Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Reprodução Animal III Inseminação Artificial (IA) A inseminação artificial é uma técnica de reprodução em que o sêmen de um touro é depositado no aparelho reprodutivo da vaca pelo homem, com a utilização de equipamentos específicos, com o objetivo de fecundar uma fêmea sem o contato físico do macho. Vantagens da Inseminação Artificial • Melhoramento Genético • Maior aproveitamento de animais superiores pela possibilidade de gerar um maior número de filhos • Prevenção de doenças transmitidas pelo touro • Possibilita o uso de sêmen de reprodutores provados geneticamente com preços acessíveis • Permite escolher sêmen que poderá reduzir os problemas de parto • Possibilidade de cruzamento de diferentes raças • Padronização do rebanho • Prevenção de acidentes com reprodutores e ser humano • Permite utilizar sêmen de reprodutores que já morreram • Permite o uso de sêmen sexado (escolha do sexo da cria) • Controle zootécnico mais eficiente Limitações da IA • Necessidade de mão de obra especializada • Detecção do cio da vaca realizada pelo homem • Má aplicação da técnica Para o sucesso do programa de inseminação artificial deve-se considerar alguns fatores como a importância do inseminador, das instalações e do manejo da propriedade. Aparelho Reprodutivo da Vaca O Cio da Vaca O cio é o período em que a fêmea aceita a monta. Normalmente dura de 10 a 18 horas e repete com intervalo médio de 21 dias, podendo variar de 17 a 24 dias. 1 - Observe sinais de proximidade do cio • Vulva inchada e brilhante • Corrimento vaginal cristalino (semelhante à clara de ovo) • Urina frequentemente • Apresenta cauda erguida • Inquietação • Perda de apetite • Monta em outras vacas e não aceita ser montada • Berra constantemente 2 - Identifique o Cio da Vaca A observação para identificação do cio da vaca deve ser diária. Quanto maior o número de observações maiores são as chances para detectar uma vaca em cio. 3- Cios Não Aproveitáveis Não inseminar fêmeas que apresentem: • Cio com infecção uterina (corrimento vaginal não cristalino); • Cio ocorrido antes de 45 dias após o parto; • Cio de encabelamento (cio que ocorre em alguns animais entre o quarto e quinto mês de gestação); • Cio em novilhas com peso corporal abaixo do recomendado para a inseminação. 4 - Conheça o Rufião O rufião é utilizado para auxiliar a identificação de cio das vacas, podendo ser utilizados machos ou fêmeas. Os machos são touros preparados cirurgicamente para evitar a liberação de espermatozóides ou a cópula e as fêmeas recebem tratamento hormonal, chamadas de fêmeas androgenizadas. 5- Identificar o Momento de Inseminar Observação do cio Inseminação Pela manhã À tarde do msm dia Pela tarde No outro dia bem cedo 6- Materiais de IA • Botijão com nitrogênio • Régua para aferição do nível de nitrogênio • Sêmen • Termômetro • Pinça • Recipiente isotérmico para descongelamento de sêmen ou descongelador eletrônico de sêmen • Cortador de palhetas • Aplicador • Relógio • Papel toalha • Bainha descartável • Luva descartável a) O Botijão • O botijão é um equipamento utilizado para armazenar e manter o sêmen conservado. • A temperatura de conservação do sêmen é de 196ºC negativos. Essa temperatura é atingida com o uso de nitrogênio em estado líquido, que evapora e diminui com o tempo. Cuidados ao Manusear o Botijão • O botijão deve ser mantido em local ventilado, sem umidade e sem incidência direta de raios solares. Para proteger o botijão de pancadas ou batidas pode-se utilizar uma caixa externa. Verifique o Nível do Nitrogênio • Ao utilizar o botijão deve-se monitorar a quantidade de nitrogênio para assegurar a viabilidade do sêmen. Caso não utilize o botijão regularmente, a verificação do nível de nitrogênio deverá ser semanal. • É