que um dia vamos assumir. Sempre me questionei se quando 
concluísse o curso seria capaz de assumir uma sala, se estaria pronta para contribuir com a 
educação de forma eficiente. 
Com tais questionamentos ao iniciar a graduação, senti a necessidade de estar em sala 
de aula e poder vivenciar na prática o ser professor, queria poder ter o contato com a 
comunidade escolar com os alunos com as dificuldades diárias de um profissional da 
educação, queria além de tudo me ver na responsabilidade de produzir conhecimento 
juntamente com meus alunos. Segundo (PIMENTA, 1997, p.7): 
Quando os alunos chegam ao curso de formação inicial, já têm saberes sobre 
o que é ser professor. Os saberes de sua experiência de alunos, que foram de 
diferentes professores em toda sua vida escolar... O desafio, então, posto aos 
cursos de formação inicial é o de colaborar no processo de passagem dos 
8 
 
alunos de seu ver o professor como aluno a seu ver-se como professor. Isto é, 
de construir a sua identidade de professor. 
 
O que Pimenta (1997) apresenta é justamente o que eu precisava: sentir-me no lugar 
de uma professora, talvez até para ter a certeza se essa era realmente à profissão que eu queria 
seguir. 
Hoje entendo que sem estar dentro da sala de aula vivenciando sua realidade e 
dificuldades é quase impossível estar “pronto” e confiante para assumir uma turma, temos a 
necessidade de conviver com o espaço em que vamos atuar antes de assumir uma turma e 
muito antes de concluir o curso. 
Não quero dizer que a teoria não é válida, pois o saber docente não é formado apenas 
da prática, deve ser embasada pelas teorias da educação. A teoria tem importância 
fundamental, pois ao apropriarmo-nos da fundamentação teórica nos beneficiamos de 
variados pontos de vista para uma tomada de decisão dentro de uma ação contextualizada. 
Mas é importante lembrar que um bom professor não se constitui apenas de teoria, embora ela 
tenha sua importância. Um professor vai se formando na relação teoria e prática, pois é a 
partir da ação e da reflexão que o professor se constrói enquanto indivíduo em pleno estado de 
mudança. Gómez, 1992, p. 108declara, sobre o que vivenciamos nos cursos superiores em 
educação, a formação profissional é vista como: “[...] um processo de preparação técnica, que 
permita compreender o funcionamento de regras e das técnicas do mundo real da sala de aula 
e desenvolver as competências profissionais exigidas pela sua aplicação eficaz”. 
Entretanto, no cotidiano da sala de aula a prática não se dá de forma idealizada como é 
ensinada em alguns cursos de formação inicial. São muitas situações divergentes que, não 
sabemos como lidar, haja vista que não se “aprendeu”. 
Com base no PPP do curso de Pedagogia UFRN, podemos ver a necessidade de uma 
reformulação no currículo buscando levar em consideração os anseios dos discentes. Segundo 
UFRN (2004, p. 9), “mesmo estando atualizada em muitos aspectos, ao longo dos últimos 
anos vem se construindo outra reformulação curricular para o curso de Pedagogia, tendo em 
vista os anseios e necessidades dos docentes e discentes do curso”. 
Dentro do PPP (p. 12), temos acesso a uma pesquisa realizada com os discentes na 
qual apontam a discussão sobre a necessidade de articulação entre a teoria e a prática através 
da pesquisa (apontada por 15,8% dos alunos), evidencia a descontextualizarão dos conteúdos 
trabalhados e a perda de sua relevância para compreensão da realidade no campo do trabalho 
pedagógico. 
9 
 
Por ter também tais questionamentos como os vistos na pesquisa e por sentir a 
necessidade de estar dentro do meio escolar que nos primeiros períodos do curso já me 
interessei pelo PIBID. Fiz a seleção, mas não fui aprovada, sendo assim busquei outras 
oportunidades, fiz seleção para atuar como bolsista de apoio técnico na Escola Agrícola de 
Jundiaí e trabalhei na coordenação de um curso à distância por um ano, lá tive muito 
aprendizado, mas ainda sentia a necessidade de estar dentro da sala de aula, foi aí que 
lançaram mais um edital para seleção do PIBID 2014.2 e fiz a seleção novamente e desta vez 
consegui entrar no Programa. 
 A experiência inicialmente caracterizou-se por uma mistura de felicidade com medo, 
pois a partir de então eu estaria realmente dentro da sala de aula, desenvolvendo um projeto 
de ensino, com uma turma, pondo em prática a responsabilidade de desenvolver algo diferente 
que pudesse dar um retorno positivo para os alunos, a escola e a universidade e, sobretudo, 
realizar-me dentro do Programa. Dentro do PIBID consegui crescer muito como profissional. 
Como bolsistas temos todo o apoio de uma equipe dentro da escola com as coordenadoras e 
colaboradoras e na Universidade temos uma formação continuada com palestras cursos e 
troca de experiências. A possibilidade de vivenciar a relação teoria e prática foi muito rica 
durante o período que estive como bolsista no Programa Institucional de bolsa de Iniciação à 
Docência, o que mais me marcou foi às aprendizagens práticas do dia a dia em sala de aula. 
Segundo Therrien (1995, p.3), que: 
[...] esses saberes da experiência que se caracterizam por serem originados 
na prática cotidiana da profissão, sendo validados pela mesma, podem 
refletir tanto a dimensão da razão instrumental que implica num saber-fazer 
ou saber-agir tais como habilidades e técnicas que orientam a postura do 
sujeito, como a dimensão da razão interativa que permite supor, julgar, 
decidir, modificar e adaptar de acordo com os condicionamentos de 
situações complexas. (p. 3) 
O autor salienta que os saberes adquiridos na prática em sala de aula são decisivos 
para a formação do futuro docente. Acredito que tudo que vivenciei na escola serviu para 
aperfeiçoar a minha prática. A cada aula, a cada planejamento e interação com a prática das 
professoras de sala, as orientações e apoio nas ações desenvolvidas foi essencial para a minha 
prática como bolsista. Também Pimenta (2005, p. 19)chama a atenção sobre a importância da 
relação teoria e prática no âmbito da profissão docente: 
[...] Uma identidade profissional se constrói, pois, a partir da significação 
social da profissão; da revisão constante dos significados sociais da 
10 
 
profissão; da revisão das tradições. Mas também da reafirmação de práticas 
consagradas culturalmente e que permanecem significativas [...] 
Com base nos estudos desenvolvidos por Therrien (1995) e Pimenta (2005), foi 
possível compreendera importância dos aprendizados adquiridos em sala de aula. Estar em 
sala de aula mesmo sem ter concluído o curso me ajudou a ter mais segurança e entender a 
necessidade de ter referenciais teóricos para embasar a minha prática. 
Lócus da Experiência 
Desenvolvi as ações mencionadas neste relatório durante o ano de 2015,como 
bolsista, no Centro Municipal de Educação Infantil Antônia Fernanda Jalles (CMEIAFJ) que 
tem sede em Natal-RN, Rua Rio Suaçuí, nº 7701, conjunto Satélite, Bairro Pitimbu Decreto 
de criação nº 9588 de 12/12/2011. 
A comunidade atendida pelo CMEI em aproximadamente 70% (setenta por cento) 
reside no Bairro Planalto, localizado nas adjacências do Bairro Pitimbu que tem 25% (vinte e 
cinco por cento) das famílias atendidas pelo CMEI, e os 05% (cinco por cento) da 
comunidade se completam com outras famílias de bairros localizados na zona sul da cidade. 
Dessa forma o universo da comunidade fica no entorno dos dois bairros onde o CMEI foi 
construído. A clientela se compõe por famílias constituídas na sua maioria por quatro pessoas, 
com percentual significativo de autônomos e prestadores de serviços e também por parte 
representativa de pessoas desempregadas e do lar. 
Segundo dados do projeto político pedagógico (PPP) do CMEIAFJ, os profissionais 
que compõem a equipe de professores são todos concursados do quadro efetivo em sua 
maioria e seletivo. Parte significativa tem pós-graduação em Educação, sendo 8 pós-
graduados dos 12 professores totais. 
Vale destacar o acentuado percentual de professores com formação superior em 
Pedagogia constituintes da equipe atuante no CMEI. Além da pós-graduação na área de 
educação realizada também pelos professores. No que tange à equipe de apoio, compõe-se de 
02(duas) cozinheiras, 03 (três) auxiliares de cozinha, 05 (cinco) funcionários da limpeza, 
02(dois) porteiros e 02(dois) vigias. 
Ainda segundo o PPP a escola compreende que a Educação Infantil tem por finalidade 
e objetivo oferecer serviços educacionais para crianças de acordo com a Lei de Diretrizes e 
Bases Nacional - LDB 9.394/96, seção II (Da Educação Básica), nos seguintes termos: 
 
