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PINESC V resumo

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PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Práticas Interdisciplinares de 
Interação Ensino-Serviço-
Comunidade 
PINESC V 
 
 
UNIME 
2022.1 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Saúde da mulher 
Climatério 
Climatério: corresponde, segundo a OMS, ao período da mulher entre o final da fase reprodutora até a 
senilidade (+ ou – dos 40 aos 65 anos). 
Menopausa: interrupção da menstruação após 12 meses ininterruptos de amenorreia 
 Precoce: antes dos 40 anos 
 Tardia: após os 55 anos 
Etiopatogenia: 
Atresia folicular: 
 Ao nascer: cerca de 20000000 
 Início da puberdade: 3000000 a 500000 
Feedback hormonal 
Segundo o IBGE a média de idade do climatério é entre 48 anos. 
O fator socioeconômico, o desenvolvimento do país também interfere na variação de idade. 
Sintomas: 
Manifestações: menstruais, neurogênicas, psicogênicas, metabólicas, urogenitais e outras. 
Abordagem clínica 
Anamnese: 
 Idade do paciente 
 Idade da menopausa 
 Antecedentes (pessoais, familiares) 
 Hábitos de vida 
Exame clínico: 
Exame clínico completo incluindo, se possível o exame ginecológico. 
Diagnóstico: 
É basicamente clínico 
Exames complementares: 
 Dosagem de hormônios 
 Preventivo 
 Mamografia 
 USG transvaginal 
 Exames de rotina (laboratório, ECG, etc) 
 USG mamária 
 Densitometria óssea 
Tratamento: 
Objetivo: otimizar a saúde e bem estar da paciente. 
 Mudanças nos hábitos de vida 
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Ana Clara Silva Freitas 
 Terapia de reposição hormonal/tratamentos alternativos não hormonais; 
 Prevenção e/ou tratamento de comorbidades, principalmente cardiovasculares/ósseas e 
neoplásicas; 
 Sinais e sintomas urogenitais: encaminhar para especialista (ginecologista). 
 
*PSNV: parto simples natural em vértice 
*PSAC: parto simples artificial cesáreo 
*IAM: infarto agudo do miocárdio 
 
