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Prévia do material em texto

Natal/RN 
Junho/2022
Revisão de Língua Portuguesa
Fabíola Barreto
Revisão de ABNT
Lilian Nayara Pereira da Silva
Revisão Tipográfica
Flávia Jácome Gonçalves
Capa 
Daiana Martins de Araújo
Diagramação
Daiana Martins de Araújo
Ana Beatriz Venceslau Coelho
Secretária de Educação a Distância 
Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo
Secretária Adjunta de Educação a Distância
Ione Rodrigues Diniz Morais
Coordenadora de Produção de Materiais Didáticos
Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo
Coordenadora de Revisão
Kaline Sampaio
Coordenador Editorial
José Correia
Gestão do Fluxo de Revisão
Rosilene Alves de Paiva
Conselho Editorial
Graco Aurélio Câmara de Melo Viana (Presidente)
Judithe da Costa Leite Albuquerque (Secretária)
Adriana Rosa Carvalho 
Anna Cecília Queiroz de Medeiros 
Cândida de Souza 
Fabrício Germano Alves
Francisco Dutra de Macedo Filho 
Gilberto Corso 
Grinaura Medeiros de Morais 
José Flávio Vidal Coutinho 
Josenildo Soares Bezerra 
Kamyla Álvares Pinto 
Leandro Ibiapina Bevilaqua 
Lucélio Dantas de Aquino 
Luciene da Silva Santos 
Marcelo da Silva Amorim 
Marcelo de Sousa da Silva 
Márcia Maria de Cruz Castro 
Marta Maria de Araújo 
Martin Pablo Cammarota 
Roberval Edson Pinheiro de Lima 
Sibele Berenice Castella Pergher
Tercia Maria Souza de Moura Marques
Tiago de Quadros Maia Carvalho
Reitor
José Daniel Diniz Melo
Vice-Reitor
Henio Ferreira de Miranda
Diretoria Administrativa da EDUFRN
Graco Aurelio Camara de Melo Viana (Diretor)
Helton Rubiano de Macedo (Diretor Adjunto)
Bruno Francisco Xavier (Secretário)
Todos os direitos desta edição reservados à EDUFRN – Editora da UFRN
Av. Senador Salgado Filho, 3000 | Campus Universitário
Lagoa Nova | 59.078-970 | Natal/RN | Brasil
e-mail: contato@editora.ufrn.br | www.editora.ufrn.br
Telefone: 84 3342 2221
Fundada em 1962, a EDUFRN permanece dedicada à 
sua principal missão: produzir livros com qualidade 
editorial, a fim de promover o conhecimento gerado 
na Universidade, além de divulgar expressões 
culturais do Rio Grande do Norte.
Obra financiada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com recursos do 
Fundo Editorial da UFRN. A avaliação da obra foi feita por avaliadores/consultores 
ad hoc com base nos critérios de seleção do Edital 01.2015 da Editora da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte - EDITAL DE APOIO À PUBLICAÇÃO DE LIVROS.
Catalogação da publicação na fonte. UFRN/Secretaria de Educação a Distância.
Elaborada por Edineide da Silva Marques CRB-15/488.
PREFÁCIO 
O SERTÃO E A ESCOLA: 
linhas em traços da memória
O sertão e seus fascínios; a escola e as conquistas; linhas que 
tecem os registros da memória. É sobre isto que este livro fala: 
narrar a história da educação no sertão do Seridó Potiguar a 
partir das reminiscências de alunos do Curso de Pedagogia.
As linhas de tempo construídas por esses narradores 
contam a história da educação que não está nos livros acadê-
micos, mas que se revela nos fatos da história de vida pessoal 
em diálogo com as diretrizes da política educacional. Pela 
história de cada pessoa que narra sobre seu percurso escolar, 
em cada um dos artigos, encontramos não só episódios sobre 
a história da educação do ponto de vista de vista das políticas 
educacionais, implantadas a partir da Constituição Federal 
do Brasil de 1988, como também o depoimento fascinante e 
emocionante de como as diretrizes oficiais impactaram e se 
fizeram presentes nas escolas urbanas e rurais da Região do 
Seridó. O encontro entre o sertão e a escola se torna possível 
pelos relatos da memória.
A História da Educação é descrita pela legislação educa-
cional servindo de pano de fundo para o registro dos dados de 
escolarização e do mundo de vida cotidiano de crianças que 
percorrem o trajeto entre a casa e a escola nas veredas dos 
sertões, compondo cenas e cenários das memórias infantis. 
Cada artigo vai ao encontro do leitor como uma obra de arte 
cuja tradução inspiradora é sua própria vida desenhada em 
perfeitas linhas de tempo, as quais são desenhadas como uma 
“unidade visual” mínima que tende a dar contorno a cada 
história de vida pessoal.
Preenchendo as linhas de tempo, os relatos emocionados, 
ora fortes e densos, ora discretos e tímidos, proporcionam ao 
leitor o encontro afetuoso com o percurso de escolarização 
de cada uma dessas pessoas, pontilhadas de imagens pelas 
estradas do sertão, pelas chuvas, pelos pais que, incansáveis, 
acompanham até seus pontos de partida e destino. Em cada 
texto, somos surpreendidos pelas memórias de meninas e 
meninos que usaram lombos de animais, bicicletas e as doces 
brincadeiras de infância para percorrer quilômetros sob o sol 
caloroso do sertão para chegar à escola.
São histórias de conquistas e realizações; histórias da 
Educação. As cores do sertão estão presentes nesses relatos e 
nos convidam ao imaginário da vida de cada um dos autores. 
Surgem cores, formas, cheiros e luzes que nos levam a vislum-
brar um mundo de narrativas de prazer e alegria.
Se o assunto principal é a narrativa de histórias de esco-
larização, ele se mistura ao imenso labirinto da memória num 
equilíbrio de temas, emoções e vida. Sob a luz da História da 
Educação, este livro a reconstrói e traz o resgate das memórias 
sonhadas e conquistadas de cada autor. E mais, é resultado de 
outras histórias de formação de estudantes, bolsistas e volun-
tários, que integram os projetos “Pesquisa, Ensino e Inovação” 
(Felipe Medeiros Maris, Messias Gomes de Araujo Leal, Luana 
Cristina da Silva Dantas) e “Ensino e Inovação Tecnológica: 
práticas e experiências exitosas” (Julliana Araújo da Silva), 
que contribuíram com a revisão dos textos e sonharam juntos 
a escrita deste capítulo da História da Educação do sertão do 
Seridó Potiguar. 
Agradecemos o apoio e financiamento do Departamento 
de Educação do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres) e 
a parceria permanente da Secretaria de Educação a Distância 
(Sedis), da Pró-reitoria de Graduação (Prograd) e da Pró-reitoria 
de Pesquisa (Propesq) da Universidade Federal do Rio Grande 
Norte (UFRN) na realização do projeto. 
Tânia Cristina Meira Garcia
Tulia Fernanda Meira Garcia
Organizadoras
APRESENTAÇÃO
À SOMBRA DE UM CONTEMPORÂNEO
Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo
Professora Doutora da Universidade Federal do Rio Grande Norte
Escrever a apresentação de um livro requer segurança, inspiração 
e responsabilidade. O que se pode requerer, além do que foi dito, 
quando se pretende escrever a apresentação de um livro de trinta 
e três artigos que dialogam com o Sertão e a Escola? E, ainda, com 
o Sertão e a Escola potiguares? E como se não bastasse, justa-
mente no ano em que se comemora o centenário de nascimento 
de um dos mais renomados educadores do mundo: Paulo Freire. 
Tânia Cristina Meira Garcia e Tulia Fernanda Meira Garcia, 
organizadoras de O sertão e a escola: linhas em traços da memória, 
sistematizaram uma obra onde trinta e três alunos do curso de 
Pedagogia – como que sentados à sombra de uma mangueira 
em seus quintais –, perceberam os desdobramentos de outros 
espaços diversos e, nisso, cada um deles, como educador do hoje, 
“[...] aprende por ver melhor o antes visto” (FREIRE, 2012, p. 40)1.
1 FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira, 2012.
Escrever nessa apresentação sobre cada um dos artigos não 
agradaria ao leitor porque se faz necessário lê-los sem atravessa-
dores. Trajetórias, jornadas, caminhos, histórias, relatos, percursos, 
evolução, recordações, reflexões, fatos, conhecimentos e desco-
nhecimentos, primórdios e atualidades, memórias, mudanças, 
construção, o eu e o outro, a escola, vivências e aprendizados, 
marcos importantes, sonhos e realidade seriam os termos exatos 
para construir a nuvem de palavras que constituem este livro. 
É inadmissível observar o espaço sem perceber aquele 
que o habita. E o que dizer do Sertão sem lembrar de seus habi-
tantes? São aqueles e aquelas que trazem a resistência como 
tradição e cultura, aquelese aquelas que, antes [durante e após] 
de tudo, são como um forte, precedendo até mesmo os olhares 
de Euclides da Cunha em seu Os Sertões.
Percebe-se, ao longo das trinta e três narrativas, o desdo-
bramento do humano, do professor e da professora sempre em 
formação, dos homens e das mulheres sensíveis e inquietos assim 
como devem ser os educadores: olhando o outro e olhando-se. 
De repente me veio o pensamento: o que leremos desses 
trinta e três educadores daqui a cinco, dez ou vinte anos? E 
qual seriam os sentimentos das organizadoras em lerem esses 
relatos? Quais seriam as palavras que complementariam 
aquela nuvem apresentada no terceiro parágrafo? Não tenho 
as respostas para essas perguntas, apenas elucubrações que não 
valem a pena escrever; mas tenho a certeza da transmutação 
deste livro em diários de bordo, planos de viagens e cadernos de 
memórias – foi o que esses trinta e três pedagogos construíram. 
O educador contemporâneo – contemporâneo no sentido 
amplo de Agamben2 – pertence ao seu tempo, seu momento, 
2 AGAMBEN, Giorgio. O que é contemporâneo? E outros ensaios. Santa 
Catarina: Argos, 2019.
mas é inatual por não coincidir com esse tempo seu, e por isso 
é capaz de perceber e aprender o seu tempo, o tempo em que 
vive. São esses educadores que se reconhecem no seu tempo e no 
seu espaço, que vivem a contemporaneidade de seus educandos 
e conseguem transpô-los para um lugar ainda mais distante. 
A apresentação da obra O sertão e a escola: linhas em traços 
da memória não cabe em meia dúzia de páginas, não cabe em 
cinco minutos de leitura: a própria obra se apresenta, se repre-
senta e se desdobra. 
Ainda, à sombra da minha mangueira, reconhecendo-me 
como parte de um Sertão e de uma Escola, intuo a vida de cada um 
dos autores e das autoras e a vida de seus educandos como sempre 
sendo “possibilidades” e jamais aquilo que se diz em oposto.
Em um momento em que o mundo chamado Sertão também 
resiste a um instante pandêmico associado ao negacionismo e à 
tentativa de desmonte dos bens educacionais, os homens e as 
mulheres desse mesmo Sertão também resistem. E com eles 
resiste a ideia de que cada um de nós é “[...] um ser no mundo, 
com o mundo e com os outros. Um ser que faz coisas, que sabe, que 
ignora, que teme, que fala, que se aventura, que sonha, que ama, 
que tem raiva, que se encanta” (FREIRE, 2012, p. 35).
Ler alternada ou sequencialmente esta coletânea não faz 
diferença porque a sua cronicidade histórica vem a nós como 
um cotidiano de esperança, como aquela nuvem cinza que paira 
nos céus dos Sertões e que promete o verde e a vida, como assim 
promete também a Educação.
Parabéns aos meus queridos colegas educadores e educadoras 
que participaram de O sertão e a escola: linhas em traços da memória. 
Boa leitura. 
Natal (RN), outubro de 2021.
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA 
UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO ..................................... 15 
Adene Kaline Araújo de Azevedo 
 