11 
 
Art. 29 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem com 
finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, 
em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a 
ação da família e da comunidade. Art. 30 A educação infantil será oferecida 
em: I – creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de 
idade; II – pré-escolas para crianças de quatro a seis anos de idade. 
 
Conhecer essa concepção foi muito importante ao desenvolver meu projeto, pois a 
escola tem como objetivo: oportunizar a construção da identidade e autonomia, promovendo 
situações nas quais as crianças possam desenvolver-se de forma integral, (cognitivo, motor e 
sócio afetivo). Essa concepção me possibilitou entender mais sobre este espaço e seu 
compromisso com a educação. Voltando a caracterização da escola o CMEI inicia suas 
atividades a partir das 7horas e conclui às 16 horas no caso das turmas de tempo integral 
compostas por crianças com 01(um) ano de idade até 03 (três). As turmas de tempo parcial 
abrangem a faixa etária de 04(quatro) anos até 05(cinco) anos de idade e seus alunos 
participam das atividades em um turno 7h às 11h e 12h às 16h. Na rotina da instituição há um 
grande número de atividades das quais posso destacar: acolhimento roda de conversa, 
atividade dirigida, hora do banho, refeições, parque, escovação dos dentes, faz de conta/jogo 
simbólico, brinquedoteca e cinema, contação de histórias etc. 
Ao término do ano em curso é fundamental que as crianças de 2 anos a 3 anos e 11 
meses da turma do nível I do Centro Municipal de Educação Infantil Antônia Fernanda Jalles, 
ampliem os conhecimentos prévios. Avançando numa perspectiva de 90% das metas 
propostas para essa faixa etária e distribuídos nos eixos a seguir: 
 
FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL – IDENTIDADE E AUTONOMIA 
 
 Espera-se que ao termino no ano em curso as crianças tenham construído sua 
autonomia, podendo expressar suas necessidades essenciais, sentimentos, 
vontades, agrados e desagrados; 
 No decorrer do ano espera-se que as crianças tenham criado laços afetivos 
entre crianças e adultos; 
 Espera-se que 90% das crianças já consigam controlar os esfíncteres; 
 
CONHECIMENTO DE MUNDO: MOVIMENTO – LINGUAGEM ORAL E ESCRITA – MÚSICA 
– NATUREZA E SOCIEDADE – ARTES VISUAIS 
 
 Ao fim do ano em curso as crianças consigam organizar seus brinquedos e 
objetos pessoais, adquirindo uma ordem espacial; 
12 
 
 Que ao término do ano, ao lermos uma história à criança consiga observar 
atentamente descrevendo os principais detalhes da história, oralmente ou 
graficamente; 
 Tenha desenvolvido a linguagem oral e gráfica, sendo capaz de identificar o 
seu nome e o nome dos colegas; 
 Esperamos que ao longo do ano 90% das crianças adquiram desenvoltura, 
expressão oral e corporal para participar ativamente nos momentos da roda 
de canções e apresentações diversas; 
 Tenha desenvolvido habilidades no tocante a representação dos sentimentos 
e/ou necessidades por meio do rabisco e/ou iniciação de células; 
 Tenham adquirido ao longo do ano noções básicas acerca da linguagem na 
matemática, como: reconhecer as formas; aberto e fechado, leve e pesado, 
grande e pequeno, entre outros; 
 Espera-se que até o fim do ano em curso as crianças consigam identificar as 
cores; 
 Consigam ao término do ano ampliar os movimentos motores com 
autonomia na marcha, pular, correr, subir e descer; 
 Almeja-se que cerca de 90% das crianças representem a sua compreensão de 
histórias e/ou diálogos por meio do desenho; 
 Espera-se que no correr do ano, as crianças consigam identificar os numerais 
de 0 a 9 associando-os as suas respectivas quantidades. 
 
Procurei na medida do possível integrar esses objetivos e os trazer para dentro da 
minha prática, busquei contribuir de forma significativa por meio das minhas ações em sala 
para que tais metas fossem cumpridas. 
Com relação à turma na qual tive a oportunidade de atuar, ela se caracterizava na 
seguinte forma: Uma turma do nível I, na maioria das vezes bem tranqüila, com 19 crianças, 
eram 9 meninas e 10 meninos na faixa etária: 2 a 3 anos, 15 dessas crianças já tinham 
estudado no CMEI, 4 eram novatas. As crianças já usavam rabiscos para escrever o nome, 
amavam música e movimentos com música e instrumentos. Brincar com canções era o que 
mais gostavam de fazer. A maioria já não usava fraldas e já percebia a importância de 
lavarem-se, tudo isso foi sendo construído com eles desde o primeiro momento na escola 
quando ainda estavam no berçário, em sua rotina a turma tinha ao chegar à escola a acolhida, 
o desjejum, o momento da atividade, recreação, banho, almoço e descanso. 
 Contavam com a professora e uma estagiária para estar com eles em sala de aula. Já 
se alimentavam sozinhos e já falavam da preferência por certos tipos de alimentos, escolhiam 
com quem brincar e tinham autonomia para escolher com o quer queriam brincar. 
Identificavam seus objetos pessoais e os dos outros, a maioria identificava seu primeiro nome 
e a letra inicial do mesmo, e duas crianças faziam a escrita da letra inicial do seu nome. Todos 
identificavam as vogais e os numerais de 1 a 5, mas faziam contagem até o 20. Adoravam 
13 
 
ouvir histórias e brincar de faz de conta, "ler" histórias fazia parte das preferências deles. 
Eram crianças carinhosas e espertas, entendiam bem os combinados. Foi uma turma muito 
boa de trabalhar. Observei todos esses aspectos para realizar o meu projeto. 
 