Hipóteses diagnósticas: 
 Climatério; 
 HAS?; 
 DescoradaAnemia; 
 Sensibilidade na palpação dor pélvica (pode ser alterações de endométrio e/ou miométrio, 
DIP, infecções vulvovaginais, infecção de trato urinário). 
Condutas: 
 USG transvaginal (para melhor visualização dos ovários); 
 Preventivo; 
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PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
 Encaminhamento para ginecologista 
 Mudanças na alimentação com redução de sódio e diminuição de bebida alcóolica para o controle 
da PA. 
 Exames laboratoriais de rotina: hemograma, glicemia, hemoglobina glicada, perfil lipídico, 
transaminases, função renal, sumário de urina, parasitológico de fezes, urocultura, hormônios, 
 Mamografia; 
 Densitometria óssea; 
 ECG; 
 Encaminhar para oftalmologista para checar cefaleia; 
 Investigar insônia. 
Políticas de saúde de relevância para o controle do câncer do colo 
do útero e da mama 
A Política Nacional de Promoção à Saúde (BRASIL, 2010b) tem entre seus objetivos promover a 
qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde relacionados aos seus determinantes 
e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, 
acesso a bens e serviços essenciais. Além disso, visa ampliar a autonomia e a corresponsabilidade de 
sujeitos e coletividades, inclusive o poder público, no cuidado integral à saúde, e minimizar e/ou 
extinguir as desigualdades de toda e qualquer ordem (étnica, racial, social, regional, de gênero, de 
orientação/opção sexual, entre outras). 
Os objetivos do plano são: promover o desenvolvimento e a implantação de políticas públicas efetivas, 
integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus 
fatores de risco; e fortalecer os serviços de saúde voltados para a atenção aos portadores de doenças 
crônicas. Entre as metas nacionais propostas estão: 
 Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos. 
 Ampliar a cobertura de exame citopatológico em mulheres de 25 a 64 anos. 
 Tratar 100% das mulheres com diagnóstico de lesões precursoras de câncer. E as principais 
ações para o enfrentamento dos cânceres do colo do útero e da mama são: 
 Aperfeiçoamento do rastreamento dos cânceres do colo do útero e da mama. 
 Universalização desses exames a todas as mulheres, independentemente de renda, raça- -cor, 
reduzindo desigualdades, e garantia de 100% de acesso ao tratamento de lesões precursoras de 
câncer. 
Linha de cuidado no câncer: 
Consulta com generalistaConsulta especializadaDiagnóstico Tratamento Cuidados paliativos. 
Atenção básica: As ações da Atenção Básica são diversas no controle dos cânceres do colo do útero e da mama. 
Vão desde cadastro e identificação da população prioritária e prevenção ao acompanhamento das usuárias em 
cuidados paliativos. 
Atenção secundária: Os serviços de atenção secundária são compostos por unidades ambulatoriais, que 
podem ou não estar localizadas na estrutura de um hospital; e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, 
responsáveis pela oferta de consultas e exames especializados. 
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Atenção terciária: A atenção terciária é composta por serviços de apoio diagnóstico e terapêutico hospitalares. 
Com a atenção especializada ela constitui referência para a Atenção Básica dentro da lógica de hierarquização e 
regionalização do SUS. 
Câncer do colo de útero 
O câncer do colo do útero é caracterizado pela replicação desordenada do 
epitélio de revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente 
(estroma) e podendo invadir estruturas e órgãos contíguos ou a distância. 
Há duas principais categorias de carcinomas invasores do colo do útero, 
dependendo da origem do epitélio comprometido: o carcinoma epidermoide, 
tipo mais incidente e que acomete o epitélio escamoso (representa cerca de 
80% dos casos), e o adenocarcinoma, tipo mais raro e que acomete o epitélio glandular. 
Epidemiologia: 
Com aproximadamente 530 mil casos novos por ano no mundo, o câncer do colo do útero é o terceiro 
tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável pelo óbito de 274 mil mulheres por 
ano. 
Na análise regional no Brasil, o câncer do colo do útero destaca-se como o primeiro mais incidente na 
Região Norte, com 24 casos por 100 mil mulheres. Nas regiões Centro-Oeste e Nordeste ocupa a 
segunda posição, com taxas de 28/100 mil e 18/100 mil, respectivamente, é o terceiro mais incidente 
na Região Sudeste (15/100 mil) e o quarto mais incidente na Região Sul (14/100 mil). 
História natural da doença: 
A presença do HPV na quase totalidade dos casos desse câncer e as altas medidas de associação 
demonstradas implicam na maior atribuição de causa específica já relatada para um câncer em 
humanos. Dessa forma está determinado que a infecção pelo HPV é causa necessária para o 
desenvolvimento do câncer do colo do útero. 
Aproximadamente 100 tipos de HPVs foram identificados e tiveram seu genoma mapeado, 40 tipos 
podem infectar o trato genital inferior e 12 a 18 tipos são considerados oncogênicos para o colo uterino. 
Entre os HPVs de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de 
câncer do colo do útero. 
OBS: A dedução é que a infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente para o 
desenvolvimento do câncer do colo do útero. 
Além de aspectos relacionados à própria infecção pelo HPV (tipo e carga viral, infecção única ou 
múltipla), outros fatores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual parecem 
influenciar os mecanismos ainda incertos que determinam a regressão ou a persistência da infecção e 
também a progressão para lesões precursoras ou câncer. A idade também interfere nesse processo, 
sendo que a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride 
espontaneamente, ao passo que acimadessa idade a persistência é mais frequente (IARC, 2007). O 
tabagismo aumenta o risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero, 
proporcionalmente ao número de cigarros fumados por dia e ao início em idade precoce. 
Manifestações clínicas: 
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A infeccão pelo HPV apresenta-se na maioria das vezes de forma assintomática, com lesões subclínicas 
(inaparentes) visíveis apenas após aplicação de reagentes, como o ácido acético e a solução de Lugol, e 
por meio de técnicas de magnificação (colposcopia). 
As lesões clínicas podem ser únicas ou múltiplas, restritas ou difusas, de tamanho variável, planas ou 
exofíticas, sendo também conhecidas como condiloma acuminado, verruga genital ou crista de galo. As 
localizações mais frequentes são a vulva, o períneo, a região perianal, a vagina e o colo do útero. Menos 
comumente podem estar presentes em áreas extragenitais como conjuntiva, mucosa nasal, oral e 
laríngea. Dependendo do tamanho e localização anatômica, as lesões podem ser dolorosas, friáveis e/ou 
pruriginosas. 
Lesões precursoras: As lesões precursoras do câncer do colo do útero são assintomáticas, podendo 
ser detectadas por meio da realização periódica do exame citopatológico e confirmadas pela 
colposcopia e exame histopatológico. 
Câncer do colo do útero: No estágio invasor da doença os principais sintomas são sangramento vaginal 
(espontâneo, após o coito ou esforço), leucorreia e dor pélvica, que podem estar associados com queixas 
urinárias ou intestinais nos casos mais avançados. Ao exame especular podem ser evidenciados 
sangramento, tumoração, ulceração e necrose no colo do útero. O toque vaginal pode mostrar alterações 
na forma, tamanho, consistência e mobilidade do colo do útero e estruturas subjacentes. 
Prevenção: 
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio 
pelo HPV. 
O uso de preservativos (camisinha) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do 
contágio pelo HPV, que também pode ocorrer por intermédio do contato com a pele da vulva, a região 
perineal, a perianal e a bolsa escrotal. 
Atualmente há duas vacinas aprovadas e comercialmente disponíveis no Brasil: a bivalente, que 
protege contra os tipos oncogênicos 16 e 18, e a quadrivalente, que protege contra os tipos não 
oncogênicos 6 e 11 e os tipos oncogênicos 16 e 18. 
Rastreamento: 
 O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras é o exame 
citopatológico. O intervalo entre os exames deve ser de três anos, após dois exames negativos, com 
intervalo anual. 
 O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram atividade sexual. 
 Os exames devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa idade, as mulheres 
tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos. 
 Para mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o exame citopatológico, deve-se realizar 
dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos forem negativos, essas mulheres podem ser 
dispensadas de exames adicionais. 
Resultado normal: 
 Dentro dos limites da normalidade no material examinado; 
Recomendação: seguir a rotina de rastreamento citológico. 
Alterações celulares benignas: 
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 Inflamação sem identificação de agente: Caracterizada pela presença de alterações celulares 
epiteliais, geralmente determinadas pela ação de agentes físicos, os quais podem ser radioativos, 
mecânicos ou térmicos e químicos. 
o Recomendação: seguir a rotina de rastreamento citológico, independentemente do 
exame ginecológico (B). Havendo queixa clínica de leucorreia, a paciente deverá ser 
encaminhada para exame ginecológico. O tratamento deve seguir recomendação 
específica. 
 Metaplasia escamosa imatura: A palavra “imatura”, em metaplasia escamosa, foi incluída na 
Nomenclatura Brasileira para Laudos Citopatológicos buscando caracterizar que esta 
apresentação é considerada como do tipo reparativa. 
o Recomendação: seguir a rotina de rastreamento citológico. 
 Reparação: Decorre de lesões da mucosa com exposição do estroma e pode ser originado por 
quaisquer dos agentes que determinam inflamação. É, geralmente, a fase final do processo 
inflamatório. 
o Recomendação: seguir a rotina de rastreamento citológico 
 Atrofia com inflamação: Na ausência de atipias, é um achado normal do período climatérico e 
somente demanda atenção ginecológica caso esteja associado a sintomas como secura vaginal e 
dispareunia. 
o Recomendação: seguir a rotina de rastreamento citológico. Na eventualidade do laudo 
do exame citopatológico, mencionar dificuldade diagnóstica decorrente da atrofia, deve 
ser prescrito um preparo estrogênico 
 Achados microbiológicos: Lactobacillussp; Cocos e outros bacilos. 
o Recomendação: seguir a rotina de rastreamento citológico. A paciente com 
sintomatologia, como corrimento, prurido ou odor genital, deve ser encaminhada para 
avaliação ginecológica 
Resultados anormais: 
Pode-se dizer que as atipias de significado indeterminado não representam uma entidade biológica, 
mas sim uma mistura de diagnósticos diferenciais e dificuldades diagnósticas, não sendo consideradas 
anormalidades e sim ambiguidades citopatológicas, nas quais as alterações celulares são maiores que 
reacionais sugestivas de lesão intraepitelial, porém não quantitativa nem qualitativamente suficientes 
para o diagnóstico definitivo. Consequentemente, impõe-se a necessidade de definição diagnóstica 
posterior ou imediata, na dependência da gravidade da suspeita. 
Já o diagnóstico citopatológico compatível com LSIL representa a manifestação citológica da infecção 
pelo HPV, altamente prevalente e com potencial de regressão espontânea muito frequente, 
especialmente em mulheres com menos de 30 anos. A compreensão da história natural da infecção pelo 
HPV embasa o adiamento da investigação com a repetição da citologia, evitando também o aumento de 
custos físicos, psíquicos e econômicos. 
Em contrapartida, as HSIL e o adenocarcinoma in situ são considerados as lesões verdadeiramente 
precursoras do câncer do colo do útero, caso não detectadas e tratadas. É imprescindível orientar as 
mulheres quanto à necessidade da investigação e, eventualmente, do tratamento. Porém deve-se 
enfatizar que essas lesões podem demorar muitos anos para progredir para câncer e que são totalmente 
curáveis na maioria das vezes. 
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Câncer de mama 
O câncer de mama, assim como outras neoplasias malignas, resulta 
de uma proliferação incontrolável de células anormais, que surgem 
em função de alterações genéticas, sejam elas hereditárias ou 
adquiridas por exposição a fatores ambientais ou fisiológicos. Tais 
alterações genéticas podem provocar mudanças no crescimento 
celular ou na morte celular programada, levando ao surgimento do 
tumor. 