utilizado uma régua para medir o nível de nitrogênio. O nível de nitrogênio deve estar sempre acima de 15 centímetros. b) O Aplicador Universal • O aplicador universal possui extremidades com diferentes diâmetros recomendados para a palheta média ou fina. Identifique o tipo de palheta para selecionar o lado do aplicador. • Na palheta possui dados para identificação do fornecedor, nome do reprodutor, raça, registro e partida. Realizando a Inseminação 1 - Reúna o material 2 - Contenha o animal 3 - Calce a luva 4 - Faça a limpeza do reto da vaca • Ao limpar o reto da vaca examine a cérvix e realize massagem para verificar as condições do muco. • O muco (corrimento vaginal) deve estar limpo e translúcido, como clara de ovo. 5 - Limpe a vulva da vaca 6 - Retire a luva 7 - Prepare a bainha • Exteriorize apenas a extremidade da bainha onde encaixará a palheta. 8 - Prepare a água para o descongelamento do sêmen • A temperatura da água para descongelamento do sêmen deve estar entre 35 e 37ºC por 30 segundos. •Use sempre termômetro para aferir a temperatura da água. • Pode ser utilizado o descongelador eletrônico de sêmen, ao utilizá-lo siga as recomendações do fabricante. 9 - Identifique o sêmen do touro a ser utilizado 10 - Retire a palheta do botijão • A palheta deverá ser retirada com auxílio de uma pinça • Ao suspender o caneco com o sêmen desejado mantenha-o a uma altura máxima de 7 cm abaixo da boca do botijão. • Havendo demora em retirar a palheta do botijão, mergulhe o caneco novamente no nitrogênio e aguarde alguns segundos para repetir a operação. 11 - Coloque a palheta na água 12 - Retire a palheta da água 13 - Enxugue a palheta com papel toalha 14 - Corte a palheta • O corte deverá ser feito na extremidade oposta à bucha da palheta. 15 - Encaixe a palheta na bainha 16 - Introduza a cânula do aplicador na bainha • A cânula do aplicador envolverá a palheta e será envolvido pela bainha. • Observe que o aplicador universal possui uma extremidade com diâmetro menor para palheta fina e outra extremidade com diâmetro maior para a palheta média. 17 - Trave a bainha na cânula do aplicador 18 - Introduza o êmbolo na cânula do aplicador 19 - Calce a luva 20 - Leve o aplicador para o local onde se encontra a vaca 21 - Abra a vulva da vaca 22 - Introduza o aplicador na vagina da vaca • Introduza o aplicador com uma leve inclinação no sentido superior da vagina e siga até o fundo de saco vaginal. 23 - Introduza delicadamente a mão no reto da vaca • Ao introduzir a mão no reto da vaca, localize a cérvix (colo uterino). 24 - Direcione o aplicador até a entrada da cérvix (colo uterino) 25 - Passe o aplicador pela cérvix (colo uterino) 26 - Localize o local de deposição do sêmen • Com o dedo indicador localize o final da cérvix. • O sêmen será depositado logo após o último anel da cérvix. 27 - Pressione o êmbolo e deposite o sêmen lentamente 28 - Retire o aplicador cuidadosamente 29 - Retire o braço 30 - Faça uma massagem no clitóris 31- Desmonte e limpe o material • Ao desmontar o aplicador verifique se há presença de sangue, pus ou outra alteração. 32- Fazer a Previsão da Data do Parto Inseminação Artificial em Tempo Fixo - IATF A inseminação artificial impacta positivamente todo o sistema de produção de gado, e a IATF é a principal ferramenta que facilita e viabiliza esse processo. A IATF faz uso de protocolos hormonais que, por oferecerem maior controle sobre a ovulação, permite inseminar um grande número de animais na menor janela de tempo possível. Entre os principais benefícios da tecnologia estão: • Possibilidade de inseminar matrizes em anestro (que não estão apresentando cio); • Oportunidade de inseminar uma fêmea sem a detecção do cio; • Antecipação das prenhezes dentro da estação de monta; • Diminuição da duração