2- O projeto de ensino 
A proposta dentro do PIBID Pedagogia nos permite vivenciarmos três dias 
semanalmente dentro do CMEI Fernanda Jalles. Um dia como auxiliar da professora 
colaboradora, um dia como titular da sala e mais um destinado para planejamento, estudo, 
organização de materiais, este quinzenalmente é realizado na UFRN. O contato inicial 
possibilitou a criação de vínculos afetivos, a conhecer um pouco de cada criança, respeitando 
suas diferenças de envolvimento, tempo de participação nas atividades propostas pela 
professora colaboradora,entre outros. 
Fiquei alguns dias observando a dinâmica de sala de aula e sua rotina, conversei com a 
professora colaboradora sobre a turma e as características observadas nos alunos, procurei 
saber os conteúdos que ela iria abordar durante o ano letivo e tive acesso ao seu projeto de 
intervenção, foi assim que com o apoio/orientação das supervisoras defini o projeto levando 
em consideração tudo que foi observado e os conhecimentos prévios dos alunos. Miras (2006. 
p.66) destaca que “o fator mais importante que influi na aprendizagem é aquilo que o aluno já 
sabe. Isto deve ser averiguado e o ensino deve depender desses dados”. Foi acreditando na 
importância dos conhecimentos prévios que busquei elaborar um projeto que estivesse aliado 
as vivencias dos alunos. 
No universo da Educação Infantil a atividade pedagógica se caracteriza por promover 
o enriquecimento das experiências da criança. Trata-sede um trabalho que oportunize a 
descoberta do mundo, da natureza, do próprio corpo. As crianças devem ser oportunizadas a 
expressar-se por meio do desenho, da fala, do gesto, da música, a pensar sobre como as coisas 
funcionam, observar e registrar, brincar, entre muitas outras vivências. 
 Os espaços existentes devem ser preparados respeitando o direito que toda criança tem de 
buscar e construir sua autonomia e identidade, bem como, o seu próprio conhecimento. Cabe 
ao educador a função de participar, planejar, mediar e proporcionar as crianças, um ambiente 
seguro e saudável onde as crianças possam conhecer e experimentar o mundo em que vivem. 
Para introduzir a proposta do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – 
PIBID/CAPES, as intervenções no CMEIAFJ estavam relacionadas com o projeto 
14 
 
“Conhecendo e aprendendo com o outro, com o meio em que vivemos e com os bichinhos da 
terra”. Para a elaboração do projeto parti do pressuposto que os animais são presença 
constante no mundo das crianças, através de histórias, músicas e desenho. Tinha como 
objetivo apresentar através do universo literário infantil noções de cuidado, respeito ao meio 
ambiente e ao outro tendo como recurso a vida dos animais. 
Como estratégia para as aulas, busquei provocar o interesse e a curiosidade acerca do 
meio ambiente (animais que existem, a vegetação, cuidados com o meio em que vive 
alimentação, ar, água...). Utilizei a contação de histórias no cotidiano das intervenções, pois as 
histórias representam indicadores efetivos para situações desafiadoras, assim como fortalecem 
vínculos sociais, educativos e afetivos. Busquei como referência para o projeto alguns 
documentos como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) e Brasil (1998). 
Esses documentos levam em consideração que as crianças necessitam ter contato como o 
meio ambiente e aprender sobre ele e como respeitá-lo. 
 
A ação educativa deve se organizar para que as crianças, ao final dos três 
anos, tenham desenvolvido as seguintes capacidades com relação à natureza 
e a sociedade: explorar o ambiente, para que possa se relacionar com 
pessoas, estabelecer contato com pequenos animais, com plantas e com 
objetos diversos, manifestando curiosidade e interesse. (BRASIL, 1998, p. 
175). 
 
Sendo assim procurei desenvolver um projeto que explorasse com mais ênfase a 
relação das crianças com a natureza, com o ambiente e também busquei aproximá-las com os 
animais trabalhados. 
Ao longo da realização do projeto a intenção era que as crianças fossem 
desenvolvendo e entendendo que para vivermos em sociedade é importante que saibamos 
respeitar e executar algumas ações como: cuidados com si mesmo e com o outro; estímulo à 
solidariedade, amor e respeito pelo outro e pelo meio em que vive e a valorização do meio 
ambiente e dos seres que nele habitam. Tive como norte para este projeto também a ideia de 
que o aluno aprende nas suas relações com o outro. Felipe (2001, p. 27) em seu texto traz as 
contribuições de Piaget, Vygotsky e Wallon sobre o desenvolvimento Infantil segundo esses 
autores “[...] a capacidade de conhecer e aprender se constrói a partir das trocas estabelecidas 
entre o sujeito e o meio”. Sendo assim busquei mediar essas trocas utilizando um tema que 
fazia parte do cotidiano dos alunos, e trazendo com tema proposto outras aprendizagens, 
segundo Brasil (1998, p.33) “é, portanto, função do professor considerar, como ponto de partida 
15 
 
para sua ação educativa, os conhecimentos que as crianças possuem, advindos das mais 
variadas experiências sociais, afetivas e cognitivas a que estão expostas”. 
Por meio da elaboração deste trabalho relato as intervenções desenvolvidas como 
bolsista do PIBID, exponho as experiências que julgo ter contribuído para meu aprendizado 
como professora em formação. 
 
3- As Intervenções 
 
Para as intervenções parti sempre do literário, do lúdico para depois trabalhar o que 
realmente pretendíamos que era o tema “animais”. A literatura se fez uma constante nas 
intervenções, desenvolver o gosto pela leitura já era um dos objetivos primordiais da escola na 
qual atuei, uma busca de mudar a realidade mostrada em pesquisas como a da UNESCO 
(2005). Esta mostra que somente 14% da população tem o hábito de ler, portanto, pode-se 
entender que a sociedade brasileira não é leitora. Vemos também essa realidade na educação 
infantil, poucas crianças têm o hábito de ler em nosso país. A maioria tem o primeiro contato 
com a literatura apenas quando chega à escola. Nesta perspectiva, cabe à escola procurar 
desenvolver na criança a prática de ler e buscar essa leitura por prazer, não por obrigação. 
Falando da literatura sabe-se que o conceito de literatura infantil surge no momento em 
que as preocupações sociais se voltam para a criança. Com base nos estudos de Lajolo e 
Zilberman (1988, p. 17), ela passa a deter um novo papel na sociedade, motivando o 
aparecimento de objetos industrializados (o brinquedo) e culturais (o livro) “... Aparece, 
então, a necessidade de uma literatura que pudesse contribuir para sua formação como 
indivíduo”. 
Após pesquisas em diversos artigos, encontrei a mesma afirmação que até as duas 
primeiras décadas do século XX, as obras didáticas produzidas para a infância, apresentavam 
um caráter ético-didático. Ou seja, o livro tinha a finalidade única de educar, apresentar 
modelos, moldar a criança de acordo com as expectativas dos adultos. A obra dificilmente 
tinha o objetivo de tornar a leitura como fonte de prazer, retratando a aventura pela aventura. 
Havia poucas histórias que falavam da vida de forma lúdica, ou que faziam pequenas viagens 
em torno do cotidiano, ou a afirmação da amizade centrada no companheirismo, no amigo da 
vizinhança, da escola, da vida. 
Hoje a dimensão de literatura infantil é muito mais ampla e importante. Ela 
proporciona à criança um desenvolvimento emocional, social e cognitivo indiscutível. 
Segundo Abramovich (1997), quando as crianças ouvem histórias, passam a visualizar de 
16 
 
forma mais clara, sentimentos que têm em relação ao mundo. As histórias trabalham 
problemas existenciais típicos da infância, como medos, sentimentos de inveja e de carinho, 
curiosidade, dor, perda, além de ensinarem sobre infinitos assuntos. 
Mas mesmo que a literatura infantil tenha ganhado mais importância com o passar dos 
anos, ainda hoje alguns professores não conseguem desenvolver um trabalho no qual a 
literatura venha ser uma aliada nas suas aulas, muitas vezes ela é vista como uma obrigação. 
Acredito que a literatura deve ser usada nas aulas a fim de despertar o prazer e o gosto 
para a leitura, concordo com a autora Ruth Rocha (1983, p. 4) quando ela declara que: 
 
[...] a leitura não deveria ser encarada como uma obrigação escolar, nem 
deveria ser selecionada, vamos dizer, na base do que ela tem de 
ensinamento, do que ela tem de ‘mensagem’. A leitura deveria ser posta na 
escola como educação artística, eladevia ser posta na escola como uma 
atividade e não como uma lição, como uma aula, como uma tarefa. 
 