JORNADA ESCOLAR 
UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS .............................. 43 
Ana Santana Santos de Lima 
 
MINHA TRAJETÓRIA ESCOLAR 
UMA HISTÓRIA QUE AINDA NÃO TERMINOU .................... 60 
SUMÁRIO 
Bárbara Gomes Medeiros Bezerra 
 
TRAJETÓRIA EDUCACIONAL 
LEMBRANÇAS ........................................................... 86 
Barbara Tamires dos Santos 
 
MINHA VIDA ESCOLAR E AS LEIS 
EDUCACIONAIS BRASILEIRAS ...................................... 129 
Carlete Barbosa de Souza 
 
MEU CAMINHO ESTUDANTIL ...................................... 141 
Cidelly Eduarda Silva Costa 
 
MINHA ESCOLARIZAÇÃO MEDIADA 
PELA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA ................. 152 
Daniela Dara de Medeiros Santos 
 
EM BUSCA DE UM MUNDO DE CONHECIMENTOS ........... 159 
Dayane Kelly Queiroz Lima 
 
MINHA TRAJETÓRIA ESCOLAR 
DO ENSINO INFANTIL À GRADUAÇÃO ........................... 182 
Elianete Maria Medeiros de Souza 
 
A HISTÓRIA DA MINHA EDUCAÇÃO .............................. 195 
Eneyse Dayane Pinheiro 
 
RELATO SOBRE MEU PERCURSO 
ESCOLAR E EVENTOS HISTÓRICOS ............................... 223 
Felícia Azevedo da Costa 
 
MINHA EVOLUÇÃO ACADÊMICA .................................. 242 
Flávia Lilian Félix da Silva 
 
A ESCOLA 
DA EDUCAÇÃO À VIDA ................................................. 261 
Gabriel Fidelis Alves de Araújo 
 
HISTÓRIA E EDUCAÇÃO 
UM PERCURSO DE TODA VIDA ....................................... 276 
Gisele Saudéris Pereira Dantas 
 
PERCURSO DA MINHA ESCOLARIZAÇÃO 
MARCOS LEGAIS ........................................................ 293 
Gizolene de Fátima Barbosa da Silva Cantalice 
 
RECORDAÇÕES E REFLEXÕES 
DA MINHA TRAJETÓRIA ESCOLAR ................................ 338 
Isabela Mariz de Oliveira 
 
REFLEXÃO SOBRE MINHA TRAJETÓRIA ESCOLAR 
DO ENGATINHAR AO ANDAR ......................................... 354 
Jaine de Morais Silva 
 
PERCURSO DE ESCOLARIZAÇÃO 
DOS PRIMÓRDIOS À ATUALIDADE .................................. 390 
Joyce Lira de Araújo 
 
TRAJETÓRIA SOCIOESCOLAR 
FATOS E (DES)CONHECIMENTOS LEGISLATIVOS 
NA EDUCAÇÃO DO SUJEITO .......................................... 410 
João Marcos Brito da Silva 
 
MEMÓRIAS DA ESCOLARIZAÇÃO 
RELATO FUNDAMENTADO 
PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE .......................................... 441 
Julliana Araújo da Silva 
 
MINHA VIDA 
CAMINHANDO A CADA PASSO 
EM BUSCA DOS MEUS SONHOS ..................................... 462 
Larissa Adriene Faustino Silva 
 
MINHA TRAJETÓRIA ESCOLAR 
FRENTE ÀS MUDANÇAS 
NA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL ................................... 477 
Letícia Medeiros Fernandes 
 
MEU PERCURSO ESCOLAR 
MARCOS LEGAIS ......................................................... 487 
Luana da Nobrega Costa 
 
A CONSTRUÇÃO DO SABER ......................................... 500 
Maria Laura Bezerra Dantas 
 
TRAJETÓRIA ESTUDANTIL 
NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ....................................... 510 
Monara Emília Pereira de Medeiros 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
E MEU PERCURSO ESCOLAR ........................................ 518 
Nathália Dyasmim de Assis Silva 
 
EU E A ESCOLA .......................................................... 535 
Renata Jordânia Alves da Silva 
 
EM BUSCA DE CONHECIMENTO 
VIVÊNCIAS E APRENDIZADOS ........................................ 562 
Renata Lorena de Sousa Santos 
 
RECORTES DA MINHA VIDA ACADÊMICA 
EM BUSCA DO MEU EU ................................................ 576 
Ruanna Maria Borges de Araújo do Nascimento 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA 
MARCOS IMPORTANTES 
PARA MINHA ESCOLARIZAÇÃO ...................................... 592 
Stefany Pereira Batista 
 
MINHA TRAJETÓRIA ESCOLAR 
FATOS MARCANTES ..................................................... 603 
Thamires Damiana Santos 
 
CHOQUE DE REALIDADE 
DO PRIVADO AO PÚBLICO ............................................ 624 
Tiago Talysson Dantas Cavalcante 
PERCURSO ENTRE 
A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO 
E A MINHA TRAJETÓRIA ESCOLAR ................................. 635 
Vanessa Medeiros de Souza 
 
