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ANA CARLINDO; ERICKA JANUÁRIO; FRANCINI ALINE; FRANCIELLE
GONÇALVES
IVAN SELHORST; JENIFER DOS SANTOS; JISLENE DALL´STELLA; JULIA
MIGOTTO
JULIANE LARAS; PATRICK INFANTE; PEDRO HENRIQUE DOS SANTOS ROSSI
GIÁRDIASE
Curitiba
2021
ANA CARLINDO; ERICKA JANUÁRIO; FRANCINI ALINE; FRANCIELLE
GONÇALVES
IVAN SELHORST; JENIFER DOS SANTOS; JISLENE DALL´STELLA; JULIA
MIGOTTO
JULIANE LARAS; PATRICK INFANTE; PEDRO HENRIQUE DOS SANTOS ROSSI
GIÁRDIASE
Trabalho da UC de Clínica Médicas do Curso de
Medicina Veterinária da UNICURITIBA, orientado
pelos professores André Richter Ribeiri e Ana
Elisa Arruda.
Curitiba
2021
RESUMO
Giardia é um protozoário flagelado que pode causar infecção intestinal crônica em
cães, gatos e outros mamíferos. A transmissão ocorre por meio da ingestão de
cistos na água, alimentos e fômites contaminados. As infecções podem ser
subclínicas e assintomáticas ou pode ocorrer perda de peso resultante de má
absorção, com diarreia crônica contínua ou intermitente. Parece que algumas
espécies de Giardia são espécie específicas, enquanto outras podem infectar uma
variedade de mamíferos. Os animais silvestres podem ser reservatórios da infecção
para os animais domésticos e estes para humanos, portanto há risco zoonótico de
infecções por Giárdia.
Palavras-chave: Giárdiase; Diarréia; Protozoário; Infecção intestinal.
ABSTRACT
This is your abstract. The abstract follow the same rules from Resumo, and usually is
it's translation. The same rules are applied to the keywords.
Keywords: Mettzer; Formatting; Academic work.
1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 6
GIÁRDIASE 7
Agente Etiológico e Ciclo Biológico 7
Epidemiologia 14
Fisiopatologia 15
Transmissão 15
Diagnóstico 15
Sinais Clínicos 16
Tratamento 16
Controle e Profilaxia 17
Prognóstico 17
CONCLUSÃO 18
REFERÊNCIAS 19
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 — Trofozoíto de Giárdia 7
Figura 2 — Cisto de Giárdia 8
Tabela 1 — ESPÉCIES DO GÊNERO Giardia E SEUS RESPECTIVOS
HOSPEDEIROS 8
Figura 3 — Cisto de Giárdia spp. Corados por lugol 10
Figura 4 — Trofozoíto central e lateral 11
Figura 5 — Ciclo da Giárdia spp 12
Figura 6 — Trofozoíto de Giárdia spp. no intestino 13
Figura 7 — Ciclo de vida da Giárdia 14
1 INTRODUÇÃO
A Giárdia spp. é um é um protozoário entérico que afeta humanos, animais
domésticos e silvestres. Pertencente à ordem Diplomonadida, tem motilidade ativa e
se multiplica no intestino, possui um cisto resistente, o qual está presente no meio
ambiente. o ciclo de vida consiste em dois estágios: trofozoítos e cistos viáveis, os
quais contaminam alimentos e água. Os cistos podem ser ingeridos através da água
e de alimentos contaminados, mas a transmissão direta também é possível,
especialmente em áreas em que os animais se encontram aglomerados como em
canis e gatis (BECK et Al., 2005).
6
2 GIÁRDIASE
A giardíase é uma doença causada pelo protozoário do gênero Giardia spp.
(Giardia lamblia, Giardia duodenalis, Giardia intestinalis e Giardia canis);
protozoários de baixa especificidade em hospedeiros acometendo animais
domésticos, silvestres e os seres humanos. Apresenta-se com grande frequência na
clínica de pequenos animais, tendo também grande importância na saúde pública,
por tratar-se de uma zoonose, isto é, uma doença que pode ser transmitida dos
animais para os humanos (DESTRO et al., 2019).
2.1 Agente Etiológico e Ciclo Biológico 
O gênero Giardia pertence ao reino Protista, supergrupo Excavata, divisão
Fornicata subdivisão Eopharyngia, ordem Diplomonadida, família Hexamitidae e
subfamília Giardiinae (GAZZOLA, 2016).
