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OK Aula 3 - Transtorno de personalidade

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PSIQUIATRIA - 2°B
AULA 3 - TRANSTORNO DE PERSONALIDADE + NOÇÕES BÁSICAS DE PSIQUIATRIA FORENSE
· Personalidade:
Vulgarmente, a personalidade é associada às referências, força de vontade e constituição moral do indivíduo.
A Personalidade tem características que podem ser compartilhadas entre os indivíduos, mas cujo conjunto é distinto, determinado a forma única como cada indivíduo responde e interage com outros indivíduos e o ambiente.
· Caráter:
É o componente aprendido da personalidade, é o fator que é adquirido no decorrer da vida, na formação dessa personalidade do indivíduo. 
São as consequências das experiências que vivemos e que influenciam na nossa maneira de ser, modulando as predisposições e tendências biológicas, ou seja, temperamentais.
· Temperamento:
É o conjunto de fatores associados à afetividade e à impulsividade, que teriam determinação predominantemente genética.
O que são transtornos de personalidade:
São um grupo de doenças psiquiátricas em que a pessoa tem um padrão de pensamento e comportamento bastante rígido e mal ajustado, disfuncional.
É quando esse conjunto de características adquirido, herdado e próprio do indivíduo ele vai interagir com os terceiros ou com o ambiente de forma desajustada. 
Principais alterações:
· Cognição → é como o indivíduo vai estar se vendo em relação ao meio, em relação a terceiros a essa interação.
· Afetividade → parte do temperamento de cada um.
· Interação social comprometida → o indivíduo não tem culpa, não tem crítica.
· Dificuldade no controle dos impulsos.
O comportamento final de uma pessoa é o resultado de todos os seus traços de personalidade – o que diferencia uma pessoa da outra é a amplitude e intensidade com que cada traço é vivido e as consequências em relação a isso. 
Para que seja considerado um Transtorno de Personalidade, há necessidade que concomitante exista um prejuízo social e ocupacional, que é esse comportamento disfuncional do indivíduo. → É aquela pessoa que está transtornada com o ocupacional, afetivo, profissional, social.
→ Se considera também a formação da personalidade do indivíduo até os 18 anos, depois da maioridade ela varia de acordo com a forma legal, judicial de cada país. → Antes dos 18 anos (PROVA), nós não podemos considerar um adolescente com alterações de conduta ou com transtorno de personalidade antisocial, ou seja, não podemos fechar diagnóstico com transtorno de personalidade. Antes dos 18 anos as pessoas vão ter traços de alterações de conduta, inclusive no CID tem um bloco de patologias que são alterações de conduta e comportamentais na infância e adolescência.
Principais grupos:
Grupo A - Transtornos excêntricos ou estranhos.
A área mais afetada e comprometida é o afeto e interação social e emocional, é aquela pessoa restrita e esquisita, não é esquisito de uma forma perjorativa, mas tem pessoas que a onde eles tem um desvio de conduta que acabam se tornando esquisito/estranhos ao meio, sendo algo característico.
· Transtorno de Personalidade Paranóide.
**Não é um sociopata e nem condutopata.
Paranoica: pessoas com esse transtorno tendem a desconfiar dos outros e achar que vão ser enganadas, que a intenção dos outros é sempre maldosa.
Por causa disso, elas podem ser hostis ou emocionalmente desapegadas.
Vai ter:
· Desconfiança e suspeitas generalizadas.
· Acham que recebem tratamento injusto, ficam ressentidos, carregam mágoas duradouras (são difíceis de se libertar de coisas do passado).
· Problemas em relacionamentos íntimos: recorrentes e injustificados quanto à fidelidade.
· Na entrevista: formais, céticos e desconfiados (vão estar sempre questionando o entrevistador).
· Preocupação com dúvidas infundadas de amigos ou colegas.
· Medo de informações serem usadas contra elas, sendo pessoas que têm medo de passar informações e até de usar as redes sociais.
· Interpretação de significados ocultos, de caráter humilhante ou ameaçador, em observações ou acontecimentos benignos.