O processo de carcinogênese é, em geral, lento, podendo levar vários anos para que uma célula 
prolifere e dê origem a um tumor palpável. Esse processo apresenta os seguintes estágios: iniciação, 
fase em que os genes sofrem ação de fatores cancerígenos; promoção, fase em que os agentes 
oncopromotores atuam na célula já alterada; e progressão, caracterizada pela multiplicação 
descontrolada e irreversível da célula. 
As lesões precursoras do carcinoma mamário como a hiperplasia ductal atípica, a neoplasia lobular e 
carcinoma ductal in situ apresentam alterações genéticas comuns aos carcinomas. Nem todas as lesões 
proliferativas epiteliais são precursoras, como as hiperplasias usuais, por exemplo. Entretanto lesões 
não proliferativas como as alterações colunares, são, de fato, precursoras do câncer. 
O carcinoma ductal in situ é uma proliferação epitelial neoplásica intraductal que respeita a barreira da 
membrana basal. São classificados de baixo e alto grau,considerando o volume nuclear, a distribuição 
da cromatina e as características dos nucléolos. Tal classificação representa o grau de agressividade da 
lesão. 
A Doença de Paget, um tumor raro que representa 0,5% a 4% das patologias malignas da mama, 
provoca prurido no complexo areolopapilar e apresenta-se inicialmente como um eritema e 
espessamento cutâneo, evoluindo para uma erosão cutânea eczematoide ou exudativa. Noventa 
e sete por cento das pacientes portadoras dessa patologia apresentam um carcinoma subjacente. Nos 
casos subclínicos, o diagnóstico é feito por meio de exame histopatológico do complexo areolopapilar. 
O carcinoma invasivo da mama constitui um grupo de tumores epiteliais malignos que transpassam 
a membrana basal da unidade ductotubular terminal, invade o estroma e tem potencial para produzir 
metástases. O carcinoma ductal infiltrante é o tipo mais prevalente, com vários subtipos 
histopatológicos, alguns particularmente relacionados a um melhor prognóstico como os medulares, os 
mucinosos e os tubulares. 
Epidemiologia: 
No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente 
em mulheres de todas as regiões, exceto na Região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a 
primeira posição. Para o ano de 2011, foram estimados 49.240 casos novos, que representam uma taxa 
de incidência de 49 casos por 100 mil mulheres. 
História natural: 
A história natural do câncer de mama pode ser dividida em fase pré-clínica, que compreende o intervalo 
de tempo entre o surgimento da primeira célula maligna e o desenvolvimento do tumor até atingir 
condições de ser diagnosticado clinicamente, e fase clínica, que inicia a partir deste momento. 
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Fatores de risco: Idade (cerca de 70–80% dos tumores diagnosticados a partir dos 50 anos de 
idade); 
 Menarca precoce; 
 Menopausa tardia; 
 Primeira gravidez após os 30 anos; 
 Nuliparidade; 
 Exposição à radiação; 
 Terapia de reposição hormonal; 
 Obesidade; 
 Ingestão regular de álcool; 
 Sedentarismo; 
 História familiar 
Manifestações clínicas: 
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um nódulo, geralmente indolor, duro 
e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. 
Outros sinais de câncer de mama incluem: saída de secreção pelo mamilo – especialmente quando é 
unilateral e espontânea –, coloração avermelhada da pele da mama, edema cutâneo semelhante à 
casca de laranja, retração cutânea, dor ou inversão no mamilo, descamação ou ulceração do 
mamilo. A secreção papilar associada ao câncer geralmente é transparente, podendo também ser 
rosada ou avermelhada devido à presença de hemácias. Não deve ser confundido com as descargas 
fisiológicas ou associado a processos benignos, que costumam ser bilaterais, turvas, algumas vezes 
amareladas ou esverdeadas, e se exteriorizam na maioria das vezes mediante manobras de compressão 
do mamilo. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila. 
Rastreamento: 
A mamografia é o único exame utilizado para rastreamento, com capacidade de detectar lesões não 
palpáveis e causar impacto na mortalidade por câncer de mama, sendo por isso o exame de imagem 
recomendado para o rastreamento do câncer de mama no Brasil. 
A recomendação para as mulheres de 50 a 69 anos é a realização de mamografia a cada dois anos e 
do exame clínico das mamas anual. A mamografia nesta faixa etária a cada dois anos é a rotina 
adotada em quase todos os países que implantaram rastreamento organizado do câncer de mama 
OBS: A relação risco-benefício do rastreamento populacional, em mulheres na faixa etária de 40 a 49 
anos, é pouco favorável. 
Exame clínico das mamas: 
O ECM deve incluir a inspeção estática, inspeção dinâmica, palpação das mamas e das cadeias 
ganglionares axilares e supraclaviculares. 
A inspeção estática tem o objetivo de identificar visualmente sinais sugestivos de câncer, tais como 
alterações no contorno da mama, ulcerações cutâneas ou do complexo areolopapilar. É importante o 
examinador comparar as mamas observando possíveis assimetrias, diferenças na cor da pele, textura, 
e padrão de circulação venosa. Nesta etapa, a mulher pode se manter sentada com os braços pendentes 
ao lado do corpo ou com os braços levantados sobre a cabeça. 
Para realizar a inspeção dinâmica, o examinador deve solicitar que a mulher eleve e abaixe os braços 
lentamente, e realize contração da musculatura peitoral, comprimindo as palmas das mãos uma contra 
a outra adiante do tórax, ou comprimindo o quadril com as mãos colocadas uma de cada lado. 
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A palpação consiste em examinar todas as áreas do tecido mamário e linfonodos. Para palpar as cadeias 
ganglionares axilares a paciente deverá estar sentada, o braço homolateral relaxado e o antebraço 
repousando sobre o antebraço homolateral do examinador. A palpação das cadeias ganglionares 
supraclaviculares deve ser realizada com a paciente sentada, mantendo a cabeça semifletida e com leve 
inclinação lateral. 
Atenção no puerpério 
A atenção à mulher e ao recém-nascido (RN) no pós-parto imediato e nas primeiras semanas após o 
parto é fundamental para a saúde materna e neonatal. Recomenda-se uma visita domiciliar na primeira 
semana após a alta do bebê. Caso o RN tenha sido classificado como de risco, essa visita deverá 
acontecer nos primeiros 3 dias após a alta. O retorno da mulher e do recém-nascido ao serviço de saúde, 
de 7 a 10 dias após o parto, deve ser incentivado desde o pré-natal, na maternidade e pelos agentes 
comunitários de saúde na visita domiciliar. 
Objetivos: 
• Avaliar o estado de saúde da mulher e do recém-nascido; 
• Orientar e apoiar a família para a amamentação; 
• Orientar os cuidados básicos com o recém-nascido; 
• Avaliar interação da mãe com o recém-nascido; 
• Identificar situações de risco ou intercorrências e conduzi-las; 
• Orientar o planejamento familiar. 
“Primeira Semana de Saúde Integral” – ações a serem desenvolvidas 
Acolhimento da mulher e do RN por profissional de saúde habilitado: 
• Apresentar-se, perguntar o nome da mulher e do recém-nascido e atendê-los com respeito e gentileza; 
• Escutar o que a mulher tem a dizer, incluindo possíveis queixas, estimulando-a a fazer perguntas; 
• Informar sobre os passos da consulta e esclarecer dúvidas. 
Ações em relação à puérpera 
Anamnese: 
Verificar o cartão da gestante ou perguntar à mulher sobre: 
• Condições da gestação; 
• Condições do atendimento ao parto e ao recém-nascido; 
• Dados do parto (data; tipo de parto; se cesárea, qual a indicação); 
• Se houve alguma intercorrência na gestação, no parto ou no pós-parto (febre, hemorragia, 
hipertensão, diabetes, convulsões, sensibilização Rh); 
• Se recebeu aconselhamento e realizou testagem para sífilis ou HIV durante a gestação e/ou 
parto; • Uso de medicamentos (ferro, ácido fólico, vitamina A, outros). 
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Perguntar como se sente e indagar sobre: 
• Aleitamento (freqüência das mamadas – dia e noite –, dificuldades na amamentação, satisfação 
do RN com as mamadas, condições das mamas); 
• Alimentação, sono, atividades; 
• Dor, fluxo vaginal, sangramento, queixas urinárias, febre; 
• Planejamento familiar (desejo de ter mais filhos, desejo de usar método contraceptivo, métodos 
já utilizados, método de preferência); 
• Condições psicoemocionais (estado de humor, preocupações, desânimo, fadiga, outros); 
• Condições sociais (pessoas de apoio, enxoval do bebê, condições para atendimento de 
necessidades básicas). 
Além dos fatores acima, deve ser realizada a avaliação clínico-ginecológica da mãe e fazer algumas 
orientações. Entre elas: higienização, alimentação, cuidados com o RN, planejamento familiar, 
introdução do método contraceptivo, etc. 
Ações em relação ao RN: 
Na primeiraconsulta: 
• Verificar a existência da Caderneta de Saúde da Criança e, caso não haja, providenciar abertura 
imediata; 
• Verificar se a Caderneta de Saúde da Criança está preenchida com os dados da maternidade. 
Caso não esteja, procurar verificar se há alguma informação sobre o peso, comprimento, apgar, 
idade gestacional e condições de vitalidade; 
• Verificar as condições de alta da mulher e do RN; 
• Observar e orientar a mamada reforçando as orientações dadas durante o pré-natal e na 
maternidade, destacando a necessidade de aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de 
vida do bebê, não havendo necessidade de oferecer água, chá, ou qualquer outro alimento; 
• Observar e avaliar a mamada para garantia de adequado posicionamento e pega da aréola; 
• Observar a criança no geral: peso, postura, atividade espontânea, padrão respiratório, estado 
de hidratação, eliminações e aleitamento materno, ectoscopia, características da pele (presença 
de palidez, icterícia e cianose), crânio, orelhas, olhos, nariz, boca, pescoço, tórax, abdômen 
(condições do coto umbilical), genitália, extremidades e coluna vertebral. Caso seja detectada 
alguma alteração, solicitar avaliação médica imediatamente; 
• Identificar o RN de risco ao nascer; 
• Realizar o teste do pezinho e registrar o resultado na caderneta da criança; 
• Verificar se foram aplicadas, na maternidade, as vacinas BCG e de hepatite B. Caso não tenham 
sido, aplicá-las na unidade e registrá-las no prontuário e na Caderneta de Saúde da Criança. 
• Agendar as próximas consultas de acordo com o calendário previsto para seguimento da 
criança: 2º; 4º; 6º; 9º; 12; 18 e 24º mês de vida. 
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Consulta puerperal (até 42 dias) 
Atividades 
Caso a mulher e o recém-nascido já tenham comparecido para as ações da primeira semana de saúde 
integral, realizar avaliação das condições de saúde da mulher e do recém-nascido; registro das 
alterações; investigação e registro da amamentação; retorno da menstruação e atividade sexual; 
realização das ações educativas e condução 
Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) 
Objetivos gerais: 
 Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a 
garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de 
promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro. 
 Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por 
causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem 
discriminação de qualquer espécie. 
 Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde. 
Objetivos específicos: 
 Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as portadoras da infecção pelo 
HIV e outras DST; 
 Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento familiar, para homens 
e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde; 
 Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao 
abortamento em condições inseguras, para mulheres e adolescentes; 
 Promover, conjuntamente com o PN-DST/AIDS, a prevenção e o controle das doenças 
sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids na população feminina; 
 Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina; 
 Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero; 
 Implantar e implementar a atenção à saúde da mulher no climatério; 
 Promover a atenção à saúde da mulher na terceira idade; 
 Promover a atenção à saúde da mulher negra; 
 Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo e da cidade; 
 Promover a atenção à saúde da mulher indígena; 
 Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão, incluindo a promoção das ações 
de prevenção e controle de doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids 
nessa população; 
 Fortalecer a participação e o controle social na definição e implementação das políticas de 
atenção integral à saúde das mulher. 
 
