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INSTALAÇÕES - Confinamento dos animais para diminuir os problemas desses no ambiente: → Alta incidência de radiação solar; → Alta umidade relativa do ar; → Elevadas temperaturas; → Metabolismo acelerado (alta produção de calor corporal). - Instalações projetadas em função das necessidades do animal e da interação com o meio ambiente e com o homem. AS INSTALAÇÕES DEVEM: - Ser confortáveis; - Apresentar espaços para repouso, exercício e circulação; - Ser amplas, arejadas e de fácil higienização; - Atender as legislações relativas ao meio ambiente, controle sanitário e segurança; - Eficientes na movimentação, alimentação, manejo dejetos; - Ser economicamente viáveis. SISTEMAS DE PRODUÇÃO EXTENSIVO - Sistema extrativista > não tem entrada de quase nada, só retira o que há no ambiente e na natureza; - Poucos investimentos; - Ordenha é feita num curral rústico; - Animal em pastos cercados, sem divisão em piquetes; - Comedouro/saleiro e bebedouros; - Necessidade de bezerreiro. SEMI-INTENSIVO - Rústicos, mas funcionais; - Investimentos modestos e funcionais; - Instalações para conservação dos alimentos; - Capineiras, curral de alimentação; - Bezerreiro; - Mecanização da ordenha; - Manejo de pastagens, com delimitação de piquetes (controla o próprio pasto), com bebedouros; - Manejo de dejetos; - Suplementação dos animais (com concentrado/volumoso). INTENSIVO - Maiores investimentos; - Maior nível de produção com manejo extremamente controlado; - Para ser intensivo não precisa ser confinado. INSTALAÇÕES PARA PRODUZIR LEITE - Sala de ordenha/sala de leite (resfriamento); - Pista de alimentação > pasto por si só não é suficiente; - Área para descanso; - Armazenamento de alimentos; - Armazenamento de esterco > manejo de dejetos. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE AS CONSTRUÇÕES PISO: - Concreto ou chão batido; - Ripado > madeira com espaço para que fezes e urina caiam para um local de armazenamento > não funciona na prática, apenas para bezerros; - 10cm de espessura e inclinação de 1% no sentido do comprimento > ajuda a escoar a água; - Ranhuras superficiais a cada 5-7cm com 2x2 cm. COMEDOUROS: - Superfície lisa, cantos redondos, drenos; - Declive de 1% no sentido do comprimento; - Espaço de cocho de 60 a 80cm por animal; - Cobertura > altura média de 1,80m > projetada pensando no trânsito de veículos; - Contenção acima do cocho (1,40m acima do piso); - Cocho direto na pista > 8 a 15cm acima dos pés dos animais. BEBEDOUROS: - Disponibilizar de 40-60L de água por bovino adulto/dia; - 10 a 15cm lineares/vaca; - Altura de 60 a 75cm e o comprimento de acordo com o formato volume de água necessário; - Piso de concreto com 1,8m de largura em torno dos bebedouros. CORREDORES: - Permitir menores distâncias e favorecer o fluxo de animais, pessoas e equipamentos; - Evitar acúmulo de barro; - Devem ser largos (até 10-12m). COBERTURA DO GALPÃO: - Pé direito 3m, no mínimo > favorece a ventilação; - Inclinação de 30%; - Lanternim: abertura no telhado (facilita saída ar quente); - Beiral; - Alta pluviosidade: usar pé direito mais baixo ou aumentar beirais em 3 a 4cm; - Telhado de 2 águas. Abertura com 10% da largura e sobreposição de telhado com 5% (da largura). PIQUETES: - Área de 50m²/animal + comedouros e bebedouros; - Declividade; - Dispor de sombra; - Cochos devem ser construídos na parte alta do terreno. PLANEJAMENTO DAS INSTALAÇÕES - Metas e objetivos; - Sistema de criação; - Características dos animais; - Distribuição dos prédios; - Durabilidade da construção; - Intensidade de mecanização prevista; - Quantidade e qualidade da mão-de-obra. - Área/animal; - Ventilação/aeração; - Iluminação; - Higiene; - Segurança e conforto para os colaboradores. LOCALIZAÇÃO: - Boa drenagem e firme; - Região mais alta do terreno > evita formação de barro; - Levemente inclinado – 1 a 3%; - Ensolarado e protegido contra ventos frios; - Abastecimento de energia elétrica e água de boa qualidade; - Vias de acesso; - Permitir ampliações e distribuição racional das instalações. ORIENTAÇÃO: - Sentido leste-oeste. VENTILAÇÃO/AERAÇÃO: SOMBREAMENTO: - Galpões altos, geralmente é difícil ter sombreamento. INSTALAÇÕES NOS SISTEMAS A PASTO - Centro de manejo ou curral de alimentação > 60 a 80 m2 por animal; - Pastos divididos em piquetes com áreas de descanso; - Sombra: → Árvores; → Sombrite 4m² por vaca e pé-direito de 4m. INSTALAÇÕES NOS SISTEMAS CONFINADOS - Exploração do máximo potencial genético > condições ideais de manejo; - Custo elevado; - Animais com alta produtividade e persistência de lactação; - Maior risco de contaminações dos animais. TIPOS DE CONFINAMENTO: - Free stall; - Tie stall; - Loose housing; - Compost barn. - Independentemente do tipo de instalação de confinamento utilizada, sempre haverá vantagens e desvantagens. Free stall: - Mais utilizada no Brasil > e nos EUA; - Facilidade de limpeza e manejo dos animais; - Requer menor área; - Necessita de menos mão