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Anestesiologia em odontopediatria O controle da dor e do medo são fundamentais para o sucesso durante o procedimento cirúrgico em odontopediatria O limiar de dor da criança é menor d que do adulto Deve-se ter confiança dos pais ou dos responsáveis, das crianças, boa técnica anestésica para o sucesso do tratamento Anestésico local São fármacos responsáveis pelo bloqueio reversível da condução nervosa, determinando a perda ou diminuição das sensações dolorosas sem alterar o nível de consciência do indivíduo Explicar para criança o procedimento para ela não ficar nervosa/com medo Recomendações básicas p anestesiar Nunca passar a carpule no campo de visão do paciente Usar vocabulário não amedrontador adequado a idade Não devemos mentir ao paciente (ex: falar que vai sentir uma picadinha e que depois vai começar a formigar, mas não falar que não vai sentir nada) É necessário ter ajuda – mesmo que seja somente da auxiliar (por mais que o paciente seja tranquilo, para evitar intercorrencias) Preparo psicológico da criança (começar pelos procedimentos menos invasivos para ir preparando e conhecendo a criança) Ótima anamnese Explicar sobre o formigamento e a sensação de adormecido Cuidados para uma anestesia de sucesso Preparar o paciente Não usar palavras como ‘’dor’’, ‘‘agulha’’ Sempre usar anestésico tópico Utilizar instrumentos adequados Delicadeza profissional Técnica adequada Tipos de anestesicos Tipo Ester: benzocaína (tópico) e procaina Tipo Amida: lido, prilo, mepi, bupi, art *a articaina é considerada hibrida (tanto ester como amida) *a metebolização da art é no sangue e no rim Vasoconstritores utilizados para contrair o vaso sanguíneo no local, diminuindo a absorção e o risco de intoxicação e prolongando o tempo de ação Tabela (foto no cel) Técnicas anestésicas Anestesia tópica: Quando bem utilizada contribui para minimizar, ou ate suprimir a dor decorrente da picada da agulha Contra indicações: utilizadas sobre lesões ulceradas ou erosões pois o poder de reabsorção é maior nessas áreas Tipos: benzocaina 20% (benzotop que a gente usa), lidocaína 10% (xilocaina em spray), lidocaína 5%, dentipatch (adesivo transparente que anestesia em contato) A benzocaína tem efeito mais rápido; as reações tóxicas por overdose de benzocaina tópica são desconhecidas; podem ocorrer localmente por uso prolongado ou repetido A lidocaína tópica apresenta baixa incidência de reações alérgicas; é absorvida sistematicamente e pode se combinar com um anestésico local do tipo amida injetado, aumentado o risco de overdose TÉCNICA: limpar a mucosa com clorexidina e gaze, secar a mucosa (a presença de saliva dilui o anestésico), depositar o anestésico com um algodão ou gaze, por 1 a 2 minutos. Atua em 2 a 3mm de produndidade Indicações: remoção de dentes com raízes totalmente reabsorvidas retidos apenas pela fibromucosa Seleção de agulha Agulhas curtas devem ser usadas quando a espessura de tecido mole a ser percorrido é de ate 20mm Quando a distancia for maior usamos agulhas longas Agulhas longas raramente são usadas em odontopediatria Extra curta em distancias de ate 10mm Técnicas mais utilizadas Técnica infiltrativa Técnica interpapilar, papilar ou transpapilar Técnica bloqueio regional Técnica intraligamentar Partes anatômicas que diferem nos adultos e nas crianças A técnica é semelhante a dos adultos porem com variações: - o ramo ascendente da mandíbula da criança é mais curto em relação ao do adulto - o diâmetro ântero posterior é menor nas crianças - a linha obliqua interna raramente está presente Anestesia infiltrativa – maxila e mandíbula (nos adultos a gente só faz a infiltrativa na maxila, nas crianças faz nas duas arcadas) Tecido ósseo mais poroso e amplos espaços medulares (o anestésico difunde com mais facilidade) Inferior a 6 anos – inclina a agulha de 5 a 10mm abaixo do plano oclusal 6 a 10 anos – aproximadamente na altura do plano oclusal 10 anos – medidas encontradas nos adultos – 10mm acima do plano oclusal Técnica de bloqueio: introduz a agulha na altura da idade determinada, inclina, deposita metade do anestésico, volta um pouco a agulha, vira p região de MOLARES, introduz e deposita o restante As agulhas não devem ser dobradas ou inseridas totalmente nos tecidos, de modo que apenas o canhão fique exposto, para evitar fraturas Reações adversas da anestesia local Trismo: acontece quando ocorrer o traumatismo do músculo durante a inserção da agulha no momento da realização da técnica anestésica (fazer a aspiração para ver se esta no lugar certo e evitar problemas) Hematoma: os hematomas podem aparecer no momento ou após o momento cirúrgico ou de atendimento, ocorre por erro na técnica ao atingir um vaso sanguineo calibroso Úlceras traumáticas: é a mais comum entre as complicações, é decorrente da mordida voluntaria ou não do lábio ou da bochecha anestesiadas; CD com uma broca acidentalmente passa na língua ou na bochecha do