· Percepção de ataques ao caráter ou à reputação que não são visíveis aos outros
→ O que diferencia o transtorno de personalidade paranoide para o transtorno esquizofrênico paranóico: transtornos psicóticos é que não tem desorganização psíquica e alucinações, não tem sintomas psicóticos produtivos, só vamos ter realmente essa desconfiança e essa reação de humilhação, rancor, não tendo cisão com a realidade.
· Transtorno de personalidade esquizóide.
Pessoa esquizóide: é uma pessoa isolada, é diferente quando estamos isolados de um relacionamento afetivo, porque achamos que a pessoa está nos fazendo mal ou porque temos até uma fobia social, um pânico de como as pessoas vão perceber de como vamos interagir em relação ao meio. → Nesse caso a pessoa fica isolada porque não tem interesse algum em ter relações sociais tanto profissionais quanto afetivas.
Dificuldade de formar relações pessoais ou de expressar as emoções. 
**A indiferença afetiva é a grande característica do transtorno de personalidade esquizóide, assim como o isolamento e o distanciamento social.
Principais características:
· Distanciamento das relações sociais e faixa restrita de expressão emocional.
· Não desejam nem gostam de relacionamentos íntimos, inclusive de fazer parte de uma família.
· Opta por atividades solitárias.
· Pouco ou nenhum interesse em experiências sexuais, até se denominam assexuadas.
· Prazer em poucas ou nenhuma atividade.
· Não tem amigos ou confidentes.
· Indiferente a qualquer expressão sentimental, tanto a elogios quanto a críticas.
· Frieza emocional, distanciamento ou embotamento afetivo.
· Transtorno de personalidade esquizotípica.
Vai ter um pouco de característica do transtorno de personalidade paranóide e do esquizóide, mas com alteração comportamental, com comportamentos bizarros, excêntricos. Geralmente pessoas que acabam tendo pensamentos e crianças incomuns, mais bizarras (superstições, clarividência, telepatia, ou sexto sentido).
Sentimento de desconforto em ambientes sociais, diferente do esquizóide a onde ele não quer ter um tipo de relacionamento.
Dificuldade para ter relacionamentos íntimos.
· Ex: grande executivo com a parte cognitiva preservada, preserva uma atividade individual, com dificuldade de lidar em grupos, de delegar funções e etc. 
Adolescência: isolamento social e esquisitices na linguagem e comportamento.
Na escola: alvos de bullying frequentes → maior incidência de transtornos depressivos e ansiosos.
Faz parte do espectro da esquizofrenia (?). Lembram os sintomas da fase residual da esquizofrenia, inclusive cerca de 20 a 25% evoluem para um quadro de esquizofrenia.
Grupo B - Transtornos dramáticos, imprevisíveis, instáveis.
É aquela pessoa onde tem grande emoção envolvida, grande atuação na forma de manifestação, na forma de convulsão, de atitude, de interação social, profissional.
· Transtorno de Personalidade Antissocial. 
→ Aqui entram os transtornos de conduta, os condutopatas, aí os quadros mais graves, até aquelas mentes criminosas. Mas isso é uma grande ironia, temos várias pessoas com esses transtorno a onde a gente convive no dia a dia, e com alterações em relação mesmo ao convívio, não precisando estar relacionada a crimes, mas toda pessoa que tem o transtorno de personalidade antissocial vai causar prejuízo para terceiros, independente da gravidade e da forma com que isso é conduzido e efetivado.
· Não reconhece os sentimentos e necessidades dos outros, então são pessoas extremamentes frias, que só pensam nelas mesmas, não pensam em consequências e nem de sofrimentos de terceiros em relação aos seus atos.
· Também são pessoas que têm o hábito de mentir, agredir, roubar, estando sempre ligados a confusões. Isso ocorre desde a adolescência, infância, muitas vezes são aquelas crianças um pouco mais cruéis, mais agressivas, têm um comportamento bem pobre em relação a impulsos, impaciente, ameaçador, abuso verbal, controle inadequado da raiva e do temperamento.
