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FORMAS DE CONHECIMENTO • Empírico (ou Popular) • Científico • Filosófico • Teológico (ou Religioso) Conhecimento Empírico Esse tipo de conhecimento surge a partir da interação e observação do ser humano com ambiente que o rodeia. Por ser baseado nas experiências, o conhecimento empírico não costuma apresentar a legitimidade da comprovação científica. Ao contrário do conhecimento científico, não há uma preocupação em refletir criticamente sobre o objeto de observação, limitando-se apenas a dedução de uma ação. Justamente por ser adquirido unicamente por observação e com base em deduções simples, o conhecimento empírico é muitas vezes suscetível a erros. Exemplo: durante muitos séculos, aceitou-se como fruto do conhecimento empírico que o Sol girava em torno da Terra, tendo a ciência mais tarde vindo a demostrar que, contrariamente ao que possa indicar a nossa percepção é, na realidade, a Terra que gira em torno do Sol. Ou o simples fato de indicar um chá de alho para a filha que está com gripe, devido as informações que sua avó deu a sua mãe quando era pequena. Resuminho... − Ametódico − Assistemático − Superficial − Sensitivo − Objetivo − Acrítico − É falível − Gera incertezas intuitivas − É inexato − Baseado nas experiências − Não é confirmado ou testado Conhecimento Científico Conhecimento científico é a informação e o saber que parte do princípio das análises dos fatos reais e cientificamente comprovados. Para ser reconhecido como um conhecimento científico, este deve ser baseado em observações e experimentações, que servem para atestar a veracidade ou falsidade de determinada teoria. A razão deve estar atrelada a lógica da experimentação científica, caso contrário o pensamento se configura apenas como um conhecimento filosófico. OBS.: Senso Comum X Conhecimento Científico O conhecimento do senso comum não é questionador, ou seja, apenas determina o motivo, mas não traça os caminhos que levaram a determinada conclusão. Já o conhecimento científico se destina a decifrar e entender todos os processos e etapas de uma ideia ou teoria, a partir do uso de métodos científicos. Resuminho... − É programado − Sistemático − Metódico − Crítico − Rigoroso − Objetivo − Verificável − Falível − Real − Aproximadamente exato − É racional e objetivo − Atem-se aos fatos − Requer exatidão e clareza − Comunicável − Busca e aplica leis − É explicativo − Pode fazer predições − É aberto − É útil Resuminho... − Ametódico − Assistemático − Superficial − Sensitivo − Objetivo − Acrítico − É falível − Gera incertezas intuitivas − É inexato − Baseado nas experiências − Não é confirmado ou testado Resuminho... − É programado − Sistemático − Metódico − Crítico − Rigoroso − Objetivo − Verificável − Falível − Real − Aproximadamente exato − É racional e objetivo − Atem-se aos fatos − Requer exatidão e clareza − Comunicável − Busca e aplica leis − É explicativo − Pode fazer predições − É aberto − É útil Conhecimento Filosófico Conhecimento Filosófico é o tipo de conhecimento baseado na reflexão e construção de conceitos e ideias, a partir do uso do raciocínio em busca do saber. O conhecimento filosófico surgiu a partir da capacidade do ser humano de refletir, principalmente sobre questão subjetivas, imateriais e suprassensíveis, como os conceitos e ideias. Mesmo sendo racional, o conhecimento filosófico dispensa a necessidade da verificação científica, visto que os seus objetos de estudo não apresentam um caráter material. A principal preocupação do conhecimento filosófico é questionar e encontrar respostas racionais para determinadas questões, mas não necessariamente comprovar algo. Neste sentido, pode-se afirmar que este modelo de conhecimento é especulativo. OBS.: Conhecimento Filosófico X Científico O conhecimento científico é baseado nas experimentações, com a finalidade de atestar a veracidade de determinada teoria. Já o conhecimento filosófico, mesmo