 
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Saúde da criança 
Pré-natal 
A OMS preconiza um mínimo de 6 consultas. 
Objetivo: 
 Assegurar o bom desenvolvimento da 
gestação; 
 Manter gestante e feto saudáveis; 
 Evitar impacto na saúde do RN 
Ações: 
 Preventivas e educativas;  Reduzindo ações 
OBS: não existe alta do pré-natal. 
 
 
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Anamnese: 
É preciso se atentar para identificação e idade. Menores de 18 e maiores de 35 anos, na maioria das 
vezes, apresentam alto risco gestacional. 
É preciso checar procedência, escolaridade, religião e ocupação. 
Situação conjugal tem impacto psicológico na gestação e risco de ISTs. 
OBS: sempre suspeitar de gestação em mulheres com atraso menstrual e/ou êmese e em idade fértil. 
Antecedentes pessoais: 
 Antecedentes médicos (comorbidades, uso de medicamentos, alergias...) 
 Antecedentes gineco-obstétricos (gestação atual: houve tentativa de interrupção?) 
 História vacinal. 
Hábitos de vida: 
 Tabagismo, etilismo, uso de drogas, alimentação, atividade física. 
Antecedentes familiares: 
 História de gemelaridade, malformações congênitas, abortamentos; 
 Se há casos de HAS ou DM com a mãe ou pai, etc. 
Antecedentes psicossociais: 
 Moradia, animal de estimação, conflito conjugal, etc. 
 Aceitação da gestação x depressão pós-parto 
OBS: Estresse/ansiedade maior risco gestacional e de parto prematuro. 
Interrogatório sistemático: 
 Segmento cefálico; 
 TGI; 
 AGU; 
OBS: perguntas relevantes em todas as consultas. 
 Queixas? 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
 Sangramento? 
 Corrimento ou perda de líquido? 
 Dor? Contrações? 
 Movimentação fetal? 
 
Exame físico: 
 Geral; 
 Sinais vitais; 
 PA e HGT (hemoglicoteste) 
 DHEG: hipertensão após 20 s. leve PAS 
maior ou igual a 140 e 90; grave PAS 
maior ou igual a 160 e 110 
 Encaminhar ao PNAR. Mantém o 
acompanhamento na USF também; 
 Altura uterina. 
 
