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OBS: nas contraturas graves geralmente se tem acometimento de ambos os tendões. É possível definir a gravidade da contratura de acordo com o ângulo. OBS: a outra forma de avaliação de gravidade de contratura é através da angulação da muralha do casco: - <90 graus; - 90 graus: grau moderado; - >90 graus. Temos os seguintes graus: -Grau I: parede dorsal do casco não ultrapassa o ângulo de 90 graus em relação ao solo; -Grau II: quando este ângulo é superior a 90 graus. Tratamento -Conservativo Nos primeiros dias de vida, ainda é possível realizar o tratamento conservativo com tala e alguns medicamentos. OBS: a partir de uma certa idade esse tratamento conservativo fica impossibilidade por conta da disfuncionalidade do tendão e pelo grau de contratura. ->Oxitetraciclina Tem por função quelar os íons de cálcio, causando um relaxamento dos tendões. Geralmente esse tratamento pode ser feito até 6 meses de idade. OBS: utiliza-se a oxitetraciclina + tala. A oxitetracilcina (2-3mg/kg) pode ser utilizada das seguintes formas: -Dose única IV: diluída em solução fisiológica. Pode-se repetir após 24 horas; -3 doses IM: repetidas a cada 96 horas. ->Casqueamento No caso de contratura tem-se muito contato de pinça com o solo: o indicado é preservar pinça e desgastar mais o talão; -Cirúrgico Contratura de TFDP: -Leves: tenta-se a desmotomia ligamento acessório do TFDP; -Tenotomia em TFDP (caso a desmotomia não dê certo). Na contratura de TFDS: -Desmotomia do ligamento acessório do TFDS; -Tenotomia do TFDS (caso a desmotomia não dê certo). HIPEREXTENSÃO Também chamada de lassidão ou flacidez desses tendões flexores ou ligamentos. Geralmente os potros nascem com um certo grau de hiperextensão (é comum), porém o normal é que ocorra a correção espontânea em até 2 semanas. Tratamento -Casqueamento Quando o animal apresenta uma hiperextensão o casqueamento indicado é desgastar a pinça e preservar o talão. Também é pode-se utilizar ferraduras com extensão de talão. -Talas Para elevar o boleto pode-se utilizar talas cortadas no formato do membro. 2.Deformidades angulares As deformidades angulares são identificadas quando observamos o animal de frente. As deformidades angulares podem ser: -Congênitas ou adquiridas; -Uni ou bilateral; -Acometer membros torácicos ou pélvicos; -Ser carpus varus ou carpus valgus. No caso do carpus varus, ocorre a projeção latera do capo. No caso do carpus valgus, ocorre a projeção medial do carpo. Diagnóstico É possível fazer o diagnóstico clínico (é possível identificar essa alteração facilmente). OBS: não é necessário fazer radiografia para detectar a lesão, porém caso queira fazer a classificação em severidade é necessário radiografar. De 0 a 4 graus não é indicado tratamento cirúrgico. Nesse caso é possível realizar o tratamento clinico corretivo. Acima de 4 graus, o indicado é realizar o tratamento cirúrgico. OBS: o tratamento cirúrgico só é possível fazer em potros ou animais com a placa epifisária aberta. Animais adultos não é possível realizar o tratamento cirúrgico. Para avaliar o grau é feito uma linha central no osso acima do carpo (rádio e ulna) e outro no metacarpo. O cruzamento dessas linhas fornece uma angulação que é utilizada para identificar o grau de severidade. Tratamento conservativo Utiliza-se uma fita elástica (kinesio taping) para correção de deformidades angulares. OBS: no caso do carpus valgus, o lado medial está crescendo mais que o lado lateral. Nesse caso bloqueia-se o crescimento no lado medial através da fita elástica, deixando a lateral liberada para crescer. Tratamento cirúrgico -Ponte transfisária No caso em que se quer bloquear o crescimento de uma região, realiza-se a ponte transfisária (grampo ou placa). OBS: quando ocorrer o alinhamento deve- se retirar a ponte, para que ocorra o crescimento de forma igual. -Transecção do periósteo No caso do carpus varus deve-se estimular o lado medial, para isso realiza-se a transecção do periósteo (incisão na região em formato de T ou U). OBS: é possível realizar a associação das duas técnicas. -Pós-operatório Utiliza-se: -Aintinflamatório + antibiótico; -Faixas de apoio; -Manutenção em baia.
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