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Toxicocinética Prof. José Luiz da Costa jose.jlc@fcf.unicamp.br Toxicologia Geral FR-804 mailto:jose.jlc@fcf.unicamp.br Toxicologia Substância química Organismo Efeito nocivo Elementos básicos Substância química Organismo Efeito nocivo Toxicante Intoxicação Toxicidade 1ª. Fase Exposição 2ª. Fase Toxicocinética 3ª. Fase Toxicodinâmica 4ª. Fase Clínica Transporte Absorção Distribuição Eliminação Mecanismo de ação Toxicante Toxicidade Intoxicação Manifestação de sinais e sintomas Fases da Intoxicação 1ª. Fase – Exposição ao Xenobiótico ✦Condições que afetam a disponibilidade: • Dose ou concentração; • Via de introdução no organismo; • Duração ou frequência de exposição; • Susceptibilidade individual • Propriedades físico-químicas: • Solubilidade; • Pressão de vapor; • Tamanho da molécula; • Grau de ionização; Estudo da relação entre a quantidade de um agente tóxico que atua sobre o organismo e a concentração dele no sangue, envolvendo os processos de absorção, distribuição e eliminação do agente, em função do tempo. 2ª. Fase – Toxicocinética TOXICOCINÉTICA o que o organismo faz com o toxicante TOXICODINÂMICA o que o toxicante faz com o organismo ✦O conhecimento da toxicocinética contribui para: - escolha do material biológico para ser analisado; - período de tempo para detecção do xenobiótico no material analisado; - determinação da melhor estratégia terapêutica; - avaliação do risco - parâmetros experimentais extrapolação dos dados. Toxicocinética Absorção Vias de Exposição, Absorção, Distribuição e Eliminação Vias de absorção/introdução importantes na Toxicologia ✦ Oral: alimentos, medicamentos ou drogas de abuso; poluentes da atmosfera (ambiental, ocupacional). ✦ Pulmonar: poluentes (ambiental e ocupacional), monóxido de carbono, gases asfixiantes (guerra, crimes, suicídios). ✦ Dérmica: agentes ocupacionais, poluentes, medicamentos (e cosméticos), agentes irritantes. ✦ Intravenosa: medicamentos e drogas de abuso. Representação gráfica (logarítmica) da concentração plasmática em função do tempo. A: administração endovenosa. B: administração oral. Absorção ✦ É a transferência de um agente químico do local de exposição, geralmente a superfície externa ou interna do corpo (trato respiratório e trato gastrintestinal) para a circulação sistêmica. • Transporte passivo (filtração e difusão lipídica) • Transporte ativo • Difusão facilitada Absorção ✦ Difusão passiva: • Solubilidade • Gradiente de concentração • Grau de ionização ✦ Lipossolubilidade: conferida por grupamentos alquílicos, fenílicos. ✦ Hidrossolubilidade: conferida por grupos como –OH, -COOH, -NH2, - SH. quantidade dissolvida em óleo quantidade dissolvida em água Kow ou CP = Solubilidade: coeficiente de partição óleo/água Há uma variedade de métodos empíricos para determinação do Log P, assim como ferramentas computacionais para predizer o Log P para qualquer composto*. *Mannhold et al., J Pharm Sci, v.98, 2009 Absorção Lei de Fick: p = K A (C1-C2) d Onde: p = proporção do composto capaz de atravessar a membrana K = constante de difusão A = área disponível para difusão d = espessura da membrana C1 = concentração do composto no compartimento extracelular C2 = concentração do composto no compartimento intracelular Gradiente de concentração Absorção TRANSPORTE ATIVO: • Transporte com gasto de energia • Substâncias movem-se contra gradiente de concentração • Transportador seletivo: pode haver competição • O sistema de transporte é saturado em altas concentrações Absorção Absorção 1. Via gastrintestinal (oral) Absorção via TGI Fatores que afetam a