SOBRE OS ORGANIZADORES ....................................... 654
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA 
UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo1
RESUMO 
Este texto relata minha trajetória acadêmica desde o primeiro 
contato com uma instituição de ensino, uma trajetória pela 
educação, e seus caminhos, assim, no decorrer do texto estarei 
discorrendo sobre a mesma, com relevância na história da 
educação e como era vivido na minha época em questão, meu 
olhar sobre essa importante etapa da minha vida, em se tratando 
de escola, e seus valores, usando das minhas memórias e do meu 
histórico escolar, posso compreender melhor a jornada que me 
trouxe até onde estou hoje, visando informar minha história e 
também a compreender os regimentos da época de cada etapa 
que passei galgando os degraus da educação, por meio dessas 
memórias que trago neste trabalho as experiências e situações 
vividas ao longo de tudo, sendo possível analisar esse percurso 
sobre uma ótica diferenciadade acordo com cada passagem e 
decorrência dos anos e amadurecimento de cada fase, também 
por meio deste busco relacionar o que foi vivido com o que era 
1 Graduanda do curso de Pedagogia Licenciatura, pelo Centro de Ensino 
Superior do Seridó - CERES, Campus Caicó/RN. Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte - UFRN, 2019. Email: adenekaline@hotmail.com
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
16
estabelecido para cada momento segundo os regimentos e dire-
trizes que regiam a educação em determinado período, sabendo 
a importância deste trabalho para a ampliação do meu conheci-
mento e para o desenvolvimento do componente curricular a que 
este se destina, História da Educação Brasileira, que vem sendo 
uma excelente aquisição para o meu currículo e compreensão 
da minha formação enquanto futura pedagoga, sendo de suma 
importância o assunto em questão, na concepção do aprendizado.
Palavras-chave: história da educação; trajetória acadêmica; 
vida escolar. 
1 INTRODUÇÃO
Neste artigo irei iniciar retratando minha trajetória escolar desde 
a minha primeira vez em uma instituição de ensino passando 
por todas as demais fases do ensino básico até o ensino superior 
onde estou atualmente, relatando vivências, legislação vigente 
em cada época, acontecimentos históricos, caso tenha, passando 
pelas diretrizes de cada percurso e relatando como tudo isso 
implicava ou não na minha vida, direta ou indiretamente. 
Nasci em 1987, aos 11 dias do mês de dezembro. Até os 
meus 5 anos, não frequentei qualquer instituição de ensino, 
vindo a iniciar minha trajetória escolar no ano de 1992, na 
modalidade de ensino jardim de infância, que consistia em 2 
anos, considerando o disposto na Lei nº 5/77, de 1º de fevereiro. 
Nesses termos, o Governo, no Decreto-Lei nº 542/79, de 31 de 
dezembro de 1979, delimita o seguinte: 
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
17
Artigo 1.º Em conformidade com o disposto no artigo 3.º 
da Lei n.º 5/77, de 1 de Fevereiro, é aprovado o Estatuto dos 
Jardins-de-Infância do sistema público de educação pré-escolar. 
Art. 2.º a partir de 1980 a sociedade passa a discutir a possibili-
dade de inclusão das pré-escolas na Educação Básica, intenção 
concretizada na Constituição de 1988. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, 
ratifica essa decisão, enfatizando que a Educação é um direito da 
criança e que deve, portanto, ser universal. Hoje a conhecemos 
como educação infantil. A instituição era chamada de Jardim 
de Infância Jesus Menino, localizada na rua Manoel Noberto, 
208, Bairro Centro, na cidade de Parelhas/RN. Instituição de 
Ensino Pública, que permanece até hoje no mesmo lugar, agora 
denominada Escola Estadual Jesus Menino. Atualmente oferece 
a modalidade de ensino fundamental I – anos iniciais. As leis 
que regiam a educação dessa época eram a Constituição de 1988 
e a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) de 1961.
Figura 1: Escola Estadual Jesus Menino 
Fonte: cedida pela escola.
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
18
Figura 2: Escola Estadual Jesus Menino 
Fonte: cedida pela escola.
Essa época foi de adaptação e novidades, pois estava 
saindo de uma rotina cotidiana na qual vivia desde que nasci. 
Então, tudo era muito novo, desde o horário para acordar até 
a chegada ao ambiente escolar. Lembro que minha escola era 
bem próxima à minha casa. Quando minha mãe ia me deixar 
na escola, ela saía pelo portão principal e eu saía pelo portão de 
trás, que não tinha tranca nem segurança, nem mesmo alguém 
para o vigiar. Assim, quando ela chegava em casa, eu chegava 
em seguida. Eram apavoradores os primeiros dias indo para 
a escola, pois eu achava que minha mãe não voltaria pra me 
pegar, que as “tias” (como eram chamadas as professoras na 
época, para tentar dar certo tipo de intimidade à criança) iriam 
me fazer mal. Não sei por que esses pensamentos vinham, mas 
era apenas uma criança vendo seu mundo mudar da noite para 
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
19
o dia. Com o passar do tempo, fui me adaptando, tendo mais 
proximidade com as professoras. 
Recordo da sala de aula bastante colorida. Do cheiro 
da sala de aula eu lembro até hoje. Ainda mais quando eram 
rodados os trabalhinhos na máquina a álcool, todos já sabiam 
que teriam esses trabalhinhos, porque o cheio era muito forte 
e invadia toda a escola. Quando eles chegavam às minhas mãos, 
ainda cheirava de perto. Também lembro que havia duas profes-
soras na sala, tia Núzia e tia Sêmiramis. Eu as achava lindas! 
Tão carinhosas! A sala parecia um lugar mágico, com contação 
de histórias, com cantigas que até hoje lembro: “para ouvir o 
som do mosquitinho, pego a chave e tranco a boquinha, hum, 
hum, hum”, “Bom dia coleguinha como vai? A nossa amizade 
satisfaz...” e assim por diante. 
Na escola, conheci outras crianças com quem até hoje 
tenho vínculo. Nesse ciclo, eu fui apresentada ao alfabeto, às 
cores, aos números. Precisávamos ter boa caligrafia, pois, depois 
dessa etapa, estaríamos indo para uma nova etapa escolar, que 
seria o 1º ano do ensino fundamental de hoje, antes chamado de 
1ª série, que exigiria mais de mim. Ao findar os dois anos desse 
ciclo vinha a formatura. 
Na minha primeira colação de grau, eu me arrumei toda, 
com sainha pregueada, meia calça branca, sapatinho branco, 
beca e capelo vermelhos. Eu me senti uma princesa. Isso me 
marcou porque era uma fase que acabava para dar início a 
outra. Claro que foi difícil me desapegar das professoras, mas 
como todos os alunos da classe foram para a mesma escola e 
sala, foi mais fácil a adaptação. De acordo com Garcia:
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
20
Conferência mundial sobre educação para todos, reali-
zada em Jomtien, na Tailândia, em 1990, o Brasil assumiu 
compromissos importantes, no sentido da democratização 
da educação, os quais deveriam ser postos em prática até o 
ano de 2000. Consolidando os pressupostos de uma educação 
de qualidade e de extensão da escolaridade no País, esse 
compromisso firmado resultou na elaboração do documento 
intitulado “Plano Decenal de Educação para Todos”, que traz 
entre outros enfoques, o gerenciamento da educação, com 
fundamento nas concepções de centralização e descentrali-
zação GARCIA, 2009, p. 67).
Figura 3: Escola Estadual Jesus Menino 
Fonte: cedida pela escola.
O novo ambiente de educação foi na Escola Estadual 
Professor Felipe Bittencourt, localizada na rua Padre Bento, 
563, no Bairro Dinarte Mariz, na cidade de Parelhas/RN, onde 
está situada até hoje. De ensino público, a instituição oferecia 
essa modalidade de ensino antes chamada de séries. Dei início 
à 1ª série, como determinava a lei 5.692/71, vigente na época, 
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
21
que determinava ensino de 1º grau obrigatório dos 7 aos 14 anos 
(art. 20). Também, nesse mesmo ano, foi criada a Declaração 
de Salamanca sobre princípios, políticas e práticas na área das 
necessidades especiais, de 10 de junho de 1994. A/RES/48/96. 
Figura 4: Escola Estadual Professor Felipe Bittencourt 
Fonte: acervo pessoal.
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
22
Figura 5: Escola Estadual Professor Felipe Bittencourt 
Fonte: acervo pessoal.
Com o passar do tempo, houve mudança na modalidade 
do ensino fundamental. Em janeiro de 2006, o Senado Federal 
aprovou o Projeto de lei n° 144/2005, que estabelece a duração 
mínima de nove anos para o ensino fundamental. Essa mudança 
acabou por acrescentar um ano a mais na formação dessa etapa 
do ensino brasileiro, passando a usar o nome de anos em vez 
de séries. Nesse período, também foi aprovada a matrícula 
obrigatória a partir dos seis anos de idade. A leique regia a 
educação dessa época era a Constituição de 1988 e a LDB de 1961.