da estação de monta; • Concentração dos partos, facilitando os manejos;•Padronização do rebanho e consequente homogeneidade dos lotes de manejo; •Aceleração do melhoramento genético do rebanho; • Possibilidade de cruzamento entre raças (ex: Zebuínos x Taurinos); • Aumento do número de filhos de um reprodutor; • Controle zootécnico do rebanho, possibilitando o aumento da pressão de seleção dos animais; • Monitoramento mais preciso das perdas de gestação. Detecção de Estro: O grande problema da IA • Fêmeas Bos indicus apresentam cio de curta duração • Alta incidência de cios que iniciam e terminam a noite • A cada cio perdido ocorre atraso de no mínimo 21 dias no intervalo parto/concepção • A detecção do cio é fator limitante para o emprego da IA • A baixa taxa de ciclicidade no pós-parto, é fator limitante para o emprego da IA Hormônios Utilizados para Controle da Reprodução 1-Prostaglandinas 2-Progesterona/Progestágenos 3-Estrógenos 4-GnRH/ LH / hCG 5- FSH e Ecg Prostaglandina (PGF2a) É indutora de luteólise e melhora o ambiente uterino para o desenvolvimento da concepção inicial. O tratamento somente com prostaglandina não sincroniza a ovulação e não permite a inseminação artificial em tempo fixo A prostaglandina age apenas em animais que apresentam ciclicidade (presença de corpo lúteo) Progesterona / Progestágenos a progesterona realiza a função de estimulação de glândulas endometriais e crescimento das glândulas uterinas e mamárias. • Aumenta a frequência dos pulsos de LH em vacas em anestro • Evita a ocorrência de ciclos de curta duração após a indução da ovulação em vacas em anestro • Melhora o desenvolvimento embrionário e a manutenção da gestação • Prolonga a fase luteínica de animais cíclicos • Sensibiliza o sistema reprodutivo e induz a emergência de onda folicular e ovulação em animais em anestro Estrógenos • A associação de estrógeno e P4 promovem a sincronização de uma nova onda folicular cerca de 4 a 5 dias após sua aplicação. • Provoca ovulação com manifestação de estro em animais em anestro, tratados previamente com progesterona • Aumenta a sincronização do estro pelo aumento do pico de LH GnRH/ LH / hCG • A aplicação de GnRh no momento da IATF melhora a sincronização da ovulação e as taxas de prenhez. •Sincroniza a ovulação em animais tratados previamente com progesterona eCG na IATF • Tem um papel fundamental para a superovulação e transferência de embriões, sendo manipulado em dose única e não prejudicando o embrião eCG – Gonadotrofina coriônica equina Função: FSH e LH Meia-vida longa Indicada para animais em anestro Proposta para IATF em Bos indicus Biotecnologia de Embriões A biotecnologia utiliza células vivas para desenvolver ou manipular produtos com fins específicos, como, por exemplo, os alimentos transgênicos. Embriões In vitro • Oócitos colhidos por Punção Folicular são processados em laboratório e geram embriões In vivo • Embriões são colhidos de doadoras previamente superovuladas e inseminadas Superovulação - Animais geneticamente superiores - Melhoramento genético da pecuária - Técnica mais antiga “ Vaca naturalmente ovula um óvulo a cada 21 dias” Embriões são produzidos no útero das fêmeas, sem uso de laboratório, com indução de hormônios para que vários folículos cresçam nos ovários A técnica de superovulação é um dos passos fundamentais no programa de transferência de embriões em bovinos. Tem como objetivo estimular, através de administração de hormônios, o desenvolvimento de muitos folículos até o estágio no qual possam ovular. Como fazer uma vaca Superovular ? • Estimulando uma super - foliculogênese • Permitir que um pool de folículos ovulatórios atinja a ovulação • Suplementar por via exógena um aporte de FSH, antes do desvio folicular, que permita que vários folículos cheguem