· Padrão de desrespeito e violação dos direitos alheios que ocorre desde os 15 anos de idade, ou seja, são pessoas que têmdificuldade de seguir regras, de saber que seu limite vai até onde começa o do outro, ou o sofrimento e as consequências do outro, quer dizer a ausência total de empatia.
· Incapacidade de adequar-se a normas sociais com relação a comportamentos lícitos, pessoas envolvidas em relacionamentos abusivos, agressões verbais, físicas.
· Execução repetida de atos que constituem motivos de detenção.
· Propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente sem motivos específicos, usar nomes falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer. 
· Impulsividade ou incapacidade de fazer planos para o futuro.
· Irritabilidade e agressividade: repetidas lutas.
· Desrespeito irresponsável pela segurança alheia ou pessoas que dependem dele, como por exemplo, crianças ou pessoas com deficiência. 
Aqui entraria os transtornos de conduta, sociopatias em um grau mais elevado desse tipo de transtorno. Sendo algo que já tem desde a infância, mesmo que mais dissimulada, só na forma de agressão.
· Transtorno de Personalidade Histriônica.
-Pessoa dramática que sempre vai estar buscando atenção para si mesmo.
-Eterno carente afetivo.
-Comportamento sedutor e manipulador.
-Exibicionista e em alguns momentos até com uma certa futilidade.
-São pessoas mais vulneráveis, exigentes e com uma certa labilidade, ou seja, muda facilmente de atitude e de emoções, conforme alguém fala ou o ambiente propicia isso.
-São pessoas mais sugestionáveis: facilmente influenciado pelos outros ou pelas circunstâncias. Mas que necessita o tempo todo seduzir para buscar atenção para si mesmo. 
-Considera relacionamentos mais íntimos do que realmente são. → Ex: ficou amiga agora de uma pessoa, já quer morar perto, trabalhar junto, a outra pessoa não pode ter mais outro amigo. 
Etiologia: problemas na interação pai/mãe - criança.
Baixa autoestima: se considera indigno de atenção se não demonstrar comportamentos especiais.
Média de 2 a 3% da população
· Transtorno de Personalidade Borderline. 
Border - lembra borda, ou seja, quer dizer que é uma pessoa que está a borda/beira de vários transtornos, como os psicóticos, depressivos, obsessivos-compulsivos, impulsivos. Então tem várias manifestações onde ela está a beira de ter vários transtornos, sem ter todos os critérios para concluir nenhum deles.
As características principais incluem:
· Medo de abandono.
· Relacionamentos intensos e instáveis.
· Explosões emocionais extremas.
· Comportamentos autodestrutivos, não só de automutilação, de se cortar, se machucar, mas também de se colocar em risco, sexo desprotegido, impulsividade, direção perigosa, uso de substâncias, estão ligadas a pessoas que podem comprometer a sua vida para poder eliminar a ansiedade e angústia.
· Sentimento crônico de vazio, diferente daquela pessoa depressiva onde ela vai estar triste e um tempo vai melhorar, já nessa pessoa do transtorno nada melhora, sendo um eterno sentimento de vazio.
· Transtorno de Personalidade Narcisista.
São as pessoas com autoestima inflada, ela só se enxerga e tem necessidade de admiração. → Diferente da histriônica que precisa da atenção o tempo todo devido a baixa autoestima, nesse caso a pessoa já vai ter a autoestima inflada, ela acha que é boa em tudo, que é melhor. 
Elas costumam ter pouca empatia ou preocupação com os outros.
Tem fantasias de sucesso, poder ou beleza. 
Grupo C - Transtornos mais ansiosos e medrosos.
São aquelas pessoas com personalidade mais evitativa, onde vão estar evitando várias situações onde possam estar causando um desconforto relacionado a sua personalidade.
· Transtorno de Personalidade esquiva.
Evitam a interação social.
São extremamente sensíveis aos julgamentos negativos dos outros.
Podem ser tímidos e isolados socialmente, mas não é porque vai ter aquela necessidade de ausência de relacionamento igual ao grupo A. Na verdade aqui são pessoas realmente que vão se preocupar com o que as pessoas vão achar
Tem sentimentos de inadequação → que a pessoa não é sempre suficiente para aquilo, que não deve estar naquele lugar. São pessoas que se sentem com baixa autoestima, elas se sentem inferiores às outras, precisam de alguém para estar direcionando, empoderando.
