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TRANSTORNOS DO SONO O sono é um estado comportamental representado por uma alteração temporária dos níveis de consciência, mobilidade e motricidade Os sonhos são fenômenos mentais vivenciados durante um dos estágios do sono; o sono dessincronizado ou sono REM O sono é útil para · Economia de energia · Reversão das alterações metabólicas no SNC · Secreção de hormônios somáticos O sonho é útil para · Aprendizado de tarefas de procedimento · Consolidação de memorias · Síntese de novas informações · Organização de informações em redes associativas Fases do sono Sono sincronizado ou não REM Estado de relativa inatividade do cérebro, em um sistema neuromuscular relativamente inativo Possui 3 estágios Sono dessincronizado ou REM Cérebro ativado em um corpo paralisado Ciclo circadiano Zeitgebers – sinais que o organismo recebe, determinando se é dia ou noite: luminosidade, alimentação, atividade física Hipotálamo anterior – núcleo supraquiasmatico = relógio biológico Clock genes – genes cujas expressões seguem ritmo circadiano; interagem entre si Regiões anatômicas responsáveis pela vigília formação reticular (glutamatérgica); núcleo dorsal da rafe (serotoninérgico); locus ceruleus (noradrenergico); núcleos pedúnculo-pontino e laterodorsal (colinérgicos); prosencefalo basal (adenosinérgico-colinérgico); núcleo hipotalâmico lateral (hipocreninergico) e núcleo hipotalâmico posterior (histaminérgico) Regiões anatômicas responsáveis pelo sono núcleo pré-optico ventrolateral, no hipotálamo anterior (GABAérgico) - recebe sinapses do núcleo supraquiasmatico (marcapasso biológico) dos promotores da vigília e do sistema límbico; inibe os promotores da vigília Pineal – melatonina Propensão para dormir Processo S – pressão homeostática para dormir Processo C – ritmo circadiano Transição vigília-sono Redução da atividade do núcleo supraquiasmatico – fim da iluminação solar, consequente redução da atividade monoaminergica-hipocretinergica Desinibição da secreção de melatonina pela pineal – consequente efeito autoinibitorio no núcleo supraquiasmatico Acumulo de adenosina no prosencefalo basal – produto do metabolismo energético neuronal; acumula-se na fenda sináptica durante a vigília e age inibindo a ação colinérgica = controle homeostático do sono Interruptor sono vigília – GABA sobrepujando monoaminas/hipocretina – sono Transcrição sono não REM – sono REM Segundo interruptor durante o sono – interação entre sistema monoaminérgico-hipocretinérgico e sistema colinérgico Sistema REM off – núcleos monoaminergicos-hipocretinergicos Sistema REM on – núcleos colinérgicos pontomesencefalicos Durante a vigília e durante o sono não REM, prevalece o sistema monoaminergico-hipocretinergico (REM off) O sistema GABAérgico do núcleo pré-optico ventrolateral inibe progressivamente o sistema REM off ao longo do período de sono, fazendo prevalecer o sistema REM on na segunda metade da noite Atonia muscular núcleo sublaterodorsal (colinérgico), na transição pontomesencefalica ativa o núcleo medular medial (glicinérgico), que inibe o neurônio motor inferior Transtornos do sono (ICDS3) 1. Insônia 2. Distúrbios respiratórios do sono 3. Hipersonias de origem central 4. Transtornos do ritmo circadiano 5. Parassonias 6. Transtornos do movimento relacionados ao sono 7. Outros 1 – Insônia Tema de outra aula; Transtorno de insônia crônica; insônia aguda; outras Sintomas isolados e variantes da normalidade · Tempo excessivo na cama · Dormidor curto 2 – Distúrbios respiratórios do sono Apneia obstrutiva do sono do adulto e da criança; síndromes de apneia central (com respiração de Cheyne-Stokes); transtornos de hipoventilação relacionada com o sono; transtorno de hipoxemia relacionada com o sono Sintomas isolados e variantes da normalidade · Ronco · Catatrenia APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO Tecido adiposo reduz a luz da via aérea flacidez das estruturas de sustentação menor expansão torácica – menor tração colabamento das estruturas da faringe hipóxia; dessaturação da oxi-hemoglobina; descargas monoaminérgicas e microdespertares Exame físico direcionado – peso, altura, circunferência cervical exame da cavidade oral (Mallanpatti) Exame complementar necessário – polissonografia tipo 1 (completa) Diagnostico – sintomas subjetivos (sonolência diurna; despertares com sufocamento) ou objetivos (companheiro de quarto relata roncos ou pausas respiratórias) ou indiretos (complicações) + polissonografia alterada ou muito alterada Classificação de gravidade – índice de apneias e hipopneias · Normal < 5/hora · Leve 5-15/hora · Moderada 15-30/hora · Grave > 30/hora Bases do tratamento Medidas comportamentais e modificação do estilo de vida; aparelho intra oral de avanço mandibular – casos leves Aparelhos de pressão aérea positiva continua (CPAP) ou de dois níveis pressóricos (BiPAP) – dispositivos mecânicos que assegurem pressão nas vias aéreas em nível adequado (mais de 15 cm H2O) para assegurar o fluxo de ar sem interrupções Crianças – amigdalectomia 3 – Hipersonias de origem central Narcolepsia – instabilidade entre a vigília e o sono REM Sonolência diurna intensa, com cochilos breves recuperadores; cataplexia, paralisia do sono e alucinações hipnagógicas Diagnostico – PSG normal seguida de Teste de Multiplas latências do sono, mostrando latência do sono e da fase REM precoces Etiologia aparentemente autoimune Tipo 1 – com cataplexia e / ou baixos níveis de hipocretina 1 no liquor Tipo 2 – sem cataplexia e níveis de hipocretina 1 no liquor > 110 pg/ml 4 – Transtornos do ritmo circadiano Atraso de fase do sono – dormir e acordar muito tarde Avanço do sono – dormir e acordar cedo Ritmo circadiano irregular – sono distribuído em breves períodos ao longo do dia (síndrome demencial e deficiência intelectual) Ritmo do sono não 24 horas – seguem exclusivamente o ritmo circadiano endógeno (cegos) Extrínsecos – trabalho em turno e jet-lag 5 – Parassonias Sono não REM SONO REM Não rem – jovens, primeira metade da noite, interação parcial com o ambiente, amnésia, hereditariedade Rem – idosos, predomínio na segunda metade da noite, interação exclusiva com o sonho, memória, neurodegenerativas 6 – Transtornos do movimento relacionado com o sono Sindrome das pernas inquietas – urgência de movimentar as pernas, acompanhada de desconforto nas pernas, durante o repouso, que se alivia com a movimentação e acontece ou agrava no período noturno Diferente de movimentos periódicos dos membros ou inquietação psicomotora por ansiedade Etiologia genética + fatores como deficiência de ferro, enxaqueca, polineuropatias, DM. IR. Parkinson, antidepressivos e 3° trimestre gestacional
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