Buscar

TEORIAS E TECNICAS PSICOTERAPICAS - AULA 1 - INTRODUCAO - Historia e Classificacao das Abordagens Psicoterapicas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO: HISTÓRIA E CLASSIFICAÇÃO DAS ABORDAGENS PSICOTERÁPICAS
TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS 
Aula 1
História da psicoterapia
■ Subjetividade é o que diferencia um indivíduo do outro, pois é o que faz você se expressar, sentir, agir de acordo com seu julgamento, com seu modo particular de pensar e de ser. 
A subjetividade não é inata, ela é construída por meio das suas experiências e vivências.
► Palavras gregas: “therapeia, therapeuein” correspondiam aos procedimentos que buscam a cura por meio de um método. 
“psyché” representa alma, a palavra psicoterapia, pela sua origem (etimologia), significa a cura da alma.
► Na Grécia Antiga:
Ora a loucura era considerada como uma manifestação divina, pela qual os loucos eram vistos como profetas, já que falavam coisas que o homem comum não entendia. 
Ora achavam que eles tinham excesso de paixão por serem muito passionais. 
Os “loucos” tinham a liberdade para se movimentar pela cidade, não eram retidos, nem asilados do convívio social.
História da psicoterapia
► Hipócrates (pai da medicina) propôs que o corpo humano sempre estava em íntima conexão com a “phisis”, sua natureza.
A doença surgia quando se alterava o estado de harmonia da natureza (phisis) humana. 
 A loucura passou a ser vista como um estado de mau funcionamento, que influenciava os diferentes tipos de humores. 
O tratamento era feito com drogas e purgativos que eliminassem esses efeitos.
► Na Era Medieval, a Igreja detinha as regras. 
A cura da insanidade mental, com a intervenção de tratamentos, estava associada ao mito de que as doenças eram consideradas castigos divinos.
Além de doente, a pessoa era considerada pecadora, e a doença se tornava a justa penitência pelo pecado. 
Loucos infratores da moral cristã, visto como uma associação demoníaca, um ser maligno.
► A loucura como uma heresia, algo que vai contra as regras divinas. 
Questões relativas à impureza da alma somente a Igreja era a entidade responsável para tratar tais manifestações. 
Variavam da fogueira, como tratamento mais radical, ou eram torturados, e açoitados para retirar ou espantar os demônios do corpo. 
Aqueles que estivessem fora da “moral” religiosa padeciam com castigos corporais como métodos de tratamento. 
Foi uma época da grande caçada às bruxas e os castigos eram tratamentos de purificação das almas. 
História da psicoterapia
► Era do Renascimento:
O homem é considerado o centro de tudo, com suas descobertas e seus feitos.
O ser humano mostrando toda a capacidade criativa presente na alma humana destacando-se: a arte, retratando a anatomia humana, as Grandes Navegações, o comércio, o dinheiro entre outras grandes realizações. 
► Com tanto avanço cultural, as exigências sociais impõe a noção de limpeza e higiene dos lugares e pessoas.
Mendigos, velhos, prostitutas, leprosos, sifilíticos e loucos deveriam ser banidos do convívio público.
Grandes centros de abrigos e prisões foram construídos para afastar essas pessoas do convívio nas cidades. 
O suposto “tratamento” dos loucos (insanos) é o de ser banido e asilado do convívio social. 
História da psicoterapia
► Início da sociedade industrial, as cidades cada vez maiores encheram-se de pessoas que não encontravam lugar nesta nova ordem social, entre os quais os loucos, doentes, deficientes mentais, portadores de necessidades especiais e criminosos. 
Medidas repressivas para resolver esse problema: as internações nas casas de correção e de trabalho, com o papel social de proibir e punir todos os ociosos. 
► Na Idade Moderna novas instituições vão substituir os antigos cárceres pelos espaços nos quais o louco não seja mais um problema da sociedade, mas sim, um problema de domínio científico.
O surgimento da psiquiatria e o desenvolvimento do campo científico, a loucura ganha categoria de doença, e passa a ser estudada.
Instala-se na Europa a partir do século XVIII uma forma universal e hegemônica de abordagem dos transtornos mentais: internação em instituições psiquiátricas para todos aqueles que têm alterações de ordem racional, moral e social.
Com o objetivo de curá-los, passaram a ser internados em instituições destinadas especificamente a eles, os manicômios, e o fundador da psiquiatria é o dr. Philippe Pinel.
História da psicoterapia
► Pinel afirma que as alienações mentais se devem aos distúrbios funcionais do sistema nervoso central, independentemente de haver ou não lesões no mesmo. 
O louco não era percebido como doente, e sim como alguém que havia abandonado o caminho da Razão e do Bem. 
► Para Pinel, o chamado doente só seria curado se conseguisse reaprender a diferenciar o certo do errado, o mal do bem:
A cada ato indevido devia ser advertido e punido, para poder reconhecer seus erros, e a partir deste arrependimento, e quando não os cometia mais, era considerado curado. 
O tratamento e a busca da “cura da alma” eram feitos por meio de correções punitivas aos comportamentos inadequados (errados) → “terapia moral”.