a fase pré-ovulatória Os Protocolos de Superovulação • Início de aplicação em dias de crescimento folicular (geral// entre o D9 e D12) •Hormônios em geral de curta vida média – injeções 12 em 12 hs • O período de indução dura de 4 a 5 dias • As doses são decrescentes e por via intra-muscular Inseminação Artificial • Em geral, 12 horas após a última dose de FSH, a doadora entra em cio • São realizadas 2 ou 3 inseminações com intervalos de 8 ou 12 horas • A última IA é realizada geralmente com a doadora fora do cio Colheita de Embriões • A colheita dos embriões é efetuada ao sétimo dia depois do dia em que a doadora recebeu pelo menos duas inseminações • Ao 7o dia = ↑ probabilidade embriões no útero •Neste momento = embriões próximos junção útero-tubárica • Estágios embrionários compatíveis e de interesse são: -Mórula (Mo); -Jovem Blastocisto (Bi); -Blastocisto (Bl) -Blastocisto Expandido (Bx) • Contenção em brete seguro • Anestesia epidural – lidocaína 2% 4-5ml • Limpeza e assepsia da região perineal e vulvar • Introdução de sonda Foley por via vaginal em corno uterino com guia de aço inox • Infla-se balão de ar no terço médio de um corno uterino (20 ml de ar) • Retirada do guia • Acoplagem do sistema de mangueiras e PBS • Fluxo e refluxo de PBS em câmara uterina (envio de frações de 40 a 50 ml de PBS na câmera uterina) • Abre e fecha – fluxo refluxo total 500 ml por corno • Auxílio da lavagem com massagem por via retal. • Recuperação em filtro coletor Seleção e Processamento de Embriões • Logo após colheita - filtro coletor é levado ao laboratório • Banho no filtro com o meio PBS (tampão fosfato- salino ou phosphate buffered saline) - auxílio de seringa e agulha • Deposição de líquido em placas de Petri • Busca e seleção de embriões em Microscópio Estereoscópio 40 a 100X • Estruturas encontradas são capturadas e lavadas várias vezes em meio PBS+0,4% BSA (Albumina Sérica Bovina) • Manipulação feita com auxílio de ponteira ou micropipetador • Embriões envasados palhetas de 0,25 ml individualmente Mórula Jovem Blastocisto Blastocisto Blastocisto Expandido Avaliação e Classificação Embrionária Qualidade Embrionária Código 1 Excelente ou Bom Código 2 Regular Código 3 Pobre Código 4 Morto ou Degenerado Qualidade 1 • Excelente: embrião em desenvolvimento compatível com sua idade e sem nenhum defeito citológico visível • Bom: embrião em desenvolvimento compatível com sua idade e com um defeito citológico: blastômero no EPV Qualidade 2 • Embrião em desenvolvimento compatível com sua idade e com 2 defeitos citológicos: extrusão de 2 blastômeros; alguns grânulos no citoplasma; blastômeros assimétricos. Qualidade 3 • Embrião em desenvolvimento compatível com sua idade e vários defeitos citológicos: zona pelúcida oval; muitos grânulos citoplasmáticos; coloração alterada Qualidade 4 ou Degenerado • Embrião em desenvolvimento incompatível com sua idade. Morto. Deve ser descartado Envase e Transporte para TE • Viabilidade inalterada até 8 Horas. • Transporte em caixa de isopor a temp. ambiente • Transportador de embriões Transferência de Embriões A Transferência de Embriões (TE) é uma técnica que consiste na estimulação hormonal dos ovários de uma fêmea de alto valor genético (doadora), seguida da inseminação artificial, para a obtenção de vários embriões, que serão coletados e transferidos para fêmeas receptoras. • Receptoras devem ser sincronizadas com doadoras • Cio: 24hs antes da doadora, mesmo dia ou 24hs após doadora • Sincronização com Pgf2α ou implante IATF • Superovulação está sendo pouco utilizada hoje no Brasil pela chegada da FIV • Embriões podem ser congelados com bons resultados de prenhezProdução in vitro de Embriões em Bovinos A produção in vitro de embriões em bovinos é uma técnica reprodutiva que permite que