Este protozoário flagelado tem uma forma trofozoíta móvel (vegetativa) e uma
forma cística não móvel. A forma vegetativa é aquela que se alimenta, é móvel e se
reproduz, enquanto a forma cística é uma estrutura de resistência, imóvel e
infecciosa (MAESTROVIRTUALI, 2021).
Figura 1 — Trofozoíto de Giárdia
Fonte: NASCIMENTO (2009, p. 7)
7
Figura 2 — Cisto de Giárdia
Fonte: GAZZOLA (2016, p. 17)
Foram descritas mais de 40 espécies com base no hospedeiro em que estava
presente o protozoário Giardia. Entretanto, em 1952 Filice, classificou três espécies
dentro do gênero Giardia: G. duodenalis, que infecta mamíferos, aves e répteis, G.
muris, que infecta roedores, aves e répteis e G. agilis, que infecta anfíbios.
Atualmente, existem sete espécies de Giardia (TABELA 1), mas apenas a
G.duodenalis, também conhecida como G. lamblia ou G. intestinalis, é encontrada
em seres humanos (GAZZOLA, 2016).
Tabela 1 — ESPÉCIES DO GÊNERO Giardia E SEUS RESPECTIVOS HOSPEDEIROS
ESPÉCIE HOSPEDEIRO
G.duodenalis; lambia; intestinalis; canis Diversos mamíferos (incluindo seres humanos)
G.agilis Anfíbios
G.muris Roedores
G.ardeae Aves
G.psittaci Aves
G.microti Roedores
G.paramelis Quenda
 
Fonte: GAZZOLA (2016, p. 15)
8
2.1.1 Morfologia
A Giardia spp. é um protozoário flagelado em forma de pera, o cisto forma
contaminante e trofozoíto forma que provoca as manifestações clínicas, este possui
de cada lado um disco em de ventosa, por meio do qual se fixa à superfície das
células da mucosa intestinal, sendo encontrado em toda a extensão do duodeno
(SANTANA et al., 2014).
O cisto é oval ou elipsóide, mede aproximadamente 12μm de comprimento
por 8μm de largura e apresenta uma parede externa glicoproteica (parede cística),
que os torna resistente a certas variações de umidade e temperaturas, apresenta de
2 a 4 núcleos, um número variável de axonemas de flagelos e corpo escuro em
formato de meia lua (NEVES, 2005).9
Figura 3 — Cisto de Giárdia spp. Corados por lugol
Fonte: MONTEIRO (2007, p. 126)
O trofozoíto é encontrado no intestino delgado (responsável pelas
manifestações clínicas), formato de piriforme, simetria bilateral, mede 20μm de
comprimento pó 10μm de largura e apresenta quatro pares de flagelos (anterior,
posterior, central e caudal). Apresenta um disco ventral (semelhante a uma ventosa),
que permite a adesão do parasita a mucosa intestinal, um ou dois corpos paralelos,
usados para determinação de algumas espécies e dois núcleos idênticos do ponto
de vista morfológico e genético (NEVES, 2005).
10
Figura 4 — Trofozoíto central e lateral
Fonte: SILVA (2019, p. 92)
O Ciclo da giárdia começa pela ingestão dos cistos através de água ou
alimento contaminado. 
11
Figura 5 — Ciclo da Giárdia spp
Fonte: NASCIMENTO (2009, p. 9)
Cisto ingerido e ao chegar no estômago, em ambiente ácido, ocorre o
desencistamento e assim há liberação dos trofozoítos (GAZZOLA, 2016).
Chegando no intestino ocorre a liberação dos trofozoítos que se multiplicam
por fissão binária, algumas formas se encistam na mucosa do intestino e evoluem
até cisto que é eliminado com as fezes e que resistem às condições adversas
do ambiente. O cisto no duodeno após fissão binária dá origem a dois trofozoítos.
Os trofozoítos fixam-se nas células do intestino, se encistam amadurecem e, após,
os cistos são eliminados para a luz do intestino por onde vão ao meio exterior com
as fezes (MONTEIRO, 2007).
12
Figura 6 — Trofozoíto de Giárdia spp. no intestino
Fonte: NASCIMENTO (2009, p. 9)
No ambiente externo, o cisto fica praticamente inerte, o que possibilita uma
sobrevivência por várias semanas em diversas condições ambientais (GAZZOLA,
2016).