Highlight
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
 
Sífilis na gestação 
 Pode ser transmitida para o feto por via transplacentária; 
 Sífilis congênita: considerada um evento sentinela da qualidade da assistência PN; 
 Maior gravidade: primeiro trimestre – sífilis recente; 
 Maios transmissão: terceiro trimestre - sífilis recente. 
 Tratamento: 
 Sífilis recente: uma dose de penicilina benzatina 
 Sífilis tardia: 
 
Rotina laboratorial do primeiro trimestre: 
 Hemograma; 
 Glicemia em jejum; 
 TSH, T4L; 
 Grupo sanguíneo e Fator Rh; 
 Eletroforese de Hb (risco de anemia falciforme); 
 Antti HIV, AgHbs, VDRL, taxoplasmose IgG e IgM, HTLV, rubéola igG e IgM, CMV igG e IgM; 
 EAS + urocultura (rastreio de ITU ou bactéria assintomática; 
 EPF; 
 USG obstétrico//USG morfológico de primeiro trimestre (11 -13 semanas). 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Anemia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo a OMS: 
 
Diabetes Mellitos gestacional 
 
Highlight
Highlight
Highlight
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Ganho de peso na gestação 
 
Plano diagnóstico/conduta: 
Suplementação: 
 Sulfato ferroso 400 mg (preferencialmente 30 min antes do almoço); 
 Ácido fólico 400 mg (uma vez ao dia). 
Prevenção de arboviroses: 
 Uso de repelentes – específico para a gestante (icaridina); 
 ZIKA = IST: uso de repelente aos parceios e uso de camisinha. 
Vacinação: 
 Influenza: qualquer idade gestacional; 
 DTPa: a partir de 20 semanas; 
 Hepatite B: primeira dose após 14 semanas (checar situação vacinal). 
Analgesia se necessário: 
 Paracetamol 500 mg de 6 em 6 h 
 Náuseas e vômitos: Dimenidrinato-piridoxina + mg de 8 em 8 h. 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Puericultura 
É o acompanhamento da criançasaudável, em geral, com consultas periódicas e sistemáticas com 
enfoque em prevenção e educação em saúde. Tem importante papel na redução da mortalidade infantil. 
Não é exclusiva ao médico. 
O que avaliar? 
 Crescimento 
 Estado nutricional; 
 Vacinação; 
 Alimentação; 
 Desenvolvimento neuropsicomotor; 
 Ambiente físico e emocional. 
Frequência mínima: 
 Primeira semana de vida (combinar no PN); 
 1° (+ planejamento familiar) ao 4° mês; 
 6 (alimentação/suplementação de ferro), 9, 12, 18 e 24 meses; 
 Anual a partir de 2 anos. 
Não é engessada e deve levar em consideração as condições de saúde e socioambientais. 
Parecida com calendário vacinal. 
Caderneta da criança: 
É instrumento de trabalho e deve ser 
distribuída gratuitamente. 
Ações na puericultura: 
 Anamnese; 
 Exame físico; 
 Orientação alimentar: 
aleitamento materno (apoiar sem 
julgar); alimentação 
complementar; 
 Diagnóstico e tratamento de 
doenças; 
 Orientar imunização; 
 Cuidado de higiene; 
 Prevenção de lesões não 
intencionais (lugares altos; 
objetos no berço; andadores); 
 Vigilância do crescimento e 
desenvolvimento. 
Crescimento: 
 Aumento do tamanho corporal 
devido ao aumento do número e 
do volume das células; 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
 Indicador de saúde da criança 
 Fatores influenciadores: intrínsecos e 
extrínsecos. 
Desenvolvimento: 
Capacidade de adquirir novas habilidades. 
Cuidados para o crescimento e 
desenvolvimento adequados: 
 PN: Acompanhamento adequado no 
PN e avaliar as condições de saúde do 
feto; 
 Perinatais: tipo e condição do parto. 
Vitalidade do RN (Apgar); 
infecções/incompatibilidade 
sanguínea; alojamento conjunto (fortalece o vínculo materno infantil); realização da triagem 
neonatal hospitalar (teste do olhinho, oximetria de pulso, teste da orelhinha e da linguinha). 
 Pós-natais: triagem neonatal bioquímica (teste do pezinho) 3° ao 7° dia; avaliar situações de 
vulnerabilidade. 
Avaliação do crescimento: 
 Peso, estatura, perímetro cefálico (0 a 2 anos) e IMC relacionados a idade; 
 Curvas da OMS para registro e acompanhamento do crescimento da criança. 
 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Desenvolvimento: 
Possui 4 áreas: 
 Maturativo: amadurecimento do sistema nervoso: 
 Motor; 
 Social; 
 Psíquico. 
Obesidade infantil 
A obesidade pode ser definida e classificada como acúmulo de tecido gorduroso, localizado em todo o 
corpo. 
Pode ser causada por alterações genéticas, endócrino, metabólicas ou por alterações nutricionais. Pode 
ter início em qualquer época. 
Método de avaliação: IMC 
 Adulto: valor definido. 
 Criança: utiliza-se gráficos, presentes nas cadernetas.A obesidade infantil é atualmente uma das 
formas mais comuns de patologia da nutrição. 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
É maior nas classes menores devido à menor disponibilidade de alimentos saudáveis e maior acesso 
aos alimentos ultra processados. 
75% das crianças acima do peso possui mais chance de serem adolescentes obesos; e 89% dos 
adolescentes obesos tem chance de serem adultos obesos. 
Alguns fatores para obesidade: 
 Mudança no panorama nutricional da população brasileira, que vive em processo de transição 
nutricional, problema este atribuído, principalmente aos hábitos alimentares inadequados e ao 
sedentarismo; 
 Aumento do consumo de alimentos industrializados/ultra processados; 
 Tipo de alimentação implementada no 1° ano de vida e o hábito alimentar familiar. 
 Alimentos com alto teor de gordura, sódio e doces são ofertados como “agrado” ou recompensa 
para as crianças, enquanto os alimentos saudáveis são forçados a ingestão, causando recusa, na 
maioria das vezes; 
 Diminuição de atividade física; 
 Maior exposição às telas; 
 Falta de tempo e vida corrida dos pais, o que facilita os fast foods. 
Categoria dos alimentos: 
 In natura ou mini processados 
 Temperos e preparos 
 Processados 
 Ultra processados: possuem composição nutricional desbalanceada e são pobres em vitaminas, 
fibras e minerais. Por isso, favorecem o consumo excessivo de calorias. 
Bases para uma alimentação saudável: 
 Os alimentos in natura precisam ser a base da alimentação 
 Utilizar óleos, sal e gordura minimamente 
 Limitar o consumo de alimentos processados e ultra processados 
Consequências da obesidade infantil: 
 Psicossocial; 
 Gastrointestinal; 
 Pulmonar; 
 Renal; 
 Muscoloesqueléticos; 
 Cardiovascular; 
 Endócrino; 
 Hérnia; 
 Incontinência urinária 
 
 
 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança (PAISC) 
Diretrizes: 
 
Eixos estratégicos: 
 
Testes universais: 
 Teste do pezinho; 
 Teste da Orelhinha; 
 Teste do olhinho; 
 Teste do coraçãozinho. 
Organização da atençãp à saúde da criança: 
 Saúde da criança na AB; 
 Programa Nacional de Imunnização; 
 PSE; 
 Atenção à saúde bucal; 
 Rede Cegonha; 
 Atenção psicossocial; 
 Atenção às doenças crônicas, etc. 
Saúde do escolar 
 