de obra; - Quando bem dimensionado: proporciona conforto; - Melhoria na limpeza das vacas e qualidade do leite > menos susceptíveis a terem mastite; - Menores riscos > é caro, mas compensa se bem-feito; - Automação > na limpeza, resfriamento, alimentação etc. Piso de concreto, com frizos (para vacas não escorregarem), divisão das camas. Não está adequado, pois sobra espaço para vaca defecar e sujar a cama. Principal característica do Free stall. R: Baias individuais, galpões divididos em lotes, com um conjunto de camas coletivas. Alojamento é coletivo, mas área de descanso é individualizado. Divisória permite que as vacas não deitem tortas. - Camas do Free stall precisam ser dimensionadas de acordo com o tamanho do animal; - Necessário ter contenção de pescoço para vaca não pixar no coxo de alimentação; - Espaço deve ter de 60 a 80cm para as vacas não estiverem em um local apertado; - Causas de estresse: superlotação, dimensionamento errado etc. Cama precisa ter inclinação para que a água absorvida seja escorrida. Mureta faz divisão do corredor com a cama. Divisória importante, pois impede que o animal se deite de lado e ocupe duas camas. Barra para o pescoço impede que a vaca se aproxime demais e se deite muito para frente. Espaço livre importante para permitir que a vaca faça o movimento natural na hora de se deitar. Relação peso x espaço ideal para o animal. Média do tempo gasto para a posição deitada, de pé com as pernas da frente na baia, em pé fora da baia, tempo que permanecem deitadas após a ordenha e o número de deslocamentos dentro do free stall. - O ideal é que tenha 10% a mais de cama do que vacas. - Tipos de cama: → Colchão: impermeável, preenchido com areia, raspa de pneu > é caro, quente e de difícil limpeza; → Areia: barato, fácil de limpar, é fresca > tipo de cama mais utilizada - Formas de limpeza: → Lavagem flushing: reaproveitamento da água; → Scrasher: limpador > não fica úmido. Tie stall: - Área muito restrita; - Preso pelo pescoço > animal não consegue se movimentar; - Consumo individualizado > consegue contabilizar; - Possibilidade de ordenhar na própria instalação. Loose housing: - Não é muito utilizado > cama em conjunto - Maior conforto; - Manejo da cama - Clima mais seco. Compost barn: - Dimensionamento e detalhes construtivos; - Densidade animal; - Material e manejo da cama; - Camas feitas de compostagem por microrganismos aeróbicos; - Maior conforto; - Livre movimentação; - Obrigatório uso de sistema de ventilação > seca a cama e tira o excesso de calor Parede impede que vacas transitem de um lado para o outro o tempo todo. - 8 a 17m2 por animal; - Manejo da cama: → 0,5 a 0,6 m de cama para início; → Nova cama (5 a 20cm) quando começar a acumular umidade; → Limpeza dostall (1 a 2 x por ano) > retira tudo e começa de novo. - Aeração: → Ordenha; → Cultivador, sub-solador, enxada rotativa; → 25-30cm. - Não retira sujidades, apenas revira e mistura fezes com urina e serragem; - Temperatura: 43 a 65ºC; - Umidade: 45 a 55%; - Avaliar maciez; - Avaliar distribuição das vacas; - Avaliar sujeira nas vacas; - CCS ou mastite subclínica. Dry lot: - Ar livre. INSTALAÇÕES PARA BOVINOS LEITEIROS BEZERREIRO - Ventilação; - Isolamento; - Conforto térmico, físico; - Economia; - Tipos: coletivo e individual. BEZERREIRO COLETIVO: - Socialização; - Expressão comportamento natural; - Transmissão de doenças; - Não há controle individual do consumo de concentrado; - Galpão aberto ou fechado, usar cama; - Superlotação. BEZERREIRO INDIVIDUAL: - Baias e gaiolas; - Abrigos individuais > casinha tropical; - Sistema de estacas; - Sistemas argentino. MATERNIDADE E ENFERMARIA - Piquete; - Instalações confortáveis; - Fácil acesso de comedouros e bebedouros; - Locais de fácil visualização. SALA DE ESPERA - Anexa à sala de ordenha; - Reunir as vacas antes da ordenha; - Conforto. SALA DE ORDENHA - Conforto para o ordenhador; - Plana; - Fosso – 1,8m de largura e profundidade de 0,9 > ordenhador fica na mesma altura do úbere da vaca; - Pé-direito mínimo de 3m. Fosso. ORDENHA BALDE AO PÉ: Ordenha balde ao pé. É mecanizada, mas não é canalizada. - Oferecimento de concentrado no momento da ordenha estimula a descida do leite pelo cheiro, sabor etc., além de facilitar na hora de alimentar. ORDENHA ESPINHA DE PEIXE: Coloca mais vacas em um espaço menor. ORDENHA TANDEM: Pode ter bezerro ao pé. ORDENHA LADO A LADO: Vacas de costas para o Fosso. Ordenhador acessa o úbere por trás. ORDENHA CARROSSEL: Formato circular, gira lentamente. ORDENHA ROBOTIZADA: Vaca entra por vontade própria, incentivada por algum motivo (oferecimento de concentrado, obrigada a chegar a cama ou ao coxo). SALA DE LEITE E SALA DE MÁQUINAS: Tanque de resfriamento e pia. Deve ter uma porta maior para o caminhão retirar o leite do tanque. OUTRAS INSTALAÇÕES - Currais/troncos de manejo; - Reservatório de água; - Cômodo de ração. - Silo/fenis; - Esterqueira; - Depósito; - Escritório; - Farmácia.
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