o espermatozoide e o oócito interajam fora do trato reprodutivo da fêmea. Dessa forma, tem-se a formação de um novo indivíduo. Depois que houver a fertilização (FIV) e o cultivo in vitro do zigoto, o material será transferido para o útero de uma fêmea reprodutora (TE). FIV X ICSI • Processo Normal de fertilização: sptz-zp, reação acrossômica, fusão, e penetração na membrana plasmática. • ICSI: deposição da célula espermática diretamente no citoplasma do oócito. Como gerar embriões in vitro ? • Mimetizar ou copiar em laboratório todas as condições fisiológicas da vaca durante a ovulação, fecundação e desenvolvimento embrionário • Estes fenômenos fisiológicos que duram 8 dias coincidem com as fases de estro, metaestro e início do diestro Como criar condições fisiológicas ? • Temperatura – 38,5°C • Pressão Atmosférica – 5% CO2 • Umidade Relativa – 90 % • Esterilização – Total • Toxicidade – Nula A composição dos meios de cultura e o requerimento dos embriões mudam de acordo com o estágio de desenvolvimento na trompa, no útero ou nos folículos Etapas • Obtenção dos oócitos - Aspiração folicular • Transporte da fazenda ao laboratório • Maturação in vitro • Fertilização in vitro • Cultivo in vitro • Transferência dos embriões Obtenção dos Oócitos OPU: Aspiração Folicular guiada por Ultrassonografia OPU= Ovum Pick Up Objetivo : obtenção in vivo de oócitos de animais de alto valor zootécnico Sistema de Aspiração • Bomba de vácuo cria pressão negativa em tubo ligado a agulha • Agulha guiada através de guia especial ligada a aparelho de ultra-som Princípios básicos da morfologia oocitária Complexos cumulus-oócito (COC) Ovócitos → substâncias reguladoras → células do cumulus → participação ativa no mecanismo de crescimento e maturação dos ovócitos. • Comunicação entre as células do cumulus e o oócito é bidirecional e essencial para a maturação nuclear e citoplasmática. • Conseqüentemente, ela viabiliza a competência do oócito para a fecundação e geração de um embrião com alto potencial de desenvolvimento Oócitos Antes da MIV, oócitos classificados pelas características do citoplasma e das células do cumulus. Maior Potencial de Viabilidade • Ooplasma homogênio com granulações finas • Coloração marrom • Completamente envolvido por várias camadas de células do cumulus dispostas de forma compacta Classificação com escala de 1 a 4 Qualidade 1 •Cumulus compacto, com várias camadas de células (mais de três) •Ooplasma com granulações finas e homogêneas, preenchendo o interior da zona pelúcida e de coloração marrom Qualidade 2 •Cumulus compacto, parcialmente presente ao redor do oócito (ou rodeando completamente), com menos de 3 camadas celulares •Ooplasma, com granulações distribuídas heterogeneamente, podendo estar mais concentrada no centro e mais clara na periferia ou condensadas em um só local aparentando uma mancha escura. O ooplasma preenche o espaço do interior da zona pelúcida. Qualidade 3 •Cumulus presente, mas escasso ou expandido. •O citoplasma apresenta-se contraído, degenerado, fragmentado ou apresentando vacúolos Qualidade 4 • Desnudo: o citoplasma possui granulações homogêneas, mas as células do cumulus estão ausentes. • Atrésicos: o citoplasma possui granulações irregulares e células do cumulus enegrecidas. Transporte dos Oócitos - Tubos de 4 ml - Estufa portátil - Placas em bolsas plásticas gaseificadas - Tubos Eppendorf® - Criotubos de 1 ml - Tubos mantidos em banho-maria - Palhetas 0,25 ml - Hepes - Soro fetal - Piruvato - Fsh - Lh - Estradiol - Gentamicina - Glutamina • 36,0ºC • Transportador Maturação oocitária in vivo -Pico LH -Expansão cls cumulus -Ativação MPF -Prófase I a metáfase II -Maturação citoplasmática Laboratório / FIV Palheta de sêmen descongelada: - 35-37° C - 20 a 30 segundos Meio FIV Capacitação