Pessoa totalmente dependente, insegura, que precisa da aprovação de outras pessoas para tomar decisões, para interagir. → Geralmente são vítimas de violências emocionais principalmente.
· Transtorno de Personalidade obsessivo-compulsiva.
-São pessoas excessivamente preocupadas com regras e ordem e que valorizam o trabalho de uma forma extrema/exagerada acima de outros aspectos da vida.
-São perfeccionistas e têm uma necessidade de estar no controle das situações, de delegar funções (vai fazer de uma forma mais perfeita que o outro) → São pessoas que se sobrecarregam demais e acabam tendo prejuízos das relações afetivas, sociais, mas são pessoas extremamente com uma personalidade inflexível, com dificuldade de flexibilizar, de mudar, sempre em busca da perfeição. 
**É importante não confundir com o transtorno obsessivo-compulsivo, que é uma forma de transtorno de ansiedade, onde tem que ter um pensamento obsessivo e a compulsão, seja comportamental ou mental. Diferente de ter traços obsessivos, personalidade inflexível, traços de perfeccionismo, de regras
· Na personalidade obsessiva o principal é a preocupação com ordem, perfeccionismo e controle mental. → É uma pessoa que sempre está cansada, pois ela sempre tem tudo programado, tudo controlado e se sair do seu controle ela tem como se fosse algo prejudicial para si.
Uma pessoa com traços obsessivos compulsivos - COT : cognição, obsessão, temperamento.
Para várias funções é uma pessoa que vai se sobressair. → Elas veem as coisas detalhadamente, diferente de uma pessoa que tem déficit de atenção.
· Transtorno de personalidade dependente.
-É uma pessoa totalmente dependente mesmo, que tem uma necessidade de ser cuidado, medo de estar sozinho, aquela pessoa bem submissa, muito tolerante a relacionamentos abusivos no trabalho, afetivos, familiares.
-Dificuldade de separar-se de seus entes queridos ou tomar decisões por conta própria;
Condutopatia:
-Um condutopata é uma alteração de transtorno de personalidade antissocial, é uma perturbação da saúde mental, ficando na fronteira entre uma doença mental e uma normalidade mental, onde ela não vai seguir essas normas/regras.
-Nem todos condutopatas são criminosos, mas todos vão provocar sofrimento a terceiros.
-Já nasce com essa tendência à perversidade (genética), geralmente são aquelas crianças que maltratam animais, que provocam bullying. 
Principais características:
1. Falta de sentimento de culpa, sendo que os “sofredores” de condutopatia culpam os outros pelas suas condenáveis ações.
2. Excessivo narcisismo e egocentrismo.
3. Falta de adaptação social.
4. Ausência de consciência moral e ética.
5. Dificuldade em manter relações.
6. Comportamento agressivo e impulsivo.
7. Mentiras repetidas e sistemáticas.
8. Cognição preservada.
São pessoas “Incapazes de aprender através da experiência”, que é a questão de caráter - são intratáveis sob o ponto de vista da ressocialização;
Psiquiatria Forense X Responsabilidade Criminal
Psiquiatria Forense:
É uma subespecialidade da psiquiatria, que lida com a interface entre lei e psiquiatria, colocando os seus conhecimentos na administração da justiça. → Vai fornecer os conhecimentos específicos da psiquiatria forense para que o judiciário aja conforme a lei.
Avaliam a sua capacidade → baseando-se no estado mental do indivíduo avaliado:
· Atos da vida civil → Se a pessoa tem condições de cuidar de si só por atos básicos da vida do dia a dia, ou seja, se cuidar, cuidar de terceiros, mexer com dinheiro, poder gerir a própria vida sem a necessidade de um tutor.
· Capacidade de serem responsabilizados criminalmente (quando não são chamados de "imputáveis"). → Se a pessoa tem entendimento do ato ilícito e se ela consegue determinar perante esse ato.
Conceito de Imputabilidade:
Em psiquiatria forense se dá o nome de capacidade de imputação jurídicaao estado psíquico que se fundamenta no entendimento que o indivíduo tem sobre o caráter criminoso do fato e na aptidão de determinar-se de acordo com esse entendimento.