PSE 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
O Programa Saúde na Escola (PSE) visa à integração e articulação permanente da educação e da saúde, 
proporcionando melhoria da qualidade de vida da população brasileira. Tem como objetivo contribuir 
para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, 
com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de 
crianças e jovens da rede pública de ensino. 
O atendimento é feito pela Equipe Saúde da Família. 
SPE 
O Projeto “Saúde e Prevenção nas Escolas” levam em consideração a importância das ações em saúde 
sexual e saúde reprodutiva realizadas nas diferentes regiões do País, assumindo que essa riqueza de 
experiências deve ser valorizada e potencializada quando da implementação do projeto. 
Finalidades: 
 Incentivar o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a promoção da saúde sexual e 
saúde reprodutiva, com a redução da incidência ISTs/HIV. 
 Ampliar parcerias entre escola, instituições governamentais ou não governamentais visando a 
formação integral do educando. 
 Fomentar a participação juvenil para que adolescentes e jovens possam atuar como sujeitos 
transformadores da realidade. 
 Formação continuada para profissionais de educação e saúde para responder às diferentes 
situações relacionadas à vivência da sexualidade no cotidiano dos adolescentes e jovens 
escolarizados. 
Atividades Desenvolvidas: 
 Avaliação antropométrica de crianças e 
adolescentes; 
 Avaliação da acuidade visual; 
 Avaliação da PA/Glicemia; 
 Calendário de vacinação; 
 Atividade educativa sobre diversas 
temáticas; 
 Educação em saúde bucal; 
 Avaliação psicológica. 
Arboviroses 
Arboviroses são doenças virais causadas pelos arbovírus, que incluem o vírus da dengue, zika, 
chikungunya e febre amarela. 
A classificação “arbovírus” engloba todos aqueles transmitidos por artrópodes. 
Existem três tipos de arbovírus: 
 Flavivírus: inclui as doenças do Aedes 
 Togavírus. 
 Bunyavírus. 
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Ana Clara Silva Freitas 
O clima quente, chuva, acúmulo de água são focos para a larva da dengue começar a se manifestar. 
Ciclo evolutivo: 
 Ovo: é extremamente resistente e pode sobreviver vários meses até a chegada de água para 
incubação. 
 Larva: se desenvolvem em água parada, limpa ou suja. 
 Pupa 
Adulto: dura de 45 a 60 dias. Possui um tamanho de 0,5 cm 
 
Diagnóstico e manejo clínico da dengue 
Todo paciente que apresenta doença febril aguda com duração máxima de 7 dias. Acompanhada de pelo 
menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia, dor retro orbitária, mialgia, artralgia, prostação ou 
exantema associada ou não à presença de hemorragia. 
Caso suspeito de dengue: 
Todo paciente que apresente doença febril aguda com duração máxima de até 7 dias, acompanhada de 
pelo menos dois dosseguintes sintomas: cefaleia; dor retro orbitrária; mialgia; artralgia; prostação ou 
exantemas associados ou não à presença de hemorragias. Além desses sintomas, deve ter estado, nos 
últimos 15 dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença do mosquito 
transmissor. 
Sinais de alerta: 
 
 
Highlight
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Anamnese: 
A história clínica deve ser o mais detalhada possível e os itens abaixo devem constar em prontuário: 
 
 
Exame físico: 
Geral: 
 Ectoscopia; 
 PA e pulso em duas posições 
(sentado/deitado e em pé); 
 Temperatura; 
 Ritmo respiratório; 
 Hidratação. 
Específico: 
 Pele: manifestações hemorrágicas, turgor, coloração; 
 Segmento torácico: pesquisa de derrame pleural/pericárdico; 
 Segmento abdominal: pesquisa de hepatomegalia, dor e ascite; 
 Neurológico: orientado pela história clínica, nível de consciência, sinais de irritação meníngea; 
 Prova de laço. 
 
OBS: garrotear em crianças por 3 min, em adultos por 5 min. Positivo pra criança: mais de 10 
petéquenias, em adulto: mais de 20 petéquias. 
Highlight
Highlight
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Diagnóstico diferencial: 
Considerando que a dengue tem amplo espectro clínico, as principais doenças que fazem diagnóstico 
diferencial são: 
 Influenza; 
 Rubéola; 
 Outras doenças enxantemáticas, ex.:malária, febre amarela, etc. 
Estadiamento e tratamento: 
O manejo adequado dos pacientes depende do reconhecimento precoce de sinais de alerta, do contínuo 
monitoramento precoce de sinais de alerta, do contínuo monitoramento e re-estadiamento dos casos e 
da pronta reposição hídrica. Com isso, torna-se necessária a revisão da história clínica, acompanhada 
do exame físico completo à cada reavaliação do paciente, com o devido registro em instrumentos 
pertinentes (prontuários, ficha de atendimento, cartão de acompanhamento). 
Não há tratamento específico para a dengue, o que o torna eminentemente sintomático ou preventivo 
das possíveis complicações. As drogas antivirais, o interferon alfa e a gamaglobulina, testados até o 
momento, não apresentaram resultados satisfatórios que subsidiem sua indicação terapêutica. 
OBS: os sinais de alerta e agravamento do quadro costumam ocorrer na fase de remissão da febre. 
Grupo A 
Conduta: 
Esses pacientes devem ser atendidos preferencialmente nas unidades de atenção básica. 
Conduta diagnóstica: 
 Exames específicos 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
o A confirmação laboratorial é orientada de acordo com a situação epidemiológica e em 
casos suspeitos; 
o Solicitar sempre em gestantes (diagnóstico diferencial com rubéola) 
 Exames inespecícos em casos especiais, ex.: HAS, diabete melito, doença severa dp sistema 
cardiovascular, etc. 
 Hematócrito, hemoglobina, plaquetas e leucograma. 
Conduta terapêutica: 
 Hidratação oral; 
 Antitérmicos e analgésicos: 
o O uso de antitérmicos é recomendado para todos os pacientes com febre, principalmente 
para crianças menores de 2 anos que tenham risco de convulsões; 
o Dipirona: 
 Crianças: 1 gota/kg atpe 6/6 h (respeitar dose máxima para peso e idade); 
 Adultos: 20 a 40 gotas ou 1 comprimido (500 mg) até de 6/6 h; 
o Paracetamol: 
 Crianças: 1 gota/kg atpe 6/6 h (respeitar dose máxima para peso e idade); 
 Adultos: 20 a 40 gotas ou 1 comprimido (500 a 750 mg) até de 6/6 h. 
o Antieméticos: 
 Metoclopramida 
 Crianças: 1 gota/kg até 8/8 h; 
 Adultos: 1 comprimido de 10 mg até de 8/8 h; 
 Bromoprida 
 Crianças: 1 gota/kg até de 8/8 h; 
 Adultos: 1 comprimido de 10 mg até de 8/8 h. 
 Alizaprida 
 Crianças: 4 gotas/kg até de 8/8 h; 
 Adultos: 1 comprimido de 50 mg até de 8/8 h. 
o Antipruriginosos: o prurido na dengue pode ser extremamente incômodo, mas é 
autolimitado, durando em torno de 36 a 48 h. a resposta terapêutica antipruginosa usual 
nem sempre é satisfatória, mas podem ser utilizadas as medidas abaixo: 
 Medidas tópicas; 
 Dexclorfeniramina; 
 Cetirizina; 
 Laratadina. 
 Em pacientes de risco em que não há resposta satisfatória à terapia antitérmica, pode-se utilizar 
dipirona e paracetamol alternadamente a cada 4 h. 
 Os salicilatos não devem ser administrados, pois podem causar sangramento e acidose 
metabólica; 
 Drogas hepatotóxicas devem ser evitadas. 
 
