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RESUMO INTRODUÇÃO A ZOOTECNIA 1 - EVOLUÇÃO, DOMESTICAÇÃO E TERMOS ZOOTÉCNICOS


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Estudo da Evolução
A evolução tem base no estudo comparativo 
dos organismos que podem se dar por 
homologia, analogia ou órgãos vitais. 
• Homologia: semelhança entre as estruturas 
de diferentes organismos, devida a mesma 
origem embriológica. As estruturas podem 
ou não realizar a mesma função. 
• Analogia: Semelhança morfológica entre 
estruturas, em funções de adaptação à 
execução da mesma função. 
• Órgãos vestigiais: são órgãos que se 
encontram em algumas espécies sem 
função e com tamanho reduzido, porém, 
em outras podem ser maiores e exercendo 
alguma função. 
Evolução convergente: é a adaptação de 
diferentes organismos a uma condição 
ecológica igual. 
 
Teorias Evolutivas 
q Teoria de Lamarck 
Os organismos tinham surgido por 
transformações sucessivas de formas mais 
primitivas, onde as criaturas mais simples, 
surgiram de forma espontânea. Com isso, cada 
espécie surgira de um ancestral primitivo. 
 
Baseava sua teoria em 2 pontos principais: 
s Lei do uso e desuso 
O uso frequente de uma determinada 
estrutura conduzia a hipertrofia 
(desenvolvimento), enquanto o desuso 
conduzia a atrofia da estrutura. 
s Lei da Transmissão Hereditária 
As modificações ocorridas (através da lei do 
uso e desuso) seriam transmitidas aos 
descendentes, de geração em geração. 
 
A lei de Lamarck não é aceita atualmente, pois 
as características não são hereditárias. 
 
 
 
 
 
 
 
q Teoria de Darwin 
Com base no Evolucionismo e fruto da Seleção 
Natural. 
• Os indivíduos de mesma espécie são 
diferentes entre si. 
• Todos possuem grande capacidade de 
reprodução, porém, nem todos chegam 
à fase adulta. 
• O número de indivíduos de uma espécie 
é constante ao longo do tempo. 
• Os organismos podem apresentar 
condições favoráveis ou desfavoráveis 
ao ambiente. 
• Os organismos com condições 
favoráveis têm maiores chances de 
deixarem descendentes. 
• O processo de seleção natural mantém 
ou melhora o grau de adaptação. 
 
s Seleção Natural 
O indivíduo mais adaptado ao ambiente tem 
melhores condições de sobrevivência e 
reprodução, deixando descendentes. Enquanto 
o menos adaptado tende a não sobreviver ou 
não reproduzir. 
 
q Teoria Sintética da Evolução 
Considera a população como unidade 
evolutiva. É baseada na teoria de Darwin, 
sendo chamada de Neodarwinismo, porém 
aplica conceitos atuais sobre genética 
(compostos por Mendel) 
 
As espécies 
Espécie é um agrupamento de populações 
naturais, real ou potencialmente 
intercruzantes e reprodutivamente isolados de 
outros grupos de organismos. 
A enorme diversidade de fenótipos é 
indicadora da variabilidade genética da 
população. 
 
INTRODUÇÃO À 03/11/22 
Evolução é a transformação estatística de 
populações ao longo do tempo, ou alterações 
na frequência dos genes dessa população. 
 
Cada população apresenta um conjunto gênico, 
que é o conjunto de todos os genes presentes 
nessa população. 
 
q Determinantes da Espécie 
• Genéticos: animais da mesma espécie têm 
que possuir o mesmo número, tamanho e 
forma de cromossomos; 
• Bioquímicos: nos indivíduos de mesma 
espécie, as reações bioquímicas se 
processam de maneira igual; 
• Morfológicos: os indivíduos devem ser 
semelhantes entre si, considerando sua 
forma e aparência; 
• Sexuais: animais da mesma espécie 
reproduzem-se livremente na natureza; 
• Paleontológicos: as espécies atuais têm um 
ancestral comum com espécies similares, 
existindo maior semelhança entre os 
animais da mesma espécie; 
• Ecológicos: o ambiente favorece a 
adaptação de indivíduos com 
características favoráveis ao meio, 
moldando indivíduos adaptados. 
 
Domesticação das Espécies 
DOMUS = Casa. É o ato de tornar domésticos 
os animais selvagens. 
 