Nessa escola, passei todo o ensino fundamental, da 1ª à 8ª 
série (período entre 1994 a 2002, tendo um atraso de um ano por 
repetir um ano letivo em 1998), era assim formada a modalidade 
do ensino fundamental quando eu o fazia. Posteriormente, 
continuei nessa escola cursando o ensino médio. No ensino 
fundamental, tive diversas experiências nessa escola, como a 
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
23
mudança nas disciplinas e, consequentemente, de professores 
(ver histórico escolar do ensino fundamental no anexo I). 
Nesse período, alguns professores que tinham sua 
formação em determinada área lecionavam numa área dife-
rente da sua formação, porque não havia professores suficientes 
para preencher o quadro docente da escola, e com formação 
específica para lecionar as disciplinas faltosas. Isso levava, por 
exemplo, um profissional formado em matemática a lecionar 
a disciplina de inglês, o que deixava a desejar no ensino, 
formando, assim, alunos com pouco ou nenhum conhecimento 
dessa disciplina. Isso se repetia nas demais disciplinas ofertadas 
nessa modalidade de ensino da época. Muitas vezes, a escola 
terceirizava esses profissionais por meio de contratos para que 
pudesse oferecer todas as disciplinas.
Figura 6: Escola Estadual Professor Felipe Bittencourt 
Fonte: cedida pela escola.
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
24
Figura 7: Escola Estadual Professor Felipe Bittencourt 
Fonte: cedida pela escola.
Nessa etapa da minha vida escolar, foi quando viven-
ciei momentos históricos, como a queda das torres gêmeas, 
World Trade Center, nos Estados Unidos da América, no dia 11 
de setembro de 2001. Recordo que esse fato trouxe comoção 
mundial aos que viam as cenas pelos noticiários da televisão 
e por todo tipo de imprensa. Esse fato foi inserido no livro 
didático do ano seguinte da disciplina de História.
Ainda em 2002, tive de interromper meus estudos por 
motivo de ter ficado grávida, aos 14 anos de idade. Mesmo assim, 
segui estudando nessa escola enquanto eu pude frequentar as 
aulas. Já no mês de setembro do referido ano, não pude mais 
frequentar as aulas, pois a minha gravidez era de risco devido 
à minha idade precoce. Então, o médico me recomendou ficar 
de repouso em casa, pois eu ficava com as pernas bastante 
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
25
inchadas devido a passar muito tempo sentada em aula. Para 
isso, me deu atestado de um mês, o qual entreguei a escola. 
Enquanto estava de atestado, dei à luz à minha primeira filha 
(que hoje está 16 anos de idade). Novamente precisei de outro 
atestado para o tempo do repouso (resguardo). Eu não queria 
perder o ano letivo, visto que sempre gostei de estudar, tendo 
notas boas (ver histórico escolar do ensino médio em anexo 
II). Porém, a diretora da época não aceitou o primeiro atestado 
entregue, alegando que eu poderia ter continuado a frequentar 
as aulas, visto que uma professora da época, também grávida, 
frequentou a escola até quase parir. Ocorre que ela era bem mais 
velha que eu e com mais experiência, não tinha problemas na 
sua gestação. O que a diretora fez foi nos colocar em situação de 
igualdade, sendo que eu tinha apenas 14 anos e uma gravidez de 
risco. Como resultado, ela me disse que, mesmo se eu insistisse 
em continuar o ano letivo e tendo boas notas, ela me repro-
varia por falta, porque não aceitava o atestado anterior ao meu 
parto, embora eu tivesse reclamado esse atestado. Por fim, não 
conhecendo meus direitos, acabei aceitando o que me foi dito e 
abandonei a escola, muito desgostosa da falta de compreensão 
por parte da diretora.
No ano de 2005, resolvi voltar aos estudos, visto que 
minha filha estava maior e que eu poderia dar continuidade 
aos estudos, voltando a estudar na mesma escola. Dessa vez, sob 
nova direção, fui bem recebida e permaneci nessa instituição 
até a conclusão do ensino médio. A escola era urbana, situada 
no centro da cidade, não necessitava de transporte para chegar 
até ela. O caminho era curto e eu o fazia com meus colegas e 
amigos de infância que vinham me acompanhando no decorrer 
desse percurso escolar. Até hoje temos vínculos de amizade. 
Nesse período, as leis vigentes para a educação eram a LDB (Lei 
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
26
9.394/1996) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do 
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério juntamente 
com o (Fundef), que destinava verbas para o ensino funda-
mental. Como diz o texto:
Foi instituído pela Emenda Constitucional n.º 14, de setembro 
de 1996, e regulamentado pela Lei n.º 9.424, de 24 de dezembro 
do mesmo ano, e pelo Decreto nº 2.264, de junho de 1997. O 
FUNDEF foi implantado, nacionalmente, em 1º de janeiro de 
1998, quando passou a vigorar a nova sistemática de redis-
tribuição dos recursos destinados ao Ensino Fundamental 
(BRASIL, [1997], p. 01). 
A maior inovação do Fundef consiste na mudança da 
estrutura de financiamento do ensino fundamental no país (1ª a 
8ª séries do antigo 1º grau), ao subvincular a esse nível de ensino 
uma parcela dos recursos constitucionalmente destinados à 
Educação. A Constituição de 1988 vincula 25% das receitas dos 
estados e municípios à Educação. Com a Emenda Constitucional 
nº 14/96, 60% desses recursos (o que representa 15% da arre-
cadação global de estados e municípios) ficam reservados ao 
ensino fundamental. Além disso, introduz novos critérios de 
distribuição e utilização de 15% dos principais impostos de 
estados e municípios, promovendo a sua partilha de recursos 
entre o Governo Estadual e seus municípios, de acordo com o 
número de alunos atendidos em cada rede de ensino. 
Genericamente, um fundo pode ser definido como o 
produto de receitas específicas que, por lei, vincula-se à realização 
de determinados objetivos. O Fundef é caracterizado como um 
fundo de natureza contábil, com tratamento idêntico ao Fundo 
de Participação dos Estados (FPE) e ao Fundo de Participação dos 
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
27
Municípios (FPM), dada a automaticidade nos repasses de seus 
recursos aos estados e municípios, de acordo com coeficientes de 
distribuição estabelecidos e publicados previamente. As receitas 
e despesas, por sua vez, deverão estar previstas no orçamento, e 
a execução contabilizada de forma específica.
No ano de 2006, ingressei no ensino médio na referida 
escola, período marcado por poucos investimentos, lembro 
que não havia recursos suficientes para que a merenda fosse 
distribuída igualmente entre os alunos do ensino fundamental 
e médio, ficávamos esperando os alunos do ensino fundamental 
pegar sua merenda para que, se “sobrasse”, nós do ensino 
médio poderíamos ter acesso à merenda, embora víamos que 
da merenda saíam lanches para os professores, o que não era 
permitido, como até hoje ainda não é. O Fundef teve uma modi-
ficação e foi melhorado para Fundeb (Fundo de Manutenção 
e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos 
Profissionais da Educação), a partir daí foi que a situação para 
o ensino médio veio a melhorar, em todos os sentidos. Com os 
novos investimentos vieram as melhorias, em materiais didá-
ticos, viagens de pesquisa, na merenda, foi realmente algo que 
impulsionou essa modalidade de ensino, segundo diz o texto 
disponível no site do FNDE.
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação 
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – 
Fundeb é um fundo especial, de natureza contábil e de âmbito 
estadual (um fundo por estado e Distrito Federal, num total 
de vinte e sete fundos), formado, na quase totalidade, por 
recursos provenientes dos impostos e transferências dos 
estados, Distrito Federal e municípios, vinculadosà educação 
por força do disposto no art. 212 da Constituição Federal. Além 
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
28
desses recursos, ainda compõe o Fundeb, a título de comple-
mentação, uma parcela de recursos federais, sempre que, 
no âmbito de cada Estado, seu valor por aluno não alcançar 
o mínimo definido nacionalmente. Independentemente da 
origem, todo o recurso gerado é redistribuído para aplicação 
exclusiva na educação básica (BRASIL, 2020).
Ainda no ensino médio, recordo que a falta de professores 
para ministrar algumas disciplinas, quase nos fez perder o ano 
letivo. Vi também professores com mais de um vínculo para que 
pudessem arcar com suas despesas. Isso os deixava mais estres-
sados e irritados no ambiente de trabalho o que refletia na sua 
metodologia, tornando as aulas insuportáveis e improdutivas. 
Em contrapartida, havia professores que eram apaixonados pela 
profissão e desempenhavam papéis fundamentais e chegavam a 
ser verdadeiros confidentes e conselheiros até mesmo fora das 
questões disciplinares do currículo acadêmico.