13
Figura 7 — Ciclo de vida da Giárdia
Fonte: SILVA, RIBEIRO e RIBEIRO (2019, p. 6)
2.2 Epidemiologia
A giardíase está distribuída por todo o planeta sobretudo em regiões tropicais
e subtropicais. No Brasil sua prevalência varia de12,4% a 50% (SANTANA, 2021).
 De acordo com FAM et al., (2014) a giardíase acomete mais frequentemente
animais jovens (de até um ano), dos quais 26-50% são infectados. Quando estes
animais vivem em grupos, como por exemplo, em casas em que vivem diversos
animais ou canis, 100% deles podem chegar a estar infectados, não havendo
predileção quanto ao sexo e tanto fêmeas quanto machos são acometidos. Sua
importância epidemiológica se deve ao fato de possuir potencial zoonótico e pela
apresentação sub clínica da doença, onde não há sintomatologia, porém há
14
disseminação dos cistos via fecal.
2.3 Fisiopatologia 
O processo patológico depende do número de parasitos que colonizam o
intestino delgado da cepa do protozoário e do sinergismo entre bactérias e
fungos, além de fatores inerentes ao hospedeiro, como hipocloridria e
deficiência de IgA e IgE na mucosa digestiva. Uma alta carga parasitária
pode provocar ação irritativa sobre a mucosa intestinal, levando à produção
excessiva de muco e a alterações da produção de enzimas digestivas além
da formação de barreira mecânica. Todos dificultam a absorção (vitaminas
lipossolúveis, ácidos graxos, vitamina B12, ácido fólico e ferro). Ocorrem
também lesões produzidas pelos trofozoítos fortemente aderidos ao epitélio
intestinal ao nível das microvilosidades intestinais, e até invasão da lâmina
própria. Geralmente não são observadas alterações macroscópicas no
intestino, mas em alguns casos crônicos pode-se evidenciar achatamento
das microvilosidades ao estudo histopatológico (SANTANA, 2021)
2.4 Transmissão 
A contaminação pode ser fecal-oral, pela ingestão direta de
fezes contaminadas pela ingestão de alimentos e água contaminados ou por fômites
contaminados (NASCIMENTO, 2009).
2.5 Diagnóstico 
O exame clínico convencional pode levantar suspeitas da doença,
principalmente diante dos relatos feitos pelo proprietário do animal. Contudo, o
método diagnóstico utilizado atualmente é a identificação dos cistos na avaliação
fecal, ou seja, através de exame laboratorial das fezes do animal.
Vale ressaltar que, segundo a literatura, a detecção de cistos nas fezes só é
possível entre um e sete dias após o inicio dos sintomas. O exame seriado,
aquele repetido mesmo ao dar negativo, aumenta a sensibilidade do exame,
a qual passa de 70% quando avaliada única amostra para 95% quando
analisadas três amostras distintas. Trofozoítos raramente são visualizados,
pois no intestino delgado sofrem alterações morfológicas que os possibilita
aderir à mucosa intestinal por mecanismo de sucção. A formação da giárdia
em forma de cisto ocorre quando o parasita transita pelo cólon, e é nessa
forma então que os cistos são encontrados nas fezes e são infectantes. O
método preferível para visualizar os cistos nas fezes é o da flutuação em
solução de sulfato de zinco. Entretanto, alguns autores consideram este
método inadequado, pois os cistos não são facilmente visualizados em meio
aos detritos fecais FAM et al., 2014).
O método de ensaio imunoabsorvente ligado à enzima (ELISA) pode ser
utilizado para diagnóstico de Giardia spp, e visa detectar coproantígenos nas fezes
15
(BELÃO, 2017).
Este método, apesar de mais dispendioso do que a procura de cistos nas
fezes, apresenta maior sensibilidade e especificidade. A detecção de antígenos
fecais por PCR das fezes também pode ser realizado, porém é uma técnica de custo
elevado (FAM et al., 2014).
2.6 Sinais Clínicos 
Giardíase é uma zoonose causada pelo protozoário Giardia ssp. e leva a
distúrbios intestinais como diarreia exsudativa. Considerada subestimada e
subdiagnosticada, essa doença possui grande importância clínica e epidemiológica,
por seu alto índice de morbidade (RUIZ, 2019).