PROVA - Causas de Exclusão de imputabilidade:
· Doença mental.
· Desenvolvimento mental incompleto ou retardado.
· Menoridade.
· Embriaguez acidental completa.
· Embriaguez patológica completa.
→ Aquela pessoa naquele momento não tem condição de responder e de entender a gravidade e as consequências daquele ato.
Responsabilidade Penal:
As pessoas que cometem delitos (crimes ou contravenções) são responsabilizadas perante a justiça por tais atos e recebem a devida punição.
No entanto, se forem consideradas doentes mentais, não recebem punição, mas terão um encaminhamento judicial diferente. Ainda que a pessoa não seja propriamente um doente mental, mas sim que tenha um grave transtorno de conduta (como a pedofilia, por exemplo), a sua responsabilidade deverá ser avaliada pela psiquiatria forense.
**Uma pessoa considerada incapacitada em relação à parte civil, imputável ao entendimento e a determinação perante aos seus atos, elas ficam completamente nas mãos do estado, diferente de uma pessoa que assassinou outra e está respondendo de forma jurídica na cadeia, ela pode ter redução de pena de acordo com o comportamento, ou cumprir a pena e sair. Já uma pessoa com problemas mentais vai ter que estar sempre passando por avaliações, por perícias, ela pode voltar para o hospital psiquiátrico. 
CASO CLÍNICO
Um homem de 32 anos é atendido pelo psiquiatra da penitenciária depois de se envolver em uma briga com outro prisioneiro devido a uma aposta de R$5,00. O paciente foi preso por falsificar cheques, por atacar um policial, roubar em uma loja de departamentos, aos 13 anos, roubar um carro.
Ele afirma que brigou com outro detento porque “não tinha nada melhor para fazer e deu vontade”. Não demonstra remorso, afirma que já conversou com um psiquiatra no passado mas que “não tem nada de errado comigo, então pra que?”. Nega uso de álcool ou drogas no momento, mas admite que, se não estivesse na prisão, certamente os estaria usando. 
O exame do estado mental indica que o paciente está em alerta e orientado para pessoa, tempo e lugar. Coopera com o examinador, sendo que em alguns momentos parece receptivo e envolvido, mas em outros é grosseiro e desrespeitoso. Ele está vestindo o uniforme da prisão. Sua fala é normal em velocidade, ritmo de tom.
Seu humor é descrito como “legal” e seu afeto como congruente. Não demonstra transtorno nos processos nem no conteúdo do pensamento.
Resumo:
→ Presidiário de 32 anos.
→ Longa história de crimes. 
→ Incapaz de aceitar normas sociais. 
→ Sem remorso. 
→ Fraudulento, impulsivo e irresponsável.
CASO CLÍNICO 2
Uma mulher de 23 anos foi hospitalizada na unidade psiquiátrica por ter cortado os punhos quando seu terapeuta saiu de férias por uma semana. Os cortes foram superficiais e não precisaram de pontos.
A paciente diz que está zangada com o psiquiatra por “abandoná-la”. Afirma que se deprime frequentemente, embora as depressões duram “apenas algumas horas”. Quando foi hospitalizada disse ao psiquiatra de plantão que ouvia uma voz lhe dizendo que “ela nunca seria nada”, mas depois negou ter ouvido a voz. Esta é a quarta hospitalização, e todas foram desencadeadas pela partida, mesmo que temporária, de alguém que fazia parte da sua vida. 
Depois de 3 dias na unidade, o residente discute com a equipe de enfermagem, afirmando que a paciente está reagindo bem, respondendo à terapia e merece alta. As enfermeiras afirmam que ela não está seguindo regras, dorme durante os encontros de grupo e ignora os limites estabelecidos. Ambas as partes procuram o diretor da unidade para se queixar uma da outra.
Resumo:
→ Mulher de 23 anos.
→ Hospitalizada depois de cortar os punhos superficialmente.
→ Sentiu abandonada pelo psiquiatra (“sentimento de abandono”).
→ Humor deprimido??
→ Alucinação auditiva??
→ Parece ser o motivo entre o residente e a enfermagem - mecanismo de defesa de dissociação, “ela se sente calmamente à margem dos acontecimentos”.
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PSIQUIATRIA 
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2°B
 