biodisponibilidade após administração oral (Flanagan, 2007) Via gastrintestinal Tipos de transportes envolvidos: - transporte passivo; - transporte ativo: Tálio, Cobalto e Magnésio - sistema que absorve ferro Chumbo - transporte de cálcio Principal local de absorção intestino delgado, em função do peristaltismo, da grande área superficial, alta irrigação sanguínea e condição favorável de pH. Absorção estômago intestino Absorção 1. Via gastrintestinal 1.1. Influência do grau de dissociação: - Bases: pH=pKa + log [ñ. ionizada] [ionizada] [ionizada] - Bases: 10pH-pKa = [ñ. ionizada] Absorção 1. Via gastrintestinal 1.1. Influência do grau de dissociação: - Ácidos: pH=pKa + log [ionizada] [ñ. ionizada] [ñ. ionizada] - Ácidos: 10pH-pKa = [ionizada] Absorção 1. Via gastrintestinal 1.1. Influência do grau de dissociação: pH Porção não ionizada (%) Ácido benzóico (pKa=4) Anilina (pKa=5) 2 99,0 0,1 3 90,0 1,0 5 10,0 50,0 7 0,1 99,0 Absorção Absorção 1. Via gastrintestinal 1.1. Influência do grau de dissociação: 1. Via gastrintestinal 1.2. Lipossolubilidade da fração não ionizada: Fármaco pKa % absorvida barbital 7,8 4 secobarbital 7,9 30 tiopental 7,6 46 Absorção 1. Via gastrintestinal 1.3. Estado de plenitude / vacuidade gástrica 1.4. Tempo de permanência nas diferentes regiões cavidade bucal = minutos; esôfago = minutos; estômago = uma hora; intestino = 4 a 24 horas. Absorção 1. Via gastrintestinal 1.4. Tempo de permanência nas diferentes regiões órgão pH área superficial estômago 1 a 3 < 5 m2 intestino delgado 5-7 ; 7-8 < 200 m2 intestino grosso 7 a 8 < 5 m2 Absorção 1. Via gastrintestinal 1.5. Características do indivíduo exposto (idade): Nitratos - maior incidência de metemoglobinemia em crianças devido ao pH intestinal mais elevado: pH E.coli : Nitrato Nitrito 1.6. Alterações da molécula do xenobiótico no suco gástrico. Absorção 1. Via gastrintestinal 1.7. Alterações causadas por situação de overdose • Diminuição do esvaziamento gástrico ou da motilidade intestinal • Antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, fenotiazínicos • Irritação gástrica, êmese, aumento da motilidade intestinal • AAS, teofilina, laxantes • Saturação do metabolismo de primeira passagem • Opióides Absorção 2. Via dérmica - Depende de: hidratação, circulação local, pilosidade local, espessura da membrana, área exposta, presença de algum veículo (solvente orgânico, detergente); - grande dependência da lipossolubilidade da substância; - velocidade de absorção mais lenta do que por outras vias; - transporte transfolicular depende ainda do tamanho da molécula. Absorção Via Dérmica 2. Via dérmica - grande importância em toxicologia ocupacional; - sais metálicos: absorção praticamente nula, por interação do metal com radicais sulfidrila; Absorção Via Dérmica 3. Via respiratória 3.1. Material particulado no ar atmosférico - DEPENDE: tamanho da partícula introduzida. * partículas < 1 m podem ser absorvidas, pois conseguem chegar até alvéolos; * partículas de 1 a 5 m geralmente depositam-se na região traqueobronquiolar; * partículas maiores que 5 m tendem a ser retidas na região nasofaríngea. Absorção Via Respiratória 3. Via respiratória 3.1. Material particulado no ar atmosférico Tamanho das partículas retenção destino < 1 m alvéolos pulmonares Absorção ou remoção com o muco através de movimentos ciliares ou fagocitose 1 a 5 m traqueobronquiolar Remoção com o muco através de movimentos ciliares 5 m nasofaríngeo Eliminação por espirro 3. Via respiratória 3.1. Gases e substâncias voláteis - DEPENDE: basicamente da solubilidade da substância no sangue. * vapores e gases (hidro)solúveis: parcialmente retidos na fina camada de muco que recobre o trato respiratório. Absorção Via Respiratória 3. Via respiratória 3.1. Gases e substâncias voláteis - Coeficiente de partição sangue/ar substância Coef. part. sangue/ar Tempo de equilíbrio (min) Fator limitante clorofórmio 15 Superior a 60 respiração etileno 0,14 8 a 21 circulação Absorção Via Respiratória Distribuição Distribuição ✦Transporte dos xenobióticos absorvidos através do sangue para diversos tecidos;✦Inicialmente: órgãos altamente irrigados recebem mais xenobiótico. Ex. fígado. ✦Após algum tempo: órgãos menos irrigados, podem acumular maior quantidade do xenobiótico, desde que possuam maior afinidade. DISTRIBUIÇÃO PRIMEIRA FASE (mais rápida): determinada pelo fluxo sanguíneo e pela razão de difusão dos capilares sanguíneos para um tecido específico. Células endoteliais hepáticas e capilar peritubular renal possuem poros maiores (50 a 150 nm de diâmetro) que permitem a passagem mesmo de xenobióticos ligados à proteínas. Isso favorece o acúmulo de substâncias no fígado e nos rins. Corrente sanguínea DISTRIBUIÇÃO SEGUNDA FASE: determinada pela afinidade dos xenobióticos pelos tecidos. A) Chumbo 2 horas: 50% no fígado 1 mês: 90% nos ossos B) TCDD 5 minutos: 15% nos pulmões, 1% no tecido adiposo 24 horas: 0,3% nos pulmões, 20% no tecido adiposo PROTEÍNAS PLASMÁTICAS COMO SÍTIO DE DEPÓSITO Eritrócitos: transporte de metais, ciclosporinas. Albumina: liga-se a diferentes compostos; e Lipoproteínas: transporte de substâncias lipossolúveis como vitaminas, colesterol, hormônios esteróides e outros xenobióticos; 1-Glicoproteína: substâncias de caráter básico. A extensão de ligação a proteínas plasmáticas pode variar consideravelmente entre xenobióticos: Antipirina não se liga a proteínas, Secobarbital se liga em uma proporção de 50%, Varfarina se liga a 99%. DISTRIBUIÇÃO FÍGADO E RINS COMO SÍTIO DE DEPÓSITO Fígado e rins têm grande capacidade de se ligar a xenobióticos. Concentram mais toxicantes que todos os outros combinados. Mecanismos: transporte ativo/ligação a componente teciduais. Ligandina (proteína presente em hepatócitos): afinidade por ác. orgânicos. Metalotioneína: liga-se a Cd e Zn com alta afinidade nos rins e fígado. Pb: após 30 min de uma dose simples, a concentração de chumbo no fígado é 50x maior que a concentração sanguínea. DISTRIBUIÇÃO TECIDO ADIPOSO COMO SÍTIO DE DEPÓSITO DISTRIBUIÇÃO adipócitos aldrin DDT TCDD PCB a concentração no órgão alvo TECIDO ÓSSEO COMO SÍTIO DE DEPÓSITO A deposição de toxicantes nos ossos pode ou não ser prejudicial: O chumbo é relativamente não-tóxico para os ossos, Fluoreto (F-) pode substituir OH- enquanto chumbo substitui cálcio na hidroxi-hepatita - Ca10(PO4)6(OH)2 A deposição de F- nos ossos causa fluorose. Metais radioativos (p. ex. estrôncio): câncer ósseo DISTRIBUIÇÃO Distribuição ✦Fatores que influenciam a distribuição: • Propriedades físico-químicas do xenobiótico; Distrubuição Influência do grau de dissociação: Distribuição ✦Fatores que influenciam a distribuição: • Propriedades físico-químicas do xenobiótico; • Diferenças na irrigação dos órgãos. %Dose Horas 80 40 20 10 sangue víscera músculos adiposo IV BOLUS 1 2 3 TIOPENTAL ✦Resumindo: • Grande importância, pois condiciona a disponibilidade da substância. • São distribuídas com maior facilidade substâncias mais lipossolúveis e não-ionizadas (não encontram dificuldades para cruzar barreiras biológicas). • A fração ligada a proteínas é mais facilmente transportada, contudo, somente a fração livre pode deixar a circulação e chegar aos tecidos. • Aprisionamento nos tecidos nem sempre é um