também possuindo um caráter racional e lógico, não requer a necessidade de verificabilidade sobre os seus objetos, estes, por sua vez, imateriais e subjetivos. Resuminho... − Sistemático: acredita que a base para a resolução das questões seja a reflexão; − Elucidativo: tenta entender os pensamentos, os conceitos, os problemas e demais situações da vida que são impossíveis de seres desvendados cientificamente; − Crítico: todas as informações devem ser profundamente analisadas e refletidas antes de serem levadas em consideração; − Especulativo: as conclusões são baseadas em hipóteses e possibilidades, devido ao uso de teorias abstratas. − Valorativo: ponto de partida consiste em hipóteses que não poderão ser submetidas à observação. − Não verificável: suas hipóteses não podem ser confirmadas nem refutadas. − Racional: consiste num conjunto de enunciados logicamente relacionados − Infalível e Exato: seus postulados e hipóteses não submetidas ao teste de observação experimental. Conhecimento Teológico Conhecimento Teológico (também chamado de conhecimento Religioso) é todo conhecimento baseado em doutrinas sagradas ou divinas. O conhecimento religioso é sustentado pela fé religiosa, ou seja, a crença de que todos os fenômenos acontecem pela vontade de entidades ou energias sobrenaturais. Por esse motivo, o conhecimento religioso apresenta explicações dogmáticas que não podem ser refutadas. Ao redor do mundo, o conhecimento religioso é organizado em diferentes religiões que possuem seus próprios conjuntos de crenças, rituais e códigos morais, a exemplo do cristianismo, islamismo, hinduísmo, judaísmo, etc. Exemplos: Qualquer conhecimento valorativo fundamentado exclusivamente na fé pode ser classificado como conhecimento religioso. No entanto, de acordo com cada religião, é possível citar exemplos de conhecimentos religiosos mais populares: • No Cristianismo, Jesus Cristo é filho de Deus e veio ao mundo com a missão de ensinar o amor ao próximo e de salvar os que creem através da sua morte na cruz. • No Islamismo, Deus (Alá) se comunicou diretamente com o profeta Maomé, que transcreveu os ensinamentos e deu origem ao livro sagrado Alcorão (ou Corão). • No Judaísmo, o povo judeu seria descendente direto de Abraão, Isaac e Jacó. Segundo a religião, Deus teria prometido aos israelitas a terra situada entre o Rio Egito e o Rio Eufrates, onde se acredita que Jesus voltará no Dia do Juízo Final. Resuminho... − Sistemático: acredita que a base para a resolução das questões seja a reflexão. − Elucidativo: tenta entender os pensamentos, os conceitos, os problemas e demais situações da vida que são impossíveis de seres desvendados cientificamente. − Crítico: todas as informações devem ser profundamente analisadas e refletidas antes de serem levadas em consideração. − Especulativo: as conclusões são baseadas em hipóteses e possibilidades, devido ao uso de teorias abstratas. − Valorativo: ponto de partida consiste em hipóteses que não poderão ser submetidas à observação. − Não verificável: suas hipóteses não podem ser confirmadas nem refutadas. − Racional: consiste num conjunto de enunciados logicamente relacionados. − Infalível e Exato: seus postulados e hipóteses não submetidas ao teste de observação experimental. Resuminho... − Valorativo: baseia-se em julgamentos subjetivos e não em fatos e acontecimentos comprovados. − Inverificável: lida com questões espirituais, metafísicas, divinas e sobrenaturais, o conhecimento não é submetido à verificação científica. − Infalível: explica os fenômenos e mistérios da vida através de verdades absolutas que não podem ser refutadas.