paciente (usar uma colher de chá para afastar a língua ou mucosa e evitar esse acidente) Componentes dos anestésicos Tabela no celular Anestésico Local 2 tabelas no celular Cuidados de uso dos anestésicos locais Preferência a tubetes de vidro pois permitem que a pressão na hora da infiltração seja controlada Realizar um pré aquecimento do tubete, auxilia na redução da dor (temperatura corporal x temperatura ambiente) Realizar a desinfecção dos tubetes com álcool 70% Pré resfriamento no local da injeção é eficaz Anestésicos Pacientes asmáticos podem manifestar alergia ao antioxidante do vaso constrictor utilizado na lidocaína; nesses casos é indicado o uso da prilocaína Pacientes com hipertireoidismo, devemos utilizar preferencialmente prilocaína Pacientes com insuficiência renal crônica devemos usar articaína, sempre o mínimo possível Pacientes com arritmia cardíaca devemos utilizar prilocaína Pacientes com histórico de febre reumática aguda devem evitar o uso de articaína Pacientes com anemia falciforme - fazem o uso prolongado de paracetamol - insuficiência hepática grave - pacientes submetidos a diálise renal - insuficiência cardiovascular grave É contra indicado o uso de prilocaína (ai voltamos ao anestésico de inicio: lidocaína) Pacientes com metemoglobinemia congênita esta contra indicado o uso de prilocaína Produtos da metabolização da prilocaina – ortotoluidina – induz a formação de metemoglobina – metemoglobinemia (em pacientes com o problema congênito e normoreativos submetidos a altas doses de prilocaína) Distúrbios respiratórios e circulatórios Metemoglobinemia Sinais e sintomas: - paciente letargico, insuficiência respiratória - pele pálida-acizentada Tratamento administração intravenosa de azul de metileno 1% Reduz a capacidade de transporte de oxigênio através do sangue A cocaína bloqueia a recaptação de adrenalina e noradrenalina Evitar sob o risco de aumento de pressão arterial Pacientes alérgicos a bissulfitos: utilizar anestésico de vidro sem vasoconstrictor Documentação da anestesia local Anotar dados relativos ao procedimento Tipo e dose da solução injetada (incluir vasoconstrictor) Tipo de injeção realizada e tipo de agulha Reações a anestesia Ex: lidocaína 2% com epinefrina, aplicado 1 tubete com agulha curta, técnica infiltrativa, procedimento bem tolerado (depois descreve o procedimento) Morpheus Um dos princípios para minimizar a dor provocada pela anestesia é a injeção lenta e constante Haverá diminuição do estimulo sobre os receptores Anestésicos Quantos ml existem no tubete? · 2% 100 ml ----- 2g de anestésico 100 ml ----- 2000 ml 1 ml ----- 20 ml Tubete = 1,8ml 1 ml ----- 20 1,8 ml ----- x X = 36 ml por tubete Crianças de 3 meses a 1 ano de idade peso (kg) = idade (meses)/2 + 9 Crianças de 1 a 10 anos de idade peso (kg) = idade x 2 + 9 Ex: 9 anos qual a quantidade máxima de tubetes de um anestésico a 2% que ela pode receber? Kg = 9 x 2 + 9 Kg = 27 Lido 2% a constante é 36 e a DRM é 34 Tubete = peso x DRM / constante Ex: 5 anos e meio, quala quantidade máxima de prilo? Kg = 5,5 x 2 + 9 Kg = 20 Prilo a DRM é 6 e a constante é 54 Tubete = peso x DRM / constante Tubete = 20 x 6 / 54 Tubete = 120 / 54 = 2,2 tubetes Ex: 6 meses, qual a quantidade máxima de articaina Kg = 6 + 9 / 2 Kg = 7,5 Tubete = peso x drm / constante Tubete = 7,5 x 7 / 72 Tubete = 52,5 / 72 = 0,7 tubetes Ex: criança 5 anos e meio tomou 1 tubete e meio de mepivacaina 2%, trocou por lidocaína 2%. Quantos tubetes ainda pode tomar? Kg = 5,5 x 2 + 9 Kg = 20 Tubete = peso x drm / constante Tubete de mep = 20 x 4,4 / 36 = 88 / 36 Tubete de mep = 2,4 Tubete de lido = 20 x 4,4 / 36 Tubete de lido = 2,4 2,4 (que é o maximo que pode tomar) - 1,5 (que ele já tomou) = 0,9 tubete Outro jeito (em casos de anestésicos diferentes) 20 x 4,4 = 88 (que pode) 88 – 54 (que tomou) = 34 \ 36 = 0,9 tubete Ex: 7 anos tomou meio tubete de mep 2% trocou p lido Peso = 7 x 2 + 9 Pego = 23 kg Tubete de lido = peso x drm / constante = 23 x 4,4 / 36 = 2,8 2,8 – 0,5 = 2,3 tubetes que ainda pode Outro jeito: 23 x 4,4 = 101,2 A constante é 36, como tomou metade de um tubete fica 18 101,2 – 18 (metade da constante) = 83,2 / 36 = 2,3 Ex: 9 anos tomou 1 tubete de prilo, quanto vai tomar de lido? – pega todas as informações do anestésico que vai pegar, a única coisa que usa do anestésico que começou a usar é a constante p diminuir Peso = 9 x 2 + 9 Peso = 27 kg Tubete de lido = 27 x 4,4 = 118,8 (pode) – 54 (tomou) = 64,8 / 36 = 1,8 Ex: 2 anos tomou metade de tubete de lido e vai p art Peso = 2 x 2 + 9 Peso = 13kg Tubete de art = 13 x 7 = 91 (pode) – 18 (tomou da lido) = 73 / 72 = 1,01 DRM Lido 2% - 4,4 – epinefrina Lido 3% - 4,4 – norepinefrina (não usamos pq o vasoconstritor não é muito eficiente) Mep 2% - 4,4 – epinefrina Mep 3% - 4,4 – sem vaso Prilo 3% - 6 – felipressina Art 4% - 7 – epinefrina Bupi 0,5% - 1,3 – epinefrina (não usamos pq é de extrema duração)
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