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Ana Maura Melo T7 B – 4º período Misco IV Roteiro da consulta: ➝ Visita domiciliar para a família e RN ↳ Pontos principais: - Desenvolvimento da parentalidade; - Melhoria de comportamentos; - Melhoria de desenvolvimento cognitivo (prematuros e baixo peso); - Redução de lesões intencionais; - Melhoria da detecção e manejo de DPP; - Melhoria na amamentação. ↳ Sinais de perigo: - Recusa alimentar (não bebe ou mama); - Vômitos importantes (vomita tudo que ingere); - Convulsões ou apneia (+/- 20 segundos sem respirar); - FC < 100 bpm ou respiração rápida (>60 rpm); - Letargia ou inconsciência ou atividade reduzida; - Febre (37,5ºC ou +) ou hipotermia (<35,5ºC) - Tiragem subcostal e/ou batimentos de asas do nariz; - Cianose generalizada ou palidez importante; - Icterícia visível (abaixo do umbigo ou nas primeiras 24 horas de vida); - Gemidos; - Fontanela abaulada; - Secreção purulenta do ouvido; - Umbigo hiperemiado (estende à pele da parede abdominal) e/ou com secreção purulenta (onfalite); - Pústulas na pele (muita e extensas); - Irritabilidade ou dor à manipulação. PUERICULTURA Ana Maura Melo T7 B – 4º período 1. Anamnese 2. Exame físico completo 3. Avaliações e orientações - Avaliar a presença de situações de saúde do RN; - Avaliar e orientar sobre sinais de perigo e encaminhamentos; - Promover o apoio ao aleitamento materno e fortalecimento de vínculos; - Orientar sobre os cuidados com o RN; - Prevenção de acidentes; - Realização do Teste do Pezinho; - Orientações sobre o calendário de imunizações; - Combinar calendário de consultas. Roteiros das consultas subsequentes: ➝ Frequência das consultas por faixa etária - 0 a 1 ano: 1ª semana de vida 1º, 2º, 4º, 6º, 9º e 12º mês de vida. - 2º ano de vida: 18º e no 24º mês de vida. - A partir do 2º ano de vida: Consultas anuais, próximas ao mês de aniversário da criança. * Essas faixas etárias foram selecionadas porque representam momentos de oferta de imunizações e orientação. No entanto, as crianças que necessitam de maior atenção devem ser vistas com mais frequência. ➝ Anamnese: - Perguntas abertas facilitam a compreensão dos motivos para a consulta: “O que você gostaria de me contar hoje?” “Ocorreu alguma mudança importante na família desde a nossa última consulta?” “Existe algo no comportamento do fulano que os preocupa?” - Evitar abordagens intrusivas ou interpretativas que não propiciem a descrição natural dos fatos: “Ele está dormindo mal?” “Por que você não o trouxe antes?” - É importante saber ouvir, ter empatia, demonstrar interesse, valorizar questionamentos, informar claramente, Ana Maura Melo T7 B – 4º período certificar-se de ter sido entendido (a), resumir o que foi combinado até a próxima consulta. ➝ Exame físico: ↳ Procedimentos específicos que merecem discussão: - Dados antropométricos: peso, estatura, comprimento, perímetro cefálico e IMC. - Rastreamento para displasia evolutiva do quadril: é fundamental que o diagnóstico seja feito antes dos 3 a 6 meses, para a escolha de tratamentos menos invasivos e com menores riscos de complicações. Manobra de Barlow: provocativa de deslocamento. Manobra de Ortolani: redução. 15, 30 e 60 dias de vida. Rastreamento após 3 meses deverá ser feito nas consultas de 4, 6, 9 e 12 meses. Deverá ser observada a limitação da abdução dos quadris e o encurtamento de um dos membros inferiores. Rastreamento quando a criança começa a deambular é feito na consulta de 12 ou 18 meses. A observação da marcha é o exame de escolha. As crianças acometidas pela displasia possuem ainda teste de Trendelenburg positivo, marcha anserina e hiperlordose lombar. ↳ Teste de Trendelenburg: é destinado para avaliar a força muscular do glúteo médio. O terapeuta deve ficar posicionado atrás do paciente, observando as cristas ilíacas supero- posteriores e pedir para que o paciente sustente o peso em uma perna. Em um teste normal, as cristas ilíacas ficam niveladas. Em um positivo, a pelve do lado que não sustenta o corpo se abaixa, mostrando que o glúteo médio do lado oposto está hipotônico ou não funcionante. ↳ Marcha Anserina ↳ Hiperlordose lombar - Desvios da coluna: - Frequência cardíaca: Ana Maura Melo T7 B – 4º período - Frequência respiratória: - Avaliação da visão: O teste do reflexo vermelho deve ser realizado na 1ª consulta e repetido aos 4, 6 e 12 meses e na consulta dos 2 anos de idade. O teste da cobertura para avaliar estrabismo deve ser realizado a partir dos 4 meses. Utiliza-se um oclusor colocado entre 10 a 15 cm de um dos olhos da criança, atraindo a atenção do olho descoberto com uma fonte luminosa. Quando se descobre o olho tampado, observa-se ele se movimentando em direção a luz. O teste de Hirscheberg é usado para diagnosticar estrabismo. Coloca-se um foca de luz há 40 cm da raiz nasal, observando-se o reflexo nas pupilas. Qualquer desvio do reflexo do centro da pupila é manifestação clínica de estrabismo. Esses 2 testes para diagnóstico de estrabismo devem ser realizados nas consultas de 4, 6 e 12 meses. A partir dos 3 anos de idade, está indicada a triagem de acuidade visual usando-se tabelas de letras ou figuras. Ana Maura Melo T7 B – 4º período Crianças que precisam de encaminhamento ao oftalmologista: crianças de 3 a 5 anos que tenham acuidade inferior a 20/40 ou diferença de duas linhas entre os olhos. Crianças de 6 anos ou mais que tenham acuidade inferior a 20/39 ou diferença de duas linhas entre os olhos. - Aferição da P.A.: a recomendação é de que seja feita a partir dos 3 anos nas consultas de rotina. Sugere-se que faça uma aos 3 anos e outra no início da idade escolar (6 anos). Média das 2 últimas de 3 aferições de P.A. na consulta Definição P.A. sistólica e diastólica < percentil 90 Normal P.A. sistólica média e/ou diastólica média entre o percentil 90 e 95. Normal alta P.A. sistólica média e/ou diastólica média > percentil 95 Ala ou hipertensão arterial - Rastreamento para criptorquidia: se os testículos não forem palpáveis na 1ª consulta ou forem retráteis, o rastreamento deve ser realizado nas visitas rotineiras de puericultura. A migração espontânea dos testículos ocorre geralmente nos 3 primeiros meses de vida e raramente após os 6 a 9 meses. Se aos 6 meses os testículos não forem palpáveis no saco escrotal será necessário encaminhamento. Se forem retráteis, monitorar a cada 6 a 12 meses, entre os 4 e 10 anos de idade. Pode ocorrer de a criança crescer mais rápido do que o cordão espermático e nessa faixa etária, os testículos saem da bolsa escrotal. - Aconselhamento antecipado: Posição para dormir; Prevenção de infecção viral respiratória; Aconselhamento para realizar atividade física; Aconselhamento para a não ingestão de bebidas alcoólicas; Aconselhamento em relação aos hábitos alimentares; Aconselhamento e prevenção de lesões não intencionais.