− Sistemático: independente da religião, o conhecimento religioso é organizado em um conjunto de regras que se complementam. − Inspiracional: o conhecimento religioso é baseado em doutrinas e ensinamentos revelados de forma sobrenatural. O QUE É CIÊNCIA A sociedade ocidental produziu uma forma específica de explicar o mundo, chamada de ciência, ou seja, uma forma racional, objetiva, sistemática, metódica e refutável de formulação das leis que regem os fenômenos. A FILOSOFIA NO MÉTODO CIENTÍFICO Hipócrates – 460-355 a.C. • Correlaciona ferimentos cranianos a problemas motores. • Afirma que o cérebro é a parte mais importante do corpo e é onde está localizado o pensamento. • Postula que tanto as doenças neurológicas quanto as doenças mentais são distintas e localizam-se no cérebro. • Descreve a epilepsia como sendo um distúrbio do cérebro e estabelece que o cérebro está envolvido com nossas sensações e emoções e é o sítio da inteligência. Platão – 424-347 a.C. • No Timeo, atribui a ideia de imortalidade ao intelecto situado na cabeça, atribui a medula espinhal como sendo a parte mais importante do corpo. René Descartes – 1596-1650 • Primeiro filósofo moderno e anatomista: afirma que uma parte do ser humano, o corpo, é a máquina responsável pelos mecanismos físicos e biológicos e está ligada a outra parte do ser humano que se compreende como sendo indivisível, racional, imaterial, responsável pelo juízo moral e sofrimentos, que é a mente. • A glândula pineal é responsável pela união da mente com o corpo; res cogitans (coisa permanente) e res extensa (partes mecânicas). • Em 1649 publica “Paixões da alma e Discurso do Método”. TIPOS DE PESQUISAS • Pesquisa Etnográfica • Pesquisa Histórica • Pesquisa-ação • Pesquisa Experimental Pesquisa Etnográfica Tem por objetivo investigar em profundidade uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do que ocorre naquela realidade. Características: − Caráter holístico: descreve os fenômenos de maneira global, aceitando o cenário complexo e a totalidade da realidade investigada − Condição naturalista: o etnógrafo estuda as pessoas em seu habitat natural. − OBJETO LINGUAGEM MÉTODO OBSERVAÇÕES Conjunto de acontecimentos perceptíveis e, idealmente, mensuráveis. TEORIAS Estrutura teórica constituída por um sistema de relações causais que pretende explicar, prever e controlar a real, geralmente, representada por um modelo. HIPÓTESES Proposições que estabelecem relações entre dois ou mais conjuntos de acontecimentos. D E D U Ç Ã O I N D U Ç Ã O − O problema pode ser redescoberto no campo. O etnógrafo evita a definição rígida e antecipada de hipóteses. Exemplo: Filme - Baile Perfumado (1996) Tendo como protagonistas Lampião e seu bando, o fime retrata a vida de Lampião em interação com seu bando, em seu dia a dia, registrado por Duda Mamberti (Benjamim Abrahão), que decide filmar Lampião com o sonho de ficar rico No filme, numa pesquisa etnográfica, o personagem Abrahão sistematicamente e imparcialmente faz anotações ao ouvir depoimentos das pessoas envolvidas naquele grupo, observa o bando no seu dia a dia, bate fotos e faz filmagens, caracterizando assim, o nível descritivo da pesquisa. O método utilizado nesse tipo de pesquisa é o etnográfico, pois os agentes daquela comunidade são observados em interação no local. Pesquisa Histórica Estudo dos conhecimentos, processos e instituições passadas, procurando identificar e explicar as origens contemporâneas. Muitos dos problemas contemporâneos podem ser analisados e entendidos a partir de uma perspectiva histórica. E a partir da análise, evolução e comparação históricas se podem traçar perspectivas. Exemplo: Filme - Uma Cidade sem Passado (1990) Pesquisa-ação Está localizada na metodologia da pesquisa, orientada à prática educacional. Nessa perspectiva, a finalidade essencial da pesquisa não é o acúmulo de conhecimento sobre o ensino ou a compreensão da realidade, mas fundamentalmente, contribuir com informações que orientem a tomada de decisões e processos de mudança para a sua melhoria. O objetivo prioritário da pesquisa-ação consiste em melhorar a prática em vez de gerar conhecimentos; por isso, a produção e a utilização do conhecimento se subordinam a esse objetivo fundamental e estão condicionadas