Concluí o ensino médio em 2008 (ver certificado do ensino 
médio em anexo III), ano em que me submeti ao Exame Nacional 
do Ensino Médio (Enem) pela primeira vez. Na época, sua estru-
tura era formada por 63 questões de múltipla escolha e redação. 
Tudo deveria ser feito em apenas um domingo. Apesar de ter 
tido um resultado considerável, nessa época, a nota obtida no 
Enem não era suficiente para ingressar no ensino superior, seria 
também necessário fazer o vestibular que a instituição exigia 
como forma de ingressar na instituição. 
Por motivos pessoais e financeiros, não pude continuar 
os estudos naquele ano. Após 5 anos, voltei a fazer o ENEM, 
em 2014, já com o novo formato, o atual, que consiste em 180 
perguntas de múltipla escolha e redação, sendo realizado em 
dois domingos. A nota obtida no exame é porta de entrada para 
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
29
o ensino superior por meio do Sistema de Seleção Unificada 
(Sisu), que possibilitou a análise dos resultados obtidos no Enem 
e o desempenho. “O SiSU é o sistema informatizado do MEC no 
qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas 
para candidatos participantes do Enem” (BRASIL, [201-]).
Figura 8: Formatura
Fonte: acervo pessoal.
Figura 9: Formatura
Fonte: acervo pessoal.
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
30
Por meio do Sisu, consegui uma bolsa de estudo numa 
faculdade Educação a Distância (EaD), privada, situada na cidade 
de Currais Novos/RN. Pela minha pontuação, foi possível obter 
a bolsa integral para o curso de Pedagogia, que sempre foi meu 
sonho cursar, seguido pelo curso de Direito, que espero também 
poder cursar. No entanto, não pude dar início ao curso, devido 
a ter filho pequeno, com apenas 4 anos de idade na época, e não 
ter com quem deixar para dar seguimento ao meu sonho. Então, 
abri mão dessa bolsa e do curso, mas sempre na certeza de que 
um dia ia poder realizar o sonho de cursar uma faculdade e no 
curso desejado.
Foi então que fiz o Enem mais uma vez, visto que não 
tinha condições financeiras de custear um curso de nível supe-
rior. Via no exame a forma mais certa de conseguir ingressar 
no ensino superior. No ano de 2017, fiz o exame, já com filhos 
maiores, mais independentes, embora com um terceiro filho 
de 2 anos de idade, que solicitei ajuda da minha sogra para que 
ela pudesse cuidar dele enquanto eu estaria fora estudando. 
Por meio do Sisu novamente consegui, pelo meu desempenho 
no exame, ingressar no ensino superior. Meu sonho enfim se 
realizava, no curso de Pedagogia, licenciatura, dessa vez numa 
renomada e reconhecida instituição de ensino superior, a 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no Centro 
de Ensino Superior do Seridó (Ceres), na cidade de Caicó/RN.
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
31
Figura 10: Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres), na cidade 
de Caicó/RN
Fonte: imagem retirada da internet.
Hoje posso dizer que vivo meu sonho a cada dia viven-
ciando nessa instituição as melhores experiências e adquirindo 
conhecimentos que me tornaram uma profissional. Terei 
orgulho de levar o nome dessa instituição. Mas o que me ajuda 
a continuar nesse sonho são os auxílios financeiros desti-
nados aos alunos de baixa renda, sem os quais, certamente, 
não poderia continuar na universidade, e assim é também 
com milhares de outros alunos que estudam nas instituições 
federais, que também são de baixa renda como eu. 
Eu me sinto realizada em estar nessa instituição renomada, 
recheada de excelentes profissionais extremamente capacitados, 
que nos proporcionam o melhor em cada disciplina ofertada 
e com metodologias diversas que só nos fazem crescer como 
profissionais e pessoalmente também. Em cada semestre, eu me 
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
32
deparo com o profissionalismo e seres humanos incríveis que nos 
fornecem tanto o conhecimento quanto seus exemplos de dedi-
cação e cidadãos atuantes numa sociedade em desenvolvimento, 
em especial, na disciplina de História da Educação Brasileira, 
ministrada pela Professora Doutora Tânia Cristina Meira Garcia, 
a quem este trabalho se destina. Para mim, está sendo de grande 
proveito os conhecimentos deste currículo, assim como toda 
a estrutura curricular do curso de Pedagogia licenciatura, 
aumentando assim meu conhecimento e trazendo para o meu 
currículo pessoal saberes únicos e primordiais para o desem-
penho da minha carreira como profissional da Educação. Com a 
ajuda de Deus, não irei parar por aqui, almejo dar continuidade 
à minha formação com especializações, mestrado e doutorado, 
e o que eu puder realizar, somando-se aos meus esforços e ajuda 
dos profissionais que, ao longo do tempo, conheci e conhecerei. 
Tenho certeza de que realizarei meus objetivos (ver histórico da 
graduação até o dia atual em anexo IV).
Figura 11: curso de Pedagogia licenciatura
Fonte: acervo pessoal.
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
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Figura 12: curso de Pedagogia licenciatura
Fonte: acervo pessoal.
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
34
REFERÊNCIAS
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 
DF: Presidência da República, [2016]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm. Acesso em: 16 nov. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. FUNDEF: Fundo de Manutenção 
e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização 
do Magistério (Manual de Orientação). Brasília, DF: Ministério 
da Educação, [1997]. Disponível em: http://portal.mec.gov.
br/seb/arquivos/pdf/mo.pdf. Acesso em: 14 dez. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Sobre o FUNDEB. Brasília, 
DF: Ministério da Educação, 2020. Disponível em: https://
www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb/sobre-o-plano-
ou-programa/sobre-o-fundeb. Acesso em: 14 dez. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. SISU: o que é?. 
Brasília, DF: MEC, [201-]. Disponível em: https://sisu.
mec.gov.br/#/#oquee. Acesso em: 16 nov. 2021.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as 
diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Ministério 
da Educação, [1996]. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm. Acesso em: 16 nov. 2021.
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
35
BRASIL. Lei nº 5/77, de 1º de fevereiro. Cria o sistema público de 
educação pré-escolar, cujos objectivos principais são favorecer o 
desenvolvimento harmónico da criança e contribuir para corrigir 
os efeitos discriminatórios das condições socio-culturais no 
acesso ao sistema escolar.A educação pré-escolar tem carácter 
facultativo e destina-se às crianças desde os três anos até à 
idade de entrada no ensino primário. Brasília, DF: Ministério 
da Educação, [1977]. Disponível em: https://dre.tretas.org/
dre/79534/lei-5-77-de-1-de-fevereiro. Acesso em: 16 nov. 2021. 
BRASIL. Decreto-lei nº 542/79, de 31 de dezembro. Aprova 
o estatuto dos jardins-de-infância do sistema público de 
educação pré-escolar. Brasília, DF: Ministério da Educação, 
[1979]. Disponível em: https://dre.tretas.org/dre/61632/decreto-
lei-542-79-de-31-de-dezembro. Acesso em: 16 nov. 2021.
BRASIL. Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: Câmara 
dos Deputados, [1961]. Disponível em: https://www2.camara.
leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-
353722-normaatualizada-pl.pdf. Acesso em: 16 nov. 2021.
BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa 
Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá 
outras providências. Brasília, DF: Ministério da Educação, 
[1971]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l5692.htm. Acesso em: 16 nov. 2021. 
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
36
BRASIL. Emenda Constitucional nº 14, de 12 de setembro 
de 1996. Modifica os arts. 34, 208, 211 e 212 da Constituição 
Federal e dá nova redação ao art. 60 do Ato das Disposições 
constitucionais Transitórias. Brasília, DF: Congresso Nacional, 
[1996]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/emendas/emc/emc14.htm. Acesso em: 16 nov. 2021.
BRASIL. Projeto de Lei da Câmara nº 144, de 2005. Altera a 
redação dos arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional, dispondo sobre a duração mínima de 9 (nove) anos 
para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir 
dos 6 (seis) anos de idade. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, 
[2005]. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/
atividade/materias/-/materia/76244. Acesso em: 16 nov. 2021.
GARCIA, Tânia Cristina Meira. Estado e educação no 
Brasil (1987-1996). João Pessoa: EDUFRN: Ideia, 2009.
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
37
ANEXO I
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
38
ANEXO II
 