Na minha prática como bolsista busquei utilizar a literatura como ponte para outros 
aprendizados. Foram selecionadas para minha prática quatro histórias. De cada uma retirei o 
“animal da vez”, depois de explorar a literatura, explorava o máximo sobre o animal ou os 
animais das histórias e também ia associando a literatura às demais áreas que são necessárias 
para o desenvolvimento das crianças como linguagem oral e escrita, natureza e sociedade, 
matemática, artes visuais, além da música e o movimento. Na minha atuação dentro da sala de 
aula sempre era utilizado o momento da roda para que as atividades e aula fossem 
desenvolvidas. Dentre as histórias e momentos trabalhados com a turma, destaco: 
 
3.1. A lebre e a tartaruga 
 
O objetivo com esta história era introduzir a discussão sobre a importância do respeito 
com os animais e o meio em que vivemos proporcionar a troca e as relações entre o grupo 
com o meio, em Brasil (1998, p. 178), entendo que, “a interação com adultos e crianças de 
diferentes idades, as brincadeiras nas suas mais diferentes formas, a exploração do espaço, o 
contato com natureza, se constituem em experiências necessárias para o desenvolvimento 
aprendizagem infantis”. 
Com isso busquei contribuir com o desenvolvimento dessas aprendizagens de variadas 
formas. Ao iniciar com a história A lebre e a tartaruga, procurei resgatar o que as crianças já 
conheciam sobre os animais, na rodinha conversei sobre as características dos mesmos 
17 
 
presentes na história, deixando que as crianças as relacionassem com as suas próprias 
características, enfatizando que cada tem um jeito próprio e este deve ser respeitado, na 
história a lebre era rápida e a tartaruga devagar. 
Foi possível também com a história explorar a locomoção e a linguagem oral, pois as 
crianças a todo instante durante a rodinha e a intervenção foram estimuladas a imitar os 
animais, seus sons e movimentos. 
As imagens visuais foram destacadas ao longo da contação e as crianças incentivadas a se 
expressassem apreciar as imagens falando o que estas lhes pareciam. Temos orientações sobre 
o trabalho com as imagens visuais em documentos com Brasil (1998, p.101): 
 
No que diz respeito às leituras das imagens, deve-se eleger materiais que 
contemplem a maior diversidade possível e que sejam significativos para as 
crianças. É aconselhável que, por meio da apreciação, as crianças 
reconheçam e estabeleçam relações com o seu universo, podendo conter 
pessoas, animais, objetos específicos às culturas regionais, cenas familiares, 
cores, formas, linhas etc. 
 
Por meio das imagens as crianças interagiam muito mais com a história, elas sentiam a 
necessidade de tocar o livro, e estarem mais próximas dele. Outro fator que busquei sempre 
levar para minha prática foi algo que aprendi na disciplina Teoria e prática da Literatura que 
é a importância de falar sobre o autor do livro 
A história foi trabalhada durante algumas semanas, sempre procuramos diversificar as 
atividades e explorar as diferentes linguagens. Uma das atividades proposta relacionada à 
contação da história a lebre e a tartaruga, foi o trabalho com o movimento, levei todos para o 
pátio do CMEI e realizei a brincadeira “coelho sai da toca”. Fiz círculos no chão que 
representaram as tocas e durante o brincar as crianças foram estimuladas a experimentarem 
desafios corporais como correr rápido ou lentamente, entrar ou sair da toca, segundo a 
representação do animal indicado. A infância tem uma característica muito forte que é 
marcada pelo brincar. Brincar ajuda a criança de muitas maneiras, passando a ser um fator 
importante para o seu desenvolvimento. Winnicott(1971, p.63) ressalta que: “[...] é a 
brincadeira que é universal e que é própria da saúde: o brincar facilita o crescimento e, 
portanto, a saúde; o brincar conduz a relacionamentos grupais; o brincar pode ser uma forma 
de comunicação[...]”. 
A interação com o grupo que é citada como tão importante por Winnicott (1971), foi um dos 
objetivos com esta brincadeira e esta intervenção foi uma das mais proveitosas para elas, pois 
participaram de todos os momentos e tudo que iam dizer fazia menção à lebre e à tartaruga. 
18 
 
No momento da brincadeira, os alunos ficaram dentro das tocas e ao meu comando 
circulavam no pátio da escola, eles estavam brincando e ao mesmo tempo aprendendo noções 
de espaço e reforçando o estudo da forma geométrica círculo já estudada por eles.Segundo 
Melo e Valle ( 2005, p. 45) temos que: 
 
 “Brincar de forma livre e prazerosa permite que a criança seja conduzida a 
uma esfera imaginária, um mundo de faz de conta consciente, porém capaz 
de reproduzir as relações que observa em seu cotidiano, vivenciando 
simbolicamente diferentes papéis, exercitando sua capacidade de generalizar 
e abstrair” 
 
O brincar prepara para futuras atividades de trabalho: evoca atenção e concentração, 
estimula a autoestima e ajuda a desenvolver relações de confiança consigo e com os outros. 
Colabora para que a criança trabalhe sua relação com o mundo, dividindo espaços e 
experiências com outras pessoas. 
 
Ilustração 01 – Brincadeira coelho sai da toca/ CMEI Antônia Fernanda Jalles, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo pessoal da autora 
 
Quando as crianças escutavam “coelhinho sai da toca”, logo entravam nos círculos 
feitos no chão, esse foi um momento muito descontraído, mas ao mesmo tempo de 
aprendizado, trabalhamos o movimento, a forma geométrica círculo e os alunos ainda 
puderam relacionar a brincadeira à história trabalhada em sala de aula. 
19 
 
Foi realizada em outro momento uma atividade que envolveu a linguagem artística, 
busquei respeitar as peculiaridades que esta linguagem requer, tendo como base as orientações 
tidas em Brasil (1998, p.91), entendo que, “no processo de aprendizagem em Artes Visuais a 
criança traça um percurso de criação e construção individual que envolve escolhas, 
experiências pessoais, aprendizagens, relação com a natureza, motivação interna e/ou 
externa”. 
Sendo assim busquei dentro da minha prática oportunizar o contato com várias 
experiências significativas uma delas foi quando as crianças utilizaram caixas de ovos para 
reproduzir o casco da tartaruga e também algodão para fazer o pêlo da lebre. Com esta 
atividade pretendíamos que eles tivessem contato com essas duas texturas e percebessem suas 
diferenças. Segundo Brasil(1998, p. 93),“As atividades em artes plásticas que envolvem os 
mais diferentes tipos de materiais indicam às crianças as possibilidades de transformação, de 
reutilização e de construção de novos elementos, formas, texturas etc.” 
Com a atividade proposta busquei justamente trazer o trabalho no qual Brasil (1998) 
faz menção o contato com diferentes materiais e ainda a reutilização dos mesmos, a caixa de 
ovos tinha a textura mais áspera e o algodão mais macio, a maiorias dos alunos gostou muito 
de fazer este trabalho manual, mas uma dificuldade que tive é que uns alunos não queriam ter 
o contato com a cola, por ser grudenta. Procurei explicar que era uma atividade divertida e 
que a mão seria lavada depois. Aos poucos, vendo os colegas realizando a atividade, estas 
crianças foram se aproximando para participar da atividade. 
Para mim foi um momento muito interessante, contei com a ajuda da professora da 
sala para o melhor desenvolvimento da atividade, inicialmente coloquei os alunos para 
realizar a atividade no chão da sala, mas elas ficaram muito tumultuadas, todas queriam colar 
o algodão ao mesmo tempo além de tomar a frente os outros alunos que estavam na rodinha 
foi ai que a professora me deu a sugestão de separar os alunos em duas mesas e cada uma 
ficava com uma cartolina, a que tinha o desenho tartaruga era para colar a caixa de ovo no 
casco e dado coelho era para os alunos colarem algodão, depois como o desenho era grande 
trocamos as cartolinas para todos terem o contato com os dois materiais, foi muito proveitosa 
essa experiência para minha formação, pois compreendi a importância da rotina em sala de 
aula, os alunos não estavam habituados a realizar atividades como está no chão nem tão pouco 
todos ao mesmo tempo, a professora da sala buscava determinar o momento de cada grupo 
realizar as atividades ou então realizava as atividades com uma criança de cada vez. 
Sobre a importância da rotina, Mantagute (2008), traz que ela pode ser definida como 
uma categoria pedagógica utilizada nas instituições educativas para auxiliar o trabalho do 
20 
 