por ele. Pesquisa Experimental A base filosófica desta abordagem tem as suas origens nas tradições positivas e científico-realistas que começaram a ser desenvolvidas durante o Iluminismo, sendo depois consolidadas durante os séculos XVIII e XIX à medida que a “ciência” e a “tecnologia” começaram a exercer um domínio cada vez mais forte sobre a produção de conhecimento. Exemplo: Filme – O óleo de Lorenzo (1992) Reflexão, interpretação resultados - replanejamento Identificação de uma preocupação temática e abordagem do problema Elaboração de um plano de atuação Desenvolvimento do plano e coleta de dados sobre sua implantação METODOLOGIAS • Pesquisa Quantitativa • Pesquisa Qualitativa • Pesquisa Quali-quantitativa Pesquisa Quantitativa A Pesquisa Quantitativa é um estudo estatístico que se destina a descrever as características de uma determinada situação, medindo numericamente as hipóteses levantadas a respeito de um problema de pesquisa. Caracteriza-se pelo uso de ferramentas e técnicas estatísticas para análise dos resultados. Isso é necessário para permitir a medição das relações entre as variáveis, de maneira estritamente numérica. O pesquisador, praticamente não faz nenhum esforço intelectual. Cabe a ele coletar os dados e aplicar as ferramentas técnicas das estatísticas. E são as estatísticas que irão fornecer os resultados. O pesquisador não é analista, mas sim observador, pois não cabe a ele interferir nas análises dos resultados, apenas constatá-los. Essa tarefa normalmente é realizada por planilhas ou software de computadores, dado a quantidade e complexidade dos números, minimizando os eventuais desvios. Exemplos: Mestrados e Doutorados, especialmente nas Ciências Exatas ou Sociais. Pesquisa Qualitativa É uma pesquisa onde a principal ferramenta é o próprio pesquisador, pois é ele quem faz a análise dos dados coletados, buscando os conceitos, os princípios, as relações e os significados das coisas. O resultado depende inteiramente do esforço intelectual do pesquisador. Tem caráter valorativo: os critérios para identificação dos resultados não são numéricos, exatos. Tem como principal objetivo interpretar o fenômeno que observa. Seus objetivos são: a observação, a descrição, a compreensão e o significado. Não existe hipótese pré-concebidas; suas hipóteses são construídas após a observação, ou seja, dá ênfase da indução. Não existe “suposta certeza” do método experimental. Neste sentido, quem observa ou interpreta (o pesquisador) influencia e é influenciado pelo fenômeno pesquisado. Exemplo: Pesquisa Bibliográfica, Estudos de Casos. Pesquisa Quali-quantitativa Uma parte de um trabalho pode ser a coleta de dados e a elaboração de estatísticas, como resultado de pesquisas. Porém, no mesmo trabalho pode ter a possibilidade de quais são as causas desse resultado, cuja a abordagem será qualitativa. FAÇA A PERGUNTA Haverá aplicação de técnicas e ferramentas estatísticas em um trabalho? Não -> Qualitativa Sim -> Quantitativa ou Quali-quantitativaQUADRO COMPARATIVO QUANTITATIVA QUALITATIVA Objetivo Subjetivo Testa a Teoria Desenvolve a Teoria Uma realidade: o foco é conciso e limitado Múltiplas realidades: o foco é complexo e amplo Redução, controle, precisão Descoberta, descrição, compreensão, interpretação, partilhada Mensuração Interpretação Mecanicista: partes são iguais ao todo Organicista: o todo é mais do que as partes Possibilita análises estatísticas Possibilita narrativas ricas, interpretações individuais Os elementos básicos da análise são os números Os elementos básicos da análise são palavras e ideias O pesquisador mantém distância do processo O pesquisador participa do processo Sujeitos Participantes Independe do contexto Depende do contexto Teste de hipóteses Gera ideias e questões para pesquisa O raciocínio é lógico e dedutivo O raciocínio é dialético e indutivo Estabelece relações, causas Descreve os significados, descobertas Busca generalizações Busca