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
39
ANEXO III
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
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ANEXO IV
MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
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MINHA TRAJETÓRIA ACADÊMICA: UMA VIAGEM PELA EDUCAÇÃO
Adene Kaline Araújo de Azevedo
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JORNADA ESCOLAR 
UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima1
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre minha 
experiência no percurso escolar, que será relatado incluindo 
as leis que foram sancionadas durante esse percurso de 
ensino, tendo ou não relação com minha experiência escolar, 
englobando desde a Constituição Federativa do Brasil, fazendo 
recortes que coincidam com minha entrada na escola, e como a 
Lei n° 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação 
brasileira e que culminou para adoção de tantos direitos educa-
cionais para a história da educação nacional. Este trabalho foi 
uma proposta do componente curricular História da Educação 
Brasileira. Para tanto, as fontes utilizadas foram pesquisas 
feitas em sites que disponibilizassem as leis, como o portal 
do Ministério da Educação (MEC) e o site do Planalto, artigos 
científicos, e o livro Estado e Educação no Brasil (GARCIA, 2008). 
O estudo busca analisar minha vida escolar, quais podem ser 
os pontos marcantes, com alguns eventos ocorridos na história 
1 Email: ana.santana.santos.lima@gmail.com
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
44
da educação, e quão importante a Constituição de 1988 e a Lei 
de Diretrizes e Bases, que já estavam em vigor quando iniciei 
minha jornada escolar, e como essa construção da educação 
brasileira se tornou tão importante para que, nos dias atuais, 
fossem conseguidos tantos avanços para o meu desenvolvi-
mento como estudante, e a garantia desses direitos.
Palavras-chave: percurso escolar; lei de diretrizes e bases; 
constituição.
1 Introdução
O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre minha 
experiência no percurso escolar, relacionando com as leis que 
foram sancionadas durante esse percurso de ensino, tendo 
estas relação ou não com minha experiência escolar. O estudo 
engloba desde a Constituição Federativa do Brasil, promulgada 
em 05 de outubro de 1988, fazendo recortes os quais coincidam 
com minha entrada na escola, e como a Lei de Diretrizes e Bases 
(LDB) (Lei n° 9.394/96), que estabelece as diretrizes e bases da 
educação brasileira, culminando para a adoção de tantos direitos 
educacionais para a história da educação nacional. Esse trabalho 
foi proposto pelo componente curricular História da Educação do 
Brasil, para tanto, a metodologia utilizada foram pesquisas feitas 
em sites que disponibilizassem leis, como o portal do Ministério 
da Educação (MEC), o site do Planalto, também artigos científicos 
e o livro Estado e Educação no Brasil (GARCIA, 2008). 
A história da educação brasileira foi se construindo ao 
longo do tempo, tendo como um de seus marcos, a promulgação 
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
45
da Constituição Federativa do Brasil, no ano de 1988, que 
norteou as políticas educacionais ao estabelecer a educação 
como direito de todos, e sendo dever do Estado. A partir das 
políticas públicas, assegura o acesso e a permanência do aluno 
na escola, garantida em seus artigos 205 a 214 (BRASIL, 1988). 
Segundo Garcia (2008, p. 47):
[...] quando declara que esta é direito de todos e dever do 
estado, é a de educação como reconstrução da experiência 
e um atributo da pessoa humana, tendo, por isso, que ser 
comum, estendida a todos, sendo dever do Estado promovê-la.
Com isso, elevando a educação à categoria de serviço 
público essencial. 
É importante ressaltar que, nesse processo da educação 
brasileira, em suas constituições, houve uma oscilação entre 
centralização e descentralização que, segundo Garcia (2008, 
p. 23), “o legado dos dias atuais é marcado especialmente 
por uma tendência centralizadora”. A Constituição de 1988 
garante que a educação é direito de todos e dever do estado 
e da família, determinando que seja promovida e incentivada 
com a colaboração da sociedade e tendo como objetivo o pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988), 
sendo a constituição de 1988 mais ousada que as anteriores, ao 
elevar a educação a um alto patamar de direito fundamental, 
e um direito social e subjetivo. 
Perpassando ainda antes, pela primeira LDB, Lei n° 
4.024/1961, que se volta para a base curricular de três graus 
de ensino – o primário, o médio, e o superior – criados ainda 
como parte da LDB, o Conselho Federal de Educação (CFE) e 
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
46
os conselhos estaduais. Antes de se chegar à atual LDB de 96, 
passa-se ainda pelas reformas que se deram em com a Lei da 
Reforma Universitária, Lei n° 5.540/1968, fixando normas de 
organização e funcionamento do ensino superior e articulação 
com ensino médio, e a Lei n°5.692/1971, que fixava as Diretrizes 
e Bases para o ensino de 1º e 2º graus. 
Por fim, com a aprovação da atual LDB, Lei n° 9.394/96 
e dos Parâmetros Curriculares Nacionais, para as instituições 
de ensino, ficou explícito o reconhecimento da importância 
do ensino e da aprendizagem dos valores na educação escolar. 
Quanto ao Conselho Nacional de Educação (CNE), estabeleceu 
as diretrizes curricularespara a educação básica, em 1998, 
com o poder público assumindo seu papel e com a publicação 
dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que, em 2010, foi 
reformulado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Foi 
nesse cenário da educação, com a Constituição de 1988 até os dias 
atuais, e a atual LDB 9.394/96, que comecei minha vida escolar.
2 Ensino Fundamental
Meu primeiro contato com o ensino foi em casa, por meio de 
minha mãe, que me ensinava a ler, com um livrinho sobre a 
história do nascimento de Jesus e outras historinhas, e também 
com uns livros didáticos que tinha em casa. Isso era muito 
satisfatório, pois toda vez que minha mãe contava as histórias 
para mim, sentia uma vontade grande de entrar em uma escola e 
aprender. Foi então que, aos 6 anos de idade, entrei em uma escola 
na cidade de Natal, em uma escola de ensino particular. Eu havia 
ganhado uma bolsa para estudar nessa escola. Ela ficava uma 
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
47
rua depois do bairro onde morava. A escola era pequena, mas 
possuía um parquinho no qual adorava brincar, com gangorras, 
escorrega, balanço. Lembro-me que, no fundo da escola, tinha 
uma cerca que dava para os fundos da casa de uma colega, cuja 
mãe, em algumas ocasiões, distribuía algodão doce. 
Essa escola ofertava até o 5° ano do fundamental. No ano 
de 2000, estava acontecendo, na cidade de Dakar, uma reunião 
com 164 países, que assumiram o compromisso de cumprir seis 
metas de Educação Para Todos até o ano de 2015. 
Em meu segundo ano (2001) nessa mesma escola, houve 
uma mudança de local, ficando mais perto de minha residência. 
O espaço diminuiu, pois era em uma casa que pertencia a outra 
pessoa. No cenário da educação, em 2001, foi criado o Plano 
Nacional de Educação (PNE), Lei n° 10.172/2001. A partir da 
vigência dessa lei, os estados, o Distrito Federal, e os municípios 
deveriam, com base no PNE, elaborar planos decenais, apre-
sentar diretrizes e metas para a educação no Brasil (foi durante 
a perspectiva de alcance dessas metas que se deu todo o meu 
ensino fundamental até 2010). 
Estudei nessa escola até o ano de 2003, quando me mudei 
para a cidade de Caicó, onde fui matriculada em uma escola da 
rede municipal. Por falta de histórico da antiga escola na qual 
eu estudava, tive que repetir novamente o 2° ano. Essa escola 
funcionava em três turnos. Eu estudava a tarde, mas o que eu 
queria mesmo era estudar de manhã. O espaço das salas era 
amplo, mas as brincadeiras eram feitas fora da escola (quando 
eram as brincadeiras de correr). Quando se levavam brinquedos, 
os alunos ficavam dentro mesmo. Até onde me recordo, a escola 
não possuía uma biblioteca, o que era uma pena, pois adorava 
ler, desenhar, pintar. Inclusive, a professora entregava desenhos 
para pintar, e o melhor ganhava um kit com caderno de desenho 
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
48
e coleções. Das atividades comemorativas da escola, logo no 
início, participei do São João apenas no 2° ano do fundamental, 
das demais, procurava ser participativa. 
Havia uma professora que era tão querida que eu não 
queria ir para o ano seguinte só pra ela ensinar novamente. Ela 
sempre prometia que iria acompanhar a turma, mas não acon-
teceu. Um acontecimento marcante daquele ano foi a aprovação 
da Lei n° 10.639, que, nos artigos 26-A; 79-A (vetado); 79-B, acres-
centa que nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, 
oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre 
História e Cultura Afro-brasileira, estudos da História Africana 
e luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro 
na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição 
do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes 
à História do Brasil. No calendário escolar, foi incluído o dia 20 
de novembro como dia nacional da consciência negra. Apesar da 
obrigatoriedade, e ainda de suma importância, na escola em que 
eu estudava, não passavam conteúdos relacionados à história 
africana, só os conteúdos básicos, na data comemorativa.
Em 2004, já no 3° ano do fundamental, passei a ter em 
sala de aula duas professoras. Tinha uma professora que, ao 
final das aulas, colocava toda a turma para cantar o hino, quase 
sempre no intervalo. Havia uma colega que levava uns livros de 
historinhas que, em cada um, contava a história de uma fruta. 
Ao final, trazia uma receita. Era muito engraçado, às vezes 
perdia o intervalo só para ficar lendo isso. 
Enquanto isso, a Lei n° 10.845/2004 garantia progressi-
vamente a inserção dos educandos portadores de deficiência 
nas classes comuns de ensino regular. Desse modo, as escolas 
deveriam se adequar a essas pessoas. Mas nessa escola onde 
eu estudava, ainda não tinha uma boa estrutura para receber 
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
49
esses alunos, possuía uma rampa para entrada, mas era só, não 
recordo de nada mais para relatar com relação a esse ponto. 
Também não lembro muita coisa do 4° ano, só que aumentou 
o número de professores, e passei a estudar artes, ensino 
religioso, a fazer educação física, que era na praça Dom José 
Delgado, em frente ao Colégio Diocesano Seridoense (CDS). Eram 
bastante proveitosas as aulas em campo. 
Com um olhar mais amplo para a educação, estava sendo 
aprovada, naquele ano de 2005, a Lei n° 11.114/05, que altera 
os artigos 6°, 30, 32, e 87 da Lei n° 9.394/96, com o objetivo de 
tornar obrigatório o início do ensino fundamental aos 6 anos 
de idade. O art. 6º diz: “É dever dos pais ou responsáveis efetuar 
a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade, no 
ensino fundamental”. Mesmo antes dessa lei, aos 6 anos, eu já 
tinha sido matriculada.
Em 2006, entrei para o 5° ano, mantendo-se o mesmo 
número de professores e matérias também. Não houve tantas 
mudanças em minha história de vida escolar. Nesse ano, foi 
aprovada a Lei n° 11.274/06, que dispõe sobre a duração de 9 
anos para o ensino fundamental. No art. 32, a lei define “O 
ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) 
anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos 
de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão”. 
Com isso, a escola onde eu estudava passou a ofertar o 9° 
ano. No ano de 2007, passei para o 6° ano, quando foi ofertado o 
ensino de Culturas do RN e Inglês. Lembro-me que, nesse ano, 
houve tipo uma amostra sobre um trabalho que a turma fez, 
que era uma maquete do Rio Barra Nova, no município de Caicó. 
Vieram outros alunos do colégio olhar nossos trabalhos. Achei 