educador, sobretudo, para garantir um atendimento de qualidade para as crianças. A autora 
complementa que a rotina também pode ser considerada uma forma de assegurar a 
tranqüilidade do ambiente, uma vez que a repetição das ações cotidianas sinaliza às crianças 
cada situação do dia. Ou seja, a repetição de determinadas práticas dá estabilidade e segurança 
aos sujeitos. Saber que depois de determinada tarefa ocorrerá outra, diminui a ansiedade das 
pessoas, sejam elas grandes ou pequenas. (MANTAGUTE, 2008). 
Esse além de ser um momento de aprendizado pessoal foi de aprendizado também 
para os pequenos, pois quando consegui retomar a rotina e concluir a atividade percebi que 
eles gostaram muito da proposta, colar os pedaços da caixa de ovos foi algo diferente, pois 
elas eram em alto relevo, eles também adoraram utilizar o algodão, ou seja, a minha proposta 
foi aliar literatura e arte. Sobre a importância das artes visuais baseada nos Parâmetros 
Curriculares Nacionais de Artes e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Caracteriza as 
diferentes linguagens presentes nas Artes Visuais no processo de aprendizagem como: 
desenho, uma das manifestações que tem a função de atribuição de significação ao que se 
expressa e se constrói; pintura, que pode ser definida como a arte da cor; arte tridimensional 
(modelagem), em que se procura explorar aquilo que a rodeia através do tato, da manipulação 
dos objetos aguçando sua curiosidade; recorte e colagem, que propiciam à criança dos 
primeiros escolares o aperfeiçoamento de conteúdos de coordenação motora, criatividade e 
desenvolvimento da sensibilidade, noções de espaço e superfície. 
 
Ilustração 02 – Trabalhando com as texturas / CMEI Antônia Fernanda Jalles, 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo pessoal da autora 
 
21 
 
Após colar os materiais eles passaram a mão nas texturas e foram convidados a falar o 
que sentiam. No caso da caixa de ovo a maioria falou que era dura, e ao passar a mão no 
algodão relataram que era fofinho. 
O trabalho foi focado nas sensações, o objetivo era proporcionar o desenvolvimento 
das expressões e dos sentidos através de atividades lúdicas e da experimentação de materiais 
neste caso a caçamba de ovos e o algodão e estimular as crianças a explorarem diferentes 
materiais observando as suas características, propriedades e possibilidades de manuseio, 
aliado a isso, trabalhar com materiais recicláveis. Com base em Brasil (1998, p. 169), "o 
contato com o mundo permite à criança construir conhecimentos práticos sobre o seu entorno, 
relacionados à sua capacidade de perceber a existência de objetos, seres, formas, cores, sons, 
odores, de movimentar-se nos espaços e de manipular os objetos”. 
 Utilizei assim as caçambas de ovos, e foquei que é importante reaproveitar os 
materiais que são muitas vezes descartados por nós, mas que poderiam ser reaproveitados 
para outros fins, ressaltei também que é importante dar o destino certo ao lixo das nossas 
casas. 
 
Ilustração 03 – Trabalhando com as texturas / CMEI Antônia Fernanda Jalles, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo pessoal da autora 
 
Dentro do trabalho com a História A Lebre e a Tartaruga levei para a sala de aula um 
jabuti. Procurando proporcionar o contato das crianças com o animal visto na história, “a 
experiência de poder ver um animal de perto é uma aprendizagem que os especialistas 
chamam de educação humanitária”, faz com que as crianças tenham uma preocupação com as 
22 
 
outras formas de vida como um todo. Essa relação vai permitir uma compreensão melhor do 
mundo. Veterinária e doutora em Psicologia, Ceres Berger Faraco observa que, com os 
animais, a criança consegue exercer um papel diferente. Ela se torna cuidadora, responsável. 
Vai expressar talentos que muitas vezes na família não é possível porque, nesse caso, é ela 
quem precisa de cuidado. 
Expliquei assim para as crianças que o jabuti era um parente da tartaruga, animal visto 
na história em sala. Falei sobre sua alimentação trazendo imagens e, logo em seguida, contei 
sobre uma “surpresa”, fiz aquele suspense e, logo em seguida, coloquei uma caixa no chão da 
sala, deixei que eles tentassem adivinhar o que tinha lá dentro e depois de muitas opções e 
sugestões abri a caixa e mostrei o que havia lá. O objetivo era que as crianças pudessem ver e 
tocar o animal, conhecer mais sobre suas características, que as crianças pudessem vivenciar 
outras características do animal antes só faladas por mim,como sua locomoção(devagar), e a 
alimentação,(eles puderam ver o animal comendo na sala). As crianças adoraram ver o animal 
tão de perto, no primeiro instante ouve um alvoroço na sala, algumas ficaram com os pés em 
cima das cadeiras e outras até gritaram, ao mesmo tempo em que algumas queriam já pegar o 
animal, foi um pouco difícil controlar as crianças, ainda mais que a professora titular da sala 
não estava presente neste dia, e outra pessoa estava em seu lugar. Fiquei um pouco 
apreensiva, mas consegui controlar os ânimos, peguei o animal e deixei que as crianças que 
queriam passassem a mão no animal, deixei em seguida o Jabuti andar na sala. 
No momento em que as crianças tocaram o jabuti, tentei deixar bem clara a 
importância de cuidar dos animais e do lugar em que vivemos ideia está que foi ressaltada em 
todos os momentos durante as regências. 
Ilustração 04 – Contato com o Jabuti / CMEI Antônia Fernanda Jalles, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo pessoal da autora. 
23 
 
No entanto uma criança em particular no momento em que deixei só animal andando 
no chão veio a chutar o bicho que logo colocou sua cabeça no casco. Procurei explicar 
novamente que o animal era sensível e que não podemos maltratar nenhum animal. Em um 
contexto geral a aula foi muito proveitosa e consegui atingir o objetivo que era oportunizar o 
contato entre as crianças e um dos animais vistos na história. 
Após o contato com o Jabuti retomei a explicação sobre suas características e, em 
seguida, como culminância desta história, produzi um mural com imagens. Para realizar esta 
atividade tive ajuda dos alunos.Procurei deixar que as crianças puxassem pela memória os 
alimentos que o jabuti comia, depois mostrei as imagens de alguns dos alimentos falados na 
aula, elas me ajudaram a colar as imagens num cartaz junto com a imagem do jabuti. Abaixo 
de cada imagem havia o nome do alimento em letras de forma a fim de que as crianças 
também observassem a escrita das palavras referentes a cada imagem, o que de forma indireta 
pode ter contribuído mesmo que de forma insignificante para o início do processo de 
desenvolvimento da escrita. Segundo Brasil (1998, p.127): 
 
Nas sociedades letradas, as crianças, desde os primeiros meses, estão em 
permanente contato com a linguagem escrita. É por meio desse contato 
diversificado em seu ambiente social que as crianças descobrem o aspecto 
funcional da comunicação escrita, desenvolvendo interesse e curiosidade por 
essa linguagem. 
 