espermática: epinefrina, penicilamina e hipotaurina Heparina: reação acrossomal Fecundação in vitro • Realizada 24 h após o início maturação • Sptzs separados do diluidor por centrifugação em gradiente de Percoll (45 e 90%), de 700 a 900xg durante 20-30 min • Aproximadamente 100x103 sptzs adicionados a cada gota de 100μL de meio (TALP-FIV ou FERT- TALP), contendo 20 a 40 oócitos por gota de FIV (5 a 2.500 sptz/oócito) • Incubação: 38,5°C/ 18 a 20 h/ 5% de CO2 em ar e umidade saturada Laboratório / CIV Retirada do excesso de células do cúmulus e dos espermatozóides aderidos à membrana Zigotos são transferidos a gotas de 50l com meio de cultivo específico (CIV) e permanecerão em incubadora por 7 dias Feeding (D4) - Seleção mórulas - Retirada de tapete celular - Adição de meio (CR 2) - Meio base - Soro fetal bovino - Alanina - Glicina - Albumina (fração 5) - Gentamicina - Previsão ao criador Diferenças entre SOV e PIV In vivo (Superovulação) In vitro (Laboratório) Índice de prenhez 60% Blastocisto com 140 céls Congelamento eficiente 50% F e 50% M 2 Doses de Sêmen/Vaca/SO Multip. Mais lenta Com hormônios Índice de prenhez 45% Blastocisto com 120 céls. Congelamento ineficiente 60%M e 40%F 1 Dose para até 10 Vacas Multip. Mais rápida Sem hormônios Biotécnicas Aplicadas a Embriões Produzidos In vivo ou In vitro Diferenças entre embriões PIV e produzidos in vivo: •Zona pelúcida: maior sensibilidade à atividade enzimática • Maior quantidade de lipídios intracelular •Menor capacidade de compactação dos blastômeros: complexos juncionais menores e em menor quantidade Adequada maturação citoplasmática (?) - pior qualidade embrionária (?) Sexagem de Embriões • Permite a identificação do sexo do embrião • Direcionamento da cadeia de produção – machos ou fêmeas • Retira-se um fragmento através de micro manipulação do embrião com 7 dias • Técnica de eletroforese evidenciará através do DNA qual é o sexo do embrião • Método invasivo, porém funcional Bipartição Embrionária •Divisão de um embrião através de micromanipulação em duas partes • Produção de gêmeos • Técnica pioneira em estudos de clonagem •Custo do equipamento (micromanipulador) é elevado • Mão-de-obra especializada (treinamento) Congelação de Embriões Bovinos • Criopreservação • N2 (- 196ºC) • Metabolismo celular quiescência • Conservação por tempo indeterminado Etapas Congelação tradicional – Método Lento • Exposição do embrião à solução crioprotetora (diferentes crioprotetores e associações) • Resfriamento • Armazenamento N2 • Aquecimento (descongelação) • Remoção do crioprotetor • Transferência para receptoras Vitrificação • Congelação ultra-rápida • Nitrogênio líquido • Vários crioprotetores e associações • Diminui a formação de cristais de gelo intra-celular • Diminui danos ao embrião • Reidratação embrião • Sucesso com embriões produzidos in vivo • 50% a 60% de prenhez • Embriões in vitro • 20% a 40% de prenhez • Vitrificação Clonagem Células somáticas embrionárias ou adultas • Blastômeros • Cels granulosa • Fibroblastos • Cels epiteliais • Cels gls mamárias • Cels oviduto • Cels musculares • Leucócitos - Injeção direta no citoplasto - Introdução do núcleo no espaço perivitelíneo - Pulsos elétricos ou substs químicas (fusão mbs e ativação oocitária- influxo Ca2+ ) Transgênese: • injeção pronuclear de DNA exógeno • Uso de retrovírus (infeção de embriões com vetores contendo DNA exógeno) Os animais transgênicos são aqueles que tiveram seu patrimônio genético alterado com a introdução de genes de outras espécies quenão a sua. Isto ocorre através da introdução de um gene de interesse no núcleo de um óvulo já fecundado. O objetivo é fazer com que o gene exógeno se expresse neste animal "hospedeiro" Por que produzir animais transgênicos? • Novos conhecimentos • Produzir