bem interessante, inclusive foi a primeira maquete que eu fiz. 
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
50
Fomos visitar um museu em Caicó, onde havia uns 
brinquedos antigos, umas pontas que serviam como armas, 
um equipamento antigo, não me recordo para que servia. Fui 
para umas amostras apresentadas na Escola Estadual Calpúrnia 
Caldas de Amorim (EECAM), gostei muito de uma sala que era 
enfeitada como se fosse os anos 1980. 
Houve umas três trocas de professores. Foi nesse ano 
que acontecia a regulamentação do Fundo de Manutenção 
e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos 
Profissionais da Educação (Fundeb), pela Lei n° 11.494/07, inves-
tindo na educação infantil, no ensino médio e na educação de 
jovens e adultos, sendo estendido até o ano de 2020. Em 2008, 
a Lei n° 11.684/08 garantia a inclusão do ensino da filosofia 
e a sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos 
do ensino médio, fato esse que se incluiria em minha vida 
escolar mais à frente. Nesse ano, estava cursando o 7° ano, foi 
bastante produtivo principalmente no ensino de arte. No dia 
das mães, foram preparadas telhas para que cada um enfei-
tasse a seu modo, pintei a telha com tinta óleo e depois raspei 
para fazer uma mensagem para minha mãe. Fazia desenho em 
um pedaço de madeira e passava uma tinta por cima,depois 
tirava o excesso e saía o desenho na folha. Para fazer a árvore 
de Natal da escola, nós, alunos, fomos atrás de garrafas pet 
para a confecção. Ficou bastante interessante. Tinha pinturas 
em garrafas de vidro, uma vez houve um sorteio de melhor 
desenho, quem ganhasse levava um kit com caderno, coleção e 
pinceis. Como esse professor ensinava artes e matemática, levou 
a turma para visitar uma exposição de quadros que veio para 
Caicó, e a partir disso, foi indicado que escolhêssemos um dos 
desenhos dos quadros para reproduzir e levar para socializar 
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
51
em sala de aula. Esses acontecimentos marcaram meu último 
ano nessa escola.
Em 2009, mudei de escola, fui para uma estadual, que 
ficava um pouco mais longe de casa. O ensino era ofertado a 
partir do 6° ano. O espaço era bem amplo. Um fato que marcou 
nessa escola, é que ela possuía uma biblioteca. Eu passei a pegar 
quase todos os dias livros. A escola possuía poucos alunos, tão 
pouco que passou a funcionar somente no turno matutino e não 
desfilava no dia 7 de setembro. A escola possuía uma salinha de 
leitura para qual a professora nos levou somente uma vez, do 
mesmo jeito, na sala de vídeo.
Também no ano de 2009, no cenário da educação, foi 
criado o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), desenvolvido pelo 
Ministério da Educação (MEC), que seleciona estudantes para 
instituições Federais e Estaduais de ensino superior. O ano 
de 2010 é o meu último no ensino fundamental. Assim, passei 
a estudar física e química. Depois de um tempo, a escola foi 
fechada, mas já não estudava mais lá. No local, está funcio-
nando atualmente a Universidade do Estado do Rio Grande 
do Norte (UERN). 
Nesse mesmo ano, comecei a fazer o Projovem, criado 
pela Lei n° 11.692/08, que dispõe sobre o Programa Nacional 
de Inclusão de Jovens. Em seu art. 2º define que o Projovem é 
destinado a jovens de 15 (quinze) a 29 (vinte e nove) anos, com o 
objetivo de promover sua reintegração ao processo educacional, 
sua qualificação profissional e seu desenvolvimento humano”. 
Fiquei até 2011 no Projovem.
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
52
3 Ensino Médio e Ensino Superior
Em 2011, iniciei o ensino médio em uma escola da rede pública 
estadual, passando a estudar espanhol, filosofia e sociologia 
conforme Lei n° 11.684/08. Oferecia os 3 turnos, o espaço era 
bem amplo e arejado, tinha uma biblioteca, sala de vídeo, 
computadores para os alunos, foi onde comecei a fazer simu-
lados e apresentar seminários. A escola era bem tranquila e foi 
o ano em que eu saí do Projovem. 
Em 2012, já no 2° ano, participei de projetos da própria 
escola, oferecidos no contraturno. Comecei fazendo um de 
português, que era maravilhoso. Quem ministrava era a profes-
sora de português, que era também maravilhosa, inclusive, foi 
com ela que aprendi a fazer redação. Todos os seminários eram 
bastante criativos, principalmente os de física, lembro-me de 
ter feito um olho de isopor para mostrar como era LIO, uma 
lente intraocular. Era um seminário sobre lentes. Outro foi 
sobre dilatação volumétrica; outra vez levei duas pilhas, um 
fio e uma lã de aço, como resultado, os fios ligados na pilha 
entravam em atrito com uma lã de aço e ela pegava fogo. Houve 
outras ideias bacanas de meus colegas, como adquirir energia 
através de batatas. 
Em 2013, era o meu último ano no ensino médio. Participei 
de um projeto de espanhol à noite. Era ótimo! A professora 
passava algumas músicas e atividades. Como era o meu último 
ano no ensino médio, participei do meu primeiro Enem, como 
experiência, que foi criado no ano de 1998, e seu resultado serve 
para acesso ao ensino superior em universidades públicas brasi-
leiras, a partir do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Nesse 
mesmo período, foi aprovada a Lei n° 12.796/13, que torna a 
educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
53
(dezessete) anos de idade. De fato, é muito importante para 
garantir a educação desde cedo. Nos anos que seguiram, fiquei 
fazendo Enem para ver se passava para o que eu queria. 
Em 2017, fiz o meu 4° Enem. No início do ano, o MEC 
convocou uma consulta pública para opinar sobre a nova 
estrutura do Enem. Com isso, foram modificados os dias, que 
antes eram consecutivos, passou a ser em dois domingos, e a 
redação passou a ser aplicada no primeiro dia de prova. Já em 
2018, fui aprovada e utilizei o Sisu, em sua 9° edição, com base 
na Lei n° 12.711/12, que garante em seu artigo 1°, no mínimo 50% 
de suas vagas para estudantes que cursaram o ensino médio 
em escolas públicas. Entrei na Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte (UFRN), Ceres-Caicó, em 2018. Atualmente, 
estou cursando licenciatura em Pedagogia (3º período em 2019). 
4 Conclusão
Percebe-se que, em minha vida escolar, existiram pontos 
marcantes. Alguns deles contrastando com eventos ocorridos 
na história da educação, como a implantação da lei que aumenta 
para 9 anos o ensino fundamental, inserindo o ensino da filo-
sofia e da sociologia, e tantas outras. Além houve a criação pelo 
MEC do Enem e do Sisu, tão importantes para a minha entrada 
na universidade. Isso foi garantido pelo que aconteceu bem 
antes, com a CF de 1988, como um marco da democracia brasi-
leira, ampliando a proteção dos direitos; bem como com a LDB 
de 1996, que em seu artigo art. 2º aponta que a educação é dever 
da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e 
nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno 
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
54
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício 
da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Solidariedade 
envolve formação de cidadania e o pleno desenvolvimento do 
educando. Tudo isso deve estar ligado à educação. 
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
55
REFERÊNCIAS
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 
[2016]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 25 mar. 2019.
BRASIL. Lei nº 11.114, de 16 de maio de 2005. Altera os arts. 
6º , 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, com o 
objetivo de tornar obrigatório o início do ensino fundamental aos 
seis anos de idade. Brasília, DF: Ministério da Educação, [2005]. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
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BRASIL. Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o 
ingresso nas universidades federais e nas instituições federais 
de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. 
Brasília, DF: Ministério da Educação, [2012]. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-
2014/2012/Lei/L12711.htm. Acesso em: 26 mar. 2019.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as 
diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Ministério 
da Educação, [1996]. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/Ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 20 mar. 2019.
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Nacional de Educação e dá outras providências. Brasília, DF: 
Ministério da Educação, [2001]. Disponível em: http://portal.mec.
gov.br/arquivos/pdf/L10172.pdf. Acesso em: 20 mar. 2019.
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
56
BRASIL. Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 
9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da 
Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura 
Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério 
da Educação, [2003]. Disponível em: http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/lei_10639_09012003.pdf. Acesso em: 23 mar. 2019.
BRASIL. Lei nº 10.845, de 05 de março de 2004. Atendimento 
Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência, e 
dá outras providências. Brasília, DF: Ministério da Educação, [2004]. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
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BRASIL. Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta o 
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica 
e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB. 
Brasília, DF: Ministério da Educação, [2007]. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2006/Lei/L11274.htm. Acesso em: 20 mar. 2019.
BRASIL. Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006. Altera a 
redação dos arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o 
ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 
(seis) anos de idade. Brasília, DF: Ministério da Educação, [2006]. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2006/Lei/L11274.htm. Acesso em: 22 mar. 2019.
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
57
BRASIL. Lei nº 12.796, de 04 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9.394, 
de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da 
educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais 
da educação e dar outras providências. Brasília, DF: Ministério 
da Educação, [2013]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm. Acesso em: 26 mar. 2019.
BRASIL. Lei nº 11.684, de 02 de junho de 2008. Altera o art. 
36 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece 
as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir a 
Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias nos 
currículos do ensino médio. Brasília, DF: Ministério da Educação, 
[2008]. Disponível em: https://presrepublica.jusbrasil.com.br/
legislacao/93696/lei-11684-08. Acesso em: 22 mar. 2019.
BRASIL. Lei nº 11.692, de 10 de junho de 2008. Dispõe sobre o 
Programa Nacional de Inclusão de Jovens - Projovem, instituído 
pela Lei no 11.129, de 30 de junho de 2005; [...]; e dá outras 
providências. Brasília, DF: Ministério da Educação, [2008]. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2008/Lei/L11692.htm. Acesso em: 22 mar. 2019.
BRASIL. Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: Ministério 
da Educação, [1961]. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/l4024.htm. Acesso em: 16 nov. 2021.
JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
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BRASIL. Lei nº 5.540, de 28 de novembro de 1968. Fixa normas 
de organização e funcionamento do ensino superior e sua 
articulação com a escola média, e dá outras providências. Brasília, 
DF: Ministério da Educação, [1968]. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5540.htm. Acesso em: 16 nov. 2021.
BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases 
para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências. Brasília, 
DF: Ministério da Educação, [1971]. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5692.htm. Acesso em: 16 nov. 2021.