Esta primeira história me possibilitou introduzir meu projeto, consegui desenvolver 
atividades produtivas juntamente com os alunos. Para a minha formação contribuiu paraque 
eu convivesse com os imprevistos da sala de aula e para compreensão que o planejamento e 
algo que necessita de constante revisão, que devemos respeitar sempre as peculiaridades e 
individualidade de cada aluno. Algo que me marcou foi à experiência de realizar uma 
atividade no chão da sala, quando levei as texturas, pois os alunos não tinham a rotina de 
realizar atividades naquele espaço o que os deixou agitados e dificultou a minha prática. Ali 
vi a importância da rotina para eles e ainda mais a importância de ter alguém supervisionando 
minha prática que no caso era a professora colaboradora. Se fosse possível realizar essa 
mesma atividade novamente procuraria buscar informações mais detalhadas sobre os 
momentos de atividades coletivas da turma, ver quais métodos elas mais se identificam e 
obtém melhores resultados. 
 
 
24 
 
3.2. A cigarra e a formiga 
Para dar continuidade ao trabalho iniciamos o estudo sobre mais um animal da terra a 
“formiga”. Procurei despertar além do encantamento pela história, a oportunidade de explorar 
as ações de cada um dos personagens, relacionando-as com as atitudes dentro de sala de 
aula.Sendo assim ia ressaltando o ponto da história onde via a importância de 
respeitar/cooperar com o outro. 
 Falei um pouco sobre a cigarra e a formiga, o que eles comiam e onde viviam, logo em 
seguida, explorei através de um cartaz as características físicas da cigarra e da formiga já 
mencionadas, só que a partir de então com a ajuda dos alunos. Estimulei a recontagem 
coletiva da história pensando no desenvolvimento da linguagem e a cada imagem mostrada 
deixava que as crianças fizessem seus comentários. 
As crianças gostaram muito das imagens do livro, pois eram bem coloridas e grandes, 
para trabalhar essa história adquiri o livro, já que o mesmo não tinha na escola, mas priorizei 
o contato delas com o mesmo, pois entendo que tal contato é de extrema importância, em 
todas as aulas não deixava de fazer a leitura da história. Segundo Brasil (1998, p.135): 
 
A leitura pelo professor de textos escritos, em voz alta, em situações que 
permitem a atenção e a escuta das crianças, seja na sala, no parque debaixo 
de uma árvore, antes de dormir, numa atividade específica para tal fim etc., 
fornece às crianças um repertório rico em oralidade e em sua relação com a 
escrita. Deixei que elas fossem interagindo junto à leitura durante o 
memento em que contava a história. 
 
Sabendo dessa importância busquei sempre diversificar as leituras utilizando 
fantoches, deixando que as crianças contassem a história, fazendo entonação diferenciada e 
deixando que elas imitassem os personagens. Para dar continuidade ao trabalho com a história 
queria algo que fosse mais prático, recebi essa orientação de uma das supervisoras do PIBID 
na escola, até o memento não tinha produzido muitos materiais concretos, mais o que fazer? 
Fiquei muito preocupada e conversei então com a professora colaboradora que logo me deu a 
ideia de confeccionar uma cigarra grande de TNT (tecido não tecido) para trabalhar nas aulas, 
adorei a ideia e ela foi produzida, levei para sala, contei a história, e logo em seguida como 
atividade ela foi cheia com bolinhas de papel um trabalho que estimulou a coordenação 
motora e possibilitou um momento de descontração. 
Eles ficaram muito ansiosos para encher a cigarra com as bolinhas que eles mesmos 
amassaram para o momento ficar mais divertido utilizei a brincadeira e falei para eles que as 
bolinhas iam alimentar a cigarra e que quanto mais bolinhas colocassem, mais gordinha ela ia 
25 
 
ficando, estimulei assim a imaginação e o faz de conta que é tão importante para o 
desenvolvimento na educação Infantil. Segundo Oliveira e Rubio (2013, p1.), “a brincadeira 
de faz de conta promove para a criança um momento único de desenvolvimento, no qual ela 
exercita em sua imaginação, a capacidade de planejar, de imaginar situações lúdicas, os seus 
conteúdos e as regras existentes em cada situação”. O que Oliveira e Rubio (2013) querem 
mostrar é que o momento de brincadeira contribui para o desenvolvimento infantil. Por 
também ter essa concepção sempre que possível procurei introduzir o momento de brincadeira 
nas aulas, até mesmo durante a realização das atividades. No caso da atividade com cigarra de 
TNT, pude ver a satisfação de cada criança ao acabarem de encher a personagem. Como 
culminância desta história, fiz um momento bem divertido onde recontei a história agora com 
a cigarra presente, os alunos interagiram bem mais com sua produção do que nos momentos 
em que era contada apenas a história com as imagens, a cigarra cumprimentou cada um, deu 
vida à história e conquistou os alunos. Eles a abraçaram e tiveram um momento de contato 
com a sua produção, algo que marcou bastante a todos e teve grande significado para os 
alunos, participar de todo o processo, da construção de um instrumento utilizado nas aulas. 
 
 
Ilustração 05 – enchendo a cigarra / CMEI Antônia Fernanda Jalles, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo da autora 
 
Procurei focar as atividades mais no bichinho da terra a formiga, pois o projeto fazia 
articulação com o que as crianças estavam estudando diariamente, e na classe em que eu 
estava eram os animais da terra os estudados no momento, então levei um estudo sobre o 
26 
 
habitat das formigas e decidi reproduzi-lo com argila, fiz junto com as crianças as formigas e 
também formigueiro. Para tanto, busquei no entorno do nosso CMEI a descoberta de um 
formigueiro para que pudéssemos reproduzi-lo. 
O contato com alguns animais também é orientado por documentos que servem como 
referencial para os educadores, segundo Brasil (1998, p.178): 
O contato com pequenos animais, como formigas e tatus-bola, peixes, 
tartarugas, patos, passarinhos etc. pode ser proporcionado por meio de 
atividades que envolvam a observação, a troca de ideias entre as crianças, o 
cuidado e a criação com ajuda do adulto. O professor pode, por exemplo, 
promover algumas excursões ao espaço externo da instituição. Com o 
objetivo de identificar e observar a diversidade de pequenos animais 
presentes ali. 
 
Como cita Brasil (1998), busquei observar espaços da escola. Brasil (1998, p.197), 
ainda menciona que para que a criança avance na construção de novos conhecimentos é 
importante que o professor desenvolva algumas estratégias de ensino: como a observação 
direta de pequenos animais e plantas no seu hábitat natural ou fora dele, como quando criados 
ou cultivados na instituição, permite construir uma série de conhecimentos ligados a questões 
sobre como vivem, como se alimentam e se reproduzem etc. Um dos locais visitados pelo 
grupo foi o espaço sensorial. Trata-se de um espaço recentemente construído na lateral das 
salas. 
 
Ilustração 06 – Procurando as formigas / CMEI Antônia Fernanda Jalles, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo da autora. 
 
