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Semiologia de Grandes Animais - Sistema Respiratório Parte 3

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♦ Timpânico: acúmulo de gás. Ex: infecção por bactérias 
anaeróbicas, produtoras de gás. 
 
TÓRAX 
Primeiramente deve-se delimitar a área pulmonar do 
animal: 
♦ Equinos; 
⤷ Tuberosidade coxal (ílio) ao 17 EIC; 
⤷ Tuberosidade isquiática ao 14 EIC; 
⤷ Articulação escapuloumeral ao 10 EIC. 
♦ Ruminantes. 
⤷ Tuberosidade coxal (ílio) ao 12 EIC; 
⤷ Tuberosidade isquiática ao 11 EIC; 
⤷ Articulação escapuloumeral ao 8 EIC. 
Após a delimitação realiza-se a percussão digitodigital ou 
com martelo e plessímetro na seguinte direção: de dorsal 
para ventral, e de cranial para caudal. 
Sons normais: 
♦ Claro: região mais dorsal. Região do pulmão; 
♦ Submaciço: região intermediária. Transição de pulmão 
para coração; 
♦ Maciço: região mais ventral. Região do coração. 
Sons anormais (patológicos): 
♦ Ampliação da área de percussão: indica enfisema 
pulmonar; 
♦ Som timpânico: pneumotórax; 
♦ Som metálico: hérnia diafragmática com penetração 
de alças intestinais no tórax e cavernas pulmonares; 
♦ Maciço ou submaciço: condensação ou compressão 
pulmonar (tumores, abcessos, atelectasia – 
colabamento de alvéolos-, edema, pneumonia); 
♦ Linha de percussão horizontal: líquido na cavidade 
torácica (derrame pleural). 
OBS: Lesões com áreas menores que 5 cm, podem não 
ser detectadas na percussão. 
 
AUSCULTAÇÃO 
Também utiliza-se a delimitação da área pulmonar. 
O animal deve ser auscultado preferencialmente em 
estação e em repouso. A ausculta é feita 
preferencialmente: de frente para trás e de cima para 
baixo. Deve-se auscultar pelo menos 2 movimentos 
respiratórios por ponto de ausculta. 
Para um diagnostico preciso, pode se realizar manobras 
para intensificar os ruídos: 
♦ Caminhada; 
♦ Saco plástico no focinho (saco respiratório): aumenta 
o teor de CO2 no ar inalado 
♦ Inibição temporária da respiração; 
Ruídos normais: 
♦ Ruminantes; 
⤷ Laringotraqueal: ouvido sobre a região da 
traqueia cervical. Som aéreo; 
⤷ Traqueobrônquico: ouvido sobre o 1/3 anterior do 
tórax. Som aéreo; 
⤷ Bronquiobronquiolar: ouvido sobre o 2/3 posterior 
do tórax. Som aéreo. 
♦ Equinos; 
⤷ Laringotraqueal: ouvido sobre a região da 
traqueia cervical. Som aéreo; 
⤷ Bronquiobronquiolar: ouvido sobre toda a área 
torácica. 
Ruídos anormais: 
♦ Estridor traqueal: ranger de porta. Ex: estenose 
(diminuição da luz) de laringe ou traqueia; 
♦ Aumento de intensidade do ruído traqueobrônquico: 
estenose de vias respiratórias anteriores, infiltração 
líquida do interstício pulmonar. No equino indica 
congestão pulmonar; 
♦ Aumento de intensidade do ruído broncobronquiolar: 
maior quantidade de ar (taquipneia, hiperpneia, 
dispneia). Maior facilidade de propagação (pneumonia, 
congestão, edema pulmonar); 
♦ Diminuição de intensidade do ruído broncobronquiolar: 
animais obesos, com pelo longo, obstrução nas vias 
respiratórias anteriores, repouso. Estenose das vias 
respiratórias; 
 
Ruídos patológicos: 
♦ Crepitação grossa: líquido ou secreções no interior dos 
brônquios. Som de estourar de bolhas. Ex: 
broncopneumonia, edema pulmonar; 
♦ Crepitação fina: deslocamento da parede das 
pequenas vias aéreas preenchidas por líquido ou muco. 
Esfregar de cabelos. 
⤷ Inspiratória: edema pulmonar ou pneumonia; 
⤷ Expiratória ou mista: obstrução recorrentes das 
vias aéreas, bronquiolite, enfisema pulmonar. 
♦ Sibilo: chiado ou assobio. Ex: estreitamento de vias 
respiratórias (broncoespasmos ou deposição de 
secreção); 
⤷ Inicio da inspiração: extratorácico -> estenose de 
laringe, compressão traqueal;

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