 
 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Grupo B 
Caracterização: 
 
Conduta: 
Esses pacientes devem ser atendidos nas unidades de atenção básica, podendo necessitar de leito de 
observação, na dependência da evolução. 
Conduta diagnóstica: 
 Exames específicos: obrigatório; 
 Exames inespecíficos: coleta e resultado 
no mesmo dia. Obrigatório para todos os 
pacientes do grupo; 
 Hematócrito, hemoglobina, plaquetas 
e leucograma. 
Conduta terapêutica: 
 Hidratação oral conforme orientado para o grupo A, até o resultado do exame; 
 Sintomáticos: analgésicos e antitérmicos; 
 Seguir conduta conforme resultados dos exames inespecíficos: 
1. Paciente com hemograma normal: tratamento em regime ambulatorial, como grupo A; 
2. Hematócrito aumentado em até 10% acima do valor basal: 
o Tratamento ambulatorial: hidratação oral rigorosa; 
o Orientar sobre sinais de alerta; 
o Retorno para reavaliação clínico laboratorial em 24 h e re-estadiamento. 
3. Hematócrito aumentado em mais de 10% acima do valor basal: 
o Leito de observação em unidade ambulatorial; 
o Hidratação oral supervisionada ou parenteral; 
o Reavaliação clínico-laboratorial em 24 h. 
Grupo C e D 
Caracterização: 
 
Conduta: 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Esses pacientes devem ser atendidos inicialmente em qualquer nível de complexidade, sendo 
obrigatório início de hidratação venosa até sua transferência para unidade de referência, se houver 
necessidade. 
Conduta diagnóstica: 
 Exames específicos: obrigatório; 
 Exames inespecíficos (hematócrito, hemoglobina, plaquetas, leucograma): conforme necessário. 
Grupo C: paciente sem hipotensão: 
 Leito de observação em unidade com capacidade de realizar hidratação venosa sob supervisão 
médica, por no mínimo 24 h; 
 Hidratação EV imediata: 25 mL/kg em 4 h, sendo 1/3 deste volume na forma de solução salina 
isotônica; 
 Sintomáticos; 
 Reavaliação clínica e de hematócrito após 4 h e de plaquetas após 12 h. 
 Crianças: 
o Fase de expansão: soro fisiológico ou ringer lactato; 
o Fase de manutenção: necessidade hídrica basal, segundo regra de Holliday-Segar 
Quatro graus de FHD: 
Grau 1: 
o Febre e sintomas gerais não específicos; 
o Prova de laço positiva é apenas uma manifestação hemorrágica. 
Grau 2: 
o Manifestação do grau 1+ sangramento espontâneo. 
Grau 3: 
o Sinais de insuficiência circulatória (pulso rápido/fraco, hipotensão, pele fria/úmida) 
Grau 4: 
o Choque profundo (pulso e pressão sanguínea imperceptíveis) 
Critérios para alta hospitalar: 
1. Ausência de febre durante 24 h, sem uso de terapia antitérmica; 
2. Melhora visível do quadro clínico; 
3. Hematócrito normal e estável por 24 h; 
4. Plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm3; 
5. Estabilização hemodinâmica durante 24 h; 
6. Derrames cavitários em reabsorção e sem repercussão clínica. 
 
 
 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Zika 
Sintomas: 
 Febre, entre 37,8°C e 38,5°C 
 Dor nas articulações, principalmente das 
mãoes e pés; 
 Dor nos músculos do corpo; 
 Dor de cabeça, que se localiza principalmente 
atrás dos olhos; 
 Caracterizada por exantema e prurido. 
 Complicações: 
 Síndrome de Guillain-Barré; 
 Mielite transversa; 
 Meningite. 
 A associação do ZIKA com o DEN em um mesmo indivíduo pode levar a complicações neurológicas 
e autoimunes. 
 Quadro comparativo entre as arboviroses: 
 
Diagnóstico laboratorial 
 As manifestações clínicas da DEN, ZIKA e CHIK, na maioria dos casos, se apresentam de forma muito 
parecida, dificultando o diagnóstico clínico diferencial entre estas três arboviroses.Desta forma, os 
exames complementares são impresindíveis para determinação de um diagnóstico conclusivo; 
 O diagnóstico definitivo das infecções por DEN, CHIK e ZIKA é realizado com a detecção viral por 
meio da reação em cadeia da polimerase por transcriptase reversa (RT-PCR) durante a fase aguda 
da infecção, que ocorre desde o primeiro até o quinto dia do início dos sintomas; 
 A confirmação laboratorial da etiologia viral para as três condições exantematosas tem sido 
realizada por meio de teste sorológico específico (ELISA) para cada vírus. Esse teste é preconizado 
a partir do 6º dia de infecção, após o estabelecimento do quadro clínico (fase de coalescência); 
 A soroconversão para IgM determina a viremia e caracteriza a fase aguda da infecção. Quando 
observada, a presença de IgG no soro paciente é considerada uma evidência definitiva de infecção, 
e quando elevada, indica que houve uma infecção prévia; 
 Devido à reação cruzada do vírus da dengue com outros flavivírus, como o ZIKA, os resultados 
sorológicos não apresentam uma sensibilidade confiável, enfatizando a necessidade de se priorizar 
o diagnóstico diferencial na fase aguda da doença; 
 Multiplex PCR-RT em tempo real: permite detectar simultaneamente a presença dos vírus da DEN, 
CHIK e ZIKA, sendo esta técnica, atualmente, considerada como padrão “ouro” para o diagnóstico 
destas arboviroses. 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
 