27 
 
O espaço foi criado com o objetivo de exploração as diversas sensações que o longo 
percurso nos proporciona: obstáculos variados, diversos tipos de terrenos cuidadosamente 
pensados para oportunizar diferentes percepções como; andar sobre pedrinhas, tampinhas, 
grama, plástico com bolhas entre outros. Encontramos, lá perto desse espaço, as formigas, e 
eram muitas delas, pois no momento a escola estava infestada de formigas, algo que também 
aproveitamos para conversar em sala os cuidados que deveríamos ter ao estar perto de um 
formigueiro. Os alunos estavam muito ansiosos para encontrar a formiga vista na história e 
ver sua casinha (formigueiro) ao encontrar elas ficaram muito eufóricas, tomei o cuidado de 
orientá-las para não tocar as formigas, e observarem com muito cuidado os vários 
formigueiros, a todo o momento procurei que elas observassem as características dos animais, 
que as formigas carregavam o alimento, que levavam para o formigueiro, quecooperavam 
umas com as outras etc. As crianças perceberam que eram muitos os formigueiros. Expliquei 
que o CMEI está com esse problema devido à recente construção deste espaço. Foi necessária 
a limpeza de grande parte do terreno e que era preciso um tempo para que elas, as formigas, 
reorganizassem-se. 
Muitas foram às falas após a observação feita pela turma. Voltamos para a sala e 
perguntamos o que tinham visto, deixamos que falassem suas impressões. O objetivo era a 
construção do formigueiro. Então colocamos a mão na massa utilizamos argila para que cada 
uma fizesse sua formiga. Esse momento foi muito divertido para todos, eles adoraram o 
contato com a argila. No início, alguns ficaram um pouco temerosos com aquele material 
diferente mais logo se jogaram na experiência. 
Ilustração 07 – Confecção do formigueiro / CMEI Antônia Fernanda Jalles, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo pessoal da autora 
28 
 
 
Deixei eles usarem a imaginação para confecção das formigas e na hora da confecção 
do formigueiro, houve momentos em que os direcionamos, mostrando que o mesmo tinha que 
ser mais alto e que tinha que ter um buraco para as formigas entrarem. Sobre essa necessidade 
e intervenção e atividades direcionadas temos segundo Brasil, (1998, p.29 e 30) que: 
 
A organização de situações de aprendizagens orientadas ou que dependem 
de uma intervenção direta do professor permite que as crianças trabalhem 
com diversos conhecimentos [...]. A intervenção do professor é necessária 
para que, na instituição de educação infantil, as crianças possam, em 
situações de interação social ou sozinha, ampliar suas capacidades de 
apropriação dos conceitos [...] 
 
Feita nossa maquete, foi proporcionado em um delicioso banho de mangueira, 
momento de descontração e interação entre os alunos. Outra proposta de atividade envolvendo 
a história a Cigarra e a Formiga foi à construção de um quebra-cabeças com os personagens 
proporcionando assim o contato com a linguagem da Matemática utilizei a resolução de 
problemas numa atividade significativa.Brasil (1998, p 217), cita que “aprender matemática é 
um processo contínuo de abstração no qual as crianças atribuem significados e estabelecem 
relações com base nas observações, experiências e ações que fazem, desde cedo, sobre 
elementos do seu ambiente físico e sociocultural”. 
Com essa atividade busquei que as crianças estabelecessem tais relações. Levei as 
imagens dos personagens numa cartolina já pintadas, mostrei o desenho e as crianças 
identificaram os personagens na mesma hora, o objetivo com esta atividade de montar um 
quebra-cabeça para obter a imagem era requerer da criança atenção e habilidade de manuseio 
das peças para encaixe. Trabalhei também a questão de quantidades, pois cortei a cartolina em 
quatro pedaços e estimulei os alunos a realizar a contagem das peças. 
Observei que alguns alunos tiveram muita facilidade em montar as peças, já outros 
ainda não conseguiam encaixar as peças corretamente, então busquei ir dando apoio às 
crianças com estímulos positivos, e às crianças que não conseguiam montar o quebra-cabeça 
receberam ajuda dos colegas, fazendo assim um trabalho de cooperação entre eles. 
 
 
 
 
 
29 
 
Ilustração 08 – Montagem do quebra-cabeça / CMEI Antônia Fernanda Jalles, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo da autora. 
 
Ao finalizar o trabalho com esta história, pude perceber o quanto as crianças aprendem 
com atividades práticas. Eles adoram criar e ver o resultado da sua criação, mas tais atividades 
devem respeitar os ritmos de cada aluno, a cada dia dentro da sala de aula aprendia mais com 
eles e com a experiência da professora titular da turma que sempre me estimulou e contribuiu 
para a minha aula. 
 
3.3. A minhoca Filomena 
 
Iniciei o trabalho com a história A Minhoca Filomena, pretendia destacar a importância da 
minhoca para a natureza e explorar a linguagem da música por entender sua importância, 
tinha também a finalidade de desenvolver melhor a oralidade nos alunos, Segundo Brasil 
(1998, p.45) a música “é uma das formas importantes de expressão humana, o que por si só 
justifica sua presença no contexto da educação”, busquei utilizar deste recurso para chamar a 
atenção dos alunos para o animal que seria trabalhado no momento a minhoca, fiz assim um 
trabalho com uma música popular bastante conhecida no repertório da educação infantil a da 
minhoca. As crianças adoraram fazer os movimentos e acham engraçada a letra. Utilizei uma 
canção popular como recurso para trabalhar mais esse bichinho da terra: 
 
Minhoca, minhoca, me dá uma beijoca. 
Não dou, não dou... então eu vou roubar. 
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Fonte: Acervo pessoal da autora. 
 
Minhoco, minhoco, cê ta ficando louco. 
Você beijou errado, a boca é do outro lado! 
(Autor desconhecido) 
 
 A música foi uma boa aliada para o sucesso das atividades. Ainda segundo Brasil 
(1998, p.59.), “quando cantam, as crianças imitam o que ouvem e assim desenvolvem 
condições necessárias à elaboração do repertório de informações que posteriormente lhes 
permitirá criar e se comunicar por intermédio dessa linguagem”. 
A música foi o ponto de partida para a construção das informações sobre a minhoca, 
utilizei a cantiga para despertar o interesse nas crianças e, em seguida, contei a história A 
Minhoca Filomena, conversei sobre onde à minhoca vive como ela ajuda no desenvolvimento 
das plantas e do solo. Ao longo das intervenções buscava a cada semana perguntar o que as 
crianças lembravam-se da história deixando-as recontá-la a seu ver. 
Para proporcionar um momento divertido para os alunos, fiz a brincadeira de passa-
passa pelo minhocão, entendendo que a brincadeira é o lúdico em ação e também uma forma 
onde as crianças têm a oportunidade de lidar com as regras, pois em toda a brincadeira mesmo 
que esta seja livre as regras irão existir, Vygotsky (1991) “afirma que a brincadeira, mesmo 
sendo livre e não estruturada, possui regras”. Levei para essa prática o brincar que é 
importante em todas as fases da vida, mas na infância ele é ainda mais essencial: não é apenas 
um entretenimento, mas, também, aprendizagem. 
 