Doença mental é encarada como uma perturbação na forma de agir, de querer, de ter paixões e de tomar decisões. 
Loucos → Todos que não concordam com as regras sociais e morais (infelizmente continua persistindo até os dias atuais).
Doença mental com um grande estigma (marca, sinal ou cicatriz), que permanece no senso comum → a ser excluído do convívio social. 
► Surgem as descrições e classificações dos diferentes tipos dos sintomas, dando origem aos conceitos dos diversos tipos de transtorno psíquico que fundamentam a psiquiatria moderna.
História da psicoterapia
► Donald Laing psiquiatra inglês provocou uma reviravolta inovadora para o tratamento da doença mental especialmente nos casos com psicose → A psiquiatria se encontra com a psicoterapia.
Influenciado pela filosofia existencial começa a olhar os pacientes pela expressão de seus sentimentos, formas de experiências vividas e não somente como sintomas. 
Sustenta que os discursos sem sentido e confusos dos doentes mentais são as formas de comunicação de seus medos e suas ansiedades.
Laing enfatiza o papel da sociedade, e particularmente o da família no desenvolvimento da loucura. 
► Sigmund Freud foi quem trouxe firmemente a finalidade psicoterápica de restaurar a subjetividade, pelas mudanças e compreensões de suas ações. 
Ao estudar a histeria, percebeu que a presença dos sintomas neurológicos não era causal nem determinada por eles. 
Verificou que por detrás da manifestação histérica havia forças fortes e complexas que precisavam ser estudadas, e descobriu que elas tinham significação se comparadas a partir da história do paciente.
O aparecimento da abordagem freudiana, e dos seus princípios de análise e compreensão das situações humanas que deram realmente início ao que chamamos hoje de psicoterapia.
História da psicoterapia
► Transtorno Mental é uma alteração dos processos cognitivos e afetivos do desenvolvimento. 
Se traduz em perturbações em nível do raciocínio, do comportamento, da compreensão da realidade e da adaptação às condições da vida. 
Os transtornos mentais podem ser ocasionados por fatores biológicos como os ambientais e psicológicos. 
► Transtornos neuróticos → Afetam a percepção do sujeito sobre si mesmo e o nível de aceitação do si mesmo. 
Não impõe ao sujeito uma desconexão com a realidade nem um afastamento importante da vida social. 
► Transtornos psicóticos → Podem incluir alucinações, delírios e uma grave alteração afetiva e relacional.
Comprometem mais as interações no ambiente social. 
► Saúde mental → Se a pessoa se encontra ativa e adaptada ao meio ambiente, integrada com relação à percepção de si mesma e do ambiente com o qual se relaciona.
Para a psicoterapia a noção de saúde mental relaciona-se à procura pelo bem-estar do doente mental com auxílio da atuação terapêutica.
A relação psicoterapêutica
► Conceito: Psicoterapia é o tratamento, por meios psicológicos, de problemas de natureza emocional, no qual uma pessoa treinada estabelece com o paciente um objetivo de remover, modificar ou retardar sintomas, de intervir em modelosperturbados do comportamento e de promover um crescimento e um desenvolvimento positivo da personalidade. (WOLBERG, 1972; in: RIBEIRO, 2013)
► Finalidade: A psicologia clínica tem por finalidade o desenvolvimento e a aplicação de práticas de diagnóstico psicoterapêuticas. 
► Objetivo: Identificar e tratar os desajustes e distúrbios do comportamento
► Questões éticas nas relações com os pacientes
Implica uma relação entre terapeuta e paciente.
Forma de contato que envolve questões inter (entre dois), intra (interior) e transpessoais (além do pessoal)
O terapeuta precisa sempre examinar e questionar sua prática.
O terapeuta deve sempre se atualizar com os novos procedimentos.
A relação psicoterapêutica
► Psicoterapia pode ser definida em função de quatro elementos: os seus meios, seu objeto de tratamento, sua função e seus objetivos: 
Meios: Uma tarefa realizada pelas vias psicológicas integradas a técnicas específicas. 
Objeto de Tratamento: Centrado nos conflitos, estejam eles no psiquismo da própria pessoa, ou na sua relação com os outros.
Função: Visa desfazer os bloqueios ocasionados pelos conflitos psíquicos. 
Objetivos: Procura realizar uma mudança como meta do tratamento.
 
A relação psicoterapêutica
► Cabe ao terapeuta articular as questões pessoais (intrapsíquicas) com os aspectos coletivos (intrassubjetivos), que estão em relação com as posições do sujeito na sociedade:
Mesmo quando valores, metas, objetivos e interesses do paciente não sejam coerentes entre si, ou não coincidam com os valores ou julgamentos próprios do terapeuta. 
► A Psicoterapia se realiza por meio de intervenções dialéticas, ou seja, um diálogo entre duas pessoas. 
Todas abordagens partem do princípio que sendo o indivíduo um sistema psíquico, quando este psiquismo entra em interação com outro indivíduo, pelo modo dialético, um atua sobre o outro membro da relação, permitindo novas significações de vida. 