processo benéfico para o organismo. Distribuição Biotransformação Fernanda Negrão Doutoranda em BTPB Laboratório ThoMSon de MS/UNICAMP ✦ Toda alteração que ocorre na estrutura química da substância, ocorrida no organismo. Biotransformação Biotransformação Acetaminofeno Substância ativa Substância ativa Ex. codeína morfina Biotransformação O N CH3 O OHCH3 O N CH3 HO OH CH2 CH CH3 NH2 CH CH CH3 NH2OH Ex. anfetamina fenilpropanolamina Codeína e anfetamina Outros examplos ✦Figado • Principal órgão na metabolização • Alta concentração de enzimas • Efeito de 1ª. Passagem ✦TGI ✦Pulmões ✦Rins Locais de Biotransformação Vias de Biotransformação ✦ São classicamente divididas em: • Reações de oxidação/ redução – Fase I • Reações de conjugação ou síntese - Fase II O tipo de reação depende apenas da estrutura química do substrato e das enzimas atuantes. FASE I ✦ Geralmente ocorre por enzimas hepaticas microssomais localizadas no RE (Reações de oxidação/ redução). ✦ Tipicamente são OXIDASES • Hemeproteínas monooxigenases - CYP450 (75%) • MAO – monoamina oxidases • ALD – álcool desidrogenase ✦ Reações de hidrólise também ocorrem (esterases) CH3 N CH3 C O O - OH éster metilecgonina OH OH O C CH3 N 1 ou pH ec gonina N CH3 C O O - CH2 - CH3 OH és ter etilec gonina 1 CH3 N CH3 C O O - O - C - O 1 ou pH N CH3 C O OH O - C - O 1 O - CH2 - CH3 O C CH3 N O O - C - N C H 3 C O O - CH3 metilec gonidina O - C - O N H C O O - CH3 norcoc aína O - C - O N H C O OH benzoilnorec gonina O - C - O N H C O O - CH2 - CH3 norcoc aetileno 2 2 2 1 ou p H 3 1 1 1 etanol 33 etanol cocaína benzoilecgonina cocaetilenococaetileno Produtos de biotransformação , transesterificação e pirólise da cocaína encontrados em urina. 1- Carboxilesterases ; 2 - Colinesterases ; 3 - Citocromo P450 SISTEMA CYP450 ✦Complexo enzimático formado por hemoproteínas ✦Apresenta subclasses (isoenzimas) que dependem dos genes que codificam a CYP. ✦ Metaboliza 75% dos fármacos comumente prescritos • 95% destes são reações de oxidação • Enzimas altamente reativa • Localizadas nos microssomas hepáticos • NDPH e O2 CYP450 1: Fármaco liga-se ao P450 oxidado (Fe3+) 2: NADPH reduz o complexo C450-fármaco. 3: e- reduz O2 e forma complexo O2-P450-fármaco 4: rearranjo – O2 é transferido ao fármaco e P450 é reciclado Drugs on the market metabolized by various P450 isoforms 3A** 51% 2C* 15% 2D6 25% 1A2 5% 2A6 2% 2E1 2% ** Soma de 3A4 e 3A5 * Soma de 2C8, 2C9, 2C18 e 2C19 Isoenzimas CYP 450 CYP3A4 INDUÇÃO E INIBIÇÃO ✦ Efeito indidental ou desejável ✦ Indução: aumento da expressão enzimática através do aumento da transcrição e tradução / diminuição da degradação. • Um xenobiotico pode induzir seu próprio metabolismo – Carbamazepina ✦ Inibição: diminui metabolismo / clearance e aumenta toxicidade. Fatores que influenciam na biotransformação de xenobióticos ✦ Interações medicamentosas – antibioticos x anticoncepcionais; tolerância (carbamazepina); metanol x etanol ✦ Fatores individuais (farmacogenômica) ✦ Idade: crianças e idosos ✦ Dieta: deficiencia nutricional ✦ Ambiente: hidrocarbonetos ✦ Doenças hepaticas Farmacogenômica ✦ Estuda o efeito da variabilidade genética sobre o metabolismo de xenobióticos. ✦ A maioria dos estudos foca nas enzimas CYP450 justamente por controlarem grande parte do metabolismo de xenobióticos. ✦ Todos os genes que codificam a CYP450 são POLIMÓRFICOS ✦ O fenótipo depende dos alelos herdados dos pais ✦ CYP2D6 e CYP2C19 são as mais estudadas Fenótipos CYP2D6 ✦ Metabolizador NORMAL (63%) ✦ Metabolizador INTERMEDIÁRIO (12%) ✦ Metabolizador LENTO (17%) ✦ Metabolizador ULTRARRÁPIDO (8%) Fenótipos CYP2C19 ✦ Metabolizador