rebanhos e/ou animais resistentes geneticamente à doenças • Melhorar caracteres produtivos dos animais (por ex. alteração benéfica da composição do leite, de forma a produzir queijo de melhor qualidade, leite com mais ptns, sem substâncias alergênicas ou não toleradas, proteínas terapêuticas, animais com maiores índices de crescimento) • Produzir fármacos de alta complexidade biológica a partir de fluidos corporais dos animais geneticamente modificados Inseminação Artificial em Cadelas e Gatas Exame Ginecológico Definir o momento ótimo para acasalamento, inseminação ou prevenção Diagnóstico de gestação Diagnóstico de alterações Ciclo estral da Cadela • Monoéstrica não sazonal • Proestro → Estro → Diestro → Anestro Proestro • Clínico - Edema vulvar (túrgida) - Corrimento vaginal sanguinolento • Endocrinológico -Aumento progressivo de estrógenos • Comportamental -Atrai machos → não receptiva ao acasalamento Estro • Clínico - Edema vulvar (macia) - Corrimento vaginal sanguinolento (diminui) • Endocrinológico ↑ Progesterona + ↓ estrógenos = LH • Comportamental -Atrai machos → receptiva ao acasalamento Diestro • Clínico -Leve a ausente edema vulvar -Pouco a ausente corrimento vaginal sanguinolento • Endocrinológico ↑↑ Progesterona • Comportamental - Não é receptiva Anestro • Clínico -Vulva pequena -Ausente corrimento vaginal • Endocrinológico -Níveis basais (Final ↑ P4, E2, LH e FSH) • Comportamental - Não é receptiva Ciclo estral da Gata • Poliéstrica estacional • Fotoperíodo positivo: 14 horas/luz/dia • Luz natural: cios cessam no inverno • Luz artificial: cios são contínuos • Ovulação induzida pelo coito Citologia vaginal • Para observação da fase do ciclo estral Tipos celulares 1 - Células basais 2 - Células parabasais 3-Células intermediárias 4 - Células superficiais 5 - Células superficiais anucleadas 6 - Célula “espumosa” 7 - Célula do “metaestro” Inseminação Artificial em Cadelas • Citologia vaginal • Preparação do Esfregaço vaginal/Coloração • Colheita de Sêmen - Manipulação Digital • Avaliação do sêmen • Lavagem da vagina • Intra-Vaginal Avaliação do Sêmen Cães • Cor e odor • Volume • Ph • Motilidade (%) • Vigor (0 a 5) • Concentração (1:100) • Morfologia (Pope) Características Seminais dos Cães Volume (mL) 20 – 60 mL pH 7,4 (7,0 a 7,9) Concentração (total) 30 a 250 x 106 % Motilidade 40 – 70 Inseminação Artificial em Gatas • Detecção do Estro: Comportamento, exame físico e citologia vaginal • Colheita do sêmen: vagina artificial ou eletroejaculação • Avaliação do sêmen • Lavagem da vagina • Intra-vaginal • Intra-uterina Considerações Anatômicas – Macho • Testículos - Esférico/Ovóide → 1,5 X 1,0 X 1,0 cm • Próstata - 4 lóbulos esféricos → 1,0 cm compr. - Cobre a uretra dorsalmente • Glândulas Bulbouretrais - Forma Ervilha → 2 a 5 mm diâmetro • Pênis - Ventral ao escroto → 21,2 mm compr e 5 mm diâmetro - Osso peniano → 3 a 5 mm compr - Espículas → 120 a 150 (6 a 8 fileiras circulares) Andrógeno-dependentes Colheita do Sêmen Eletroejaculação (Anestesia – JEJUM!!) • Ketamina (10 a 20 mg/kg): - Fraco relaxamento muscular - Estimula SNC: pode levar a convulsões • Ketamina + Xilazina - Relaxamento do colo da bexiga: urina • Tiletamina + Zolazepam + Morfina - Dose depende da espécie Problemas da Eletroejaculação • Contaminação com urina - Posicionamento da probe - Protocolo anestésico • Estímulos inadequados - Voltagem, amperagem ou probe inadequada - Protocolo de eletroejaculação inadequado • Retroejaculação - Fisiológico - Protocolo anestésico Avaliação do Sêmen Gatos • Cor e odor • Volume • Ph • Motilidade (%) • Vigor (0 a 5) • Concentração (1:100) • Morfologia (Pope) Características Seminais dos Gatos Volume (mL) 0,02 - 0,50 pH 7,4 (7,0 a 7,9) Concentração (total) 15 a 130 x 106 % Motilidade 80 a 90
Compartilhar