particularidades Preocupa-se com as quantidades Preocupa-se com a qualidade das informações e respostas Utiliza instrumentos específicos Utiliza a comunicação e observação METODOLOGIAS • Amostra • Entrevista • Questionário • Relatório Amostra Qualitativa: não há preocupação em projetar resultados a população. O número de entrevistados geralmente é pequeno. Quantitativa: exige um número maio de entrevistados para garantir maior exatidão nos resultados. Os dados são divulgados para a população. Entrevista Qualitativa: são feitas discussões em grupo, conhecidas também como mesa-redonda, entrevistas em profundidade em que é feito um pré-agendamento do entrevistado e sua aplicação é individual. Quantitativa: o entrevistado identifica as pessoas que serão entrevistadas pelos seguintes critérios: sexo, idade, remo de atividade localização geográfica, etc. Questionário Qualitativa: geralmente as informações são coletadas por meio de um roteiro. As opiniões são gravadas e depois analisadas. Quantitativa: as informações são colhidas por meio de um questionário padronizado e uniformizado, com perguntas claras e objetivas. Relatório Qualitativa: as informações são analisadas de acordo com o roteiro aplicado e registradas em relatório, dando ênfase as opiniões, comentários e frases. Quantitativa: além de interpretações e conclusões, deve mostrar tabelas de percentuais e gráficos. → Estudos em que não há qualquer intervenção do pesquisador nos fatores de estudo. TIPOS DE ESTUDO Estudos Transversais • É um Estudo Epidemiológico que caracteriza- se pela observação direta de uma população em uma única oportunidade. • A grosso modo, é como se tirasse uma foto dessa população em estudo, não sabendo o passado e nem o futuro dessa população. O que você sabe é desse momento pontual em que coletou a exposição e o desfecho. • Ex.: Tabagismo e Câncer de Pulmão DOENTES NÃO DOENTES EXPOSTOS a b a + b NÃO EXPOSTOS c d c + d a + c b + d n (total) • O Estudo Transversal não prevê relação temporal, de causalidade, pois não sabe o que pode ter vido primeiro: se a pessoa já tinha câncer de pulmão e depois começou a fumar ou se ela fumou e por causa disso ela desenvolveu um câncer de pulmão. VANTAGENS: rápido, prático, barato e é útil para levantamento inicial de hipóteses. DESVANTAGENS: não consegue mostrar relação temporal entre as variáveis; é ruim para doenças raras (ex.: uma doença que acomete uma e um milhão – na sua população escolhida por não ter nenhum indivíduo com aquela doença). Estudos de Coorte • É um Estudo Epidemiológico que caracteriza-se como ponto de partida um fator de exposição a população (variável independente) • Ex.: Tabagismo VANTAGENS: consegue avaliar a incidência de uma doença, ou seja, o número de casos novos ao longo de um determinado período; observa a história natural daquela doença, a evolução daquela doença; há uma forte relação de causalidade. DESVANTAGENS: estudo caro; demanda muito tempo para concluir; ruim para doenças raras; perda de alguns indivíduos do estudo por demorar muito tempo; sujeito a confundidores. Estudos de Caso-Controle • É um Estudo Epidemiológico que caracteriza-se como ponto de partida um fator de desfecho a população (variável dependente) VANTAGENS: estudo relativamente bom para doenças raras (ex.: uma doença que acomete uma e um milhão – o estudo de caso-controle irá diretamente aquelas pessoas que possuem a doença e compara elas quem não a tem), barato e rápido. DESVANTAGENS: sujeito a vieses informação, seleção; relação temporal pouco precisa (muitas pessoas não irão lembrar com precisão algumas informações do passado para o estudo da doença) RELAÇÃO DE COORTE E CASO-CONTROLE População a ser estudada Medir n variáveis e medir algum desfecho, alguma doença. Porém, irá medir esses dois termos (exposição e desfecho) em uma única oportunidade. COORTE CASO-CONTROLE Tempo Tempo 0 0 Seleção de uma população com base em um fator (quem fuma e quem não