Uma grande parte dos animais infectados são assintomáticos, mesmo assim
eliminam cistos nas fezes podendo infectar outros e o ambiente. Os animais
sintomáticos apresentam a síndrome diarreica, que pode ser crônica, contínua ou
ocorrer surtos com durações variáveis (SILVA et al., 2019).
Os sintoma em sua maioria são caracterizados por fezes pastosas, fétidas ou
diarreicas com muco, esteatorreia, irritabilidade, náuseas, constipação intestinal,
dores abdominais, desidratação e emagrecimento. Estes aparecem de um a sete
dias antes da detecção de cistos de Giardia spp nas fezes (BELÃO, 2017).
2.7 Tratamento 
Medidas de higiene no local de acesso dos animais fazem parte do
tratamento e são fundamentais e indispensáveis, a fim de evitar reinfecções (FAM et
Al., 2014).
Os produtos mais recomendados para o tratamento são o metronidazol na
dose 25 a 50mg/kg e segundo FAM et al., é relativamente seguro, eficaz, porém não
deve ser administrado em gestantes, pois atravessa a barreira placentária e a
furazolina pode ser utilizada especialmente para filhotes que não toleram
nitroimidazóis, e, para os gatos, de 10 a 25 mg/kg, por via oral, a cada 12 h, durante
5 dias e o anti-helmíntico fembendazol na dose 50 mg/kg, por via oral, por 3 dias
consecutivos (SILVA et al., 2019). 
Frequentemente, a terapia de suporte deve ser instituída, que inclui a
fluidoterapia, modificação alimentar, antieméticos e agentes protetores
gástricos, a fim de acabar com os sinais clínicos secundários à infecção
intestinal. No entanto, nos casos mais graves, a descompensação aguda
pode ocorrer secundária à depleção de volume, perda de fluído e distúrbio
ácido básico que ocorrem devido ao trato gastrointestinal ser incapaz de
desempenhar suas funções hemostáticas normais. Nesses casos deve ser
instituída terapia agressiva, com internamento e intensivismo até a
resolução da doença e das consequências geradas por ela (FAM et al.,
16
2014).
Outra opção de tratamento é a utilização de medicamentos Homeopáticos
que além de não causarem efeitos colaterais não geram resistência por parte dos
parasitas. Os medicamentos homeopáticos melhoram a resistência do paciente
contra a infecção, tornam o ambiente intestinal impróprio à sobrevivência do parasita
que é eliminando do organismo ( LEITE et al., 2004).
2.8 Controle e Profilaxia
Em relaçãoaos cuidados com os animais, não deixar que entre em contato
com fezes, manter a higienização do ambiente onde ele convive, restringir o acesso
livre a rua. No caso de canis evitar grandes aglomerações, isolar os animais
infectados para tratamento, e deixar o ambiente o mais limpo dentro do possível
(SILVA et Al., 2019).
Além da limpeza do ambiente, lavar bem os alimentos e só beber água filtrada
ou fervida (MONTEIRO, 2007).
Há também a vacinação para os cães, no Brasil a vacina é realizada com um
extrato de trofozoítos inativados de Giardia. A vacinação é recomendada por via
subcutânea em cães a partir de 8 semanas de idade, duas doses com intervalo de
14 a 28 dias entre as doses e revacinação anual (SILVA et al., 2019).
2.9 Prognóstico
O paciente pode evoluir para cura ou avançar para uma fase crônica que
pode durar anos com a eliminação de cistos sem sinais clínicos ou com
apresentação de episódios de diarreia (BELÃO, 2017).
Mesmo assim, o prognóstico é favorável, pois a a giardíase raramente
apresenta complicações, no entanto, pelo fato de ser uma zoonose, causando
prejuízos à saúde pública e pela sua elevada prevalência, se faz de grande
importância o uso de medidas preventivas, como por exemplo o de se utilizar água
fervida diminuindo as chances de infecção, dos animais e dos seres humanos
(SILVA et al., 2019).
17
3 CONCLUSÃO
18
REFERÊNCIAS
BECK, Cristiane et al. Freqüencia da infecção por Giardia lamblia (Kunstler,
1882) em cães (Canis familiaris) avaliada pelo Método de Faust e cols. (1939) e
pela Coloração da Auramina, no município de Canoas, RS, Brasil. SciELO
Brasil. Santa Maria-RG, 2005. 35 p. Disponível em: https://doi.org/10.1590/s0103-
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