NORMAL (60%) ✦ Metabolizador RÁPIDO (20%) ✦ Metabolizador LENTO (16%) Alcool desidrogenase FASE II Na ✦ maioria dos casos, o processo de conjugac ̧ão torna o fármaco mais polar. Praticamente✦ todos os produtos conjugados são farmacologicamente inativos. Envolve✦ complexação com compostos endógenos • Processo mais freqüente, ocorrendo em grupamentos – COOH, -OH, -SH ou –NH2. • Geralmente mediado por enzima (trans-glicuronilase). • Sempre aumenta a hidrossolubilidade do composto. Conjugação glicurônica ✦Sistema possui alta afinidade por hidroxilas aromáticas e alifáticas. ✦Mediado por enzimas sulfotransferases ou sulfoquinases, utilizando como cofator o PAPS (3-fosfato-5-fosfossulfato). Conjugação com Sulfato ✦Átomos de N, O ou S podem receber radical metil, em reação mediada por enzimas próprias: * N-metiltransferasesmetilaçãode N; * O-metiltransferasesmetilação de O; * S-metiltransferases metilação de S. • a metilação dificulta a eliminação, pois origina sempre compostos de menor solubilidade. Metilação ✦Ocorre entre um aminoácido endógeno, especialmente glicina. ✦Ocorre principalmente com ácidos carboxílicos aromáticos. ✦Geralmente, grupamento amina do aa. vai originar grupamento amida pela ligação com grupamento ácido. ✦Enzima envolvida: acilase; cofator: Coenzima A; envolve gasto de ATP. Conjugação peptídica Conjugação peptídica Biotransformação do Tolueno e Ác. Salicílico (conj. glicina) ✦Fase II ou fase sintética 4. Conjugação mercaptúrica - glutationa = acetilcisteína (radical –SH). - sempre é reação de detoxificação. - não há gasto de energia. Acetilcisteína ou ácido mercaptúrico Biotransformação Importância do conhecimento da biotransformação ✦ Analises toxicológicas: • saber qual metabólito procurar e onde ✦ Monitorização terapêutica • Importante para fármacos com janela terapêutica estreita • Estudo da inibição e indução de metabolismo desejável ou não Excreção Depuração | Clearance ✦ Principal parâmetro toxicocinético ✦ Limita a ação dos xenobióticos ✦ Taxa de eliminação de um xenobiótico do corpo em relação a concentração plasmática (volume por tempo) Afetada por - ✦ Fatores individuais (idade, sexo) ✦ Composição corporal ✦ Polimorfismo ✦ Interações medicamentosas Excreção renal A taxa de eliminação de um toxicante depende – Filtração Reabsorção Secreção Excreção Fatores que aumentam a excreção ✦ Aumento do fluxo sangüíneo ✦ Aumento da taxa de filtração glomerular ✦ Diminuição da ligação às proteínas plasmáticas Sequestro pelo pH • Xenobiótico de caráter ácido: alcalinização do filtrado glomerular favorece a eliminação. • Xenobiótico de caráter básico: alcalinização do filtrado glomerular favorece a reabsorção. HAc H+ + Ac- BOH B+ + OH- ✦Quantidade eliminada é menor que a eliminada pela via renal. ✦-glicuronidase e sulfatases: catalisam a liberação de moléculas ligadas ao ácido glicurônico ou a radicais sulfato. ✦Ex – morfina Excreção Biliar fígado bile intestino fezes Sangue (distribuição) Sistema porta Excreção Biliar ✦Depende do gradiente de concentração e da solubilidade da substância no sangue (quanto maior a solubilidade no sangue, menor a taxa de excreção pela via pulmonar). ✦Eliminação de gases é inversamente proporcional a absorção: - baixo coeficiente de partição: etileno - excreção rápida. - alto coeficiente de partição: clorofórmio - excreção lenta. Excreção Pulmonar Suor✦ e saliva Substâncias• que chegam as glândulas por serem lipofílicas são eliminadas junto com as secreções. Leite✦ materno Rico• em lipídeos (3-5% de gordura) e pH ~ 6,5 pH• plasma=7,2 Excreção – Outras Vias
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