Terapêutica 
Apesar da sintomatologia ser parecida em DEN, CHIK e ZIKA, o tratamento será de acordo com a 
evolução e prognóstico do indivíduo. De um modo geral, é realizada a conduta de hidratação e repouso, 
porém, para os casos de dor e febre, é desaconselhável o uso ou indicação de anti-inflamatórios não 
esteroides em função do risco aumentado de complicações hemorrágicas. 
Além disso, até o momento, não há tratamento antiviral específico para essas arboviroses. O fármaco 
de escolha é o paracetamol, podendo ser utilizada a dipirona para alívio da dor e febre. 
O paracetamol deve ser usado com cautela, principalmente em pessoas com doenças hepáticas. Nos 
casos da dor refratária à dipirona e ao paracetamol, podem ser utilizados os analgésicos opioides como 
cloridrato de tramadol e codeína, esta última pode ser associada à dipirona e ao paracetamol nos casos 
de dor não responsiva à monoterapia. 
O tramadol está indicado para dor moderada a intensa que não tenha respondido ao uso da 
dipirona, paracetamol ou associação com codeína, que deve ser usado com cautela em idosos, pacientes 
com histórico de convulsões, doença hepática e renal. 
Deve-se evitar aspirina no tratamento da dengue clássica, porque ela exacerba as manifestações 
hemorrágicas. 
Prevenção e controle 
Levando em consideração que ainda não se tem vacina disponível e medicamentos eficazes contra estas 
arboviroses, as recomendações preconizadas pelo Ministério da Saúde se restringem, principalmente, 
a ações de combate aos vetores intradomiciliares, eliminando os possíveis criadouros. Roupas que 
minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam 
alguma proteção às picadas e devem ser adotadas, principalmente durante os surtos. Os repelentes e 
inseticidas devem ser usados, seguindo as instruções do fabricante. Mosquiteiros proporcionam boa 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
proteção, especialmente para aqueles que dormem durante o dia (bebês, pessoas acamadas e 
trabalhadores noturnos). 
Chikungunya 
 Possui três fases: 
 Aguda: febre de início súbito e surgimento de intensa 
poliartralgia, geralmente acompanhada de dores nas costas, 
rash cutâneo (presente em mais de 50% dos casos) cefaleia 
e fadiga, com duração média de sete dias. 
 Subaguda: Durante esta fase a febre normalmente 
desaparece, podendo haver persistência ou agravamento da 
artralgia, incluindo poliartrite distal, exacerbação da dor 
articular nas regiões previamente acometidas na primeira fase e tenossinovite hipertrófica 
subaguda em mãos, mais frequentemente nas falanges, punhos e tornozelos 
 Crônica: Após a fase subaguda, alguns pacientes poderão ter persistência dos sintomas, 
principalmente dor articular e musculoesquelética e neuropática, sendo esta última muito 
frequente nesta fase. As manifestações tem comportamento flutuantes 
 Quadro sintomatológico: 
 Febre alta. 
 Exantema e artralgia; 
 Atinge pequenas e grandes articulações; 
 Cefaleia; 
 Calafrios; 
 Dor nas costas 
 Milagia; 
 Náuseas/vômitos; 
 São mais intensos nas crianças e nos 
idosos; 
 A infecção durante o parto não está 
relacionada à teratogenicidade, e há 
raros relatos de abortamento. Contudo, 
encefalite está relatada com maior 
frequência em recém-nascidos de mães 
com infecção recente com CHIK, no 
período intraparto. 
Exames laboratoriais: 
As alterações laboratoriais de chikungunya, durante a fase aguda, são inespecíficas. Leucopenia com 
linfopenia menor que 1.000 cels/mm3 é a observação mais frequente. A trombocitopenia inferior a 
100.000 cels/mm3 é rara. A velocidade de hemossedimentação e a Proteína C-Reativa encontram-se 
geralmente elevadas, podendo permanecer assim por algumas semanas. Outras alterações podem ser 
detectadas como elevação discreta das enzimas hepáticas, da creatinina e da creatinofosfoquinase 
(CPK). 
Na fase crônica é importante avaliar o paciente antes da introdução do metotrexato e da 
hidroxicoloroquina, nesta fase os seguintes exames são necessários: AgHBs , HBsAg, anti-HCV, anti-HIV, 
anti-CMV, toxoplasmose e Rx de tórax, entre outros. 
Diagnóstico laboratorial específico: 
O diagnóstico laboratorial da infecção pelo CHIKV pode ser realizado de forma direta, por meio do 
isolamento viral e da pesquisa do RNA viral em diferentes amostras clínicas, ou de forma indireta por 
intermédio da pesquisa de anticorpos específicos. 
 PCR;  ELISA. 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
Diagnóstico diferencial: 
 Malária; 
 Leptospirose; 
 Febre reumática; 
 Artrite séptica; 
 Zika; 
 Mayaro. 
Manejo clínico: 
O manejo do paciente com suspeita de chikungunya é diferenciado de acordo com a fase da doença: 
aguda, subaguda ou crônica . 
Diante de um caso suspeito, é importante utilizar a proposta de estadiamento clínico do fluxograma do 
paciente com suspeita de chikungunya. 
 
Na fase aguda de chikungunya, a maioria dos casos pode ser acompanhada ambulatorialmente. As 
unidades de Atenção Básica possuem papel primordial para avaliação e monitoramento desses doentes. 
Não há necessidade de acompanhamento diário da maioria dos pacientes, devendo estes serem 
orientados a retornar à unidade de saúde em caso de persistência da febre por mais de cinco dias, 
aparecimento de sinais de gravidade ou persistência dos danos articulares. 
Os pacientes de grupo de risco (gestantes, pacientes com comorbidades, idosos e menores de 2 anos de 
idade) também devem ser acompanhados ambulatorialmente; no entanto, esses pacientes necessitam 
de observação diferenciada nas unidades pelo risco de desenvolvimento das formas graves da doença, 
razão pela qual devem ser acompanhados diariamente até o desaparecimento da febre e ausência de 
sinais de gravidade. 
Sinais de gravidade: 
 Acometimento neurológico: sinais ou sintomas que possam indicar acometimento neurológico, 
incluindo irritabilidade, sonolência, dor de cabeça intensa e persistente, crises convulsivas e 
déficit de força (déficit de força pode estar relacionado também a miosite). 
 Dor torácica, palpitações e arritmias (taquicardia, bradicardia ou outras arritmias). 
 Dispneia, que pode significar acometimento cardíaco ou pulmonar por pneumonite ou 
decorrente de embolia secundária a trombose venosa profunda em pacientes com artralgia, 
edema e imobilidade significativa. 
PINESC V 
Ana Clara Silva Freitas 
 Redução de diurese ou elevação abrupta de ureia e creatinina. 
 Sinais de choque, instabilidade hemodinâmica. Vômitos persistentes. 
 Sangramento de mucosas. 
 Descompensação de doença de base. 
Conduta: 
Até o momento, não há 
tratamento antiviral específico 
para chikungunya. A terapia 
utilizada é de suporte 
sintomático, hidratação e 
repouso. 
Na dor de leve intensidade (EVA 
de 1 a 3) tanto a dipirona como 
o paracetamol são bons 
analgésicos quando utilizados 
nas doses e intervalos corretos. 
A dipirona vem sendo prescrita 
nas doses de 30 a 50 mg/kg/dose 
em intervalos fixos de 6 horas. Em 
um adulto habitualmente é 
recomendada a dose de 1 g a 
intervalos fixos de 6 horas. O 
paracetamol pode ser prescrito 
em doses de 500 mg a 750 mg via 
oral com intervalos de 4 a 6 horas, 
não devendo a dose diária total 
ultrapassar as 4 g pelo risco de 
hepatotoxicidade. 
Nos casos de dor moderada (EVA de 4 a 6) as duas drogas devem ser prescritas conjuntamente, 
sempre em horários fixos intercalados a cada 3 horas, em horários alternados (o paciente 
tomará uma dose analgésica a cada 3 horas). 
Alguns pacientes com dor moderada a intensa (EVA ≥4), persistente, poliarticular ou incapacitante, 
podem necessitar de medicações por via intravenosa (IV) em unidade de pronto atendimento ou serviço 
de urgência. 
Persistindo a dor, pode-se administrar tramadol 100 mg IV diluído em 100 ml de soro fisiológico, 
infundido em 20 minutos. Em virtude da presença de náusea associada ao tramadol, que também pode 
estar presente decorrente do quadro infeccioso, deve-se administrar 10 mg de bromoprida diluído em 
8 ml de água destilada, lento, em bolus. Em caso de alergia a dipirona, o tramadol será a droga de 
escolha. 
OBS: Nãou tilizar AINES na fase aguda pelo risco de hemorragia.

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