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SP3 psiquiatria

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SP3
Ana Silvia Caldas Ferreira Liss
6ª fase/ T7
De acordo com paciente Pedro, seu estilo de vida, que foi associado a sua personalidade, na realidade condiz com uma personalidade pré-mórbida. Pessoas com esse tipo de características, tendem - antes do primeiro surto - a serem mais isoladas e retraídas, costumam ter dificuldade em manter vínculo com pessoas do sexo oposto ou se adaptarem a diferentes ambientes. Além disso, também costumam ser mais desleixadas em relação a aparência, fato também relatado pelo paciente. 
No que diz respeito ao aparecimento do primeiro surto, seguido por o estabelecimento do quadro em sí, este pode ser desencadeado por fatores ambientais, jornadas cronicamente estressantes por exemplo. Em pessoas que possuem a alteração genética para o desenvolvimento da doença, esses fatores servem de gatilho para a ocorrência do primeiro episódio. 
No decorrer da consulta, o paciente relata fatos que condizem com um episódio de psicose. Esse sintoma esta relacionado com a presença de delírios e alucinações, que impactam diretamente a vida do paciente, pois acaba desviando da realidade as suas ações e pensamentos. Episódios de delírios, esses são crenças da existência de uma realidade paralela, onde o paciente confia muito em fatos que não existem. No caso de Pedro, ele possuia delírios de que estava sendo perseguido e observados por outros seres. Esse tipo de delírio é muito comum, junto com o fato de achar ter sido o escolhido dentre tantas pessoas. Além dos delírios, pela descrição do paciente, ele parecia ouvir vozes, das quais recebia ordens. As alucinações podem estar relacionadas a qualquer um dos sentidos, porém é muito comum principalmente os auditivos, onde vozes podem julgar as ações do paciente, dar ordens, ou a presença de vozes que conversem entre sí.
O tratamento para esse e outros quadros que apresentem psicose, são os antipsicóticos. Dentro dessa classe de medicamentos inibidores de dopamina, existem os típicos e atípicos. Os típicos foram os primeiros a serem inseridos no mercado, sendo preferencialmente ligados a um tipo de receptores de dopamina que são responsáveis pelo desenvolvimento de um possível quadro neurológico, gerando aparecimento de Síndrome extrapiramidal, impactando a adesão ao tratamento, além de não obterem resultado de melhora nos sintomas negativos. Já os medicamentos atípicos foram inseridos no mercado na tentativa de impactar menos com efeitos neurológicos e agindo também em sintomas negativos. Em contrapartida, também possui colaterais relacionados a síndrome metabólica, em decorrência ao grande aumento de peso. Dentre as escolhas de tratamento, preferencialmente são utilizados os atípicos, enquanto os típicos são mais reservados para controlar grandes crises, porém a escolha é individualizada devido ao quadro clínico.

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