Ilustração 09 – Brincadeira passa-passa pelo minhocão / CMEI Antônia Fernanda Jalles, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Com o objetivo de desenvolver o movimento, a coordenação motora ampla, a 
lateralidade, o equilíbrio e a noção de espaço, além da resolução de problema. Segundo 
Manoel (2001, p. 22) “o movimento representa a forma da criança interagir com o ambiente, 
alcançar a comunicação, atuar como ser físico, pensante e social”. 
Para realização desta atividade tive a ajuda da professora colaboradora, para 
estabelecer uma ordem para as crianças passarem, pois todas queriam passar ao mesmo 
tempo, sem esperar a vez do outro, foi bem difícil conter os pequenos, mesmo assim o 
momento foi muito divertido e de grande aprendizado para mim e para eles. Compreendi que 
há momentos em que temos que ser firmes com a turma, impor regras e limites, eles 
conseguiram mesmo não sendo cem por cento compreender que temos que respeitar a vez do 
outro. 
Na continuação do trabalho com a história, fiz algumas pesquisas e tive a ideia de 
realizar como atividades: a produção de uma minhoca com jornal. As crianças tinham que 
enrolar uma folha de jornal e deixá-la parecida com a minhoca, depois de torcer o jornal as 
crianças pintaram as minhas produzidas com tinta marrom, usando uma esponja, e a 
produção de uma grande minhoca com meia, as crianças ajudaram a encher seu corpinho com 
isopor e, em seguida, a utilizei para ajudar as crianças no seu deslocamento da sala para o 
refeitório do CMEI o que incentivou sem sombra de dúvidas a formação de uma fila que antes 
eles tinham bastante dificuldade de formar. 
As intervenções estavam quase no fim e o tempo para cada história foi ficandocada 
vez mais curto devido à demanda do programa, pois além de estar em sala de aula, 
participávamos de outras atividades como reuniões e apresentações de trabalho, mas mesmo 
assim essa experiência com a história A minhoca filomena foi de grande importância para 
mim, pois trabalhar com noções matemáticas de forma “divertida” e atraente foi algo que só 
pude conhecer dentro do curso de pedagogia, com a disciplina Ensino da Matemática, que me 
trouxe grandes contribuições para mudar a minha forma de enxergar a matemática. Segundo 
Kamii (2009, p. 33) “assim como cada criança tem que reinventar o conhecimento para 
apropriar-se dele, cada professor precisará construir sua maneira própria de trabalhar[...]”. 
Com os conhecimentos adquiridos eu pude colocar em prática nas intervenções a ideia 
de que é possível aprender a matemática sem traumas e sem conduzir as aulas de forma 
tradicional, procurei levar para as intervenções os conceitos matemáticos por meio dos jogos e 
atividades lúdicas, pois é brincando, jogando, cantando, ouvindo histórias, que o aluno 
estabelece conexões entre seu cotidiano e a Matemática, e entre a Matemática e as demais 
áreas. Aguiar (1998, p. 21), afirma que “a criança é um ser feito para brincar, e que o jogo é 
32 
 
um artifício que a natureza encontrou para envolver a criança numa atividade útil ao seu 
desenvolvimento físico e mental”. 
Sendo assim por meio desta história foi possível que eu colocasse a prova a minha 
capacidade de ensinar matemática um eixo que antes eu via como algo chato e complicado, 
hoje entendo e compreendo que a Matemática desenvolve na criança o raciocínio lógico, a sua 
capacidade para pensar logicamente e resolver situações-problema, estimulando sua 
criatividade. E sei que posso desenvolver as aulas de uma forma que não tive acesso na minha 
trajetória escolar, forma esta que deve ser agradável e significativa para quem ensina e quem 
aprende. 
 
3.4. A dona centopéia 
Para finalizar o projeto continuei com as noções matemáticas ao contar a história A 
dona centopéia e seus sapatinhos. Queria além de explorar conceitos matemáticos explorar 
também a oralidade. Sobre a preocupação com o desenvolvimento da oralidade temos 
segundo Brasil(1998, p. 134), que: 
O contato com o maior número possível de situações comunicativas e 
expressivas resulta no desenvolvimento das capacidades lingüísticas das 
crianças, uma das tarefas da educação infantil é ampliar, integrar e ser 
continente da fala das crianças em contextos comunicativos para que ela se 
torne competente como falante. 
 
Sendo assim busquei por meio da música proporcionar o desenvolvimento da 
oralidade. Chaer e Guimarães (2012, p. 76), afirmam que o “trabalho com a oralidade assume 
um importante papel no processo educativo”. 
Mas além da preocupação com a oralidade também foram realizadas outras atividades 
como: produção de um cartaz onde os alunos usaram as mãos para fazer o corpinho e as patas 
da centopéia, fazendo relação com o número de patas existentes na gravura, 
(Mais/menos/igual), brincadeiras com os sapatos das crianças e exploração de sequência 
numérica, que foi realizada a partir da música Dona Centopéia – Bruxinha Catarina, uma 
forma bem atrativa e divertida. 
As crianças adoraram conhecer a música da centopéia, consegui estimular a contagem 
numérica e a oralidade por meio dela. Consegui assim associar a matemática e a linguagem de 
uma forma muito significativa para os alunos, Smole (2000, p.35) “aponta que os educadores 
devem ter em conta que todo o trabalho realizado com conteúdo matemático não pode ser 
ocasional ou fortuito”. Sendo assim busquei propostas múltiplas, variadas e relacionadas com 
33 
 
a linguagem, às expressões e, a formação pessoal e social, como um componente a mais de 
uma aprendizagem global. Para concluir o trabalho com esta história, construí um dado 
consideravelmente grande para focar na exploração de noções de cores e números, cada lado 
tinha uma cor e um determinado número de sapatos que foram pintados com a ajuda dos 
alunos uma preocupação durante as intervenções é que eles sempre participassem das 
produções independentemente se fosse a toda construção ou em pequena parte dela. Ao 
brincar com o dado quando este era jogado para cima e conseqüentemente caia em um lado, 
os alunos com minha ajuda tinham que dizer a cor e o número que continha do lado a qual 
caiu. 
 
Ilustração 10- Brincando com o dado minhocão / CMEI Antônia Fernanda Jalles, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Arquivo pessoal da autora 
 
O que ficou bem marcado nessa história foi à possibilidade de trabalhar noções 
matemáticas e explorar juntamente a oralidade das crianças por meio da música, um trabalho 
interdisciplinar 
Tentei sempre que possível envolver a música nas minhas aulas, sei que a música é de 
fundamental importância para os alunos, mesmo não tendo uma formação tão embasada sobre 
esse universo musical e também não tendo visto muita coisa sobre a música no curso de 
pedagogia. 
Segundo Figueiredo (2005, p. 26) “a formação musical que estes professores recebem 
nos cursos formadores tem sido insuficiente para gerar confiança e competência com relação a 
esta área do conhecimento”. 
34 
 
Mesmo concordando com esta afirmação arrisquei levar a música para minha prática e 
no caso do trabalho desenvolvido com ela, consegui atingir os objetivos propostos, de 
explorar a matemática e a oralidade. 
 
4- Considerações finais 
 
O objetivo deste relatório reflexivo foi expor as contribuições que a atuação como 
bolsista no programa de iniciação à docência me trouxe. O passo mais importante do trabalho 
foi refletir e questionar-me sobre tudo que vivenciei no programa. 
Como considerações finais para este trabalho, pode-se destacar que os desafios 
enfrentados, as experiências realizadas e o convívio com o meio escolar no qual atuei como 
bolsista, foram bastante significantes e sem dúvidas tudo que vivenciei vai ser levado em 
consideração no momento em que estiver atuando como profissional docente. Colocar em 
prática todos os ensinamentos, dicas e sugestões obtidas durante a minha graduação e que 
fizeram com que cada momento de atuação como bolsista fosse único e significativo aliando a 
teoria à prática. Fazer essa relação foi algo que só me foi possível vivenciar com exatidão 
dentro do PIBID. Com isso acredito que participar do programa tornou-se um momento ímpar 
na minha formação como pedagoga. O programa me trouxe por meio da prática reflexões que 
apenas estudando a teoria não me era possível, me trouxe muitas contribuições e a cada dia 
em sala de aula pude compreender que ser um profissional da educação requer a cima de tudo 
empenho e dedicação, pois não é fácil lidar com os obstáculos enfrentados no dia a dia. Sendo 
assim, concluo que tudo que foi vivenciado neste período de bolsista contribuiu de grande 
forma para a minha formação e terá grande influência futuramente n minha atuação 
pedagógica. 
 
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