AULA 3 
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE + NOÇÕES 
BÁSICAS DE PSIQUIATRIA FORENSE
 
 
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Personalidade:
 
Vulgarmente, a personalidade é associada às referências, força de vontade e constituição moral do indivíduo.
 
A Personalidade tem características que podem ser compartilhadas entre os indivíduos, mas cujo conjunto é distinto, 
determinado a forma única como cada indivíduo responde e interage com outros indivíduos e o ambiente.
 
 
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Caráter:
 
É o componente aprendido da 
personalidade, é o fator que é adquirido no decorrer da vida, na formação dessa 
personalidade do indivíduo. 
 
São as consequências das experiências que vivemos e que influenciam na nossa maneira de ser, modulando as 
predisposições e tendências biológicas, o
u seja, temperamentais.
 
 
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Temperamento:
 
É o conjunto de fatores associados à afetividade e à impulsividade, que teriam determinação predominantemente 
genética.
 
 
O que são transtornos de personalidade:
 
São um grupo de doenças psiquiátricas em que a pessoa te
m um padrão de pensamento e comportamento bastante 
rígido e mal ajustado, disfuncional.
 
É quando esse conjunto de características adquirido, herdado e próprio do indivíduo ele vai interagir com os 
terceiros ou com o ambiente de forma desajustada. 
 
 
Princip
ais alterações:
 
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Cognição 
?
 é como o indivíduo vai estar se vendo em relação ao meio, em relação a terceiros 
a essa interação.
 
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Afetividade 
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 parte do temperamento de cada um.
 
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Interação social comprometida 
?
 o indivíduo não tem culpa, não tem crítica.
 
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Dificuldade no controle dos impulsos.
 
 
O comportamento final de uma pessoa é o resultado de todos os seus traços de personalidade 
–
 
o que diferencia uma 
pessoa da outra é a amplitude e intensidade com que cada traço é vivido e as consequências em relação a isso. 
 
 
Para que seja considerado um T
ranstorno de Personalidade, há necessidade que concomitante exista um 
prejuízo social e ocupacional, que é esse comportamento disfuncional do indivíduo. 
?
 É aquela pessoa que está 
transtornada com o ocupacional, afetivo, profissional, social.
 
 
 
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PSIQUIATRIA - 2°B 
AULA 3 - TRANSTORNO DE PERSONALIDADE + NOÇÕES 
BÁSICAS DE PSIQUIATRIA FORENSE 
 
? Personalidade: 
Vulgarmente, a personalidade é associada às referências, força de vontade e constituição moral do indivíduo. 
A Personalidade tem características que podem ser compartilhadas entre os indivíduos, mas cujo conjunto é distinto, 
determinado a forma única como cada indivíduo responde e interage com outros indivíduos e o ambiente. 
 
? Caráter: 
É o componente aprendido da personalidade, é o fator que é adquirido no decorrer da vida, na formação dessa 
personalidade do indivíduo. 
São as consequências das experiências que vivemos e que influenciam na nossa maneira de ser, modulando as 
predisposições e tendências biológicas, ou seja, temperamentais. 
 
? Temperamento: 
É o conjunto de fatores associados à afetividade e à impulsividade, que teriam determinação predominantemente 
genética. 
 
O que são transtornos de personalidade: 
São um grupo de doenças psiquiátricas em que a pessoa tem um padrão de pensamento e comportamento bastante 
rígido e mal ajustado, disfuncional. 
É quando esse conjunto de características adquirido, herdado e próprio do indivíduo ele vai interagir com os 
terceiros ou com o ambiente de forma desajustada. 
 
Principais alterações: 
- Cognição ? é como o indivíduo vai estar se vendo em relação ao meio, em relação a terceiros 
a essa interação. 
- Afetividade ? parte do temperamento de cada um. 
- Interação social comprometida ? o indivíduo não tem culpa, não tem crítica. 
- Dificuldade no controle dos impulsos. 
 
O comportamento final de uma pessoa é o resultado de todos os seus traços de personalidade – o que diferenciauma 
pessoa da outra é a amplitude e intensidade com que cada traço é vivido e as consequências em relação a isso. 
 
Para que seja considerado um Transtorno de Personalidade, há necessidade que concomitante exista um 
prejuízo social e ocupacional, que é esse comportamento disfuncional do indivíduo. ? É aquela pessoa que está 
transtornada com o ocupacional, afetivo, profissional, social.

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