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Histologia e Embriologia do Periodonto Periodonto de inserção ou sustentação do dente: ancoragem do dente ao alvéolo (Cemento, ligamento periodontal e osso alveolar). Periodonto de proteção ou marginal: recobre a crista do processo alveolar e estabelece continuidade do epitélio da mucosa oral com o colo do dente. (Gengiva – menor parte) CEMENTO, LIGAMENTO PERIODONTAL E OSSO ALVEOLAR – PERIODONTO DE INSERÇÃO Constituem uma unidade estrutural e funcional entre o dente e o alvéolo Origem: ectomesenquimal a partir do folículo dentário Esse periodonto vai estar localizado na raiz do dente. Essas três estruturas vem do saco de ectomesênquima que revestia o germe dentário. Antes do periodonto de inserção se desenvolver, é importante que tenha sido formado a bainha de Hertwig e a dentina radicular. Depois desse processo, a bainha epitelial se fragmenta e como resultado dessa fragmentação temos a formação de restos epiteliais de malassez. Os três tecidos vão se desenvolver simultaneamente. CEMENTO É um tecido conjuntivo mineralizado. Semelhante ao tecido ósseo, porém avascular. 60% mineral. Matriz orgânica principalmente de colágeno tipo I Células cementoblastos e cementócitos Funções Vedar os túbulos dentinários da dentina radicular Serve de apoio para as fibras do ligamento periodontal 60% mineral Essas fibras do ligamento periodontal vão atravessar os dois tecidos mineralizados, então vamos ter essas fibras no tecido frouxo (mole) e também no osso alveolar e cemento. Então, o cemento veda os túbulos dentinários na dentina radicular e é um ponto de ancoragem das fibras de ligamento periodontal. -> Cementogênese: células ectomesenquimais se diferenciam em cementoblastos e fibroblastos, essas células sintetizam a matriz orgânica do cemento. A mineralização ocorre pela deposição de fosfato de cálcio (hidroxiapatita); a formação ocorre por aposição. Quanto mais próximo ao ligamento periodontal, mais novo é esse cemento. Desenvolvimento do cemento Estágio pré-funcional: ocorre pela formação da raiz Estágio funcional: tem início quando o dente está em oclusão e continua por toda a vida. TIPOS DE FIBRAS QUE CONSTITUEM O CEMENTO Fibras extrínsecas: fibroblastos do ligamento periodontal (fibras de Sharpey) – são células produzidas sem ser pelo cemento Fibras intrínsecas: cementoblastos CEMENTO ACELULAR É aquele que não incorpora suas próprias células. Fibras extrínsecas: terço servical da raiz Aspecto homogêneo, vítreo, quase transparente. Feixes colágenos regularmente dispostos com mineralização uniforme. Os fibroblastos e cementoblastos recuam ao secretarem a matriz, não sendo aprisionados por ela. CEMENTO CELULAR Fibras mistas: extrínsecas (fibroblastos) e intrínsecas (cementoblastos) Lacunas contendo cementócitos Canalículos percorridos por prolongamentos dos cementócitos Mineralização incompleta das fibras de Sharpey De fibras mistas se forma durante o desenvolvimento do dente De fibras intrínsecas não se forma durante o desenvolvimento do dente – originado somente em casosde reparação. Para que haja a incorporação das fibras do ligamento periodontal é necessário que os tecidos estejam se desenvolvendo ao mesmo tempo. O cemento ao ser produzido, inicialmente são depositados componentes orgânicos e em seguida eles passam pelo processo de mineralização, mas sempre vai ter uma camada de cemento que ainda não vai estar mineralizada. (cementóide) LIGAMENTO PERIODONTAL Tecido conjuntivo frouxo Localizado entre o cemento e o osso alveolar Origem: folículo dentário Amortece forças mastigatórias Desempenha papel importante na acomodação dos arcos dentários durante os movimentos mastigatórios. Tecido conjuntivo frouxo atravessado em toda sua extensão por feixes grossos de fibras colágenas (fibras principais) que se inserem no cemento e no osso alveolar. (fibras de Sharpey) Células: Fibroblastos Células indiferenciadas Restos epiteliais Fibras principais da matriz extracelular Grossos feixes de fibras colágenas tipo I Se inserem no cemento ao osso alveolar Formam as fibras de Sharpey É importante na correção da posição dos dentes, na utilização de aparelhos ortodônticos. OSSO ALVEOLAR Osso basal: corpo da mandíbula e da maxila, sua formação de independente do desenvolvimento dos dentes Osso do processo alveolar: cripta óssea que envolve o germe dentário, forma-se devido ao desenvolvimento do dente. Osso alveolar: formado sobre as paredes laterais da cripta óssea. Origem: células ectomesenquimais da parte externa do folículo dentário. Formação simultânea com o cemento e o ligamento periodontal Células: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos (reabsorção óssea) Fibras de Sharpey O osso alveolar possui uma plasticidade muito grande GENGIVA MARGINAL OU LIVRE Colar que rodeia o colo do dente no nível do limite amelocementário. Superfície vestibular e lingual: vertente externa voltada para a cavidade oral Superfície voltada para o dente: dois segmentos – sulco gengival e epitélio juncional O epitélio juncional possui 2 substratos: Basal: única camada de células cúbicas do lado da lâmina própria. Suprabasal: células achatadas com o longo eixo paralelo a superfície dentária. (fica acima da camada basal) A lâmina basal é contínua desde a região da lâmina própria até a superfície do dente LÂMINA PRÓPRIA: FIBRAS PRINCIPAIS GENGIVAIS O tecido conjuntivo que forma a lâmina própria da gengiva marginal tem os mesmos componentes do restante da mucosa gengival. Além desses, existem grossos feixes de fibras colágenas que constituem o ligamento gengival. Devido a isso, a gengiva marginal clinicamente normal apresenta consistência firme. Fibras dentoperiosteais: pelas fibras que, após sua inserção no cemento cervical, seguem um trajeto horizontal até alcançarem a crista alveolar Fibras alveologengivais: feixes que após a sua inserção na crista alveolar, dirigem-se coronalmente para a lâmina própria da gengiva livre. Fibras circulares: feixes que se localizam na lâmina própria apenas na região mais coronal da lâmina própria das papilas interdentárias Fibras transeptais: inserem-se no cemento da raiz de um dente e seguem direção horizontal até o cemento da raiz do dente adjacente. JUNÇÃO AMELOCEMENTÁRIA Aproximadamente 30% dos dentes possuem o encontro do esmalte e cemento formando um encaixe no topo. Em 10% dos casos ocorre um espaço entre o cemento e o esmalte, ocasionando a exposição da dentina radicular que pode causar sensibilidade, maior risco de cárie e reabsorção radicular. SULCO GENGIVAL E EPITÉLIO DO SULCO Estreita fenda entre a gengiva livre e o dente Como não existe aderência entre o epitélio do sulco e a superfície dentária, o sulco gengival está preenchido pelo fluido crevicular Revestido por um epitélio estratificado pavimentoso quase totalmente não queratinizado Menos permeável que o epitélio juncional
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