fuma). Seleção de uma população com base em um fator (de ter ou não ter Câncer de Pulmão). Acompanhar a população ao longo de um tempo até espera o desfecho final (o Câncer de Pulmão) Volta no tempo; vai estudar o passado dessa população para saber se no passado se os indivíduos fumaram ou não fumaram e estabelecer o fator com o desfecho, que seria o C.P. COORTE RETROSPECTIVA Busca de dados registrados no passado, a respeito da exposição ou não de um determinado fator. A partir desses dados, irá no presente, analisar se essa população tem ou não o desfecho em questão. VANTAGENS: não precisa acompanhar a sua população em estudo por um longo período. Tempo 0 Presente → Estudos cuja finalidade é descrever/caracterizar o processo saúde- doença CLASSIFICAÇÃO 1. Quanto à Unidade de Estudo 2. Quanto à Intervenção do Investigador • O investigador intervém no estudo: onde ele determina quem são os indivíduos doentes e quem são os indivíduos não doentes ou quem são os indivíduos expostos ou os não expostos • Investigador observador: deixa a natureza determina o curso do estudo • ESTUDOS OBSERVACIONAIS: observar o processo saúde-doença sem intervir efetivamente • ESTUDOS EXPERIMENTAIS: Ex.: o investigador dá uma droga pra um determinado grupo do estudo e outro não dá essa droga ou pode expor a um determinado grupo a um fator ou não expor a um fator 3. Quanto ao Propósito Geral • Visa descrever o processo saúde-doença • DESCRITIVOS: • Ex.: Caso de Síndrome da Imunodeficiência Humana, que cada paciente tem um conjunto de sinais e sintomas, que é exemplificado pelos relatos de casos, pela série de caso, e ocorre quando está no processo de conhecer a doença, começando a descrever a doença. • ANALÍTICOS: quando, por exemplo, pega-se dois grupos, e visa, compará-los, visualizar as diferenças de cada grupo. TIPOS DE ESTUDO Relato de Caso • Pega um caso específico e descreve toda a sua história, desde o começo: Quando aconteceu; A semiologia; Os exames; Evolução do paciente. • O Relato de Caso entra na classificação como ESTUDO DESCRITIVO. Série de Casos • Pega um número maior de casos para descrever. • A Série de Casos entra na classificação como ESTUDO DESCRITIVO. Correlação (Ecológica) • Estuda as comunidades ou populações de forma indireta, ou seja, não irá perguntar a cada indivíduo a informação desejada, como sexo e idade. E sim, a partir de um banco de dados secundário, como o DATASUS, por exemplo, coletará informações sobre essa população e a partir dela fará seu estudo epidemiológico,analisando as variáveis, e formulando hipóteses. • A Correlação entra na classificação como ESTUDO ECOLÓGICO. Transversal ou Seccional • Observa a população alvo em apenas uma oportunidade. • Em uma única oportunidade coleta simultaneamente a variável independente e a variável dependente na população alvo. O que esse indivíduo saudável fez que pode ter influenciado para ele ficar doente. Saudável Doente Indivíduo População Estudo Individual Estudo Ecológico VARIÁVEL DEPENDENTE Doença propriamente dita ou a condição final. Ex.: Câncer de pulmão – depende de um fator causal para aparecer. VARIÁVEL INDEPENDENTE Corresponde ao fator causal suspeito. Ex.: Tabagismo – Fator causal para câncer de pulmão – tabagismo como variável independente Linha do Tempo Pode ser chamado de Estudo Seccional: coleta de dados em um determinado espaço- tempo SECÇÃO Coorte • Escolhe a população com base na variável independente. • Ex.: Tabagismo – escolhe as pessoas que já fumam e acompanham essas pessoas ao longo do tempo até esperar o desfecho, que no caso será o câncer de pulmão. Caso-controle • Escolhe a população com base na variável dependente. • Ex.: Câncer de Pulmão – escolhe pacientes com câncer de pulmão e outras sem câncer de pulmão e compara as duas populações. Porém há uma investigação do passado dos pacientes, contrário a linha do tempo; investigar o passado deles, se já fumaram antes, por quanto tempo fumou. Ensaio