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Nódulos tireoidianos

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1 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2023 
Nódulos tireoidianos 
Nódulos tireoidianos tem por definição aumento 
do volume tireoidiano, com crescimento 
excessivo e transformação estrutural e/ou 
funcional de uma ou mais áreas do parênquima 
tireoidiano, sendo a maioria de natureza benigna. 
Tem uma maior incidência no sexo feminino; 
A maioria dos pacientes portadores de nódulos 
tireoidianos é assintomática, podendo apresentar 
disfunções associadas como hipotireoidismo ou 
hipertireoidismo. 
Os exames iniciais solicitados são a dosagem de 
TSH e a ultrassonografia da tireoide. 
Apenas quando temos TSH suprimido que 
solicitamos a realização de cintilografia; 
A cintilografia identificará se estamos diante de 
um nódulo quente (hipercaptante) ou frio 
(hipocaptante). 
CARACTERISTICAS ULTRASSONOGRÁFICAS DOS 
NÓDULOS 
O ultrassom é o exame de escolha para avaliação 
dos nódulos tireoidianos. 
Após a realização desses exames, vamos ter 
informações importantes que nos auxiliaram a 
diferenciar a natureza do nódulo, bem como 
guiarão a indicação de PAAF. 
 
O padrão de vascularização dos nódulos é outra 
avaliação realizada pela ultrassonografia que 
pode ser descrita através da classificação de 
Chammas: 
 I = ausência de vascularização. 
 II = vascularização periférica. 
 III = vascularização periférica ≥ central. 
 IV = vascularização periférica ≤ central. 
 V = vascularização central 
INDICAÇÕES DE PAAF 
A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) é o 
método mais preciso e o procedimento de 
escolha para avaliação da natureza dos nódulos 
tireoidianos, diferenciando com boa precisão os 
nódulos benignos dos malignos. 
Apesar da grande vantagem diagnostica nem 
todos nódulos tireoidianos devem ser 
puncionados; 
 CLASSIFICAÇÃO TIRADS; 
COMPOSIÇÃO: Nódulo cístico ou quase 
completamente cístico - 0 pontos/ Espongiforme - 
0 pontos/ Mistos (50% cisticos e 50% sólido) - 1 
ponto/ Sólido ou misto com a maior porção sólida 
- 2 pontos 
ECOGENICIDADE: Anecóico- 0 pontos/ 
Hiperecoico ou isoecóico - 1 ponto/ Hipoecóico - 
2 pontos/ Muito Hipoecóico - 3 pontos 
FORMATO: Mais largo do que alto - 0 pontos/ Mais 
alto do que largo - 3 pontos 
MARGENS: Regulares - 0 
pontos/ Bem definidas - 0 
pontos/ Lobuladas ou 
irregulares - 2 pontos/ 
Extensão extratireoidiana - 3 
pontos 
FOCOS ECOGÊNICOS: 
Nenhum ou artefatos em 
cauda de cometa - 0 
pontos/ Macrocalcificação 
- 1 ponto/ Calcificações 
periféricas - 2 pontos/ 
Microcalcificações 
(puntiformes) - 3 pontos 
 
CLASSIFICAÇÃO BETHESDA 
O Manejo adequado dos pacientes com nódulos 
tireoidianos, confirmados pela USG, continua com 
a verificação ou não da necessidade de punção. 
 
 
2 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2023 
Os nódulos que tem indicação de PAAF 
apresentam no laudo a descrição característica 
das células do aspirado. 
Essas características são agrupadas de acordo 
com a probabilidade de malignidade e 
organizadas através da classificação de 
bethesda. 
 
CONDUTAS 
1. BETHESDA I 
Essa categoria descreve uma punção 
citologicamente inadequada. 
A conduta deve ser repetir a PAAF em 
aproximadamente quatro a seis semanas, guiada 
pelo USG. 
Obs: a 
possibilidade de 
resultados de 
aspirados não 
diagnósticos é 
maior em nódulos 
muito pequenos. 
2. BETHESDA II 
Essa categoria 
descreve os 
nódulos 
benignos; 
Esses casos são 
seguidos sem 
cirurgia. 
 
 
 
3 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2023 
3. BETHESDA III 
Descreve a lesão folicular ou 
atipia folicular de significado 
indeterminado. 
A conduta inicial é a 
repetição da PAAF após um 
intervalo de 6 a 12 semanas, 
principalmente nos casos 
em que a USG apresenta 
características preditoras de 
malignidade. 
Se a nova PAAF mostrar o 
resultado bethesda III, 
teremos indicação de 
tireoidectomia; 
4. BETHESDA IV 
Essa categoria agrega o 
achado citológico de neoplasia folicular ou 
citologia suspeita de neoplasia folicular. 
Esses casos sempre apresentam indicação 
cirúrgica. 
A tireoidectomia pode ser parcial ou total 
dependendo de tais critérios: 
 Tireoidectomia parcial (lobectomia + 
istmectomia): pode ser considerada em 
pacientes com nódulos únicos, < 4,0 cm, 
sem fatores de risco, história familiar ou 
características ultrassonográficas de 
malignidade. 
 Tireoidectomia total: nódulo > 4,0 cm, 
presença de nódulos bilaterais, 
características ultrassonográficas 
suspeitas, história familiar, exposição à 
radiação prévia 
 
5. BETHESDA V 
Essa categoria inclui nódulos denominados 
suspeitos para malignidade. 
Os pacientes com essa classificação devem ser 
submetidos à cirurgia. 
A extensão da cirurgia também pode ser 
influenciada por alguns fatores como: 
predisposições clínicas a câncer de tireoide, 
antecedentes pessoais de exposição a fatores de 
risco, história familiar de câncer de tireoide e 
características ultrassonográficas do nódulo. 
6. BETHESDA VI 
Esse grupo compreende os pacientes com 
diagnostico citológico de malignidade. 
A base para o tratamento para o câncer de 
tireoide é a cirurgia;

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