► O processo terapêutico corre riscos se ficar centrado só na técnica ou na pessoa do terapeuta. 
Cabe ao terapeuta realizar um estudo profundo e contínuo das ciências humanas e biológicas, que contribuirá tanto para o aperfeiçoamento técnico, sensibilizando-se diante dos problemas complexos do homem. 
Importante ao futuro terapeuta ter um treinamento pessoal e específico, que o ajude a se sentir seguro e capaz de lidar com os problemas, sem conflitos e ansiedades tão comuns aos iniciantes dessa prática.
A relação psicoterapêutica
► O exercício da Psicologia Clínica exige equilíbrio e uma notável força psíquica para não ultrapassar seus próprios limites, as suas percepções e nem usar de procedimentos místicos para que se de um resultado.
► Espaço Terapêutico:
O setting representa a qualidade de um ambiente, físico e emocional, adequado às necessidades que envolvem o processo terapêutico.
Terapeutas não devem focar apenas nos sintomas para fins diagnósticos, mas também podem sentir a dor do paciente, sua angústia, sem se misturar com os conflitos psíquicos de quem está atendendo.
A psicoterapia não promove “cura” no sentido de resolver todos os problemas de seu paciente → A cura se dá pela atenção, pelo acolhimento, ou com o cuidado do profissional com o outro em seus conflitos.
Só o fato de o indivíduo conseguir ver mais claro seus problemas, dificuldades para caminhar por si próprio, poder fazer novas escolhas, novas amizades, ser menos problemático, e portanto ter uma vida melhor já são bem suficientes e um excelente resultado.
É um processo de autodescobrimento para o sujeito.
Pode trazer ao profissional algumas dificuldades, como a ansiedade por ver seu paciente melhor, e tentar ”acelerar” o processo do outro por meio de sugestões ou “dicas” de como o paciente deve proceder.
A relação psicoterapêutica
► Vínculo Terapêutico: É uma conexão entre o psicoterapeuta e seu paciente, por meio dos estímulos e das reações provocados pela própria relação terapêutica.
Acolher as confissões de seu paciente, observar as suas linguagens, orais e corporais, suas expressões e movimentos. 
Prestar atenção às interrupções na fala de modo que consiga identificar quais são as reais motivações do seu paciente que geram todas suas dificuldades no seu viver. 
Percebendo como a pessoa compreende e se comporta diante das demandas internas e externas, e se ela possui possibilidades no momento de fazer contato com suas questões conflitivas, o profissional vai traçando sua linha de ação. 
Análise da origem de seus sintomas, e do grau de complexidade dos mesmos.
Passar credibilidade ao paciente e também perceber se tem reais condições técnicas e psíquicas para tratar o caso. 
Em geral os pacientes têm em seus terapeutas a figura de um sábio, um salvador, portadores de poderes “mágicos” capazes de lhes transformar. 
Se o terapeuta “pegar” essas representações e se sentir tal qual elas evocam, pode gerar no paciente, entre outras situações, a espera por respostas que ele mesmo não consegue encontrar em si e dessa forma acontece a paralisação da terapia.
Se o profissional não consegue se distanciar e separar o seu sofrimento das do seu paciente, forma-se uma identidade afetiva-emocional, a qual pode atrapalhar e impedir o andamento do processo.
o profissional pode ficar tentado a dar um “empurrãozinho”, dando conselhos, dando regras de como resolver conflitos, como ações que nascem da ansiedade do mesmo, de desejos ou expectativas de ser eficiente, de querer aliviar a dor e sofrimentos, em função do processo de autoentendimento não se realizar de forma rápida. 
Classificação das abordagens psicoterapêuticas
► Segundo o método:
Diretivas → O terapeuta assume a condução do processo psicoterápico porque percebe que seu paciente não possui condições ou tem pouca capacidade necessárias a tomadas de decisões. 
O terapeuta será um guia, um orientador, um conselheiro, um encorajador que visa à solução dos casos. 
Não-Diretivas → O método não diretivo, ou catártico, busca liberar o material inconveniente e muito atuante na psique do paciente. 
► Segundo a prática:
Individual → Se processam entre duas pessoas, o paciente/cliente e seu terapeuta, determinada pelo referencial teórico adotado. 
Em Grupo → Envolvem diferentes formas, dependendo do número de participantes, dos objetivos, e usam de técnicas especiais para não perder o sentido do trabalho a ser executado. 
Com finalidades diversas, podem ser de apoio, de sensibilização, de análise, de consciência corporal e até mesmo de treinamento de profissional.
► O trabalho do terapeuta deve focar as representações, crenças, os mitos, as imagens, fantasias de seu cliente para perceber qual a emoção encontra-se oculta nelas. 
Ao tocar nas emoções, o terapeuta consegue chegar à raiz dos conflitos de seus pacientes.
Todo processo terapêutico torna-se instrumento de mudança, quando traz a emoção esclarecida e objetivada dessa vivência ao falar sobre ela.
DEBATE: 
IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA CLÍNICA NOS DIAS ATUAIS?
► Qual o objetivo do estudo de teorias e técnicas psicoterápicas?

Continue navegando