Clínico ou Estudo Experimental • O Ensaio Clínico entra na classificação como ESTUDO EXPERIMENTAL OU DE INTERVENÇÃO. • É o próprio investigador que vai determinar quem é exposto e quem não é exposto. Ou seja, escolhe uma determinada população para distribuir uma medicação para uns e uma não medicação para outros, selecionando um grupo de expostos e outro grupo de não expostos. Metanálise • Quando há uma busca de meios de ferramenta como, Club Med, Scielo, e pesquisa vários estudos feitos, e analisa esses estudos de uma forma geral. E a partir da análise desses estudos em conjunto, tentará a buscar uma conclusão que talvez não fora conseguida em cada um desses estudos individualmente. Expostos Não Expostos Exercícios para N1 MEP I 01. A Metodologia Científica é o conjunto de etapas ordenadamente dispostas a serem executadas na investigação de um fenômeno. A Metodologia Científica é constituída pelas etapas de formulação do problema, formulação de hipóteses, coleta dos dados, análise dos dados, conclusões e generalizações. Sobre a elaboração de hipóteses, assinale a afirmativa incorreta. A A hipótese é uma resposta em potencial para a pergunta deduzida pelo pesquisador, a partir da revisão bibliográfica. B Em estudos quantitativos, as hipóteses não podem ser testadas por meio de testes estatísticos. C Hipótese é uma aposta que o pesquisador faz sobre os resultados prováveis de pesquisa. D A formulação de hipóteses deriva necessariamente do problema em questão. E A hipótese se caracteriza por apresentar uma força explicativa provisória, que será verificada no trabalho de campo. 02. Uma determinada metodologia médica preconiza a aplicação do método científico a toda e qualquer prática, seja ela de natureza clínica ou cirúrgica, empregando técnicas originadas da Ciência, da Engenharia e da Estatística. Essa metodologia se fundamenta na aplicação do método epidemiológico à pesquisa clínica, sendo estruturada de forma a permitir uma análise consolidada das publicações científicas existentes sobre um certo assunto, com vistas a apoiar decisões na prática. Além disso, faz uma revisão da literatura que pode ser acompanhada de um somatório estatístico dos resultados de cada estudo. Essa metodologia descrita acima é mais conhecida como medicina A alternativa B ayurvédica C ortomolecular D baseada na autoridade E baseada em evidências 03. A Pesquisa é uma ação acadêmica e por isso o pesquisador deve levar em conta determinadas condições e critérios para que seja validada. Diante disso podemos afirmar que a pesquisa deve ser um procedimento: a) formal e assistemático e não que tem como objetivo proporcionar resposta aos problemas que são propostos. b) informal e sistemático que tem como objetivo proporcionar resposta aos problemas que são propostos. c) Ametódico que visa confirmar as afirmativas do senso comum, independente de experimentação. d) racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar resposta aos problemas que são propostos. e) racional e assistemático que tem como objetivo proporcionar resposta aos problemas que são propostos. 04. "O ministério da saúde adverte: Fumar faz mal à saúde". Você já leu isso em muitos jornais e revistas, já ouviu, com poucas variações, campanhas em rádio e televisão sobre esse mesmo assunto. Sobre que tipo de conhecimento se fundamenta a advertência do Ministério da Saúde? a) A advertência do governo tem caráter religioso, porque pretende associar a prática do fumo à quebra de um dogma; b) A advertência do governo tem fundamento popular, porque o preço do cigarro não permite que todas as pessoas comprem cigarros; c) A advertência do governo tem fundamentação filosófica, porque homens não fumantes são mais felizes. d) A advertência do governo tem caráter moralista, porque preocupa-se com o mal exemplo social dessa prática para as crianças; e) A advertência do ministério da Saúde tem fundamento científico, porque o fumo é um dos causadores de doenças pulmonares e altamente cancerígeno 05. Desnutrição entre crianças quilombolas. “Cerca de três mil meninos e meninas com até 5 anos de idade, que vivem em 60 comunidades quilombolas em 22 Estados brasileiros, foram pesados e medidos. O objetivo era conhecer a situação nutricional dessas crianças.