FRANÇA, L. Plano Nacional de Educação (PNE): Entenda o que é. 
[S. l.]: Somos Par, 2020. Disponível em: https://www.somospar.com.br/
pne-conheca-o-plano-nacional-de-educacao/. Acesso em: 16 nov. 2021.
GARCIA, Tânia Cristina Meira. Estado e Educação no 
Brasil (1987/1996). João Pessoa: Ideia: EDUFRN, 2009.
MARCHELLI, Paulo Sergio. Da LDB 4.024 ao Debate Contemporâneo 
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QUERO BOLSA. Como Surgiram: Enem, Sisu, Prouni e Fies. [S. l.]: 
Revista QB, 2019. Disponível em: https://querobolsa.com.br/revista/
como-surgiu-enem-sisu-prouni-e-fies. Acesso em: 27 mar. 2019.
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JORNADA ESCOLAR: UM PERCURSO DE APRENDIZAGENS
Ana Santana Santos de Lima
MINHA TRAJETÓRIA ESCOLAR 
UMA HISTÓRIA QUE AINDA NÃO TERMINOU
Bárbara Gomes Medeiros Bezerra1
RESUMO
No presente texto, narro a linha do tempo da minha trajetória 
escolar iniciada em 2003 até os dias atuais. Cito algumas leis que 
têm relação com a educação, entre elas, a Constituição Federal 
de 1988, a Lei n° 10.172/01 e a LDB n° 9.394/96, mencionando 
suas especificidades. A abordagem metodológica se assenta na 
pesquisa documental, iconográfica e bibliográfica. Meu primeiro 
contato com a instituição escolar aconteceu aos 5 anos de idade, 
na Escola Municipal João Honorato de Medeiros, zona rural de 
Serra Negra do Norte, onde concluí a 1° e 2° série. Em 2005, 
fui matriculada na Escola Municipal Cirilo Alves de Azevedo, 
também na zona rural, concluindo a 3° série. No ano seguinte, 
ainda na zona rural, fui para a Escola Municipal Manoel Mariz 
onde concluí a 4° e 5 ° série. Em 2008, fui matriculada na Escola 
Municipal Arthéphio Bezerra da Cunha, zona urbana de Serra 
Negra do Norte, permaneci nela até 2011, concluindo, assim, 
todo o ensino fundamental. No ano posterior, fui estudar na 
1 Email: barbaragomesmedeiros@gmail.com
MINHA TRAJETÓRIA ESCOLAR: UMA HISTÓRIA QUE AINDA NÃO TERMINOU
Bárbara Gomes Medeiros Bezerra
61
Escola Estadual Leomar Batista de Araújo, ainda no mesmo 
município. Em 2013, mudei de cidade, fui matriculada na Escola 
Estadual Professor Felipe Bittencourt, zona urbana de Parelhas, 
onde concluí o ensino médio. Em 2014, 2015 e 2017, fiz exame do 
Enem. Mas somente com a nota do Enem 2017 concorri a uma 
vaga no curso de Pedagogia CERES/UFRN no Campus de Caicó, 
onde estou até o presente momento conquistando novos conhe-
cimentos a partir da disciplina História da Educação Brasileira.
Palavras-Chave: trajetória escolar; história de vida; história 
da educação.
1 INTRODUÇÃO
No leque dos direitos essenciais, encontra-se o direito à 
educação, amparado pela constituição da República Federativa 
do Brasil, aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte, 
em 22 de setembro de 1988, e promulgada em 5 de outubro de 
1988. A Constituição é a lei máxima e obrigatória para todos 
os cidadãos brasileiros, que serve de garantia de seus direitos 
e deveres. Ela fixa o direito à educação como um direito social 
em seu art. 6° e no art. 205 fala que todos devem incentivar, 
promover e colaborar para a consumação desse direito.
art. 205 A educação, direito de todos e dever do Estado e da 
família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para 
o trabalho (BRASIL, 1988, p.136).
MINHA TRAJETÓRIA ESCOLAR: UMA HISTÓRIA QUE AINDA NÃO TERMINOU
Bárbara Gomes Medeiros Bezerra
62
Todos sabem que, em nosso país, há tempos, observam-se 
as tentativas do Estado de se esquivar das suas competências 
relacionadas à educação. A história nos mostra que uma dessas 
tentativas foi a municipalização do ensino no Brasil. Segundo 
Santos Filho (1992 apud Garcia, 2008, p. 68-67), “alguns juristas 
entendem que os municípios só podem ter redes de ensino e 
não sistemas no mesmo status dos Estados e da União”. Dessa 
maneira, foi enraizada no Brasil a municipalização do ensino 
que compreende até hoje a responsabilidade dos municípios 
pela educação infantil e pelo ensino fundamental. A emenda 
Constitucional n° 14 de 1996 altera o art. 211 da CF/88 e acrescenta 
a garantia dos repasses também aos municípios para financiara 
educação, conforme alteração a seguir no § 1º do art. 211.
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos 
Territórios, financiará as instituições de ensino públicas 
federais e exercerá, em matéria educacional, função redis-
tributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de 
oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do 
ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios (BRASIL, 1988, p. 3).
Levando-se em consideração esses aspectos, a educação 
brasileira necessitava de um norteamento mais específico para 
a organização dos sistemas de ensino. Diante disso e dos princí-
pios presentes na Constituição Federal de 1988, foi criada a Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que define e 
regulariza a Educação Brasileira. Dentre as Leis de diretrizes 
e bases criadas ao longo da história, quero destacar a de N° 
9.394, aprovada em 20 de dezembro de 1996, que trata sobre os 
variados temas da educação nacional desde o ensino infantil até 
MINHA TRAJETÓRIA ESCOLAR: UMA HISTÓRIA QUE AINDA NÃO TERMINOU
Bárbara Gomes Medeiros Bezerra
63
o ensino superior e acompanha meu percurso de escolarização 
até os dias atuais.
Em 1997, foi o ano em que eu nasci. Nesse mesmo ano, 
foi aprovado, em 26 de fevereiro, o Parecer CNE/CEB n° 1/1997, 
que dava orientações preliminares da Câmara de Educação 
Básica sobre a Lei n°9.394/96. No ano seguinte, o Ministério 
da Educação e Cultura (MEC) cria o Exame Nacional do Ensino 
Médio (Enem) pela Portaria n° 438, de 28 de maio de 1998. 
Atualmente, o Enem é um instrumento de avaliação do ensino 
médio e seu resultado serve para o ingresso no ensino superior 
em Universidades Públicas Brasileiras. Em 2001, a Lei n° 10.172 
aprova o Plano Nacional de Educação (PNE), válido por dez anos, 
que traça metas a ser alcançadas.
2 MEU TRAJETO ESCOLAR
Ao examinar meu histórico escolar, descobri que, na minha 
época, a educação básica era organizada em ciclos, conforme 
a Lei n° 9.394/96, em seu art. 23, que dá permissão para essa 
forma de organização.
Art. 23 A educação básica poderá organizar-se em séries 
anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular 
de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na 
idade, na competência e em outros critérios, ou por forma 
diversa de organização, sempre que o interesse do processo 
de aprendizagem assim o recomendar (BRASIL, 1996, p. 17).
MINHA TRAJETÓRIA ESCOLAR: UMA HISTÓRIA QUE AINDA NÃO TERMINOU
Bárbara Gomes Medeiros Bezerra
64
2.1 PRIMEIRO CICLO
Em 2003, aos 5 anos de idade, tive meu primeiro contato com 
a instituição escolar. Nesse ano, minha mãe me matriculou na 
1° série do 1° ciclo, pois eu já sabia ler porque ela me ensinava 
em casa, já que na zona rural em que morávamos não tinha 
educação infantil. Então, iniciei minha trajetória escolar na 
Escola Municipal João Honorato de Medeiros, localizada no sítio 
Barra do Câimbra, Serra Negra do Norte-RN. 
Essa escola era denominada na comunidade como Grupo 
Escolar. Sua estrutura era básica, tinha apenas um banheiro, uma 
cozinha pequena e uma única sala grande onde uma única profes-
sora dava aula para cinco séries diferentes. O art. 28 da LDB n° 
9.394/96 permite que sejam feitas as adequações necessárias para 
a educação básica rural. Apesar de a Lei n° 10.709/03 acrescentar 
à LDB n° 9.394/96 a garantia aos transportes escolares gratuitos, 
isso não quer dizer que sempre foi cumprida, pois eu morava em 
outro sítio chamado Umburana e o meu transporte escolar era 
a bicicleta da minha mãe. Concluí a 1° e 2° série (Atualmente 1° e 
2° ano) nessa escola e depois ela foi fechada.
Em consequência disso, em 2005, eu tive que mudar de 
escola. Fui para a Escola Municipal Cirilo Alves de Azevedo, loca-
lizada no mesmo município, dessa vez, no sítio Barro Vermelho. A 
estrutura da escola era composta por um banheiro, uma cozinha 
pequena e duas salas de aula multisseriadas, assim como a escola 
anterior. A primeira sala acomodava a 1ª, 2ª e 3ª séries; e a outra 
sala, 4ª e 5ª. A partir desse ano, foi disponibilizado transporte 
escolar para levar os alunos de um sítio para o outro. Lembro-me 
que sentar na ponta do banco do pau-de-arara, uma D-20 de cor 
azul escura, coberta com uma lona laranja e com três grandes 
bancos de madeira, era a nossa aventura.
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 Outro fato de que me recordo é que os quadros nessa 
escola eram de cimento queimado na parede e já estavam tão 
velhos que ficava difícil de enxergar as coisas escritas de giz. 
Em meio a uma visita do prefeito da época, Rogério Mariz, as 
professoras nos fizeram pedir a ele quadros novos. Assim, a 
escola ganhou dois quadros verdes enormes. Nesse mesmo ano, 
concluí a 3ª série (atualmente 3° ano) assim como o 1°ciclo. Essa 
escola, como a outra, foi fechada por motivos que eu desco-
nheço. Ainda nesse ano a Lei n° 11.114/05 é publicada no Diário 
Oficial da União, alterando os Artigos 6°, 30, 32 e 87 da Lei n° 
9.394/96 com a finalidade de tornar obrigatório o início do 
ensino fundamental aos 6 anos de idade.
2.2 SEGUNDO CICLO
Em razão de a escola anterior também ter sido fechada, fui para 
a Escola Municipal Manoel Mariz, no ano de 2006, localizada na 
Fazenda Solidão, Serra Negra do Norte-RN. Essa escola ainda 
funciona até os dias atuais e a estrutura é um pouco maior que 
as anteriores. Ela é composta por uma cozinha grande, dois 
banheiros, um pátio e três salas. Na minha época, a primeira 
sala acomodava 1ª e 2ª série, a segunda sala 3ª e 4ª série e a 
terceira sala 5ª série e o fundo dela era usado como uma minibi-
blioteca. Algo que recordo de lá são as grandes festas de São João 
organizadas pelos professores que envolvia toda a comunidade.
Nesse mesmo ano, a Lei n° 11.274/06 também alterou as 
redações dos artigos 29, 30, 32 e 87, de 20 de dezembro de 1996. 
Ela estabeleceu a duração do ensino fundamental obrigatório 
de 9 anos. Em 2007, concluí a 5ª série e também o 2° ciclo. 
Nesse mesmo ano, é aprovado o Parecer CNE/CEB n° 2/07, em 
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31/01/2007, que trata da abrangência das Diretrizes Curriculares 
Nacionais para o Ensino das Relações Étnico-Raciais e o ensino 
de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
2.3 ENSINO FUNDAMENTAL II
Em 2008, minha família mudou-se da zona rural para a zona 
urbana da cidade de Serra Negra do Norte. Então, eu fui 
matriculada na Escola Municipal Arthephio Bezerra da Cunha, 
localizada na Rua Ananias Monteiro Mariz, 321, centro de Serra 
Negra do Norte-RN. Diferentemente das outras escolas por que 
passei, essa possui uma estrutura enorme, com inúmeras salas, 
vários banheiros, uma cozinha grande, uma biblioteca, uma sala 
de professores, a sala da gestão, uma sala de informática, uma 
sala de vídeo, uma sala de jogos, um pátio grande, uma quadra 
de esportes, entre outros espaços.
Nessa escola, eu tinha aula de português, matemática, 
ciências, artes, informática, ensino religioso, língua inglesa, 
cultura do RN, história, geografia e educação física. Um fato 
que recordo é que ganhei minha primeira medalha nessa escola 
por mérito de melhor redação. Ainda em 2008, a Lei n° 11.684, 
de 2 de junho, incluiu ao art. 36 da LDB n° 9.394/96, a obriga-
toriedade das disciplinas filosofia e sociologia nos currículos 
do ensino médio. No ano seguinte, a Resolução CNE/CEB n° 1, 
de 15 de maio de 2009, dispõe sobre essa implementação. No 
ano posterior, o Projeto de Lei n° 8.035/2010 tratou do Plano 
Nacional de Educação (PNE) para os anos de 2011-2020. Em 2011, 
concluí nessa escola o ensino fundamental II. 
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2.4 ENSINO MÉDIO E ENEM
No ano de 2012, iniciei meu ensino médio na Escola Estadual 
Leomar Batista de Araújo, localizada na Rua Coronel Clementino,

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