Animais domésticos são aqueles que 
estabelecem uma simbiose permanente com o 
homem. Ou então, quando o homem conhece 
profundamente a biologia de uma espécie e 
possuí domínio sobre ela. 
Animais amansados são indivíduos que 
perderam a agressividade frente ao homem, 
porém, apenas 1. 
 
Para atingir o estágio de domesticação, o 
animal deve passar por 3 fases: 
• Prisão ou cativeiro: o homem mantém o 
animal preso, porém, dele não obtém lucro. 
• Mansidão: fase de convivência pacífica 
entre homens e animais, onde os animais já 
prestam serviços ao homem. 
• Domesticidade: estado de simbiose no qual 
se acham os animais domésticos e o 
homem. 
 
A domesticidade é hereditária, inata a certas 
espécies e resultante de três atributos: 
• Sociabilidade 
• Mansidão hereditária 
• Fecundidade em cativeiro 
 
q Motivos da domesticação 
• Alimentação: uso dos animais como 
reserva de alimento para os períodos de 
escassez 
• Sobrevivência Ambiental: uso de peles 
ou pêlos como agasalhos e como 
artefatos: sandálias, capas, chapéus, 
tapetes, tecidos 
• Aproveitamento da Força Motriz: 
transporte de cargas, montarias, 
preparo do solo para plantio; 
• Inspiração Religiosa: presença do 
animal como fonte de motivação para a 
caça, ritos religiosos, etc. 
 
Silvestre x Exótico x Doméstico 
s Silvestres 
Pertencente às espécies nativas, migratórias e 
outras, aquáticas ou terrestres, que tenham a 
sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente 
dentro dos limites do território brasileiro e em 
suas águas jurisdicionais. 
 
s Exóticos 
Aqueles cuja distribuição geográfica não inclui 
o território brasileiro. As espécies ou 
subespécies introduzidas pelo homem, 
inclusive domésticas, também são 
consideradas exóticas. 
 
s Doméstico 
Aquele que, por meio de processos tradicionais 
de manejo e melhoramento zootécnico tornou-
se domésticos, tendo características biológicas 
e comportamentais em estreita dependência 
do homem, podendo inclusive apresentar 
aparência variável, diferente da espécie 
silvestre que o originou. 
 
 
 
 
Termos Zootécnicos 
s Indivíduo 
Unidade biológica básica dos seres vivos. 
Observar o indivíduo permite avaliar seu 
patrimônio hereditário e a forma como ele se 
apresenta, ou seja, seu genótipo e fenótipo. 
s Genótipo 
Conjunto de genes que ocupam os “loci” 
cromossômicos de um determinado indivíduo. 
Resulta de sua composição genética e das suas 
potencialidades em termos hereditários. 
s Fenótipo 
É tudo aquilo que, em relação a determinada 
característica de um indivíduo, pode ser visto 
ou sentido. É o resultado da ação conjunta do 
genótipo e do meio que o molda. 
s Espécie 
Grupo de indivíduos suficientemente 
diferentes de outros para merecer um nome 
comum, vindo a produzir indivíduos 
semelhantes entre si. 
s Linhagem 
Grupamento constituído de indivíduos 
descendentes diretos de um genitor ou 
genitora. 
s Rebanho 
Conjunto de famílias e linhagens criadas 
dentro de um mesmo ambiente, sujeitas às 
mesmas condições de vida. 
s Reprodutor 
Animal do sexo masculino, encarregado de 
perpetuar a espécie. 
s Matriz 
Animal do sexo feminino, que perpetua a 
espécie. 
s Subespécie 
um grupamento de animais que se manteve 
isolado e tornou-se diferente daqueles que lhe 
deram origem; 
s Gênero 
Indivíduos que apresentam características 
comuns e relativamente constantes são 
agrupados na categoria de gênero; 
 
 
s Raça 
Conjunto de animais da mesma espécie, com 
origem comum e finalidades econômicas 
definidas, gerando descendência com as 
mesmas características de produtividade. 
s Variedade 
Variação da raça original em que são mantidas 
todas as características gerais e comuns, 
diferindo apenas por um ponto particular. Ex.: 
variedades mochas de raças chifrudas; 
s Sangue 
Conceito ligado à herança; um animal “de 
sangue”, ou “de sangue puro” é um indivíduo 
registrado, por estar dentro dos padrões 
raciais exigidos. 
s Puro de origem (PO) 
Animais importados já registrados e seus 
descendentes; 
s Puro por cruzamento (PC) 
Indivíduos que chegaram a uma raça que 
absorveu o “sangue” da outra por gerações 
sucessivas;