(...) De acordo com o estudo,11,6% dos meninos e meninas que Vivem nessas comunidades estão mais baixos do que deveriam,considerando-se a sua idade, índice que mede a desnutrição. No Brasil, estima-se uma população de 2 milhões de quilombolas. A escolaridade materna influencia diretamente o índice de desnutrição. Segundo a pesquisa, 8,8% dos filhos de mães com mais de quatro anos de estudo estão desnutridos. Esse indicador sobe para 13,7% entre as crianças de mães com escolaridade menor que quatro anos. A condição econômica também é determinante. Entre as crianças que vivem em famílias da classe E (57,5% das avaliadas), a desnutrição chega a 15,6%; e cai para 5,6% no grupo que vive na classe D, na qual estão 33,4% do total das pesquisadas. Os resultados serão incorporados à política de nutrição do País. O Ministério de Desenvolvimento Social prevê ainda um estudo semelhante para as crianças indígenas.” BAVARESCO, Rafael. UNICEF/BRZ. Boletim, ano 3, n. 8, jun. 2007. O boletim da UNICEF mostra a relação da desnutrição com o nível de escolaridade materna e a condição econômica da família. Para resolver essa grave questão de subnutrição infantil, algumas iniciativas são propostas: I distribuição de cestas básicas para as famílias com crianças em risco; II programas de educação que atendam a crianças e também a jovens e adultos; III hortas comunitárias, que ofereçam não só alimentação de qualidade, mas também renda para as famílias. Das iniciativas propostas, pode-se afirmar que (A) somente I é solução dos problemas a médio e longo prazo. (B) somente II é solução dos problemas a curto prazo. (C) somente III é solução dos problemas a curto prazo. (D) I e II são soluções dos problemas a curto prazo. (E) II e III são soluções dos problemas a médio e longo prazo. 06. Conquistar um diploma de curso superior não garante às mulheres a equiparaçãosalarial com os homens, como mostra o estudo “Mulher no mercado de trabalho: perguntas e respostas”, divulgado pelo nesta segunda-feira, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher. Segundo o trabalho, embasado na Pesquisa Mensal de Emprego de 2009, nos diversos grupamentos de atividade econômica, a escolaridade de nível superior não aproxima os rendimentos recebidos por homens. No caso do comércio, por exemplo, a diferença de anos ou mais de estudo é de R$ 616,80 a mais para os homens. Quando a comparação é feita para o nível superior, a diferença é de R$ 1.653,70 para eles. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/boachance/mat/2010/03/08>. Acesso em: 19 out. 2010 (com adaptações). Considerando o tema abordado acima, analise as afirmações seguintes: I. Quanto maior o nível de analises dos indicadores de gêneros, maior será a possibilidade de identificação da realidade vivida pelas mulheres no mundo do trabalho e da busca por uma política igualitária capaz de superar os desafios das representações de gênero. II. Conhecer direitos e deveres, no local de trabalho e na vida cotidiana, é suficiente para garantir a alteração dos padrões de inserção das mulheres no mercado de trabalho. III. No Brasil, a desigualdade social das minorias étnicas, de gênero e de idade não está apenas circunscrita pelas relações econômicas, mas abrange fatores de caráter histórico-cultural. IV. Desde a aprovação da constituição de 1988, tem havido incremento dos movimentos gerados no âmbito da sociedade para diminuir ou minimizar a violência e o preconceito contra a mulher, a criança, o idoso e o negro. (A) I e II. (B) II e IV. (C) III e IV. (D) I, II e III. (E) I, III e IV. Gabarito: 1.B 2. E
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