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EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA E GLUCAGON

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Pâncreas endócrino: efeitos metabólicos da insulina e do glucagon 
Lara Camila da Silva Alves – Medicina – 3º semestre 
 
O principal efeito metabólico da insulina é reduzir a glicemia (atua em situações de hiperglicemia) e o principal 
efeito do glucagon é aumentar a glicemia (atua na hipoglicemia). 
 
INSULINA 
Nós temos células pancreáticas que são sensíveis à glicose. Dentro da célula, essa glicose estimula todo um 
processo metabólico que estimula a liberação dos grânulos de insulina. 
• Nos órgãos-alvo a insulina vai se ligar a receptores de membrana, que vão induzir um processo de 
autofosforilação, deslocando o receptor do GLUT4 até a membrana celular onde ele faz uma permeabilização 
da membrana e promove captação de glicose. Esse efeito é mais encontrado na musculatura e nos órgãos 
periféricos. Já órgãos nobres, como o cérebro, têm outros receptores diferentes para a liberação da glicose. 
• Nos hepatócitos temos sensores de GLUT2 (diferentes do GLUT4) que ficam constantemente na membrana 
e permitem o fluxo da glicose independente da ligação com a insulina (ocorre de maneira difusiva). Ou seja, 
a insulina só faz potencializar essa formação de glicogênio no fígado, pois o processo ocorre por difusão e 
não depende dela. 
OBS1: o IGF – Fator de crescimento semelhante à insulina - é outro tipo de molécula que também se liga a esse 
receptor e tem efeito de formação de glicogênio no fígado, tendo potencial de redução de glicemia nesse órgão. 
OBS2: O GLUT4 fica dentro da célula e é deslocado para o meio da membrana sempre que há uma ligação da 
glicose com o receptor. Ao contrário do GLUT2 dos hepatócitos, que ficam permanentemente na membrana. 
 
AÇÕES DA INSULINA 
Inicia com um pico de liberação mais rápido, que permite o efluxo do potássio para dentro das células, e gera 
um efeito mais imediato no organismo. 
• É um hormônio anabólico que, nos órgãos 
periféricos, favorece o metabolismo da glicose pois: 
estimula a síntese de proteínas, inibe a quebra do 
glicogênio formado e estimula a formação de mais 
glicogênio. 
EX: O paciente que tem diabetes tipo 2 mal controlada 
há anos, pode chegar a um ponto onde ocorre uma 
falência histológica da ilhota pancreática. Se o 
pâncreas está em falência, é preciso tratar o paciente 
com insulina. No início do tratamento, o paciente vai 
ganhar peso pois a insulina que ele está tomando tem 
ação de sintetizar proteína e formar glicogênio 
 
 
• Os efeitos da insulina ocorrem principalmente a nível de músculo, fígado e células adiposas. Os outros tecidos 
mais nobres (como o cérebro) têm efeitos diferentes; 
• Alguns dos fatores que causam desenvolvimento de diabetes são crioterapia, uso de diuréticos tiazídicos (pois 
têm efeito no metabolismo do potássio) e o glucagon; 
• O glucagon e a insulina devem estar sempre em equilíbrio. A insulina circula para manter o pool de glicose 
nos músculos e o glucagon para manter o contrabalanço e não permitir hipoglicemia; 
• Os indivíduos têm diferentes níveis 
basais de glicose, assim, ela nunca chega 
a 0 mesmo em períodos de jejum. Isso é 
mantido pela circulação; 
• Os outros hormônios produzidos na 
ilhota (somatostatina e polipeptídeo 
pancreático) também vão ter ação no 
controle da glicose, mas o principal é 
feito por glucagon e insulina; 
 
EFEITOS DA DEFICIÊNCIA DE INSULINA 
 
 
GLUCAGON 
• Quando há hipoglicemia, glucagon é estimulado a atuar no hepatócito fazendo com que haja quebra do 
glicogênio (glicogenólise) para ser liberado na circulação. 
OBS: as variações de glicemia, (e até descompensação de diabetes) são comuns como respostas endócrinas e 
metabólicas ao trauma: aumento de glicose intracelular para ajudar na recuperação; 
• O glucagon consegue agir em todas vias de reserva hepáticas para gerar energia; 
 
 
 
Glucagon tem ação primária no fígado, e a insulina nos músculos e fígado - ambos são hormônios peptídicos. 
OBS: Insulina depende do GLUT para exercer efeito e glucagon não (tem efeito direto). 
• O sistema nervoso central faz regulação hipotalâmica. Isso porque o SNC é muito sensível à variação da 
glicose, e por isso, ocorre difusão direta de glicose quando a glicemia está muito elevada (glicemia sérica 
acima de 250/300); 
• Nos casos em que a glicemia está muito alta na corrente sanguínea, não quer dizer necessariamente que no 
músculo também está; 
• Quando há níveis altos de glicose na corrente sanguínea, há saturação da glicose, ou seja, que não tem mais 
receptores para se ligar e, por isso, fica solta na corrente sanguínea, promovendo glicosúria (pois o rim tenta 
expelir esse excesso); 
Hipoglicemia (glicemia cai no plasma) → células alfa pancreáticas liberam glucagon → glicogenólise e 
gliconeogênese → aumenta glicose no plasma → retroalimentação negativa (induz secreção de glucagon); 
 
FATORES QUE AFETAM A SECREÇÃO DE GLUCAGON 
Insulina X Glucagon 
Estado alimentado: domínio da insulina 
 
 
Estado de jejum: domínio do glucagon 
 
 
 NÍVEIS DE GLICOSE, GLUCAGON E INSULINA ANTES/APÓS REFEIÇÃO; 
 
 
 
DIABETES MELLITUS 
DIABETES TIPO I: deficiência absoluta da produção de insulina por conta 
de um processo autoimune de destruição das células beta pancreáticas. 
Predomina em crianças e jovens. 
DIABETES TIPO II: resistência dos tecidos periféricos a insulina, seguida de 
deficiência relativa na sua produção. O organismo não consegue utilizar 
a insulina que produz ou não produz de forma adequada. É uma doença 
de alteração metabólica 
Diabetes mellitus 2: glicemia fica alta e a glicose não entra nas células → 
emagrecimento → poliúria (desidratação - pois há muita urina na tentativa 
de eliminar essa glicose) → polifagia (estado de excesso de glicose sérica, 
com falta de glicose intracelular);

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